Hurricane escrita por Rocker


Capítulo 49
Capítulo 49


Notas iniciais do capítulo

Não tenho muito o que dizer, só espero que gostem! ♥



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Hurricane II

Capítulo 26

– Viajantes de Nárnia, bem-vindos! - exclamou a mulher e todos se curvaram, admirados por tal beleza. - Levantem-se. Não estão com fome?

– Quem é você? - perguntou Edmundo, com os olhos arregalados e levemente entorpecido.

Lena nada disse. Sentiu algo queimando em seu peito ao ver o deslumbramento quase automático de Edmundo quanto àquela mulher. Aquilo seria ciúmes? Talvez, mas Lena continha-se, sabendo que boa parte daquilo era algum tipo de encanto de atração. Afinal, ela mesma se sentia admirada com a beleza singela da mulher à sua frente. E talvez começasse a finalmente entender o que Edmundo sentia ao vê-la com Colin.

– Eu sou Liliandil, filha de Ramandu. - disse a mulher, aproximando-se de Edmundo pelo outro lado da mesa. - Sou a guia de vocês. - completou, com um sorriso no rosto.

Caspian e Edmundo trocaram olhares rápidos, mas voltaram a olhar para a mulher, abobalhadamente encantados. Lena sentia o ciúme borbulhando em seu peito, mas apenas ignorou, sabendo que de nada adiantaria. Era como um efeito colateral. A estrela era magnífica, e via-se claramente que o efeito que ela tinha sobre Caspian era algo completamente diferente do efeito sobre Edmundo. Caspian havia se encantado naturalmente por ela. Edmundo? Talvez naturalmente, mas Lena podia ver nos olhos dele que o namorado se esforçava para recuperar a sanidade. Principalmente depois do que acontecera aos dois.

– Você é a estrela? - perguntou Caspian, alheio a qualquer coisa que não seja aquela mulher.

Ela assentiu, enquanto os dois reis continuavam se aproximando em passos lentos.

– Você é muito linda. - sussurrou Caspian.

– Se for uma distração para você, eu posso mudar de forma. - disse Liliandil, timidamente desesperada.

– Não! - Edmundo e Caspian exclamaram em uníssono.

Edmundo pareceu acordar do transe e um silêncio desconfortável para ambas as partes se seguiu.

Até que Liliandil o interrompeu, dirigindo-se a alguém que não lhe dirigiu a palavra ainda.

– Não devia se sentir intimidada ou ofendida? - perguntou a Lena, com o cenho franzido e um olhar desconfiado.

– Eu? - perguntou Lena, confusa ao ver a mulher dirigir-lhe a palavra tão diretamente.

– Sim. - disse Liliandil. - Era o comum para uma garota cujo o namorado se distraiu com outra.

Lena riu.

Não sarcasticamente, nem ironicamente e muito menos cinicamente. Ela apenas riu, realmente achando graça da situação toda.

– Não tem porque eu ter ciúmes se metade disso vem de um feitiço natural. - ela disse, sorrindo levemente ao ver ao menos que a estrela não teve qualquer intenção de seduzir o rei mais novo.

Lilliandil sorriu, aliviada. - Que bom que sabe que o coração dele pertence a você, e apenas a você.

Lena sorriu, envergonhada, e abaixou o rosto rubro.

~*~

– Sirvam-se! - disse Liliandil, dirigindo-se aos demais marinheiros.

– Espere! - disse Edmundo, fazendo com que os marinheiros parassem no meio do ato de pegar alguma comida. - O que aconteceu com eles? - ele perguntou, apontando para os três lordes.

– Esses pobres homens estavam quase loucos quando chegaram ao litoral. - explicou Liliandil. - Estavam ameaçando ser violentos entre si. Violência é proibida na mesa de Aslam. Então foram postos para dormir.

– Eles ainda vão acordar? - perguntou Lúcia, preocupada.

– Quando tudo de acertar. - respondeu a estrela. - Rápido! O tempo é curto.

Ela se virou na direção da trilha que os levou até ali, mas seguiu por um caminho lateral. Caspian a seguiu e Lúcia foi logo atrás. Edmundo e Lena seguiram por último, depois do moreno insistir para que ela pegasse ao menos alguma fruta. Chegaram todos os cinco finalmente à lateral montanhosa, onde havia metade de uma parede, uma metade que não tinha ido abaixo.

– O mago Coriakin - dizia Liliandil. - lhes falou da Ilha Negra?

– Falou. - concordou Caspian, enquanto todos se uniam ao seu lado para observar a assustadora visão que tinham ao longe.

A Ilha Negra era mais assustadora ao vivo. Nuvens negras e escuras, mescladas pela névoa verde, cercavam toda a ilha que parecia ser consumida em escuridão.

– Em breve o Mal será irreversível. - disse Liliandil.

– Coriakin disse que para quebrar o feitiço só era preciso pousar as sete espadas na Mesa de Aslam. - disse Caspian.

– Ele disse a verdade. - a estrela assentiu, olhando para o rei.

– Nós só achamos seis. - interrompeu Edmundo, tendo seu rosto iluminado pela luz de Liliandil. - Sabe onde a sétima está?

– Lá dentro.

A estrela apontou para a Ilha Negra.

– Precisaremos entrar ?! - perguntou Lena, nervosa.

– Vão precisar de muita coragem. - ela disse, virando-se para eles. - Não percam mais tempo.

– Espero vê-la de novo. - disse Caspian, e Lena percebeu o quão abobalhado ele estava.

– Adeus. - Liliandil disse, sorrindo para eles.

O brilho azul em seu corpo intensificou, e logo ela sumiu novamente para os céus, onde é o lugar perfeito para uma estrela.


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