Hurricane escrita por Rocker


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Então gente linda *--------*
Estou aqui agora um pouquinho antes do previsto para postar um capítulo especial! Não bem o capítulo em si, mas a data de hoje com certeza é! NOVE MESES, GENTE!! O// Alguém aí tem noção da importância dessa data?! Bem, aposto que não, então eu mesma digo...

NOVE MESES DE FIC, POVO XDD
Sério, eu tenho marcadinho aqui no calendário cada uma dessas datas, porque pode não ser importante para outros autores, mas é extremamente importante para mim! É uma emoção mto grande, vcs não tem noção, mas eu vou deixar pra dar o meu ataque de piti no dia em que eu postar o último capítulo dessa fic ç.ç Cara, a depressão já está quase me pegando, então eu já vou pedindo para vcs acompanharem minhas outras fics de Nárnia, pq não vou aguentar ficar sem vcs não, pq serão praticamente duas fics finalizadas ao mesmo tempo ç.ç É muita tristeza pra uma pessoa só, mas enfim! Esse capítulo não ficou muito fofo quanto os próximos serão, mas eu escrevi com todo o carinho para essa data de hoje, então aproveitem!!



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Capítulo 19

Edmundo, ao lado de Lena, um centauro e um gigante, atravessavam todo o campo que separavam a fortaleza do acampamento de Miraz. Por mais que Lena sentisse que seu coração estava prestes a sair correndo de seu peito, insistira em ir com eles para fazer o comunicado. Mesmo com um centauro e um giganto escoltando o menino, ela queria ter certeza de que nada aconteceria com ele. E claro, teve ainda ajuda de Ripchip, que estava empoleirado em seu ombro direito.

– Acalme-se, madame, nada acontecerá à Sua Majestade enquanto estivermos aqui. - disse o rato, tentando acalmar a menina.

– É meio difícil, Rip. - ela disse. - Saber que estaremos só nós cinco no meio de todo um exército telmarino não me deixa menos preocupada.

– Você realmente está preocupada com ele, não?! - o ratinho perguntou, em um tom mais afirmativo do que interrogativo.

Lena fez uma breve pausa, na qual olhou em direção a Edmundo, há alguns passos à sua frente. Continuou a andar, ignorando a grama alta que se embrenhava em seu vestido. Ela não tinha dúvidas de que havia uma pergunta implícita na voz de Ripchip, a mesma que Augustus a fizera, mas que se recusava a responder.

– Sim, Rip.

– Pode-se perceber apenas pelo seu olhar, madame. - o rato disse e Lena percebeu que ainda observava Edmundo, alguns passos à frente.

Tratou rapidamente de desviar o olhar. O que ela menos precisava neste instante era que ele percebesse e a fizesse corar por ter sido pega no flagra.

~*~

"Eu, Pedro, por graça de Aslam, por eleição e por conquista," - Edmundo calmamente, o que deixava Lena ainda mais nervosa, mas ela não ousava mexer um único músculo. Não enquanto sabia que Edmundo podia estar correndo perigo. Claro que ela corria o mesmo perigo, mas no momento ela não estava muito preocupada consigo mesma. - "O Grande Rei de Nárnia, Senhor de Cair Paravel e Imperador das Ilhas Solitárias, para evitar o abominável derramamento de sangue, por meio desta, desafio o usurpador Miraz a uma única luta no campo de batalha. A luta será até a morte. A recompensa será a total rendição."

Edmundo enrolou o pergaminho, sem olhar diretamente para Miraz, mas Lena o fez. Miraz era um homem rústico, com a barba cobrindo grande parte do queixo e das bochechas, mas seu olhar era tão frio e cruel que Lena não pode evitar sentir um arrepio subindo-lhe à espinha.

– Diga-me, Príncipe Edmundo... - dizia Miraz, com tão fria quanto o olhar, mas foi logo interrompido.

– Rei. - disse Lena, rapidamente, mas logo se arrependeu.

Miraz olhou-a duramente, como se ela fosse uma escrava que não tinha o direito de se pronunciar e Lena sentiu um ódio próprio sobre si, mas ao menos sabia que a atenção do tirano fora desviada de Edmundo. Olhou para o menino, como se pedisse desculpas, mas pela expressão que havia em sua fisionomia, soube que se ela não tivesse interrompido, ele teria o feito. Quando Miraz voltou a falar, não dirigiu-se a Lena, mas sim a Edmundo.

– Tem uma guarda-costas agora?! - ele disse em um tom zombeteiro e Lena praticamente teve que pregar os pés no chão para voar até o pescoço dele ali mesmo.

Quem ele pensa que é para dizer algo assim?!

