Meu Priminho Preferido escrita por gabwritter


Capítulo 30
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Hey, domorou mas saiu! Mais um cap pra vocês.



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Meu celular tocou na minha mão, anunciando a chegada de uma mensagem. Apertei despreocupadamente o botão que abria conteúdo, ciente de que Edward estava lendo junto comigo.


Riley:


Bella, eu preciso de você. Estou tentando aceitar tudo, mas eu não consigo. Eu preciso de você, por favor, eu preciso de você. Eu te amo.


Pisquei algumas vezes tentando entender as letras e quando finalmente entendi, minha boca abriu-se num “O” perfeito. De repente, os pelos de todo o meu corpo se arrepiaram e uma sensação ruim tomou conta de mim. Algo estava errado, e se não estava, iria ficar.


Senti Edward enrijecer atrás de mim e então eu percebi como aquilo poderia afetá-lo.


– Edward... – chamei, mas ele não me encarou. Seu olhar vagava pelo outro lado da sala. – Amor, olha pra mim. – puxei seu rosto pra mim e fitei aquelas esmeraldas.

– Por que Riley está lhe mandando mensagens, Bella?

– Eu não sei! – exclamei. – Eu não falo com ele desde que terminamos, vai fazer quatro semanas já. – falei agoniada por pensar que ele poderia achar que eu e Riley estivéssemos mantendo contato. Carlisle continuava grudado ao telefone, totalmente alheio ao problema recém-criado entre seu filho e eu.

– Não responda. – sua voz pontual me fez entender que aquilo não era um pedido, e sim uma ordem.

– Edward... Eu... Eu preciso. – externei. Eu havia magoado e muito Riley, prometi ser sua amiga e sempre ampará-lo quando ele necessitasse, e esse momento tinha chegado.

– Por que, Isabella? – seus olhos me miravam como se me estrangulassem, e eu me senti uma traidora. Se eu seguisse a ordem de Edward, eu trairia Riley por negar a ele o que eu havia prometido anteriormente. Mas se eu respondesse Riley, eu trairia meu namorado. A dor surgiu sem permissão e eu me vi num beco sem saída.

– Eu sei que é complicado pra você aceitar isso, mas eu já conversei com você sobre essa situação, já expliquei como foram as coisas com Riley. Eu não posso ignorar isso, amor, eu não posso abandoná-lo assim, ainda mais sabendo que a causa de seu sofrimento sou eu. – falei aquilo que eu sentia e vi a raiva possuir aqueles olhos que eu tanto amava.

– Levanta. – ele pediu, fazendo uma leve pressão na minha cintura pra que eu saísse de seu colo. Me desesperei.

– Não, Edward, não! – me exaltei e percebi Carlisle encerrando a ligação. Ele perguntou o que estava havendo, mas me concentrei em apertar seu rosto entre as minhas mãos, trazendo sua atenção pra mim. – Amor, por favor. – implorei. – Por favor, Edward, não faz assim. – seus olhos não desviaram do meu e ele pareceu pensar. Por fim, suspirou e me forçou a levantar, também levantando em seguida. Sua mão entrelaçou-se a minha com força e o alívio percorreu meu corpo.

– Pai, estamos indo. – meu sogro assentiu e rodeou a mesa parando a nossa frente.

– Eu só quero dizer que, independente do restante da família e principalmente independente de Esme, vocês tem o meu apoio. Espero mesmo que vocês consigam ultrapassar as dificuldades que por certo ainda virão. Meu filho, – ele apoiou a mão no ombro de Edward. – tudo o que eu quero é sua felicidade, e vejo que Bella está fazendo isso com maestria. E quando estiver difícil e a vontade de desistir passar pela cabeça de vocês, lembrem-se do amor que sentem um pelo outro. Alguns dizem que não, mas eu acredito que o amor vence tudo, eu creio piamente nesse ditado. Estou vendo agora que estão estremecidos, não sei o que houve nesse meio tempo em que eu estava nessa ligação, mas não esqueçam: vocês se amam. Não deixem que as bobagens os separem um do outro.

– Obrigado, pai. – Edward puxou Carlisle para um abraço e eu fiz o mesmo depois. Agradeci suas palavras de incentivo e saímos daquele consultório. Eu tinha sorte por ter um sogro como Carlisle.


No caminho para o carro, Edward não soltou minha mão da sua. Não me importei, queria mesmo é que todos soubessem que ele era meu e eu era dele.


Entramos no carro e ele ligou ar condicionado, mas não fez menção de sair do local. Esperei até que ele começasse a falar.


– Tem noção do que está me pedindo? – ele perguntou ao me olhar.

