Hurricane escrita por Rocker


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Ok, acho que vou colocar o Ctrl C+Ctrl V do pedido de desculpas em todas as fics, mas ok....
Seguinte, povo, eu ia postar semana passada msm, mas eu viajei pra praia, e não deu. Eu até mesmo levei o meu notebook pra lá, pra postar quando estivesse na pousada, mas a net tava tão ruim que o modem nem mesmo ligava!! Mas, em compensação, eu estou postando todas as minhas fics de uma vez!!! Olha que maravilha, não é?! Bem, aproveitem!!

~~ Penúltimo capítulo, mas segunda temporada está chegando, aguardem!!
~~ Um dos caps mais melosos que eu já escrevi, n reparem >.



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Capítulo 22

Eles foram por entre as árvores, seguindo Aslam para o caminho que sabiam que era o certo. Edmundo já sentia o peso nas costas muito mais leve, agora que Lena estava a salvo. Sua garota estava a salvo, agora não apenas ao seu lado, mas também ao lado de Aslam. Sabia que o leão jamais deixaria que alguma coisa acontecesse a ela enquanto estivesse sob sua proteção.

– Eddie, você sabe por onde estamos indo? - Lena perguntou ao seu ouvido, fazendo-o arrepiar-se.

O moreno olhou em volta, procurando reconhecer alguma coisa.

– Estamos indo para o Beruna, se não me engano. - respondeu por sobre o vento.

– Aquele que rio que a gente ia passar, mas estava cheio de telmarinos? - ela voltou a perguntar. - Telmarinos que estavam fazendo barbaridades com as árvores e a natureza?

Edmundo engoliu em seco. Sabia que aquele seria um marco e tanto na mente de Lena. Era um receio que ele tinha: que a menina tivesse a memória marcada por coisas ruins que vira e passara em Nárnia, mesmo que também houvesse momentos bons. Olhou discretamente para o leão que corria mais à frente, acordando as árvores em seu caminho. Queria muito saber o que ele dissera a Lena, mas sabia que havia certas coisas que o Grande Leão mantinha em segredo.

– Esse mesmo. - respondeu por fim.

Depois de alguns minutos eles finalmente chegaram ponte já pronta do rio Beruna. Edmundo pulou do cavalo e logo se virou para ajudar Lena a descer. Eles podiam ouvir os barulhos do outro lado da ponte, às margens da floresta, e Lena entendeu que os telmarinos procuravam atrair os narnianos até o Beruna, onde imaginavam que teriam certa vantagem - mesmo que ela não conseguisse enxergar qual era. Aslam parou lado deles, com perfeita postura e enorme tamanho que, se Lena já não tivesse conversado com ele, sentiria-se intimidada. Sabia que o leão seria o responsável pela derrota dos telmarinos, só ainda não imaginava como. Mas estava ansiosa para presenciar.

Do outro lado da ponte, apareceram finalmente os telmarinos às margens do rio, mas ali pararam, olhando confusos para o casal e o leão que estavam ali. A hesitação, porém, não permaneceu. Logo o líder, que Lena e Edmundo reconheceram como sendo o assessor de Miraz que insistia na recusa da proposta de luta única, gritou, chamando os telmarinos em frente. Atrás deles apareceram os exércitos narnianos que, por mais que quissessem lutar frente a frente com os telmarinos, pararam ao ver Aslam, sabendo que agora estava em suas mãos. Ou patas.

Os telmarinos avançaram, alguns pela ponte e outros pelas águas do próprio rio. Pensaram que, entre enfrentar duas crianças com um leão e todo um imenso exército, a primeira opção seria a mais sensata. É claro que, sendo o leão ninguém menos do que Aslam, estavam irrevogavelmente equivocados. Aslam rugiu fortemente, a ponto de balançar a superfície próxima da água. Logo após, o chão tremeu. E os telmarinos pararam o avanço, confusos com o que ocorrera. A água então começou a diminuir seu nível, à medida que um rugido de grande volume de água corrente parecia vir do rio acima. Ao desviarem o olhar na direção do som, uma avalanche vinha em direção à ponte.

Telmarinos desesperados tentavam retornar, mas parecia quase impossível. Era como se estivessem presos ali, com os calcanhares no fundo do rio, enquanto o elevado volume de água se aproximava. Porém, à medida que se aproximava, a aguá subia, tomando uma forma humana masculina, que se inclinava em grande velocidade em direção ao exército de Telmar. Telmarinos gritavam e pulavam no rio, em desespero. O homem olhou em direção ao leão, que deu um passo à frente e assentiu, como se tivesse dando-lhe permição.

E então, com permição concedida, o homem de água se inclinou sobre a ponte e se debruçou, segurando-a. Com a grande força da água, conseguiu arrancar a ponte de seu lugar, com apenas o assessor traidor sobre ela. E gritando, o telmarino foi engolido pelo deus do rio, que rapidamente se dissolveu. Edmundo olhou para Lena, esperando o pior de sua reação, mas o que viu ali não teve preço.

A garota olhava para o rio com um sorriso no rosto e um brilho maravilhado no olhar.

