Meu Priminho Preferido escrita por gabwritter


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Mais um hehe



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– Ed, - cheguei perto dele que estava parado em pé próximo a porta da cozinha. – Amor, vou pegar seu carro, ok? Depois eu te ligo. Preciso sair daqui. – sussurrei, ele apenas assentiu e apertou de leve meu ombro. – Tchau, gente.

– Você está muito enganada se acha que vai sair daqui agora, Isabella.

– Está me vendo sentada aí e te escutando? Eu acho que não. – ignorei minha querida avó e saí do paraíso de vidro em que Alice vivia.

O Volvo de Edward ainda tinha o cheirinho de carro novo misturado com o cheiro do dono. Eu reconheceria o cheiro dele em qualquer lugar. Ferrari Black era o perfume que ele usava, e junto com o cheiro natural dele, ficava maravilhoso.

Dentro do carro estava o controle do portão, menos mal, pelo menos dessa vez eu não seria obrigada a acabar com o portão da minha prima e com o carro do meu namorado.

Já fora da casa, parei no acostamento sem saber ao certo o meu caminho. Eu podia ir pra casa dos meus pais, mas mamãe ia colar em mim, o que eu não estava querendo muito. Eu poderia ir pra casa também, ler os roteiros que Jane havia deixado lá e escolher meu próximo filme, mas eu isso seria chato. Então lembrei que eu tinha que devolver o vestido da premiere, caminho decidido, eu iria me divertir um pouco com Rachel Zoe.

**************************

Era o terceiro roteiro que eu lia naquela tarde, e nada era o que eu queria. Todos os três roteiros eram de comédia romântica, e eu queria sair da minha zona de conforto, fazer um filme que me desafiasse como atriz, talvez um drama ou uma ação, algo bem distante do que os três roteiros me proporcionavam. Meu telefone tocou me salvando de mais uma página de piadinhas que eu já conhecia. Era Edward.

– Alô.

– Oi, bebê. – Ed falou. – Você está em casa, né? Porque eu estou aqui embaixo.

– Estou, pode subir. Vou liberar na portaria.

Liguei para a portaria e o liberei. Dois minutos depois minha campainha tocou. Fui abrir do jeito que estava vestida, de calcinha e um blusão.

– Oi. – atendi a porta e dei espaço pra que ele entrasse. Ed estava com uma roupa levinha, uma bermuda branca, blusa quadriculada azul e um chinelo de dedo.

– Oi. – ele me deu um selinho e então eu fechei a porta. Edward parou no meio da sala e colocou as mãos no bolso, numa típica atitude de timidez.

– Eu não acredito nisso. Por que o senhor está tímido? – cruzei os braços e bati o pé como se estivesse emburrada, mas por dentro eu queria rir do jeitinho fofo dele.

– Ah. – ele coçou a barba por fazer. – É que é sua casa e...

– Errado. – eu o interrompi. – É a nossa casa, amor, deixa de bobeira e vem aqui me dar um beijo.

Ele sorriu de lado e se aproximou de mim. O beijo foi lento, ambos aproveitando o momento.

– Vem. – puxei sua mão e o arrastei até meu quarto. – Deita aí. – senti que não falasse o que ele deveria fazer, ele ficaria parado como fez quando estava na sala. Recolhi da cama os papéis que estavam espalhados e os coloquei em cima do móvel. Ele ainda tirava os chinelos quando eu sentei no meio da cama. Ele terminou de se livrar do calçado e sentou ao meu lado. – Deita aqui. – bati em minhas pernas e ele se acomodou na cama com a cabeça em meu colo. – Eu não conhecia esse seu lado “com vergonha”. – iniciei um cafuné bem suave em seus cabelos acobreados.

– Porque raramente eu fico assim. – ele segurou a minha mão livre e a levou até seus lábios.

– Edward, eu escolhi passar minha vida do seu lado. E se você quiser e permitir, eu não vou mais desgrudar de você. Eu acho que vergonha no nosso relacionamento é algo que não cabe mais.

– Eu sei, é só que é um ambiente novo pra mim. Desculpa, eu prometo melhorar. – sorri encarando seus olhos verde-azulados.

– Acho bom. Eu queria conversar com você. – lembrei do assunto que vinha me incomodando desde o fatídico episódio de mais cedo.

– Pode falar.

– Ultimamente a vovó e eu temos discutido muito e você tem presenciado essas discussões. Agora imagina quando ela descobrir sobre a gente, Edward.

– Não vai ser fácil, Bella, mas eu estou disposto a enfrentar tudo. – ele deu um beijinho em minha mão.

– Amor, eu realmente não sei o que ela pode fazer. Quer dizer, ela já tentou me agredir e hoje me ameaçou. Eu não temo por mim, pois eu nunca tive nenhum laço a não ser o de sangue com ela, já você... – eu temia por Edward. Eu tinha o meu trabalho e não dependia do nome Higginbotham, no entanto, ele dependia. Por mais que houvesse papéis que comprovassem que a empresa pertencia a Emmett e Edward, a Higg Konstruktion fazia parte da Higginbotham Enterprises.