– Tenho. – afirmei. Eu sentiria a mesma coisa quando ele tivesse que ir conversar com Tanya, afinal, eu tinha certeza que aquela mulher queria o meu namorado pra si. – Sei que não é fácil. Não estou pedindo para ir vê-lo nem nada do tipo, mas quero que entenda: eu tirei Riley da minha vida de uma hora pra outra, o afastei quando ele pensava em casar comigo. Eu não posso fingir que não vi. Deixe-me ligar pra ele, eu ligo agora. Coloco no viva-voz e você escuta tudo. – pedi e um pouco depois ele assentiu, um pouco revoltado com a situação, eu pude perceber, mas mesmo assim ele permitiu. – Eu te amo. – beijei levemente seus lábios e afaguei sua bochecha. – Não se esquece disso. Eu sinto pena dele, ao mesmo tempo em que me sinto culpada por seu estado. Mas é só isso. Eu amo você. – Edward sorriu de leve e devolveu o selinho.


Entendi naquele ato o perdão implícito que meus olhos clamavam. Tranquila por saber que ele me entendia e aceitava, disquei o número tão conhecido por mim.


Meu amor. – ele atendeu com a voz esganiçada. – Bella...

– Oi, Riley. – pronunciei, mas a voz saiu mais fria do que eu pretendia. Ouvi seu choro se intensificar do outro lado da linha.

Be... Bella... – soluço. – Volta pra mim...

– Riley...

Eu se... Sei que vo... Você es... Está com ele, mas... Mas larga ele e volta pra mim. – os soluços ficaram mais fortes. Encarei Edward e suas mãos estavam em punhos.

– Eu não posso, você sabe disso. – disse-lhe a verdade.

Pode sim, Bella. Ele... Ele te tomou de mim, ele... Eu... – ele se calou e eu não ouvia nada. Olhei pra tela do celular apenas para verificar se a ligação tinha caído, mas não. – Desculpe por isso, Bella, não vai mais voltar a acontecer. Tchau. – e ele desligou.


Mais uma vez naquele dia Riley me surpreendia. Continuei encarando o celular, agora vendo o papel de parede do Iphone, que era uma montagem de fotos minhas e de Edward.


– Seu ex é doido. – ele falou sorrindo um pouco e deu partida no carro, saindo do estacionamento e ganhando as ruas.


Suspirei resignada, eu não seria capaz de entender Riley, não por telefone. O certo seria ir até ele e ampará-lo como eu havia prometido, e fazer as coisas certas pelo menos uma vez na vida, mas isso estava fora de cogitação. Meu relacionamento atual era mais importante e eu não abriria mão da nossa estabilidade instabilizada por, como Edward disse, meu ex-noivo.


Soava frio e calculista os meus pensamentos, mas essa era a minha realidade: eu tinha uma balança nas mãos e cabia a mim e somente a mim decidir que lado pesaria mais. Sabe quando estamos em um impasse e surge um anjo de um lado da cabeça e um diabinho do outro? Ambos te apontam caminhos diferentes, e você quer seguir a ambos, mas isso não é possível.


Antes mesmo de ir a New York eu já negligenciava Riley. Ele chegava cheio de amor e carinho pra dar e eu o evitava. Sua presença estava pouco a pouco se tornando incômoda pra mim. Talvez tenha sido esse o fator fundamental que tenha contribuído para que eu me entregasse sem reservas para Edward. A naturalidade com que as coisas se passaram entre nós naqueles quinze dias foram determinantes na nossa historia, a ponto de me fazer amá-lo com ardor como eu o fazia.


Ah, o amor. Virei o rosto para Edward e ele tinha os olhos focados na avenida. Um braço segurava o volante e o outro estava depositado sobre minha perna coberta pela calça. Seus dedos tamborilavam na batida da música de rock que também era cantada quase que inaudivelmente por seus lábios. A cabeça maneava-se de um lado ao outro seguindo o mesmo ritmo dos dedos. Seu rosto estava tranquilo, como se ele não tivesse um problema sequer na vida. Os olhos ora verdes ora azuis cintilavam com o brilho do sol, deixando suas bochechas levemente coradas. O rosto perfeito era aprimorado pelos lábios vermelhinhos que ele fazia questão de morder como se soubesse que aquele ato me enlouquecia, e por fim sua barba, que dava o acabamento final aquele face tão meticulosamente esculpida por Deus. Edward era lindo.


– Eu sei que sou. – sua voz me tirou dos meus devaneios.

– Como?

– Você está aí viajando e dizendo “lindo”. – o sorriso que ele dava alcançava seus olhos.

