Meu Priminho Preferido escrita por gabwritter


Capítulo 24
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Mais um especial pra vocês haha e deixem carregando a música Bendita La Luz, do Maná, ela será necessária lá no meio do capítulo.



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– Oh, Tanya está morando em NYC e não pode vir hoje. – Eleazar respondeu rápido e Edward continuava tossindo. Estranhei seu comportamento e então minha mente trabalhou muito rápido. Não podia ser. Encarei meu namorado e fiz a pergunta que eu tenho certeza que ele não queria escutar.

– Edward, é Tanya Denali que trabalha pra você?

– Você não sabia, querida? – Carmen questionou. – Tanya quis crescer sozinha na carreira de engenheira e conseguiu um emprego na Higg Konstruktion. Ela me disse que Edward tem sido muito bom com ela.

– Muito bom. – Irina ironizou e recebeu um olhar de reprovação da mãe.

– Bem, nós vamos nos sentar, até mais. – Carmen deu um tchauzinho e se retirou com a família. Virei meu corpo e encarei Edward que ainda tossia um pouco.

– Edward, meu querido, há algo que você queira me dizer? – ergui as sobrancelhas para ele. Já vermelho de tanto tossir, ele tentou responder.

– Amor, eu já conversei com você sobre isso. Tanya é apenas minha funcionária. – ele disse como se pedisse desculpas. Ali tinha! Emmett, Jacob e Alice tinham a boca coberta pela mão, com certeza estavam abafando uma gargalhada.

– Edward, eu te quero na sala privada. Agora. – ordenei. Ele saiu com o rabinho entre as pernas e se dirigiu a uma sala privada que havia ali. Meus primos não aguentaram e explodiram de vez.

– Eu posso saber o motivo da risada? – Carlisle chegou por trás de nós e depositou sua mão sobre meu ombro e o de Alice. Ele, assim como todos os outros homens da festa, estava impecavelmente vestido em seu terno preto.

– Estávamos rindo de Edward, papai. – Alice o respondeu.

– E onde está ele?

– Acabou de sair daqui. – Emmett falou dessa vez.

– Na certa está procurando mulher, esse meu filho... – Carlisle disse sorrindo e se vangloriando do filho. Todos nós acompanhamos sua risada, não me senti atingida nem nada, afinal ele não sabia de nada e falava sem um pingo de malícia.


Nunca entendi como um homem como Carlisle pudesse ter se casado com alguém como Esme. Ambos eram o oposto um do outro. Esme era arrogante, se achava superior a tudo e a todos, nunca aceitava não como resposta e sempre tentava manipular as pessoas ao seu redor. A única pessoa que baixava a guarda de Esme era Eleanor. Já Carlisle não, ele era um homem bondoso, sempre disposto a ajudar e que se preocupava com o mundo fora do seu umbigo. Mais uma vez, eles eram completamente opostos, mas estavam aí, casados há mais de vinte e cinco anos.



– Carlisle. – um homem que não me era estranho chamou.


– Jenks. Que surpresa. – ele cumprimentou o homem negro a sua frente. – Como vai?

– Muito bem, e você? – Jenks passou o olhar sobre nós. – Boa noite.

– Boa noite. – devolvemos. Ele tinha uma maleta preta com uma listra branca na lateral nas mãos, o que me chamou a atenção. Parecia uma pasta de trabalho.

– Estou procurando Eleanor, se a vir, por favor, diga que estou aqui. – ele se despediu e foi embora.

– Quem é ele, papai? – Alice questionou.

– Jenks é o detetive particular da família. Estranho, eu não sabia que ele viria. Bom, garotos, irei deixá-los. – Carlisle beijou o topo da cabeça de Alice e da minha e saiu.

– Bem, eu vou ter uma conversinha com o priminho de vocês. – Jacob fez um movimento de faca sobre seu membro inferior e riu. Os deixei a sós e caminhei até a sala privada do salão.


No caminho, fui parada por algumas pessoas. A maioria me puxava o saco por eu ser quem eu sou, até tentavam puxar conversa, mas eu logo os cortava. Houve um que até disse ter amado o filme Clear, e que eu estava deslumbrante no filme. Eu ficaria feliz com o comentário, se eu tivesse atuado no filme. Apenas agradeci para não deixar o rapaz constrangido.



Andei mais um pouco e cheguei à bendita sala. Entrei e Edward estava parado em pé de costas para a porta. Sentei numa das poltronas ali e o indaguei.