– Não há motivo de preocupação, bebê, quanto a isso você pode ficar tranquila. Com esses anos de trabalho e sendo um dos donos, eu juntei bastante dinheiro com a construtora. Emmett também. Tanto que se algum de nós quisesse sair agora e abrir a própria construtora, nós teríamos condições para isso. Fora as quantias que o vovô deposita em nossas contas.

Todos os meses, seu Rupert deposita uma certa quantia na conta dos netos. Essa transação não tinha nenhum vínculo com a empresa, era simplesmente um ato que meu avô fazia. O dinheiro era proveniente dos investimentos em ações na bolsa de valores que ele fazia e como o mesmo dizia não haver necessidade de ficar com esse lucro, ele repassava aos netos.

– Eu tinha me esquecido disso. Eu tive que criar uma conta nova só para esses depósitos. – lembrei de quando vovô anunciou que eu ganharia um certo valor a partir de tal mês. Eu neguei até onde pude e por fim ele me convenceu a aceitar seu “agrado”.  – Sabe Deus quantos milhões já tem lá.

– Justamente, então não temos que nos preocupar com dinheiro. – ele sentou e inverteu as posições. Obrigada, diga-se de passagem, eu deitei no colo dele e ele passou a fazer cafuné em mim.

– Não é só com isso que eu me preocupo, Ed. A vovó, ela vai pirar. A sua mãe também. Quer dizer, o que elas vão pensar de nós e...

– Bella, para! – sentei ao seu lado pra vê-lo melhor. – Meu amor, não é segredo pra ninguém que a nossa avó é a pessoa mais antiquada do mundo. Ela vai gritar, ela vai espernear, ela vai virar bicho, mas e aí? Eu te amo e foda-se o resto. Eu te quero e você me quer, e não há nada que vá nos afastar um do outro. Eu não me importo com a dona Eleanor e muito menos com o seu sobrenome. Se ela quiser me tirar a empresa, que tire. Se ela quiser me banir da família, que o faça. Se ela quiser me deserdar, eu estou pouco me lixando. Bella, entenda de uma vez por todas: eu estou disposto a fazer tudo por você. Será que dá pra entender isso de uma vez?

O tom de voz dele já estava exaltado. Edward em minha frente dizendo tudo o que eu queria ouvir, e eu com minhas inseguranças bobas. O puxei para um abraço apertado, querendo mostrar minha gratidão por tê-lo em minha vida.

– Eu sei que eu sou uma boba de estar pensando essas coisas, é só que não vai ser fácil, Ed, não vai ser fácil mesmo. Nós seremos apontados pela nossa própria família, e por pior que eles sejam, continuam sendo a nossa família.

– Infelizmente nós teremos que lidar com isso, amor.

– E sua mãe? Esme vai ser tão contra quanto Eleanor. – era essa parte que me agoniava.

– Se ela realmente me ama e quer me ver feliz, ela vai nos apoiar. Se ela, mais uma vez, seguir os passos da vovó, então eu saberei que tipo de mãe ela é e como eu me enganei todo esse tempo em relação a ela. – me senti culpada diante de suas palavras. Eu não queria colocar Esme em teste, não queria dar a oportunidade de ela acabar a relação com o filho. Droga! Por que Esme tinha que ser tão diferente de Renée? – Agora vamos parar com esse assunto chato. Eu tenho uma proposta a te fazer.

– Faça. – sentei direito em sua frente.

– Ainda são 16h. Que tal a gente dar uma volta? Ir em algum parque ou alguma praia? Ver o pôr do sol... – Edward era maluco! Por mais tentadora que a ideia fosse, nós não poderíamos ser vistos juntos.

– Amor, eu adoraria, mas eu acho que...

– Shiu. – ele me cortou. – Vá se vestir, amarra bem o cabelo, põe um boné e um óculos bem grande no rosto. – encarei seu rosto e vi que ele falava sério. Bem, por que não viver perigosamente por um dia?

Levantei indo até o closet, peguei um shortinho branco e uma camisa azul também quadriculada, apenas para combinarmos. Coloquei não um boné, mas um chapéu de praia maior e o maior óculos que eu tinha.

– Hey, - chamei Ed que estava esparramado na cama de olhos fechados. – vamos? – ele levantou da cama e nos saímos do apartamento. Entramos em seu Volvo e só aí eu me toquei. – Como você veio pra cá?

– De taxi. – ele deu com os ombros.

– E se eu não estivesse em casa?

– Eu iria onde você estivesse. – fuck, eu não merecia um homem assim. Passei meu braço por seu ombro e fiquei mexendo em seus cabelos. Algum tempo de viagem e ele voltou a falar.

– Bella, esse carro preto aí atrás está nos seguindo. – virei rapidamente para trás e tinha uns três carros pretos.

– Qual deles?

– O Navigator. – mirei o carro e ele estava a alguma distância de nós.

– Não está, Ed.

– Claro que está, ele vem nos seguindo desde perto da sua casa.  – voltei para olhar para trás e o carro deu sinal indicando que iria dobrar à direita.