~*~

Gritos de alegria podiam-se ouvir por toda Telmar naquele de glória e comemoração à vitória dos narnianos. Haviam telmarinos e narnianos comemorando juntos pelas ruas e pelas janelas por onde o Príncipe Caspian - agora Rei Caspian - e os Reis Antigos passavam. Edmundo forçava um sorriso a todos, mas seu coração pesava por ter que participar daquilo tudo sem Lena. Ela fora ao Castelo de Telmar antes deles, com NCA e Ripchip, para se preparar para a despedida de Nárnia - agora eles iam para casa.

Edmundo, assim que pode descer de seu cavalo, correu em direção ao castelo à procura da menina. Mas não procurou por cômodos, aposentos e salões. Sabia exatamente onde poderia encontrá-la, e não estava enganado. Os cabelos presos em um coque arrumado, com alguns fios soltos em volta do rosto, e um vestido simples, mas especial, de cor vinho. Ela deslumbrante entre as flores do jardim, sentada em meios a elas. O menino se aproximou aos poucos e se sentou ao lado dela.

– Estou com medo. - ela disse, apoiando a cabeça no ombro do menino.

– A guerra já acabou, não precisa ter medo. - ele disse, abraçando-a pela cintura e aconchegando-a mais perto de si.

– Não tenho medo disso. - ela disse, levantando a cabeça para encará-lo nos olhos. - Tenho medo de quando voltarmos para a Inglaterra. Não quero que isso tudo que passei aqui seja apenas um sonho distante, que tudo volte a ser como era antes!

Sim, ela jogou uma indireta em cima dele.

– Mas não será. - ele respondeu, captando exatamente o que ela queria dizer. - Nárnia nos mudou há um ano atrás e nos mudou agora. Nada será como antes.

Lena abaixou a cabeça, ainda com medo do que poderia - ou não - vir a seguir.

– Quem garante? - ela perguntou baixinho, mas foi o suficiente para que o moreno ouvisse.

– Eu garanto. - ele disse, levantando-se e estendendo a mão para que Lena também se levantasse. Quando ambos estavam em pé, olhando nos olhos do outro, ele continuou antes que perdesse a coragem. Sabia que soaria meloso e clichê, mas era o que queria. - Eu te amo. Desde o momento em que coloquei os olhos em você pela primeira vez naquele internato e eu não sabia o que fazer quanto a isso. Jamais me aconteceu algo parecido e eu estava confuso. Queria me aproximar de você, mas sabia que no momento você precisava de um ombro amigo, e foi o que eu fiz. Mas acabei virando seu melhor amigo e as coisas só pioraram porque eu estava cada vez mais apaixonado pela minha melhor amiga. Já pensei várias vezes em lhe dizer isso, mas nunca quis estragar uma amizade que me fazia tão bem. Já ouvi concelhos de todos os meus irmãos e, acredite, não é fácil ter Lúcia no seu pé 24 horas por dia. Começou um clima estranho entre a gente quando viemos a Nárnia, mas eu prometi a mim mesmo que sempre a protegeria, não importa o que acontecesse. No dia em que você me beijou na Mesa de Pedra eu me senti o homem mais feliz do mundo, mas fiquei muito confuso quando você saiu correndo. Desde então muitas coisas aconteceram e quando você saiu com minhas irmãs atrás de Aslam foi quando eu finalmente me toquei do quão necessária você é em minha vida. Você me mudou, Lena. Completamente. E é por isso, e como garantia de que nada voltará a ser o mesmo que eu lhe peço... - Edmundo se ajoelhou, com a mão direita de Lena entre as suas. - Elena Stryder. Namora comigo?

Lena não conseguia dizer nada. Desde a frase "eu te amo" que o moreno dissera que ela estava paralisada. Mas nada a impediu de ouvir o discurso de declaração mais lindo que já ouvira, derramando uma lágrima a cada palavra dita pelo garoto que ela ama.

– Olha se não quiser aceitar... - ele disse, receoso e desesperado pela falta de reação dela.

– Cala a boca, Eddie. - ela disse suavemente, enquanto via um sorriso lindo se formando nos lábios do menino.

Ele a conhecia bem o suficiente para saber o que aquela frase queria dizer. Ela assentiu em resposta e o sorriso de Edmundo aumentou consideravelmente. Beijou delicadamente os dedos dela, antes de se levantar e pegá-la pela cintura para girá-la no ar. Ela conseguiu soltar um riso divertido antes de sentir o gosto dos lábios de Edmundo se misturando com suas lágrimas salgadas. Lena sabia que aquele era o melhor gosto do mundo. E a melhor sensação também - a de estar finalmente com quem ela ama.

E então ela soube verdadeiramente a resposta de Aslam. Você mudou completamente a vida de uma pessoa, ele dissera. Agora ela sabia a quem ele se referia. Na verdade, ela sempre soube.

– Vem, vamos ver os fogos. - ele disse assim que se separaram em busca de ar. Edmundo a puxou pela mão em direção aos portões do Castelo de Telmar.

Mas não sem antes entrelaçar seus dedos aos dela, em um ato que agora não envolvia receio de nenhuma das partes.


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Notas finais do capítulo

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