– Edward, eu quero saber tudo sobre o seu relacionamento com Tanya. E não adianta querer negar, pois eu sei que tem mais coisa pra eu saber além do que você me contou. – ele passou a mão na testa enxugando um suor inexistente e sentou na poltrona ao meu lado.


– Há um ano atrás eu e Tanya namoramos. – ele soltou sem pestanejar. Puxei de volta a mão que ele tentava entrelaçar a sua. – Namoramos por três meses.

– E qual o motivo de você me esconder isso? – questionei chateada com sua falta de confiança em mim.

– Bella, eu sei o quão ciumenta você é. Se lembra daquela vez no meu apartamento? – assenti, minha mente me levando até aquele dia.


“ Eu tinha acabado de desligar o fogo que aquecia a panela com o molho que eu preparava para o jantar. Fazia nove dias que eu estava em New York e eu queria surpreender Edward naquela noite. Ele sempre reclamava da preguiça que tinha de ter que sair todos os dias para jantar fora, então eu quis eu mesma preparar um jantar para ele. Fiz minha especialidade: carne ao molho branco. O molho ficava laranja devido aos temperos que eu adicionava, mas a base era creme de leite e requeijão. Não era nada muito sofisticado, aliás, não tinha um pingo de sofisticação, mas Edward não atentaria para isso, o importante era o sabor, que, a julgar pelo cheiro, estava divino.



Desliguei o fogo do arroz a tempo de ouvir a campainha tocar. Deveria ser ele já que Alice só chegaria mais tarde. Ainda bem que ele tinha deixado sua chave comigo, assim eu teria alguns segundos para me arrumar antes de atendê-lo.



Gritei um “já vai” e corri até o lavabo da sala. Ajeitei meu cabelo e a saia que eu usava. Retoquei o batom vermelho em meus lábios e segui para a porta. Abri toda feliz por finalmente vê-lo depois de todo o dia e me deparei com uma mulher loira. Ela era bem mais alta do que eu, o corpo cheio de curvas e os seios pulando fora do decote. Os cabelos platinados brilhavam mais que as “joias” que a mesma ostentava.



– Pois não? – disse educada.


– Edward está? – ela falou bisbilhotando sobre a minha cabeça para dentro do apartamento.

– Não. Qual o assunto?

– Ah, nada em especial. Eu estava passando na rua e resolvi vir dar um “oi”. – ela me olhou dos pés à cabeça e sorriu com deboche. – Você é a irmã dele? Alice, não é? – neguei e ela me encarou mais a fundo. – OMG, você é a menina drogada daquele filme, a... – ela estalou os dedos como se aquilo a fizesse lembrar meu nome. – Marylin! Ah, Mary, tira uma foto comigo? A vigarista me chamou pelo nome da minha personagem.

– Claro, querida. – sorri sarcástica e dei liberdade para que ela entrasse no apartamento. – Entre. – ela entrou e foi direto se sentar no sofá. Ela parecia bem confortável ali, como se já tivesse estado no local antes. – Você não me disse seu nome, querida.

– Kimberly.

– E o que você é para Edward?

– Ah, Mary, você está muito desatualizada por aqui. Sou namorada do Edy. E você, é o que do meu neném?

– Sou a prima dele. – fiquei puta e voltei à cozinha. Tive vontade de jogar fora toda a comida, mas não o fiz, seria um desperdício. Comecei a desarrumar a mesa que eu havia preparado com tanto esmero para recebê-lo quando a campainha tocou de novo.

– Deixa que eu abro. – Kimberly gritou desde a sala e eu deixei que ela fizesse o serviço.

– KIMBERLY? – a voz embasbacada de Edward gritou.

– Oi, neném.

– O que faz aqui? BELLA? – ele gritou por mim e eu o ignorei. Terminei de guardar tudo que estava sobre a mesa no instante em que Edward entrou na cozinha. – Bella, eu...

– Sua namorada queria te ver. – o cortei e apontei a loira peituda atrás dele. Ele desarrumou bruscamente o cabelo e se virou para Kimberly.

– Você. Fora. Da. Minha. Casa. Agora. – ele apontou para a porta.

– Ai, neném, não faz assim. Eu...

– AGORA! – a mulher se assustou com seu grito e saiu rapidamente dali. – E não volte mais aqui! – escutei o barulho da porta batendo e ele logo voltou até a cozinha. – Bella, o que essa maluca falou pra você?

– A sua namorada, - dei ênfase ao “sua”. – queria ver o neném dela.