– Viu? Ele já foi. Isso é nóia da sua cabeça. – afirmei e ele não discutiu mais o assunto.

Edward nos levou a uma praia qualquer, a mais perto que tinha, mas com uma vista esplendida do sol. Já eram 16h40 quando chegamos à praia. Ele estacionou o Volvo num estacionamento privado e descemos do carro. Assim que chegou perto de mim, Ed entrelaçou nossos dedos. Ele também estava de boné e óculos, os que ele deixava guardado dentro do carro.

Andamos na rua como namorados, vez ou outra ele me abraçava, me beijava na testa, coisas típicas de um casal. Paramos num lugar da praia onde não havia muita gente e onde nós pudéssemos ficar mais a vontade.

– Aqui está bom. – ele parou perto do mar e se sentou na areia. Sentei entre suas pernas e ele rodeou minha cintura com seus braços. Recostei nele e recebi um beijinho no cabelo. – Finalmente paz!

– Eu que o diga. – ficamos ali parados por um tempo sem ter o que falar, apenas desfrutando a presença um do outro. Encarei ao longe e vi um senhor que já devia ter seus sessenta anos vendendo picolés. – Amor?

– Hm?

– Eu quero picolé. – entortei o pescoço de forma que eu pudesse enxergá-lo. Eu já tinha retirado o chapéu irritante que ficava roçando no rosto dele.

– E onde que eu vou achar isso? – ele perguntou como se picolé na praia fosse a coisa mais impossível do mundo.

– Ali. – apontei o senhor que vendia meu objeto de desejo e ele, mesmo que resmungando, Edward foi lá comprar meu picolé de limão. Não demorou muito e ele voltou.

– Aqui seu picolé. – ele sentou em seu lugar anterior e vi que ele também tinha um picolé igual ao meu.

– Obrigada, bebê. – dei um selinho nele.

– De nada, pequena. – Pequena, esse era outro apelido que ele tinha me dado e eu amava escutar. Ele falava de uma maneira tão carinhosa que era impossível não gostar.

Algum tempo depois o sol começou a descer e o espetáculo era deslumbrante. A água refletia o formato do sol, assim como suas cores. Espiei atrás de nós e vi que várias pessoas também observavam aquela maravilha que a natureza nos proporcionava.

Edward me abraçou mais forte e começou a cantarolar Just The Way You Are.

– ‘Cause, girl, you’re amazing, just the way you are... – ele sussurrou a última parte da música em meus ouvidos no exato momento em que o sol sumia de vez no horizonte. Eu me arrepiei por inteira com sua voz rouca e perfeita para aquele momento. Virei um pouco de lado e tomei seus lábios nos meus.

– Eu te amo, Edward. – falei com minha boca colada a dele. Eu não poderia ter escolhido homem melhor para ser meu companheiro para o resto da vida.

– Meu amor... – fechei os olhos para sentir o momento mais íntimo que nossos corações podiam ter, e ali eu senti, senti que não importasse o que acontecesse, eu seria incapaz de abandoná-lo. Edward se tornara a minha vida, e eu não desistiria dele por fama, dinheiro ou pessoa nenhuma desse mundo. Mirei seu rosto tão perfeito, a barba por fazer, o nariz afilado, a boca extremamente vermelha, as bochechas rosadas e suas íris verde-azuladas, a cor mais bonita existente para mim. Fiz um carinho em seu rosto e quando eu ia beijá-lo de novo, eu vi o que eu não estava preparada pra ver.

– Edward. – chamei nervosa. Me afastei dele e bisbilhotei por sobre seu ombro as pessoas ao nosso redor. Nenhuma delas carregava uma câmera.

– Que foi, amor? – sua voz indicava tensão.

– Eu tenho certeza que eu vi um flash.

– Bella, não tem nada. – ele disse após olhar para trás e não encontrar nada assim como eu.

– Não, eu tenho certeza! – continuei varrendo o local procurando alguém que tivesse o potencial para minhas suspeitas.

– Bella, não tem...

– ALI! – eu o interrompi e vi um homem saindo depressa detrás de uma árvore com uma câmera profissional nas mãos. – Meu Deus, estamos perdidos! – o homem correu mais um pouco e sumiu na multidão. – Estamos perdidos!


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Notas finais do capítulo

HEEEEEEEEEEY, minhas queridas leitoras, como estão? Vocês viram que agora falta muuuuuuito pouco pra beward ser descoberto né? muahahah

Há alguns dias atrás eu falei que ia ficar sem computador e não fiquei, sumi por outros motivos já explicados. Mas agora é oficial: amanhã estarei sem o computador e só o terei de volta fim de semana que vem, então eu já queria avisá-las de que o ritmo de postagem vai diminuir. Eu não vou parar de postar ou sumir de novo, só que não mais postarei todos os dias ou dia sim/dia não. É POR UMA CAUSA MAIOR, ENTÃO NAO ME MATEM kkkk

Obrigada por todo o apoio de vocês, os comentários são extremamente importantes e eu leio/respondo/AMO cada um deles! Obrigada ♥

I hope you enjoy!