Meu Priminho Preferido escrita por gabwritter


Capítulo 29
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap pra vocês!



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– Poe mais um pouco pra mim, por favor? – Edward pediu estendendo o prato pra mim.

– Edward, de novo? Não acha que três vezes é muito, não? – indaguei. Ele amou o prato de Lana e estava querendo repetir mais uma vez.

– Amor, isso está bom demais. – ele deu de ombros e eu me levantei para servi-lo mais.

– De novo na minha casa, Edward? – Charlie falou desde a porta da cozinha. Virei pra ele e seu rosto estava duro. Olhei para Edward e ele tinha os olhos arregalados. – Eu quero conversar com você. Agora. – engoli em seco ao ver a cara fechada do meu pai. Edward levantou-se imediatamente e o seguiu para fora da cozinha. Eu quis acompanhá-lo, mas minha mãe que entrou em seguida a cozinha me impediu.

– Deixe que eles conversem, Bella. – escolhi seguir seu conselho, embora a minha vontade fosse ir atrás dos dois.

Exatos quarenta e dois minutos depois Edward entrou na cozinha seguido pelo meu pai, pararam um ao lado do outro e eu me assustei com a seriedade de ambos. De repente Charlie levantou a mão e deu dois tapinhas nas costas de Edward, rindo logo em seguida, imediato de Edward. Filhos da mãe! Me enganaram perfeitamente.

– Filha, você sabia que Edward sempre foi meu sobrinho preferido? – papai perguntou ainda com a mão sobre o ombro do meu namorado.

– Jura, pai? Tava sabendo não. – falei meio sarcástica e fui pro lado de Edward, passando um braço pela cintura dele. – O que vocês conversaram, posso saber?

– Conversa de homem, filha. – Charlie desconversou e seguiu até a bancada onde Renée estava sentada. – Ainda tem camarão ou Bella comeu tudo? – revirei os olhos e saí da cozinha arrastando Edward comigo.

– E então, vai me dizer o que conversaram? – perguntei logo depois de fechar a porta do meu quarto.

– Meu sogro já falou: conversa de homem. – ele disse sem se importar, se jogando na cama e ligando a TV.

– Amor! – exclamei, mas ele não ligou muito. Edward estendeu a mão num convite mudo para que eu me juntasse a ele na cama. Bufei por ter sido ignorada, mas entendi que naquele momento eu não conseguiria as minhas respostas. Deitei sobre seu peito e fiquei assistindo aquele desenho totalmente sem noção que Edward idolatrava. Ele iniciou um carinho em meus cabelos e foi inevitável não apagar.

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Um zum-zum-zum me tirou lentamente do mundo dos sonhos. Abri os olhos e Edward permanecia acordado assistindo a temporada que passava de South Park, mas ele estava concentrado demais na TV e alheio demais no mundo ao redor. Peguei o celular e vi novamente aquele nome insistente: Tanya.

– Edward. – o cutuquei e esperei que sua atenção tivesse sobre mim. – Sua “amiga” está te ligando. De novo. – falei o “amiga” com asco, mas não poderia ser diferente, de amiga essa Tanya não tinha nada. Edward suspirou e tomou o celular da minha mão.

– Atende. – ele disse pra mim, atendendo o celular e o colocando no viva-voz.

– Alô. – disse com a voz morta, mas por dentro eu estava soltando fogos de artifício pelo simples fato de ele ter tomado a atitude de me deixar atender a vagabunda, sabendo que depois dessa ligação ela finalmente saberia da minha existência.

Quem fala? – sua voz soou com certa superioridade.

– Isabella. O que você quer?

Quero falar com Edward.

– Ele não vai atender. – fiz questão de usar um verbo que a atingisse. – Quer deixar recado? – minha voz saiu mais nojenta do que eu planejava e eu acho que feri a fera.

Preciso falar com ele agora. – ela disse impaciente.

– Querida, eu já disse que ele não vai atender, e se você não quer deixar recado, eu vou desligar. – Edward balançou a cabeça e riu da minha grosseria.

Mas quem... – ela disse, mas do nada sua voz ficou distante, ainda pude a ouvir exclamar um “Charlotte!” – Papai Edwad? – um timbre infantil assumiu a ligação e eu me derreti imediatamente. Sem poder agir de outra maneira, empurrei o celular para que ele falasse.

– Oi, princesa. – Edward respondeu. Naquele instante eu percebi que a ligação que os dois mantinham era muito maior do que eu imaginava. – Tudo bem com você?

Eu to dodói eu. – a menininha falou com a voz triste.

– Então você tem que ficar quietinha, tomar os remédios e obedecer sua mãe pra poder melhorar. – ele explicou pausadamente.

