Hurricane escrita por Rocker


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oláaa, minhas leitoraas lindaas!!
Eu sei, postei antes do meu tempo normal de postagem, que não se vcs perceberam, erh no fim de semana, geralmente na sexta!! maaaaaaaas, cm hj erh um dia MUITO especial [~meu niver de 15 aninhos *------*], resolvi adiantar mais um cap pra vcs, cm meu proprio presente de aniversário!! mas o prox será só no fim de semana q vem, pq toh em semana de prova... Enfim!! boa leitura a todos!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/340057/chapter/5

Capítulo 5

- Não há muita brisa. – disse Edmundo, andando ao lado de Lena até o bote. – Melhor irmos logo.

- Ed tem razão. – concordou Susana.

- Mas para onde vamos? – perguntou Lúcia ao irmão mais velho.

- Bem... – ele se atrapalhou um pouco para dizer, mas no fim conseguiu. – Como Trumpkin disse, esse tal de Caspian estará nos esperando na Mesa de Pedra.

- Não se chama mais assim. – interrompeu o anão, olhando vitorioso para todos ali, vendo a expressão vazia dos irmãos Pevensie e a confusão nos olhos da humana. – Mas, basicamente, sim.

- Até aí eu entendi, mas como chegaremos lá? – perguntou Susana.

- Iremos passar pelo rio Beruna...

- Ponte! – corrigiu o anão, batendo o pequeno pé na areia macia, mas Pedro ignorou.

- E seguiremos o resto a pé. Demorará quase três dias, é melhor nos apressarmos!

- Então vamos. – disse Edmundo, puxando Lena pelo pulso em direção ao bote.

Ajudou-a a subir, pois ela ainda estava tendo certa dificuldade nisso.

- Obrigada. – agradeceu Lena.

- De nada, princesa. – respondeu Edmundo, corando logo em seguida.

Ele jamais a tinha chamado de princesa antes e se ela não estivesse tão feliz por isso finalmente estar acontecendo, que quase se esquecera de repreendê-lo.

Depois que as meninas e o anão estavam acomodados, Pedro e Edmundo empurraram o bote para a água. O anão sentara-se na proa, Susana e Lúcia logo atrás, Pedro nos remos e Lena e Edmundo sentaram-se lado a lado.

- Estão paradas. – disse Lúcia tristemente, olhando as árvores ao redor do estreito.

Elena olhou em volta, um pouco preocupada com a saúde mental da amiga. Ao ver que realmente esperava que as árvores se mexessem, suspirou pesarosa.

- São árvores. Você queria o que? – disse o anão, na ponta do barco. Tentava parecer rude, mas conseguira apenas soar tristonho e arrependido.

Edmundo, que também estava olhando para as árvores que o cercavam, desviou seus olhos para o anão quando este se pronunciara.

Olhou de soslaio para Lena, que estava com o olhar preso na bainha do longo vestido. Ainda não acreditava que estava ali, mas sentia-se grata por estar sentada ao lado de Edmundo – por mais que tivesse que fingir que não queria segurar sua mão e deitar-se em seu ombro.

- Elas dançavam. – disse Lúcia.

- Logo depois que saíram, os telmarinos invadiram. – disse o anão. – Os sobreviventes se retiraram para os bosques. E as árvores... Se retiraram para tão dentro delas que nunca mais a ouvimos falar.

- Eu não entendo. – disse Lúcia. Lena se sentia desconfortável por estar ouvindo aquela conversa. Sentia-se uma intrusa ali. – Como Aslam permitiu isso?

- Aslam? Achei que tivesse nos abandonado junto com vocês.

- Não quisemos abandoná-los. – disse Pedro, enquanto remava por aquelas águas claras.

- Não faz diferença agora, faz? – perguntou o anão, ironicamente.

- Leve-nos aos narnianos... – disse Pedro autoritariamente. – E fará.

Lena olhou em volta, perguntando-se por que tivera a honra de ser “convocada” para um lugar mágico como aquele. E ela não tinha ideia de como estava sendo injusta consigo mesma.