– Lindo. – elogiei mais uma vez e ele me puxou para um beijo. Só então percebi que estávamos parados em frente a casa de Alice. Havia mais um carro ali que eu achei ser o de Jasper. Descemos do veículo e entramos na residência de vidro.

– AH, AH, ISSO JASPER! MAIS FORTE! – arregalei os olhos em pratos, descrente do que os meus ouvidos escutavam. Edward caiu numa gargalhada e eu tratei de tirá-lo dali.


Rodeamos a casa até a área da piscina e Edward se acomodou numa das espreguiçadeiras que haviam ali, me puxando para deitar ao seu lado. Ele ainda ria um pouco. Tirei minha sapatilha para ficar mais confortável, ele também tirou o tênis que usava.


– Ah, meu Deus. Estou traumatizado com a minha irmã.

– Vai dizer que achava que ela era virgem? – perguntei com incredulidade.

– Não, mas não precisava ter ouvido isso, né? – ri de seu comentário e fiquei ali pensando no dilema particular já resolvido, Riley que me perdoasse, mas estou com Edward e não seria capaz de fazer nada que colocasse em risco o relacionamento que demoramos tanto pra construir.

– Amor. – chamei Edward depois de um tempo calados.

– Hum? – ele murmurou.

– Você já pode me contar sobre a conversa com meu pai?

– Não. – ele disse sem titubear.

– Edward! – exclamei e ele riu de mim.

– Vou contar então, que mulher mais curiosa que eu fui arranjar. – ele debochou e de graça ganhou um beliscão no peito. – Ai, bebê. Doeu! – ele lamentou e eu, completamente boba e idiota por ele, beijei o local. – Eu realmente fiquei com medo de seu pai, Bella. Ele me olhava como se quisesse me matar.

– Foi ele quem me consolou quando você foi embora. Ele viu meu sofrimento, ouviu meus soluços, talvez ele quisesse mesmo te matar.

– Não brinca. – ele advertiu. – Mas bem, entrei no escritório tremendo. Ele apontou a cadeira na frente e eu me sentei. Eu achei que ele fosse sentar na cadeira atrás da mesa, mas não, sentou na própria mesa bem na minha frente, me intimidando. Ele perguntou o porquê da nossa briga e eu expliquei.

– O que você disse?

– Disse que eu tinha recebido uma mensagem de uma ex-namorada que não aceitava nosso término e me perseguia. Jurei pra ele que eu não tinha nada com ela desde o ano passado, mas mesmo assim ela vivia atrás de mim, o que não deixa de ser mentira. Falei que na mensagem ela pedia pra eu voltar pra ela porque ela precisava de mim, que você leu aquilo e interpretou errado, e por isso o escândalo.

– E ele aceitou de boa?

– Ficou um tanto relutante no início, mas a medida que eu contava os fatos, ele foi entendendo. Claro que em nenhum momento eu citei Charlotte ou Emmett. Depois começamos a falar de você. Ele me contou a história do seu nascimento, todas as dificuldades que ele e tia Renée passaram pra lhe ter e como por pouco seu nome não era Vitória. – sorri, vez ou outra minha mãe me chamava de “minha vitória”. – Depois ele me perguntou se eu seria mesmo capaz de me afastar da nossa família por você, eu respondi que já o tinha feito e ele se calou. Acho que ganhei o sogro nessa hora. – gargalhei de sua presunção. – Falamos um pouco mais sobre a vovó, sobre Esme e sobre o vovô. No fim de tudo eu ganhei sua benção e ele disse que confiava em mim. Ele também me ameaçou caso você sofresse e disse que eu só sairia da sua vida se você quisesse, ou seja, ele insinuou que eu seria um bonequinho na sua mão e que de mim você faria o que quisesse.

– Esse meu pai é uma peça mesmo. – pontuei achando graça de seus contos.


Aproximadamente uns vinte minutos depois Alice apareceu com um roupão nos chamando para entrar. Edward não perdeu a oportunidade de tirar onda com a irmã e o cunhado, que ficou roxo de vergonha.


Alice já havia contado ao namorado sobre nós e ele ficou um pouco pasmo a princípio, mas depois relaxou e passamos o dia juntos, fazendo um programinha de casais.



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Era quinta-feira e eu estava dentro do Navigator acompanhada de Edward, Jane e Félix, meu segurança. Ele nos levava até o aeroporto, onde eu e Edward embarcaríamos para NYC.


– Bells, não esquece de me ligar assim que chegar lá, ok? Está marcado para sábado, as 8h da manhã a sua sessão de fotos. Não se atrase. – Jane falou antes que eu saísse no veículo já estacionado na área de embarque do LAX.

