Hurricane escrita por Rocker


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Horrível, odiei!! Sério, foi um dos piores finais que eu já escrevi! Geralmente, eu começo as fanfics com um final já pronto, e depois é só editá-lo, cm dessa vez. Enrolei esse tempo todo pra ver se melhorava ele, mas foi inútil. Ou melhor, eu sou inútil, sério, eu toh com vontade de socar meu notebook de tanto que odiei esse final.

Mas, hey!, nem tudo é cm a gnt quer. Espero ao menos que vocês gostem, pq eu não gostei. A única coisa que me faz não jogar td pelos ares é que realmente haverá uma segunda temporada. Aguardem, será junto aqui com Hurricane ;)



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Tell me would you kill to save a life?
Tell me would you kill to prove you're right?
Crash, crash, burn, let it all burn
This hurricane's chasing us all underground

Capítulo 23

No dia seguinte, estavam todos prontos para a despedida dos Reis Antigos e da garota que salvara Nárnia. Reunidos no pátio do Castelo de Telmar, estava telmarinos e narnianos, juntos.

– Nárnia pertence aos narnianos tanto quanto aos homens. - dizia Caspian em uma postura nobre, para que todos ouvissem. - Qualquer telmarino que quiser ficar e viver em paz é bem-vindo, mas aquele que desejar, Aslam o levará para o lar de nossos antepassados.

– Já faz gerações que nós deixamos Telmar. - disse um homem, à frente do enorme grupo.

– Não nos referimos a Telmar. - disse Aslam. - Seus antepassados foram marinheiros errantes. Piratas arrastados para uma ilha. E nela acharam uma caverna, uma rara fenda entre este e aquele mundo. O mesmo mundo de nossos reis e rainhas. E claro, sua acompanhante. - ele completou para Lena, que sorriu envergonhada.

– É para essa ilha que posso retorná-los. - continuou o leão. - É um bom lugar para qualquer que queira recomeçar.

A população humana telmarina se entreolhou, extremamente receosos de deixar o conforto do conhecido. Até que uma voz se fez presente entre eles.

– Eu vou. - era um antigo assessor de Miraz. Caspian olhou-o intrigado. - Eu aceito a oferta.

Enquanto o homem caminhava em direção a eles, Caspian o cumprimentou com um aceno de cabeça respeitoso, que foi retribuído.

– E nós também. - disse a tia de Caspian, esposa de Miraz.

Ela avançou com um bebê no colo, juntamente com outro homem de cabelos grisalhos.

– Porque foram os primeiros a decidir, vocês serão felizes nesse outro mundo. - disse Aslam, para logo em seguida soprar sobre suas cabeças, como uma bênção ou feitiço.

A única árvore que havia ali - atrás de todos, aos pés de um desfiladeiro - se abriu, repartindo em duas e causando murmúrios de espanto. Aslam indicou a árvore com a cabeça e os três passaram pelo vão da árvore, desaparecendo em seguida. Mais murmúrios.

– Como saberemos que não está nos levando para a morte?! - gritou um telmarino.

– Senhor. - Ripchip chamou por Aslam. - Se meu exemplo pode servir de alguma coisa, passarei com onze ratos sem demora.

Pedro e Susana se entreolharam, antes do loiro ir à frente.

– Nós iremos. - ele disse.

– Iremos? - perguntou Lúcia.

Lena abaixou a cabeça, sabendo que o momento finalmente chegara. Precisavam ir embora. Sempre soube disso, desde o início, mas agora que passava pela sua cabeça que havia a possibilidade de viver em Nárnia, saber que terá de deixar pra trás ainda lhe dói o coração. Edmundo, que estava ao seu lado e segurando-lhe a mão, apertou-a levemente, sabendo bem como ela se sentia.

– Vamos embora. Chegou nossa hora. - disse Pedro, logo depois ele foi até Caspian, tirando a bainha de sua espada do cinto e entregando-lhe a ele. - Afinal, não precisam mais de nós aqui.

Caspian pegou a espada do Grande Rei Pedro. - Vou cuidar de tudo até que voltem.

– Esse é o problema. - disse Susana. - Não vamos voltar.

– Não vamos? - perguntou Lúcia, pesarosa.

– Vocês três vão. - disse Pedro. Lena levantou a cabeça, confusa até. Ela voltaria, afinal? - Pelo menos, foi o que ele disse. - ele indicou Aslam.

– Por quê? - Lúcia perguntou ao leão. - Eles fizeram alguma besteira?

– Pelo contrário, minha cara. - disse Aslam. - Mas tudo tem o seu tempo. Seu irmão e sua irmã aprenderam o que podiam neste mundo. É hora de eles viverem por conta própria.

– Tudo bem, Lu. - disse Pedro, aproximando-se da irmã. - É tudo muito diferente do que eu pensava, mas estou conformado. Um dia você compreenderá. Vamos.

Ele puxou a pequena para se despedirem dos amigos. Susana foi até Caspian.

– Gostei de ter voltado. - ela disse.

– Queria passar mais tempo com você.

– Nunca teria dado certo mesmo. - Susana disse.

– Por quê?

– Eu sou mil e trezentos anos mais velha do que você. - ela disse, fazendo abrir um sorriso em Caspian.

Ela se virou para continuar, mas voltou rapidamente e deu-lhe um beijo suave sobre os lábios.

Lena sorriu, sabendo o quanto poderia zoar com Susana caso ela lhe dissesse sobre seu recente namoro com Edmundo. Mas o sorriso logo se apagou ao perceber o quanto a cunhada estaria sofrendo. Balançou a cabeça, afastando os pensamentos, e foi até Aslam. Não resistiu a abraçá-lo.

– Obrigada. - ela disse assim que se separou.

– De nada, querida.

E então os cinco passaram pela árvore, deixando Nárnia para trás.

Lena se viu novamente na estação de trem, com o mesmo trem que passara quando foram a Nárnia. Sentiu seu coração apertando, receando de que tudo aquilo fosse um sonho. Mas então ela sentiu alguém segurando sua mão delicadamente. Ao virar-se, deparou-se com Edmundo olhando-a preocupado. Uma lágrima escorria pela bochecha da menina, que o moreno fez questão de secar com os lábios. Ele sabia o quanto Lena se sentia confusa.

– Nárnia existiu e eu estou aqui para garantir isso. - ele disse, dando-lhe um leve beijo nos lábios.

– Você não vem, Phyllis? - um garoto perguntou, já de dentro do trem que parara.

Os cinco se apressaram em pegar as malas e entrar no vagão. Edmundo remexeu em sua mala.

– Será que tem um jeito de nós voltarmos? - ele perguntou, chamando a atenção dos irmãos e da namorada. - Eu deixei minha lanterna nova em Nárnia. - ele disse, causando risos entre eles, enquanto as portas do trem se fechando representava as portas de uma aventura que se finalizava.

Após virar uma curva do trem, Lena sentiu seu corpo caindo, mas foi rapidamente amparado por Edmundo. Ela estava quase se afastando envergonhada - quase se esquecera de que tudo o que passaram era real -, quando o moreno permaneceu com os braços ao redor de sua cintura.

– Eu te amo, Eddie. - ela disse, apoiando a cabeça no ombro do menino.

Edmundo sorriu, antes de responder-lhe sem medo. - Eu te amo, Lena.

E o amor deles foi assim, seguindo adiante, sem medo. Difícil dizer que eles não teriam obstáculos. Nunca se sabe. Mas eles estavam dispostos a seguir, derrubando tudo e todos que estivessem em seu caminho.

Como um furacão.


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