Não, remédio não, é ruim. Num goto não.

– Mas você precisa tomar, Lotte, senão vai continuar dodói. – Edward ressaltou. – E se você continuar dodói, não vai poder sair comigo pra ir no brinquedo.

Eu qué ir no binquedo.

– Então você vai tomar o remédio e ficar boa logo. Promete pra mim, princesa?

Eu pometo, papai Edwad. – ela ficou um tempo em silêncio e eu ouvi Tanya pedindo o telefone. – Tchau. – a voz doce da criança sumiu e deu lugar a voz anasalada da mãe ela. – Edward?

– Oi, Tanya. – ele falou cansado.

Quem foi que atendeu o seu celular? – ela questionou em tom de cobrança. Não gostei daquilo.

– Minha namorada, Tanya.

NAMORADA? – ela berrou.

– Sim. Isabella, minha namorada, foi quem atendeu meu celular. Algum problema?

Não, eu... – ela ia dizer algo mas se interrompeu. – Quando você chegar aqui, nós conversamos. Só espero que não demore, Charlotte sente sua falta. Tchau. – e ela desligou.

– Ela é tão fofa, Edward. – constatei meus pensamentos sobre a pequena garotinha que não tinha culpa de nada e já nasceu na confusão.

– Sim. – ele assentiu. – Mas você já percebeu que teremos um problema, não é? Tanya já pirou só de saber que eu tenho uma namorada, imagina quando eu contar que vou voltar a morar aqui.

– Ela vai ter que aceitar, afinal, você não é nada dela, certo? É uma pena pela criança, que é muito mais apegada a você do que eu achei que seria, mas não há nada que se faça, não é? Quer dizer, você ainda pode desistir de se mudar pra Los Angeles e continuar morando em New York e...

– Ei, Bella, calma. – ele me chacoalhou pelos ombros. – Minha decisão já foi tomada. Eu vou sofrer sim por ter que me afastar dela, mas eu já me decidi. Eu tenho a minha mulher agora e futuramente vou ter minha família. – ele disse mirando meus olhos. Meu coração perdeu uma batida.

– Edward, eu... Eu sou uma tola, não sou? – abaixei a cabeça com vergonha do meu mini ataque.

– Sim, a minha tolinha. – ele não deixou que eu respondesse e colou seus lábios quentes e convidativos nos meus. – Falando nisso, eu terei que ir em NYC, amor.

– Quando?

– Daqui uns três ou quatro dias. Preciso ver como estão as coisas na empresa, estruturar as mudanças, resolver esse problema com Tanya, enfim, arrumar tudo por lá antes que eu volte de vez pra cá.

– Posso ir com você? – pedi depois de repassar mentalmente meus compromissos futuros e constatar que estava disponível.

– Claro que pode, meu amor. Vou adorar te exibir por ai, mostrar pro mundo quem é a minha mulher. – ele colocou uma mecha insistente do meu cabelo que caia sobre meus olhos atrás da orelha. – Eu to tão feliz, Bella. Nem parece que há horas atrás eu estava miserável achando que tinha te perdido.

– Precisam de muito mais que uma Tanya pra me afastar de você. – biquei sua boca, aproveitando e puxando seu lábio inferior entre meus dentes. – Hm, amor. – gemi ao senti-lo infiltrar suas mãos por debaixo do meu vestido e subi-lo vagarosamente, fazendo questão de roçar seus dedos na minha pele durante o percurso.

– Gostosa. – Edward elogiou ao apertar minha bunda com ganas. O calor entre nós era quase tangível. Sem conseguir me conter mais, me afastei dele e eu mesma me despi do vestido que estava na cintura, ficando só de calcinha.

– Eu quero você. – sussurrei em seu ouvido e seus olhos verdes derreteram-se num negro de excitação. Edward me empurrou na cama e deitou-se sobre mim sem delicadeza, iniciando uma guerra de corpos que durou até altas horas da madrugada.

*******************************************

TOC TOC TOC

O barulho me despertou depois de um tempo. Suspirei e cogitei a ideia de ignorar o chamado de seja lá quem fosse e voltar aos braços quentes do meu namorado, mas o toc toc continuou.

Levantei da cama e vesti o robe que eu pendurava atrás da porta.

– Oi, mãe. – cumprimentei-a quando abri a porta do quarto.

– Bom dia, minha filha. – ela disse sorrindo, os olhos azuis contrastando perfeitamente com suas roupas brancas e combinando com as joias azuis que ela usava.

– Bom dia.

– Vim te chamar pois Jane ligou agora pra cá pra casa dizendo que não conseguia falar com você.