~*~

As próximas três horas passaram-se em um silêncio desconfortável. Bem, pelo menos para Elena. Lena queria muito poder conversar com Edmundo, apenas jogando conversa fora como sempre faziam no colégio.

Mas sentiu que, além daquela não ser a hora, não era isso que ela deveria fazer.

Queria, na verdade, era poder abraçá-lo e não soltar mais. Ajudá-lo no que quer que vieram fazer ali.

- Lena, venha. – foi acordada dos pensamentos por uma voz grossa que a fez arrepiar por inteira.

Olhou em volta e reparou no lugar em que estava. Uma praia, mas totalmente diferente do lugar onde havia as ruínas. A areia foi substituída por pequenas pedras à margem. Estava tudo rodeado por várias espécies de árvores e havia um rio que seguia seu caminho para longe.

Pedro, Susana e Lúcia já haviam descido do bote e estavam ajeitando as coisas ali em volta, enquanto o anão cravava uma âncora entre as pedras, para que o bote não saísse sozinho pelas águas.

Edmundo estava do lado de fora, estendendo sua mão para que Lena saísse do bote.

- Tudo bem, eu saio sozinha. – disse, sentindo as bochechas corarem. Abaixou a cabeça e se levantou, tentando evitar o olhar do menino.

Edmundo franziu o cenho, estranhando a atitude da menina. Ela nunca havia desviado o olhar tão de repente, corando. Ele percebeu que ela estava diferente desde que chegaram ali e não sabia o que pensar sobre isso.

Tinha medo de que ela descobrisse sua paixão secreta que nutria por ela. Ou até pior: que não quisesse mais falar com ele por ele tê-la “arrastado” para aquele mundo.

Viu-a se levantar no bote e remexer no vestido, sem conseguir sair do lugar.

- Está tudo bem? – perguntou.

Lena bufou, já ficando irritada. A bainha do seu vestido prata estava preso por um prego no fundo do bote, impossibilitando-a se sair do lugar. Tentara puxar a saia algumas vezes, mas estava com medo de rasgar a barra.

- Não, é apenas um incidente bem desgostoso. – respondeu de mau humor.

- O que houve? – perguntou Edmundo, analisando-a de cima a baixo, procurando por algo que estivesse no lugar.

Lena sentiu os pelos de sua nuca se arrepiar e as pernas bambearem quando ele a olhou. Abaixou a cabeça, tentando esconder as bochechas extremamente coradas.

- A bainha do vestido ficou presa. – respondeu.

Edmundo entrou novamente no bote e se agachou aos seus pés, fazendo-a corar ainda mais. Lena desviou o olhar para as águas ao longe enquanto o menino libertava o tecido prateado.

Edmundo levantou-se, sentindo seu coração palpitar mais rápido. Tocou a face vermelha da menina e a acariciou com a ponta dos dedos, sentindo um formigamento percorrer todo o seu corpo.

Aproximou-se lentamente, com a intenção de beijá-la. Mas ouviu um arranhar de garganta, chamando sua atenção. Afastou-se de Lena rapidamente, sentindo o coração acelerado, e olhou com uma vontade sanguinária para aquele que diminuíra sua coragem.

Pedro estava há alguns metros do bote, com as mãos na cintura, batendo o pé nas pedras como se tivesse irritado. Mas seus olhos lançavam um brilho malicioso em direção ao irmão mais novo.

- Se os pombinhos não se importarem, precisamos nos apressar. – disse divertidamente.

Elena sentiu suas bochechas queimarem ainda mais do que quando vira Edmundo se aproximar dela. Sentira seu coração palpitar mais rápido quando vira os lábios finos do menino há centímetros do seu.

Pulou do bote facilmente, agora que a bainha de seu vestido estava livre. Passou envergonhadamente por Pedro, que ainda lançava um olhar malicioso para Edmundo.

Aproximou-se Lúcia e Susana e começou a ajudá-las a separar os suprimentos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

não se esqueçam de comentar, quem sabe eu nao resolva postar ainda antes se isso acontecer?!