Hurricane escrita por Rocker


Capítulo 24
Hurricane II - Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Enrolei bastante com esse capítulo pq eu editei várias e várias vezes. Queria que ele ficasse perfeito, mas não chegou nem perto. Nessa segunda temporada a Lena aparece muito mais vezes e tem um personagem novo que vai causar ciúmes no nosso Eddie... Mas só no próximo capítulo ;) Lembrando que eu peguei o texto base de Inesperado, ou seja, pode haver algumas coisas bem parecidas... Espero que gostem, porque acho que vai ficar ainda melhor que a primeira temporada! XDD Primeiro capítulo dedicado a Sarah Ludivine pela maravilhosa recomendação que ela deixou! E que venham muitas outras! Ah, eu quero mais comentários, poxa, 105 leitores e só dez comentaram no último capítulo... Desanima, poxa :/



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No matter how many deaths that I die, I will never forget

Hurricane II

Capítulo 1

Querido diário,

Já faz quase um ano e eu nunca pensei que realmente sentiria falta daquele lugar. Depois que retornamos de Nárnia, quase um ano antes, a mãe de Edmundo me abrigou com alegria e orgulho. Disse ter adorado saber que eu consertara o jeito carrancudo de Edmundo e, ao ver que eu já fazia parte da família muito além do que apenas por namorá-lo, resolveu dar-me abrigo e registrar-me como filha adotiva. Disse odiar a ideia de me ver presa no internato por ser órfã até meus dezoito anos.

Nisso eu dei realmente muita sorte, pois, além de estar próxima dos quatro, me senti em casa. Não tanto quanto me sentiria em Nárnia, eu me senti finalmente parte da família. E quando a sra. Pevensie e o sr. Pevensie foram com Susana e Pedro para os EUA, disseram que conseguiram com que Alberta Mísero me acolhesse juntamente com Edmundo e Lúcia até que voltassem. Nada me fez mais feliz. Talvez apenas o fato de Edmundo como namorado conseguia ser muito fofo, mas...

– Tem dezoito anos mesmo? - perguntou o soldado desconfiado e isso chamou a atenção de Elena. O soldado falava com Edmundo e, apesar de ela estar irritada pelo moreno ter se aproveitado da oportunidade, não moveu um músculo para continuar a escrever na folha de papel ou ir até lá, apenas observando a cena de longe.

Edmundo estava na central de alistamento de um dos pelotões do exército inglês. Não aguentava mais a espera para sua volta a Nárnia, depois de quase mais um ano, então simplesmente aproveitou a oportunidade que teve para tentar se alistar. Já participara de duas grandes guerras em Nárnia e outras tantas pequenas, de conquista, durante o reinado com seus irmãos em Cair Paravel; não seria problema mexer com uma arma de fogo aqui na Inglaterra. Seu único problema era justamente a sua pouca idade.

– Por quê? Pareço mais velho? - ele perguntou rapidamente ao soldado. Ele era alto e tinha um bom físico, mas não sabia se seria suficiente para enganar o general que alistava.

O soldado estendeu-lhe a mão e Edmundo lhe entregou o registro nacional que estava em sua mão. Que, na verdade, era de sua tia.

– Alberta Mísero? - o soldado perguntou.

– Foi erro de impressão. - disse Edmundo, tentando se safar. - Era para ser Albert A. Mísero.

Edmundo! - ele ouviu a voz da irmã mais nova e quase se xingou quando não resistiu ao impulso de ver o que ela queria. Perdera sua chance de se alistar. - Você veio para nos ajudar com as compras.

O homem que estava atrás de Edmundo riu, enquanto ele pegava de volta o registro da tia.

– Mais sorte da próxima, fedelho! - caçoou o homem, enquanto Edmundo caminhava até a irmã, que tinha nos braços uma caixa de legumes.

Lena guardou a folha na pequena bolsa que tinha pendurada, e se aproximou de Edmundo e Lúcia.

– Quantas vezes temos que dizer que não vai adiantar tentar se alistar pelos próximos dois anos?! - Lena perguntou, tentando não se irritar com todas as tentativas frustadas do namorado.

– Acho que todas as vezes que ele tentar. - resmungou Lúcia à garota, ao perceber que o irmão as ignorava.

– Fedelho? - Edmundo perguntou indignado quando eles saíram do prédio. - Ele era no máximo dois anos mais velho! Eu sou um rei! Estive em guerras e liderei exércitos.