– O que ela queria? Eu não lembro de ter compromisso hoje. – repassei mentalmente minha agenda e não encontrei nenhum afazer.

– Ela esqueceu de te falar isso. Você tem uma consulta com sua ginecologista em uma hora e meia. – Deus, não só ela como eu havia esquecido completamente da consulta com a Dra. Rudolph.

– Tudo bem, mãe. Vou acordar Edward e já já descemos. – ela sorriu e em seguida se retirou.

Voltei ao quarto bufando em frustração, por que raios essa consulta tinha que ser tão cedo? O relógio marcava oito horas da manhã. Mirei o motivo da minha felicidade nas ultimas semanas e a pena por ter que acordá-lo me consumiu, mas era necessário.

– Amor? – cutuquei bochecha. – Amor, acorda. – mexi nele mais bruscamente e ele abriu os olhos. – Desculpa te acordar assim, mas eu preciso sair. Você quer ir comigo ou ficar dormindo?

– Pra onde você vai? – ele perguntou depois de coçar seus olhos esmeraldinos.

– Tenho uma consulta no Health Care em uma hora e meia.

– Eu vou com você.

– Ok, vou logo tomar meu banho então. – não esperei resposta e saí rumo ao banheiro.

Tomei meu banho e me higienizei. Quando saí do banheiro avisei a Edward que ele poderia entrar e ele, meio que cambaleando, foi fazer o mesmo que eu. Escolhi uma calça jeans e uma blusinha branca básica com um coração preto estampado na frente. Calcei minha sapatilha e fui arrumar minha bolsa. Eu não era dada ao uso de maquiagem no dia a dia, então rapidamente eu ficava pronta. Sentei na cama para esperar Edward e um tempo depois ele saiu do banheiro já vestido com a mesma roupa do dia anterior.

– Bom dia, meu amor. – ele me abraçou e o cheiro de sabonete que seu corpo exalava tomou conta dos meus sentidos.

– Bom dia. – procurei sua boca e o cheirinho de menta do enxaguante bucal dominou o ambiente. O beijo cálido e compassado que demos era o contraste primoroso da noite fervorosa que tivemos. – Dormiu bem?

– E como não dormir bem com uma mulher linda, cheirosa, gostosa e que por sinal é minha namorada dormindo enroladinha comigo? – ele beijou meu pescoço e seus braços ainda me rodeavam.

– Te amo. – explanei o maior sentimento que morava em mim e em troca recebi as mesmas palavras.

Descemos de mãos dadas a tempo de encontrar papai, mamãe e Lana sentados à mesa.

– Bom dia. – eu e Edward dissemos ao mesmo tempo ao entrar na sala de jantar. Nos sentamos lado a lado ouvindo as respostas dos presentes.

– Ah, Lana, não acredito que você fez meu bolinho! – exclamei surpresa ao ver o bolo de chocolate encharcado de brigadeiro.

****************************************************

Edward encostou o carro na guarita que dava acesso ao estacionamento privado aos diretores e médicos mais importantes, no sub solo do hospital. Ele se identificou e, após liberada sua entrada, estacionamos o carro. Ele fizera questão de me trazer em seu carro até o HCC, dizendo que aproveitaria e conversaria com Carlisle, já que eles não se falavam desde a fatídica noite do aniversario de Esme. E por falar nela, minha sogra já havia ligado para Edward umas quatro vezes naquela manhã, e teve as quatro ligações rejeitadas.

Nos despedimos no elevador com um breve selinho e eu me dirigi até onde seria a minha consulta, Edward seguiu em busca do pai. Cheguei à recepção que havia ali e me identifiquei. Alguns minutos depois fui chamada.

– Olá, Isabella. – minha médica me cumprimentou.

– Como vai, Dra. Rudolph? – perguntei me sentando na cadeira.

– Vou bem, querida. Mas eu quero saber de você. Tudo normal? – ela perguntou analisando minha ficha.

– Tudo nos conformes.

– Hm. – ela continuou lendo a ficha. – Estou vendo aqui que está na hora de tomar a injeção anticoncepcional, estou certa?

– Sim, doutora. – ela leu mais um pouco e me encarou.

– Como anda sua vida sexual, Bella? – ela perguntou com mais intimidade. Olhei a mulher de idade que me atendia desde que eu tinha quinze anos de idade. Seus cabelos continuavam tão negros como quando eu a conheci, mas o rosto já sofria as marcas do tempo.

– Ativa. – respondi simplesmente.

– Certo. Bem, eu lembro que das ultimas vezes você só tomava a injeção e ia embora. Mas bem, quando eu lhe apresentei essa opção, eu lhe disse os riscos que corria, não?

