Hurricane escrita por Rocker


Capítulo 47
Capítulo 47


Notas iniciais do capítulo

Hoje o capítulo está pequeno porque vida de vestibulando não tá fácil kkkk Espero que gostem!



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Hurricane II

Capítulo 24

Lena acordou ainda meio sonolenta, e se perguntando onde se encontrava, pois não reconhecia o camarote que sempre dividia com Lúcia e Gael. Olhou ao redor, reconhecendo, então, o camarote onde ela entrara aos prantos até Edmundo, e onde tivera a melhor noite de sua vida.

– Bom dia, Lena. - ela ouviu uma voz ao seu lado, e virou-se em um susto, deparando-se com Edmundo.

Edmundo tinha os cabelos rebeldemente desalinhados, o peito nu levemente arranhado e um brilho diferente e encantador nos olhos. Tinha apenas um lençol fino cobrindo sua cintura. O mesmo lençol que cobria Lena até os seios.

– B-bom dia. - ela gaguejou, enrubescendo e puxando o lençol mais pra cima.

Edmundo soltou uma risada alegre e contagiosa, e Lena quase não o reconheceu. Podia até mesmo pensar que aquilo era uma ilusão da névoa verde, mas então percebeu que Edmundo nunca seria uma ilusão para ela. Ele estava ali. Ele era real.

– Por favor, não é, Lena?! Essa vergonha toda depois de ontem, não! - reclamou Edmundo, bricalhão, enquanto segurava firmemente sua cintura e a puxando para mais perto, sem encontrar qualquer resistência além de duas bochechas coradas.

Lena respirou fundo, inalando o cheiro dele. Amadeirado e adocicado. O cheiro dele estava impregnado em tudo: nele próprio, nos lençóis, nas fronhas, na atmosfera.... Nela. E Lena percebeu que enfrentar alguma coisa que a deixa receosa sempre é o primeiro passo.

– Tem razão. - concordou Lena, assustando até mesmo a ele. Ela o abraçou fortemente e deitou sua cabeça em seu peito. - Foi incrível, e realmente não há motivos para me envergonhar disso.

– Aliás... - disse Edmundo, levantando o queixo de Lena para encará-lo e abrindo um sorriso malicioso. - Não é como se nunca mais fôssemos fazer isso de novo.

– Eddie! - resmungou Lena, risonha, enquanto dava um tapa leve no braço dele.

Edmundo suspirou, depois de alguns segundos de silêncio. Mas ele não queria sair dali, queria passar cada segundo ao lado de Lena. Mas chegava uma hora que as responsabilidades gritavam em seu ouvido.

– Melhor irmos encarar isso de uma vez. - ele disse, derrotadamente.

Lena assentiu, concordando. Ela levantou-se, meio a contra gosto, e começou a catar pelo chão suas roupas espalhadas. Ela ainda sentia-se envergonhada pela nudez de seus corpos, mas sabia que Edmundo tinha razão. Depois daquela noite, não havia porque ter vergonha. Ela havia se entregado a ele, e jamais se arrependeria dessa decisão. Terminou de se vestir e tentou colocar os cabelos em uma aparência aceitável, mas apenas desistiu a meio caminho andado e resolveu deixá-lo preso em um coque.

Durante toda aquela briga da menina com os próprios cabelos, Edmundo a observava, admirado com cada movimento dela. Com um sentimendo nostálgico no peito, ele se recordou do dia na estação de trem, quando Lena iria com ele e os irmãos para as férias e onde, teoricamente, tudo começou.

Certas coisas nunca mudam, ele pensou, vendo a menina se virando para ele e dando um sorriso acanhando ao vê-lo admiriando-a.

Edmundo sorriu em resposta, sem se deixar incomodar, e pegou sua mão, entrelaçando seus dedos. Saíram juntos para a luz do outro dia, no convés, e poderiam dizer que todos ali pararam para vê-los saindo. Mas não foi isso o que aconteceu. Muitos dos marinheiros nem se deram conta de que eles apareciam ali meio desarrumados e com as bochechas avermelhadas, mesmo que o moreno jamais fosse admitir. Mas aqueles que os conheciam bem podiam tirar a conclusão exata em questão de segundos, apenas analisando os traços nos rostos deles.

– A noite foi boa, hein?! - brincou Lúcia, passando por eles com um sorriso brincalhão nos lábios.

As bochechas de ambos enrubesceram e, numa desculpa para evitar os olhos brincalhões de Caspina e Drinian, Lena olhou em volta, como se observasse indiferentemente o trabalho dos marinheiros. Mas então seus olhos pousaram numa figura loira, apoiada sobre a cabeça de dragão verde. Colin sorriu maliciosamente e acenou com dois dedos para ela.

Lena sorriu, lembrando-se de que se não fosse por seu amigo, essa noite não teria acontecido.

E ele também sabia disso.


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