– Bebê, - ele chegou perto de mim. – eu fiquei duas vezes com essa louca e desde então ela cisma que é minha namorada. Não dê ouvidos para ela.

– Eu? Imagina, Edward. – saí da cozinha e fui até meu quarto. Abri minha mala e comecei a tacar minhas roupas ali dentro de qualquer jeito.

– O que você está fazendo? – ele perguntou ao entrar no closet.

– Está cego agora? – ele puxou a roupa que estava na minha mão e jogou tudo no chão. Edward prendeu minhas munhecas e me prensou ao espelho do closet.

– Eu já te expliquei o que aconteceu. Não precisa ficar assim, Kimberly nunca significou nada pra mim, já você... – ele deixou subentendido e beijou meu pescoço. Deixei meu orgulho de lado ao sentir os arrepios que sua respiração causava em mim.

– Já você...? – ele parou de mordiscar a carne do meu ombro e sumiu até meu ouvido.

– Já você significa e muito pra mim. – dito isso ele arrebatou meus lábios em sua boca com ferocidade. Edward se movia rápido, demonstrando atrás do beijo minha significância para ele. – Ciumenta. – ele disse enquanto terminava o beijo com vários selinhos carinhosos. – Minha ciumenta.”


– Lembro.


– Então, meu amor. Eu não queria trazer um assunto como esse pra nossa vida. Já temos complicações demais, Bella, e Tanya já é um passado na minha vida. – ele passou os dedos na minha bochecha.

– Eu não quero que você me esconda mais nada, Edward. – coloquei minha mão sobre a dele em minha bochecha. – A gente precisa de confiança. Como eu posso confiar em você sabendo que sempre tem alguma historinha vindo à tona? Que sempre tem algo que você em esconde?

– Eu errei e peço perdão por isso. Foi uma ideia de merda que eu tive, mas eu só queria evitar mais problemas. – Ele aproximou mais seu rosto ao meu. – Me perdoa? Hm? Perdoa esse bobo que te ama? – sorri e me aproximei dele. Nossos lábios roçaram um no outro. A porta começou a abrir e nós demos um pulo.

– Aqui a gente pode falar mais a vontade. – Eleanor disse olhando para trás. Edward aproveitou e foi para o outro lado da sala, o mais longe possível de mim. – Bella? Edward? – ela se assustou ao nos ver ali. – O que fazem aqui?

– Já estamos saindo, vovó. – Edward respondeu e nós seguimos para a porta. Eleanor nos mirou com o olhar inquisitivo, como se tentasse adivinhar o que nós fazíamos ali dentro. Antes de sairmos, o tal Jenks entrou na sala.


– Essa foi por pouco, muito pouco. – Edward falou quando já estávamos a uma certa distância da sala.


– Realmente, precisamos ser mais cuidadosos. Ela quase vê a gente se beijando, Ed.

– Sim. – ele concordou e chegamos até a mesa em que nós primos estávamos sentados, Rebecca e seu noivo Demetri também estavam sentados conosco, assim como Jasper que tinha chegado um pouco atrasado. Rachel preferiu sentar com a família do noivo. Estávamos conversando sobre bandas de sucesso quando uma moça loira nos abordou.


– Olá, estão precisando de algo? – forcei mais a memória e lembrei quem era ela, era a recepcionista do restaurante da tia Sarah.


– Olá, Rosalie. – Emmett respondeu, seu tom indicava intimidade. Rosalie rapidamente ficou vermelha. Controlei meu corpo para não soltar uma estrondosa gargalhada, então Rosalie era a tal mulher com quem Emmett tinha conseguido o telefone e um encontro na noite do jantar no Familjen.

– Olá. – ela disse tímida. – E então, precisam de algo?

– Estamos bem, Rosalie. Muito obrigada. – sorri gentil para a última vítima de Emmett.

– Nesse caso, com licença. – ela se dirigiu até a outra mesa e fez a mesma pergunta. Rosalie vestia um vestido preto com detalhes em branco, assim como todas as outras garçonetes usavam. O vestido era um pouco apertado e Emmett se aproveitou desse detalhe para dar uma boa olhada para a bunda da menina quando ela se virou. Não aguentei e parei se sufocar minha gargalhada. Alice pareceu entender o mesmo que eu e gargalhou junto comigo.

– Quer dizer que Rosalie era a sua conquista? – o acusei.

– Fala aí, mandei bem, não mandei, priminha? – ele disse safado. – Rose é extremamente gostosa.

– Hm, já estamos no Rose... – Alice debochou.

