Meu Priminho Preferido escrita por gabwritter


Capítulo 23
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Mais um, leitoras!



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– ALI! – eu o interrompi e vi um homem saindo depressa detrás de uma árvore com uma câmera profissional nas mãos. – Meu Deus, estamos perdidos! – o homem correu mais um pouco e sumiu na multidão. – Estamos perdidos!

– Calma, Bella, vamos sair daqui. – Edward me puxou e eu coloquei o chapéu de volta na cabeça. Voltamos para o carro sem contatos físicos.

Meu coração pulsava a mil, sabe Deus o que essas pessoas eram capazes de fazer com essas fotos. Eles poderiam tentar me subornar, me ameaçar ou simplesmente vender para alguma revista a chocante foto da queridinha da América aos beijos com o primo de primeiro grau.

– Amor, fica calma. – Edward agarrou minha mão que só então eu percebi que estava tremendo.

– Não tem como, Edward. Eles vão acabar comigo, com a gente. – ele parou bruscamente no acostamento da rodovia e se virou para mim.

– Pelo amor de Deus, escute o que você está falando! Eles não vão acabar com a gente.

– Eles vão contar pra nossa família primeiro que a gente, Ed. Amanhã essas fotos já vão estar em todos os jornais, sites, revistas. Estamos perdidos...

– Bella, por favor. – ele gentilmente segurou meu rosto em suas mãos. – Meu amor, por favor, nós sabíamos que uma hora ou outra isso aconteceria, e nós estamos preparados pra isso.

– Não, Edward, eu não estou! – ele me soltou e passou a me olhar com surpresa nos olhos. Até eu me surpreendi com as minhas palavras. Ele retornou ao volante e colocou o carro em movimento. – Não foi isso que eu quis dizer, é só que...

– Não precisa falar mais nada. – ele me cortou. Droga, eu tinha o magoado. Não era isso que eu queria falar, quer dizer, eu estava preparada pra essa situação, mas eu não esperava que fosse tão cedo. Eu tinha o magoado no momento em que eu mais precisava dele. Resolvi ligar para Jane e deixá-la a par dos acontecimentos.

– Jane, aconteceu! Tiraram fotos de mim e de Edward juntos.

Como assim, Bella? Onde vocês estavam? – a voz dela soava a decepção.

– Na praia.

Eu não posso acreditar! Quantas vezes eu te pedi que tomasse cuidado? Que não saísse em lugares públicos com ele? Que se resguardassem?

– Eu sei que fui imprudente, mas agora não adianta chorar pelo leite derramado. – Edward balançou a cabeça em negativo, com certeza reprovando a minha conversa.

Eu vou... Porra, eu não posso fazer nada. Agora é rezar pra que seja lá quem tenha tirado essas fotos entrar em contato com a gente. Senão, querida, prepare-se. – e ela desligou. Mais uma pessoa magoada comigo. Andamos mais um pouco e chegamos em casa. Edward parou em frente ao prédio e não no estacionamento.

– Não vai entrar?

– Não.

– Amor, me desculpa, por favor. Eu falei sem pensar, é claro que eu estou preparada pra assumir você, eu só não esperava que fosse assim, fora do nosso controle. Por favor, Edward, por favor, não fica assim comigo. Eu não fiz por mal. – elevei minha mão até seu rosto e fiz um carinho em sua bochecha. – Ein? Vamos subir, conversar direito. Por favor, Ed.

Ele não falou nada, apenas ligou o motor do Volvo e entrou no estacionamento subterrâneo, uma vez que seu carro já era liberado ali. Ah, eu o faria entender que eu não queria dizer aquilo, sim, eu faria.

*********************************************

Sexta-feira, 20h30.

Estacionei meu novo carro, um Bentley, em frente à casa de Alice e buzinei. Eu estava indo busca-la para juntas irmos ao aniversário de 55 anos da tia Esme. Infelizmente, o luxuoso jantar será recepcionado na mansão Higginbotham, em Beverly Hills, um lugar que eu não me sentia muito confortável apenas pelo ambiente da casa.

Ela apareceu na porta se despedindo de Lucy e uau, minha prima estava deslumbrante. Ela usava um vestido de coquetel curto e preto colado no busto e mais soltinho na parte de baixo. O vestido contava com bordados prateados que, apenas de passar os olhos em cima, poderíamos dizer que foram feitos a mão. Nós pés ela usava um Louboutin cravejados de cristais e, para finalizar, uma clutch recheada de caveiras. A maquiagem estava bem forte e o cabelo solto e ondulado. Alice estava um espetáculo.

– Uau! – a elogiei. – Alice, você está linda!

– Ai, obrigada, amiga. Hoje eu quis caprichar. Não vou te elogiar, pois quero lhe ver em pé. – ri de seu comentário. – E então, algum sinal do paparazzi?