– Sim, a senhora explicou tudo.

– Você toma essa injeção há tanto tempo, não seria a hora de parar um pouco? Limpar seu organismo?

– A senhora acha?

– Você usa contraceptivos desde o início da vida sexual, não? – assenti positivamente. – Então, não deve ser um sacrifício tão grande usar camisinha durante um mês, ou é? Eu aconselho. Esses contraceptivos são carregados de hormônios que, querendo ou não, alteram o seu organismo.

Pensei rapidamente em suas palavras. Eu teria que conversar com Edward para que ele se prevenisse daqui em diante, mas o que ela falou tinha sentido.

– Tudo bem, doutora. Eu devo ficar um mês limpa e depois eu volto, certo?

Ela me aconselhou sobre mais algumas coisas e depois me despedi dela. Peguei o elevador novamente e fui até o andar onde Carlisle ficava à procura de Edward.

– Bom dia. O Dr. Cullen está na sala dele? – perguntei a secretária jovem que meu sogro tinha.

– Está com o filho e pediu que não fosse incomodado. – ela respondeu me olhando da cabeça aos pés, mas não me reconheceu, talvez por eu usar um óculos gigante no rosto.

– Oh, você pode avisar que Isabella está aqui, por favor? – pedi educadamente. Ela revirou os olhos, mas fez o que eu pedi. Ligou para o chefe e logo ele abriu a porta me chamando para entrar em seu escritório.

– A que devo a honra da visita da famosa atriz Isabella Swan em meu escritório? – ele disse brincando e deu um beijo em minha testa.

– Sem essa, tio. – dei um tapinha em seu braço e me sentei ao lado de Edward, que me puxou para sentar em seu colo. – Edward! – o adverti olhando para seu pai.

– Não se preocupe, filha, sei bem como é estar apaixonado. – Carlisle disse diante do meu olhar envergonhado por estar no colo do filho dele, dentro do escritório dele. – Mas me digam, pra quando é o casório? – ele perguntou descontraído.

– Para logo, pai. Essa aqui não me escapa mais. – os braços de Edward me apertaram mais, como se confirmasse a prisão que ele tinha incitado.

– Como se eu quisesse escapar, né. – falei o óbvio e meu sogro explodiu em uma gargalhada.

– Eu acho tão bacana esse jeito de vocês dois. – Carlisle apontou pra nós. – Estão tão apaixonados, e não fazem um pingo de questão de esconder. Eu era assim com Esme, queria gritar pro mundo inteiro que ela era minha.

– Se for assim, tal pai, tal filho. – Edward concordou com ele e todos nós rimos novamente. As coisas com Carlisle eram tão fáceis, tão distintas de como eram com Esme. Suspirei, isso nunca mudaria. O telefone do escritório tocou ele pediu um minuto e atendeu a ligação. Eu e Edward nos fechamos em nossa própria bolha. – Pra onde você quer ir depois daqui?

– Pra onde você for. – respondi e nos beijamos brevemente.

Meu celular tocou na minha mão, anunciando a chegada de uma mensagem. Apertei despreocupadamente o botão que abria conteúdo, ciente de que Edward estava lendo junto comigo.

Riley:

     Bella, eu preciso de você. Estou tentando aceitar tudo, mas eu não consigo. Eu preciso de você, por favor, eu preciso de você. Eu te amo.


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Notas finais do capítulo

Hello, girls (and guys?)!! Como vocês estão? Finalmente eu postei, não é? Joguem as pedras em mim, eu deixo.

Acho que choquei a todos com a revelação de Emmett como pai de Charlotte. Confesso pra vocês que escrevi a fic toda tendo em mente que a criança seria filha de Edward, mas quando finalmente chegou a hora de escrever essa parte, eu não tive coragem de causar um impacto tão grande desses na vida deles, então optei por lascar o Emm haha Sobre a conversa de Edward e Charlie, ela virá nos próximos capítulos.

Minhas fiéis leitoras reapareceram e deixaram um comentário, OWWNNNNN, fiquei muito feliz, viu? Podem fazer isso sempre haha E fantasminhas também podem aparecer, eu vou amar.

MUITO OBRIGADA, MPR, PELA RECOMENDAÇÃO MAIS QUE ESPECIAL! Eu ameeeeeei, amei. Mas você já deve imaginar isso, não? Eu pulo de felicidade com as reviews, com uma recomendação então nem se fala. haha "o drama familiar com romance mais legal que eu me lembre de ter lido" foi o máximo, eu amei de verdade, obrigada!

ps: vocês leem as minhas notas? kkk as vezes eu acho que não, então me respondam se sim, ok?

I hope you enjoy!




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