Hurricane escrita por Rocker


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês!! Espero que estejam gostando de ler tanto quanto eu de escrever >.



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Hurricane II

Capítulo 11

Mais alguns dias se passaram sem que nada fosse visto naquelas águas além do próprio Peregrino. Lena e Colin vinham passando bastante tempos juntos e Edmundo vinha tido pequenas crises silenciosas de ciúmes. Afinal, não era fácil dividir sua namorada com outro cara que ela possivelmente acharia bonito. Mas, finalmente, depois de alguns minutos de conversa com Colin, Lena passaria o resto da tarde com Edmundo. Claro, foi preciso o moreno praticamente expulsar Ripchip de cima da cabeça de dragão para que pudessem ficar sozinhos - ou o mais sozinhos que aquele barco permitia.

– Você podia cantar pra mim. - disse Edmundo, chamando a atenção da menina que tinha a cabeça apoiada confortavelmente contra seu peito.

– O que quer que eu cante? - perguntou Lena, levantando a cabeça para poder olhar diretamente nos olhos escuros do garoto.

Edmundo deu de ombros, puxando a menina pela cintura para que ficasse ainda mais próxima de si. - Eu não sei... Eu adoro aquela sua canção, que sua mãe compôs sobre você, mas se não quiser cantá-la, eu vou entender.

– Eu não me importo. - disse Lena, sorrindo.

"A princesinha alada
Cantarolando ao luar
A menininha amada
Navegando pelo mar
Traga um anjo
E a beleza do universo
Seguindo a correnteza
Deixando ser levada
Para um mundo infinito."

– Já disse que sua voz é linda cantando essa música? - perguntou Edmundo, observando a linha do horizonte.

– Acho que todas as vezes que eu a cantei. - respondeu Lena, brincando, mas sem conseguir evitar um rubor nas bochechas.

– Bem, mas isso não deixa de ser verdade. - ele riu das bochechas vermelhas da menina, que tentava escondê-las com as mechas do cabelo.

– Você adora me deixar com vergonha. - comenta Lena baixinho.

Edmundo ergueu seu queixo, obrigando-a a olhar em seus olhos, e com a outra mão colocou a mecha que tampava a visão dela atrás de sua orelha. Lena sentiu uma faísca a atravessando à medida que os dedos do moreno roçavam em sua pele, causando uma prévia da explosão em seu peito.

– Talvez porque você fique ainda mais linda. - disse Edmundo, e sorriu vitoriosamente quando o rubor na menina se intensificou.

Ele se inclinou sobre ela, e roçou levemente seus lábios nos dela. Lena sorriu, adorando a sensação daqueles lábios secos, mas macios, roçando contra os seus desejosamente. E ela teria se apoiado contra ele, quebrando qualquer espaço existente, se não fosse o grito de Colin ao longe, que estava na vigia.

– Terra à vista!

Lena e Edmundo logo se separaram, assustados.

– Maldito filho do capitão... - resmungou Edmundo para si mesmo, mas Lena foi capaz de ouvir, enquanto voltava para o convés.

– Deixe de implicância com o Colin, Eddie... Ele não lhe fez nada! - defendeu Lena, enquanto eles iam até a cama do leme, onde Drinian e Caspian já estavam reunidos.

– Não ainda.– murmurou o moreno e, dessa vez, porém, Lena não o ouviu.

– E então? - perguntou, assim que chegou com os dois.

– Parece desabitada. - respondeu Caspian. - Mas se os fidalgos seguiram o nevoeiro para leste, devem ter parado aqui.

– Pode ser uma armadilha. - disse Drinian.

– Ou pode ter respostas. - contrariou Edmundo. - Caspian?

– Vamos passar a noite na praia. - respondeu Caspian, fechando a luneta e entregando ao Caspian. - Percorremos a ilha pela manhã.

– Sim, Majestade. - concordou Drinian.

~*~

Assim que pisaram na areia da praia, Caspian procurou organizar grupos para vasculhar o local, e deixou que Lena procurasse por lenha para fazerem uma fogueira para se aquecer.

– Eu a acompanho. - Colin se prontificou rapidamente.

Lena olhou rapidamente para Edmundo, apenas a ponto de ver sua expressão indignada, antes de seguir com o loiro ilha adentro. Andaram por entre as árvores levemente estranhas, com diversos formados, procurando por alguma lenha seca, até que chegaram em um jardim. Lindo, com o pôr do sol do sol ao longe fechando-se em arco sobre os arbustos em formas que não lhe eram reconhecíveis.

– Esse lugar é lindo. - comentou Lena, olhando admirada para a paisagem.

– Sim. - concordou Colin, indo coletar o que achassem de madeira seca. - Me lembra muito a Keyla.

– Sente falta dela? - perguntou Lena, receosa em perguntar sobre a namorada que ele deixou em Nárnia.

– A cada segundo do dia. - concordou ele.

– Seu namorado não vai muito com a minha cara. - comentou Colin, depois de algum tempo catando pequenos pedaços de madeira.

– Edmundo? Ele não vai com a cara de quase nenhum homem que chega perto de mim. - respondeu Lena, em tom de deboche.

Colin suspirou. - Então por quê ele não fica assim com Caspian?

– Por conta de Susana. - respondeu Lena. - Porque o Eddie sabe que Caspian ainda nutre sentimentos por ela.

– Ainda assim... - continuou Colin. - Ele tem algum tipo de aversão maior à mim.

Lena revirou os olhos. - É só porque estou passando bastante tempo livre com você. Não se preocupe, logo logo passa!

Mas não passou.

Quando retornaram à praia, todos já estavam acomodados, esperando apenas pela lenha para aquecer um pouco o ambiente, e Edmundo estava sentado sobre uma pedra, parecendo de guarda. Mas ele não estava de guarda, e Lena sabia muito bem disso. Por isso pediu a Colin que levasse também sua lenha para os outros, pois precisava dar um jeito nas crises de Edmundo.

– Sério, Edmundo? Nos vigiando de novo? - debochou Lena, continuando andando até onde as ondas se quebravam na praia.

– Não estou vigiando! - garantiu o moreno, seguindo-a em seu encalço.

Isso já estava a deixando louca.

– Ah, não?! - Lena se virou enfurecidamente, com seu melhor tom de acusação mesclado com o desdém. - Então quer dizer que quando eu converso sozinha com Colin, você não fica espreitando a gente? Ou quando assim que eu te encontro logo depois, você não fica com a mesma expressão sempre, pronto para brigar comigo por estar dando muita atenção a ele?!

Edmundo respirou fundo, e usou dedo anelar e indicador para esfregar as laterais da testa, procurando um jeito de se acalmar.

– Ótimo, tentaremos não brigar. - disse ele e, por impulso, abraçou fortemente. Lena, por sua vez, ficou surpresa com a atitude dele em meio a uma briga, mas logo retribuiu tal afeição. - Eu só não quero te perder.


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