– Ainda não. – neguei seu questionamento e voltei a sentir aquele mal estar que eu sempre sentia quando voltava a esse assunto. Já fazia uma semana desde o episódio na praia e até agora ninguém havia entrado em contato com minha assessoria ou até mesmo publicado as fotos em algum veículo de imprensa. Essa demora toda só me levava a crer que algo muito maior estava sendo preparado para mim e que isso não seria em nada bom.  – E é isso que me perturba, Allie, essa enrolação toda. Eu acho que quando esse assunto vier de vez à tona, será muito pior do que eu imaginava que seria.

– Pior é que concordo com você, Bella.

Continuamos conversando sobre aquilo e especulando o quê e porquê o paparazzi ainda não tinha dado as caras. Tempos depois chegamos à mansão. Entrei pela mesma portaria que eu sempre entrava – a casa contava com três delas – e um guarda que estava do lado de fora da guarita me parou.

– Boa noite. Perdão, senhorita, mas os convidados devem entrar pela outra portaria. – o homem falou quando eu baixei meu vidro.

– Eu sou da família. -  liguei a luz interior do carro e segurança me reconheceu.

– Perdão, dona Isabella, eu não a reconheci. É que esse carro não está cadastrado no nosso sistema, então achei que era mais um convidado da festa.

– Sem problemas. – sorri para ele. Se fosse minha avó, ela com certeza já tinha o despedido.

– Torre, é Isabella Higginbotham, pode liberar. Boa noite e tenha uma boa festa, senhorita.

– Obrigada. – o portão se abriu e eu posicionei o carro debaixo do raio-x.

Como parte da segurança da mansão, a área de eventos era separada da área de convivência. O salão de festas ficava do outro lado do jardim da casa, atrás dos campos e das piscinas. Dessa forma, os convidados se manteriam afastados da residência em si e os perigos eram minimizados, se alguém que estivesse naquela área quisesse retornar a casa, teriam que passar por uma guarita que localiza-se no meio da propriedade, e eram raras as pessoas que conseguiam o acesso. A entrada desses convidados também era realizada por outra portaria, tudo para que nenhum estranho chegasse perto da preciosidade Higginbotham.

Os seguranças abriram o segundo portão e fomos liberadas para a área principal da mansão. No instante em que eu saia do raio-x, o portão atrás de mim se abriu e mais um carro entrou. Estacionei em frente à mansão e vi o Volvo de Edward, o Jipe de Emmett, o Audi de Jacob e mais vários outros carros caros que os Higginbotham ostentavam. Se bem que de carros luxuosos eu não podia falar, afinal, eu também era apaixonada por eles.

Descemos do carro e Alice logo postou seus olhar analisador sobre a minha figura.

– Omg, Bella! Edward vai enfartar! – dei uma voltinha mostrando a parte de trás do meu vestido. – OMG!

Sorri de seu jeito bobo. Meu vestido era preto e longo, todo colado ao corpo até os joelhos, onde o pano afrouxava um pouco mais. O vestido sereia se ajustava perfeitamente ao meu corpo, chegando no pescoço, era amarrado por uma espécie de corda também preta. Na frente ele era bem comportado se ignorássemos a parte que ele delineava todas as minhas curvas, mas nas costas, ele era completamente aberto e eu me sentia um pouco nua. Nos olhos, minha maquiagem era bem simples, uma sombra cor de pele os cílios carregados de máscara, as bochechas levemente coradas e minha boca era adornada por um batom vermelho sangue. Meu cabelo estava escovado e todo colocado para um lado do pescoço, assim dando destaque ao meu brinco de rubi e diamantes. Eu também usava uma pulseirinha de diamantes e uma bolsa pequena da cor do meu batom, nos pés um salto alto preto finíssimo que começou a incomodar desde o momento em que eu os coloquei, mas hoje eu estava decidida a ser uma mulher fatal e não desceria do salto.

– Eu to falando sério, meu irmão vai ter um treco, eu mesma já estou tendo. Imagina ele... – Alice disse apontando meu visual. Eu sabia que eu tinha exagerado na sensualidade, mas esse era meu objetivo.

– Fiu-fiu, se não é a filha mais linda do mundo. – meu pai disse descendo do carro. Ah, então era ele!

– Obrigada, papai.

– De nada, meu anjo, mas você está realmente linda! – ele se aproximou de mim e deu um beijinho no topo da minha cabeça. – E cheirosa. Você também Alice, uau... – ele partiu para cumprimenta-la e mamãe veio me elogiar.

– Meu bebezinho já é uma mulher formada. – ela me abraçou. – Que neném mais linda da mamãe.

– Obrigada, mãe.