– Além de gostosa é linda. – Emm completou.

– É o amor...- Jacob cantou e todos nós rimos de novo.


Passado mais algum tempo, Eleanor apareceu com cara de poucos amigos. Ela cochichou alguma coisa no ouvido de Esme e se dirigiu para o palco improvisado que haviam montado no salão.



– Boa noite, queridos amigos. – seu semblante feroz sumiu e deu lugar a um sorriso. – Hoje é uma data mais do que especial para mim e para a minha família. Há exatos cinquenta e cinco anos atrás, minha querida filha Esme Elizabeth nasceu. Minha primeira filha, minha primeira bonequinha. Nasceu tão linda, idêntica a mim. Esme trouxe alegria e felicidade junto de si. Quando bebê, era gordinha. – atrás dela tinha um telão que passava fotos em preto e branco de Esme ainda neném. O salão comoveu-se em um “own” coletivo. – Depois foi crescendo, aprendeu a falar “mama”, aprendeu a andar, a correr, e logo ganhou o mundo. Hoje se tornou a mulher que é. Linda e mãe. Carinhosa, doce, guerreira, determina, - Ed sussurrou um “até parece”. – e a melhor filha que alguém poderia ter. – achei aquilo um absurdo. Essa velha não lembrava que tinha mais duas filhas? E que elas também estavam ali? – Confesso que quebrei a cabeça esses dias sem saber como presentear minha filha. Anos atrás era mais fácil. Esme queria viajar, eu dava a ela a viagem. Esme queria um carro, eu dava. Esme queria doces, eu lhe comprei uma fábrica. O que dar a alguém que já tem tudo? Eu lhe respondo, minha filha: hoje eu lhe dou esse momento.



“ Sim, esse momento. Aqui reunidos temos os nossos amigos, a nossa família, os seus filhos, o seu marido. Todos eles juntos, celebrando mais um ano de vida que Deus lhe concedeu. Hoje, eu te dou a oportunidade de memorizar este momento em sua mente e lembrar-se dele pra sempre. Os bens materiais vem e vão, mas o conhecimento, a memória, esses nunca são arrancados de nós. Então vamos brindar, Esme. – ela levantou sua taça e todos na sala acompanharam seu gesto. – Vamos brindar ao momento, a esse momento, que ele lhe acompanhe sempre e sempre. Feliz aniversário, Eliz!”



Bati minha taça com os demais na mesa, assim como fizeram todos os outros convidados. Assim que minha avó desceu do carro, uma banda começou a tocar uma melodia lenta e Carlisle logo puxou a mulher para uma dança. Eles sorriam felizes e dançavam com maestria. Mais casais se juntaram a eles. Jasper convidou Alice, Demetri convidou Rebecca e vi meus pais passando também para a pista de dança junto com tia Sarah e tio Billy.



– Aceita dançar comigo, bela dama? – Edward ofereceu sua mão.


– Claro que sim, cavalheiro. – aceitei sua mão e caminhamos até a pista de dança. Ainda pude ouvir um “sobramos” vindo de Jacob.


Edward comandou a dança lenta que nós tínhamos. Meus braços rodeavam seu pescoço enquanto ele enlaçava minha cintura, no vai e vem de nossos passos. Parecíamos um casal de namorados apaixonados, e éramos um.



N/A: COLOQUEM A MÚSICA PRA TOCAR.



– Daqui a um tempo seremos nós na nossa dança de casamento. – Ed falou no meu ouvido. Imediatamente meu cérebro imaginou a cena. Eu com um vestido de princesa branco, Edward igual um pinguim e a gente dançando agarradinhos ao som de Bendita La Luz. E do nada, no meio da dança, ele parava, se ajoelhava no chão e beijava a minha barriga. Sorri feliz, seria tão bom se isso se realizasse. Edward e eu casados e com um filho ou filha a caminho. Seria possível transbordar, ou até mesmo explodir de felicidade? Pois apenas o pensamento era necessário para botar um sorriso em meu rosto, se isso um dia se tornasse realidade...


– Eu vou esperar ansiosa por esse dia. – ele se afastou de mim, pegou minha mão e fez eu dar uma voltinha. Quando voltei para abraçá-lo, Edward começou a cantar.

– Bendita la luz, bendita la luz de tu mirada, bendita la luz, bendita la luz de tu mirada... – ele cantarolou no meu ouvido e as lágrimas instantaneamente banharam meus olhos.


“– Seus olhos são lindos. – ele disse enquanto contornava meu olho com o dedo. – Tão lindos.