– Jane, você já repetiu tanto isso que terei pesadelos. Eu já sei disso tudo, ok? – Edward riu da minha implicância. – Por algum acaso eu já falhei em algum compromisso meu?

– Não, mas você quando está com Edward esquece do mundo ao redor. – ela debochou e eu dei um tapinha em seu braço. Rimos e nos abraçamos do jeito que dava dentro do carro. – Se cuida, sua doida. Cuidado com esses brutamontes aí fora. – encarei a legião de homens armados com sua câmera do lado de fora do carro. Félix e alguns outros seguranças do aeroporto já estavam ao lado da porta por onde eu desceria, apenas esperando que eu saísse. Haviam dias e dias que nenhum paparazzi conseguia uma foto minha, e o povo queria saber por onde eu andava e como eu estava depois do término com Riley.

– Pode deixar. – dei um beijinho em sua bochecha e me virei para Edward. – Vamos?

– Vamos. – ajeitei o óculos escuro que cobria meu rosto e ele, depois de também ajustar seu Ray Ban, abriu a porta. Os flashes explodiram.


Edward agarrou com um pouco mais de força a mochila que levava nas costas e eu apertei minha bolsa. Nossas malas já estavam nas mãos de dois seguranças que seguiam na frente. Ao dar o primeiro passo, senti os dedos de Edward se entrelaçarem aos meus e eu sabia que a partir dali não tinha mais volta. Estávamos assumidos publicamente.


Ao notar aquele ato, os paparazzi começaram as perguntas. Não me dei o trabalho de ouvir ou mesmo responder qualquer uma delas, apenas olhava pra baixo e seguia os passos do meu namorado. O cerco que os seguranças faziam ao nosso redor estava diminuindo e eu comecei a me sentir claustrofóbica. Estanquei no meio do caminho. Ao perceber que eu tinha parado, Edward se virou pra mim.


– O que houve? – ele perguntou preocupado.

– Falta de ar. – falei com um pouco de dificuldade. Félix rapidamente me apoiou contra si, praticamente sustentando todo o meu peso, e nós seguimos até uma área privada. Ele me deu uma barra de chocolate e ordenou que eu comesse toda ela. Obedeci suas ordens sem pestanejar e devorei a barra de chocolate branco. Edward se manteve ao meu lado e não soltou a minha mão. Perguntava vez ou outra se eu estava melhor, mas não se aprofundava no assunto. No entanto, eu percebia seu semblante tomado pela preocupação. Eu também estava, não bastasse os jornais acabando comigo e me apelidando com todos os nomes possíveis por terminar com Riley e aparecer com outro em menos de um mês, agora eles diriam que eu também estava doente. A ruga de frustração surgiu na minha testa, mas quanto aquilo eu nada poderia fazer.


Alguns minutos depois eu já estava bem e não sentia completamente nada, talvez fosse mesmo aqueles brutamontes me cercando. Entramos no avião e tivemos um voo tranquilo. Edward estava pensativo e eu quase conseguia ver as engrenagens de seu cérebro funcionando, ele estava tramando algo.


A chegada em NYC foi bem menos conturbada do que no Los Angeles e nós saímos tranquilamente por uma saída especial. Chegamos ao apartamento de Edward e fomos nos deitar, exaustos do voo insone que passamos.


Eu sonhava com borboletas e um jardim bem verdinho quando um barulho me trouxe a realidade.


DING DONG.


– Edward. – o cutuquei. – Edward, a campainha. – o cutuquei mais forte, porém tudo o que ele fez foi se virar para o outro lado.


Suspirei frustrada e fui até a porta, era Tanya.


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Notas finais do capítulo

HELLOOOOO, GIRLS! Como estão vocês? Eu estou cansadíssima kkkk

Perdão pela demora, é que eu comecei a fazer aula de legislação pela manhã, a tarde vou trabalhar com meu pai e a noite tenho faculdade, ou seja, estou morta.

Escrevi esse capítulo do melhor jeito que eu consegui, mas nao gostei muito. Quanto a eles assumirem publicamente, os paparazzi só conseguiram as fotos, o bicho vai pegar mesmo quando começarem as especulações na mídia. E cap que vem
Tanya, Bella e Edward terão uma conversinha. MUAHAHAHAHA

Comentem e recomendem, façam essa autora feliz! haha OBRIGADA A TODAS QUE FAZEM ISSO, as tenho no meu coração!

ps: está comprovado, não são todas que leem as notas, mas vou continuar falando/escrevendo porque sou chata e uma tagarela ehehe beijinhos e até a próxima, meus amores.

I hope you enjoy!