Ela falou com Alice e entramos na casa. Fomos até a saída que dava acesso à área das piscinas e seguimos para onde a festa estava acontecendo. O salão de festas era todo em vidro, então desde o caminho eu já percebia a movimentação que rolava ali dentro. Demos a volta na piscina, passamos pela pequena guarita e enfim chegamos ao nosso destino. Uma chuva de flashes caiu sobre nós, tanto dos fotógrafos contratados quanto da imprensa, que, a julgar pela presença deles, haviam sido liberados para cobrir o evento. Na entrada, uma mocinha nos parou e pediu nossos nomes, nós os demos, pegamos uma taça que champanhe que nos era oferecida e entramos.

A decoração do local era em branco e vermelho, as cores preferidas da minha tia. Todos estavam vestidos na cor preta, como pedido no convite, e o contraste com a decoração ficava muito atraente aos olhos. As mesas estavam elegantemente dispostas com sei lá quantas taças e talheres, e, em frente a cada cadeira, havia uma mínima placa com o nome da pessoa que ocuparia aquele lugar. Reconheci algumas pessoas e também vi outras que eu não queria passar nem perto. Logo encontramos Esme.

– Parabéns, tia. – a abracei e a mesma me dispensou um abraço frio, atípico de familiares, e nem sequer disse um “obrigada”. Nem liguei, já estava mais que acostumada com o jeito dela comigo. Se já me tratava assim sendo eu simplesmente sua sobrinha, imagina quando descobrisse que eu também era sua nora. Vi ela espremendo Alice nos braços e rolei os olhos, santa antipatia. – Mãe, a senhora já quer sentar? – a perguntei depois que ela parabenizou a irmã.

– Temos que cumprimentar as pessoas, meu amor. – apenas assenti com a cabeça e a segui para onde ela ia com meu pai, Alice também nos acompanhava.

Charlie me apresentou a empresários que ele conhecia e, consequentemente, eles me apresentavam a seus filhos. Vários desses filhos me olhavam diferente, um olhar de interesse, e eu estava totalmente ciente disso. Aquele não era um simples jantar de confraternização pelos cinquenta e cinco anos de Esme, aquele era um evento onde contatos eram feitos. Contatos, associações, promessas e acordos, era isso que a elite fazia, passavam dois minutos falando sobre a vida para logo adentrar no mundo nos negócios, e a conversa não terminava até que o objetivo era cumprido: algum acordo econômico e benéfico para ambas as partes era fechado, e se não tivesse o acordo selado, ficava a promessa de “conversamos sobre isso mais tarde”.

Andei mais um pouco com meu pai e encontrei Emmett, Edward e Jacob.

– Olá. – os saudei quando me aproximei do grupo. Emmett e Jacob devolveram o cumprimento e Edward apenas me fuzilava com os olhos. – O que houve?

– Que roupa é essa? – ele perguntou apontando o dedo para o meu vestido. Isso porque ele ainda não tinha visto a parte de trás. Os outros dois e mais Alice explodiram em risos ao constatarem os ciúmes que meu namorado sentia.

– Um vestido, seu bobo. – tive vontade de beijá-lo, mas eu não poderia fazer aquilo ali. Emmett pegou meu dedo indicador e me rodou afim de me analisar por inteiro.

– Uau. – ele soltou.

– Isabella! – Edward rugiu. Agora quem gargalhava era eu. Antes que eu pudesse responder uma voz atrás de mim nos chamou.

– Boa noite. – girei e dei de cara com os Denali.

– Boa noite. – devolvi para Eleazar, o patriarca dos Denali. – Boa noite, Carmen.

– Boa noite, querida. Como está? – sempre gentil, a mulher de Eleazar me deu um abraço. – Fazia tempo que eu não a via.

– Me diga, há quanto tempo não aparece em Los Angeles?

– Há muito tempo mesmo. – ela respondeu sorrindo, como se estivesse se desculpando por ter estado tanto tempo sem nos visitar. – Se lembra das minhas filhas Irina e Kate?

– Claro que sim, como estão meninas? – as cumprimentei, assim como o resto de meus primos. – Ué, onde está Tanya? – questionei ao sentir falta da terceira filha do casal. Edward engasgou com a bebida que tomava e começou a tossir ao meu lado.

– Oh, Tanya está morando em NYC e não pode vir hoje. – Eleazar respondeu rápido e Edward continuava tossindo. Estranhei seu comportamento e então minha mente trabalhou muito rápido. Não podia ser. Encarei meu namorado e fiz a pergunta que eu tenho certeza que ele não queria escutar.

– Edward, é Tanya Denali que trabalha pra você? 


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Notas finais do capítulo

HEEEEEEEEEEY GIRLS! Como estão? Próximo capítulo vocês já sabem o que acontece né... MUAHAHHAHAHA

Os comentários estão diminuindo, me digam por quê! A história está ruim? Cansaram de mim? Acham que estou enrolando? Me façam entender, ou então eu deixarei vocês de castigo hihihihi brincadeirinha... ou será que não?

PARA AS QUE COMENTAM: DECRETO MEU AMOR POR VOCÊS! hahah Muito obrigada.

I hope you enjoy...

ps: quando será que eu posto de novo, ein?