– Assim como os seus. – fiz um carinho em sua bochecha. – Eu olho pra você e enxergo um oceano, Edward, um oceano de sentimentos. Eu vejo o que você sente, eu vejo a sua alma, eu me vejo neles.

– Porque você é tudo o que eu vejo, Bella. – me derreti com a declaração. – Bendita el lugar y el motivo de estar ahí, bendita la coincidencia... – meus olhos se encheram de lágrimas ao reconhecer a música que ele me cantava num espanhol perfeito. Bendita la luz era uma de minhas músicas preferidas. Era uma canção de devoção, de amor, na qual os olhos, a mirada, substituíam o coração.

– Bendito el reloj, que nos puso puntual ahí, bendita sea tu presencia... – continuei a estrofe. Céus, eu não seria capaz de deixá-lo amanhã. Inferno, como quinze dias se passaram tão rápido?

– Bendito Dios por encontrarnos em el camino...”


Mergulhei no peito dele e discretamente tirei um dos braços de seu pescoço para limpar meus olhos.


– Eu já disse que eu te amo hoje? – falei em seu ouvido.

– Ainda não.

– Pois eu amo, muito. – me abracei um pouco mais a ele e dançamos ao embalo da música lenta que o cantor ecoava.

– Lindos. – mamãe falou ao passar dançando ao nosso lado. O sorriso dela de orelha a orelha era contagiante. Charlie sorriu também, sem enxergar o real elogio que minha mãe nos dedicava. Edward me girou mais uma vez e nessa hora vi o olhar de Eleanor em cima de nós.

– A vovó está nos olhando. – falei ao voltar para os braços dele.

– Que mal há um primo dançar com a prima?

– Melhor não arriscarmos muito, amor. – nesse momento a música terminou e os aplausos ao cantor foram efusivos. Voltamos para nossa mesa com Alice e Jasper e Esme apareceu por lá.

– Crianças, depois da festa não vão embora. Mamãe quer conversar com a família toda, você também Rebecca. – ela apontou para a sobrinha que acabava de chegar à mesa.

– Tudo bem, tia. – ela respondeu doce. Esme apenas assentiu e saiu. Minha sogra é uma bruxa!

– Gente, eu tava pensando, seria legal se vocês fossem passar um final de semana em Las Vegas. – Demetri falou. Os Volturi eram donos de uma cadeia de cassinos na cidade. – A gente podia reservar a suíte presidencial do Caesars Palace, seria muito legal.

– Totalmente apoiado, Demetri. – Jacob incentivou.

– Você vai poder nesse final de semana, amor? – Demetri perguntou para Becca.

– Posso sim.

– Então fechou. – Emmett urrou em expectativa. – Vai ser massa, um final de semana de loucura em Vegas.

– Por favor, não chamem Rachel e Alec. – Jake implorou.

– Pode deixar, cunhado.


Ficamos mais algum tempo combinando a viagem. Iríamos eu, Edward, Alice, Jasper, Demetri, Rebecca, Jane, Jacob e Emmett. Sim, eu levaria minha assessora e também amiga pra se divertir um pouco, já que ultimamente eu só tenho dado dor de cabeça a ela.



– E onde está aquela sua irmã gostosa, Demetri? – Emmett, tinha que ser ele, perguntou.


– Heidi? – Emm assentiu. – Está em Vegas. Precisa de muito pra tirá-la de Las Vegas num final de semana.

– Opa, então ela vai estar lá fim de semana que vem? – Demetri confirmou. – Ah, beleza, vou bater um papinho com ela.

– Emmett, cuidado com a minha cunhada, por favor. – Becca o advertiu.

– Cuidado é meu nome do meio, Becs. – Emmett se vangloriou. – E não esqueçam: o que acontece em Vegas, fica em Vegas.


O jantar foi servido e a festa continuou. Eram duas e pouco da madrugada quando eu decidi que não ficaria mais ali.



– Gente, não dá mais, eu vou embora. – anunciei para meus primos que continuavam na mesa. Demetri e Jasper já tinham ido embora.


– Bella, não podemos ir. A vovó quer conversar com a gente. – Alice lembrou.

– Gente, eu não aguento mais ficar aqui escutando essas músicas de velho.

– Eu também não, prima. – Becca concordou comigo. – Mas fazer o quê?

– A gente podia ir para a mansão e ficar lá no salão de jogos, né? – Emm sugeriu.

– Boa ideia. – Ed disse e todos nós nos levantamos da mesa. Quando estávamos saindo do salão, vovó nos abordou.