Lúcia entregou-lhe a caixa, que foi devidamente colocada sobre uma bicicleta e amarrada com cordas.

– Não neste mundo. - disse Lúcia.

– E enquanto estivermos aqui, teremos que seguir as leis da Inglaterra, não de Nárnia. - disse Lena.

– Pois é... - concordou Edmundo, mal-humorado. - Mas estou preso aqui, brigando com Eustáquio Clarêncio Mísero. Ele bem merece o nome que tem.

Enquanto o irmão reclamava, Lúcia percebeu um casal que havia há vários metros dali. A mulher era loira e bonita, e Lúcia sentiu certa inveja ao perceber que isso atraía estupidamente a atenção do soldado que estava com ela. Disfarçadamente, Lúcia tentou imitar o gesto da mulher de colocar uma mecha do cabelo atrás da orelha, perguntando-se se era isso que tanto atraía os homens. Lena, percebendo a distração de Lúcia, deu-lhe uma leve cotovelada.

– O que foi? - Edmundo perguntou, percebendo que a irmã estava distraída.

– Nada. - respondeu Lúcia, tentando não ficar envergonhada, enquanto arrastava a bicicleta, sendo seguida do irmão.

– Sabe, eu não pensei que sentiria tanta falta de Nárnia. - comentou Lena, tentando acobertar Lúcia. Sabia de todas as inseguranças pela qual a cunhada passava, pois ela mesma já teve essa fase.

– Eu também sinto. - concordou Lúcia.

– Não se preocupem. - disse Edmundo. Ele se aproximou de Lena a envolveu pela cintura, dando-lhe um beijo na bochecha. - Voltaremos para lá.

~*~

Caro diário,

hoje faz 253 dias que meus insuportáveis primos, Edmundo e Lúcia, e aquela amiguinha inútil deles invadiram a nossa casa. Eu não sei mais quanto tempo vou aguentar morar com eles e dividindo as minhas coisas. Se desse para tratar parente como se trata insetos, os meus problemas estariam resolvidos. Era só botá-los num jarro, ou alfinetá-los na parede.

– Chegamos! - Lúcia gritou quando passaram pela soleira da porta da casa do primo, tirando-o sua atenção de seu diário. - Olá!

Lembrete: descobrir as implicações legais por esganar parentes.

E agregados.

Edmundo e Lena entraram pela porta da sala de estar no momento em que Eustáquio terminava suas anotações e guardava seu diário.

– Oi, tio Arnaldo! - cumprimentou Lúcia, passando pelo tio a caminho da cozinha. - Tentei comprar cenouras, mas só tinha nabos mesmo. - ela tirou seu casaco e o colocou sobre uma cadeira, antes de voltar à sala de estar. - Quer que eu comece a fazer a sopa? A tia Alberta já está vindo pra casa.

O homem, porém, não desviou sua atenção do jornal que lia.

– Tio Arnaldo? - Lúcia perguntou mais uma vez, tentando chamar a atenção do tio.

– Senhor Mísero? - tentou Lena, mas sem qualquer raio de esperança de ser ouvida. Ali ela nunca era.

Edmundo, vendo o desinteresse do homem, mandou língua infantilmente. Lena deu-lhe uma cotovelada no braço, em repreensão.

– Edmundo, mais respeito. - ela sussurrou, arrancando uma risadinha baixa, mas que logo foi substituída por uma carranca quando seu primo apareceu.

– Pai! - gritou Eustáquio, descendo as escadas e vendo a ação do primo. - O Edmundo está fazendo careta pra você!

– Ora, seu... - Edmundo correu atrás do primo, com o punho fechado, após este jogar algo em seu pescoço.

– Eddie! - repreendeu Lena, mas sem tentar impedir. Sabia o quanto Edmundo queria espancá-lo e o quanto ele merecia.

Aliás, ela queria ter o prazer de ela mesma bater nele, mas ali era a Inglaterra, afinal. Damas não eram agressivas e Lena tinha que se manter no papel.

– Pai, ele quer me bater! - Eustáquio clamou por ajuda, encolhendo-se nos degraus.

– Lúcia, alguma correspondência? - perguntou Lena, retirando seu casaco e colocando sobre o corrimão da escada, mas a mais nova já chegava com um envelope em mãos.

– Parece que sim! Edmundo, olha! - Lúcia chamou pelo irmão. - Carta da Susana!


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