– Aonde vão? Eu não falei que queria conversar com todos depois da festa? – ela já estava nos brigando antes mesmo de nos ouvir.

– Vamos esperar a senhora no salão de jogos, vovó. – Alice a respondeu.

– Nesse caso, podem ir. – ela nos liberou e Rachel se juntou a nós.


Saímos do salão e o vento da madrugada de Beverly Hills estava frio. Tremi um pouco e Edward percebeu. Ele retirou seu terno e o colocou em meus ombros. Enfiei meus braços nas mangas e me agarrei terno, ele tinha o cheirinho do meu amor.



Fizemos todo o caminho de volta para a mansão e meus pés estavam me triturando viva. Jacob se ofereceu para me carregar em suas costas e eu aceitei. Fui montada nele até chegarmos na casa grande. Descemos para o subsolo, onde era o salão de jogos, e ficamos ali tomando um vinho. Os meninos foram jogar sinuca e eu me joguei num dos sofás com Alice e Rebecca. Rachel estava num canto qualquer mexendo no celular. Cerca de uma hora depois tia Sarah apareceu lá nos chamando até a sala de estar, onde Eleanor iria conversar com a gente.



Fiquei intrigada com essa conversa. Afinal, o que poderia ser tão urgente que não poderia esperar para o dia seguinte? Não, tinha que ser no meio da madrugada, e com todos exaustos da festa que durou horas. Subimos até a sala e nos acomodamos. Toda a minha família estava reunida ali, inclusive vovô Rupert que já deveria estar dormindo há horas.



– Família. – Eleanor começou seu discurso com um sorrisinho debochado no rosto. – As vezes eu me pergunto se vocês sabem o significado disso. – os mais velhos se assustaram com seu tom acusador.


– O que houve, mamãe? – Esme perguntou.

– As vezes eu também me pergunto se vocês acham que eu sou trouxa. – vovó ignorou a pergunta de Esme. Ela tirou uma maleta de trás da mesa de canto que havia ali. Reconheci como a maleta preta com uma listra branca que estava mais cedo com Jenks. – As vezes eu me pergunto se vocês acham que eu sou cega. – ela depositou a maleta sobre a mesa e a abriu. Pegou vários papéis nas mãos e voltou a encarar a família. – Pois eu digo: não sou trouxa, e muito menos cega. – ninguém ousou a interromper de novo. – Tanto não sou cega, que com esses olhos que a terra há de comer que eu vi o que nenhum de vocês viram. E se viram, fizeram de conta que não. Há algumas semanas eu venho suspeitando do comportamento de dois dos meus netos. – ao meu lado, o corpo de Edward ficou imediatamente tenso, assim como o meu. – Eles nunca foram tão próximos, e agora, não se desgrudam mais. E eu quis saber o porquê. Contratei Jenks e hoje ele me entregou sua... Digamos que sua pesquisa. – Eleanor abriu um sorriso macabro que me arrepiou até o último fio de cabelo. Ela foi até o centro da sala e virou o papel de maneira que todos na sala pudessem ver seu conteúdo. Ouvi um arfar coletivo e Edward depositou sua mão sobre a minha e a apertou. – Reconhecem esse casal feliz na foto? Se não, eu esclareço sua dúvida. São meus queridos netos Edward Cullen e Isabella Swan.


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Notas finais do capítulo

HELLOOOOO, LEITORAS! Como estão hoje? Eu estou bem feliz pois acabei de escrever esse capítulo e eu o adorei! Haha Pois não é que foi só ameaçar vocês um pouquinho que choveram comentários? Espero que continue assim né... E bem vindas leitoras novas!!

Sobre a fic, não me matem, ok? kk capítulo que vem vai pegar fogo, a tão esperada briga entre Eleanor e Bella muhahah

Vamos a parte ruim: hoje eu recebi uma notícia péssima. Ficarei sem o computador até o início de junho. Não sei se o terei de volta dia dois ou três, e justamente dia três começa a minha faculdade. Eu poderia ir numa lan house, mas é um lugar tão inapropriado pra escrever uma história que eu já desisto só de pensar. Por um erro de cronograma meu, terei que adiar o capítulo principal da fanfic. E só para esclarecer o motivo desses sumiços: eu estou mudando de estado, aí já viu a bagunça né kk


Na realidade, eu posso escrever algo até quarta feira, mas isso depende dos comentários de vocês, minhas caras leitoras muhahahahah


I hope you enjoy!