– Se precisar, eu serei. - ela ouviu as palavras saindo de sua boca automaticamente e de modo tão firme que ela quase se espantou.

Miraz, porém, ignorou-a como se não passasse de uma simples barata.

– Como eu dizia, príncipe... - disse Miraz.

– Rei. - disse Edmundo, de modo quase nervoso.

– Anh? O que disse? - perguntou o tirano, já nem se dando ao trabalho de fingir estar confuso.

– É Rei Edmundo, na verdade. - disse o moreno. - Só Rei. Pedro é o Grande Rei. Eu sei, é confuso.

Miraz trocou olhares com seus assessores. - Por que arriscar tal empreitada se nossos exércitos vão eliminar vocês até o cair da noite?

Lena revirou os olhos. Cara, esse homem tem auto-confiança de sobra, hein?!

– Você já não subestimou demais nossos números? - rebateu Edmundo e Lena disfarçou um sorriso. - Digo, uma semana atrás os narnianos estavam extintos.

– E vão ser extintos de novo. - Miraz disse com um convicção que quase chegou a derrubar Lena.

Quase, pois ela ainda acreditava que poderiam conseguir ir atrás de Aslam a tempo.

– Então deve ter pouco a temer. - Edmundo disse, causando uma risada de escárnio vinda de Miraz.

– Não é uma questão de bravura.

– E por bravura se recusa a lutar com um espadachim que tem a metade de sua idade? - Edmundo disse ironicamente, deixando, pela primeira vez, Miraz sem palavras.

– Eu não disse que me recusava. - Miraz apoiou-se na mesa, olhando friamente nos olhos do moreno.

– O senhor terá o nosso apoio, Majestade. - disse um dos assessores ao tirano. - Seja qual for a decisão.

Lena tentou não bufar em desgosto. Aqueles assessores só sabiam bajular Miraz e ela sabia que qualquer um ali, mesmo assim, não daria muitos conselhos contrários. Então por que, para início de conversa, eles estavam ali?!

– Senhor, sozinha nossa vantagem militar já fornece a desculpa perfeita para evitar o que pode ser... - dizia outro assessor, antes de ser interrompido.

Miraz levantou-se bruscamente, desembainhando a espada e controlando-se para não apontá-la para o peito do assessor.

– Eu não vou evitar nada! - ele rosnou.

– Eu só quis assinalar que meu rei está dentro do direito de recusar. - ele defendeu-se, indicando um guarda que poderia ajudá-lo.

– Sua Majestade nunca se recusaria. - este guarda disse, contrariando o assessor. - Ele aprecia a chance de mostrar às pessoas a coragem do novo rei.

Edmundo voltou seu olhar para Miraz, ansioso pela resposta que poderia dar tempo suficiente para as Rainhas e Lena conseguirem chegar até Aslam.

– Você. - disse Miraz, apontando a espada para Edmundo. - Torça para que a espada de seu irmão seja mais afiada que a pena.

Edmundo deu um sorriso de lado.

~*~

Lena estava tendo certa dificuldade em permanecer em cima de Augustus, mas Edmundo estava ao seu lado, selando o cavalo e ajudando-a a ficar na sela.

– Que droga, por que eu não podia ir com Susana? - resmungou Lena.

Edmundo riu baixinho. - Porque Augustus me prometeu te manter sobre ele. - ele disse, dando uns tapinhas no cavalo.

– Com certeza, Majestade. - respondeu o cavalo, em uma voz grave.

– Eddie. - Lena chamou-o e quando ele olhou diretamente em seus olhos, ela sentiu uma tremenda necessidade de beijá-lo. Mas ela não podia, pois sabia que se tentasse acabaria caindo do cavalo. De novo. - Tome cuidado.

– Você também. - ele abriu um sorriso fraco. - Me promete um coisa?

– Hum?

Ele pegou a mão dela e deu-lhe um leve beijo sobre seus dedos.

– Volta pra mim? - ele perguntou em uma voz embargada e Lena sentiu seu coração pesar mais do que toneladas.

Sorriu docemente. - Sempre.

Caspian não estava muito longe, ajudando Susana e Lúcia com o cavalo em que elas estavam.

– Destro sempre me serviu bem. - ele dizia a Susana, que estava responsável por guiar o cavalo. - Está em boas mãos.

– Ou cascos. - disse Lúcia.

– Boa sorte. - desejou Caspian, olhando diretamente nos olhos de Susana.

– Obrigada.

– Escute. - ele disse, pegando a trompa no cinto. - Talvez seja a hora de ter isso de volta.

– Por que não fica com ela? Pode precisar me chamar outra vez.

E ambos os cavalos saíram, deixando rei e príncipe olhando angustiados para as três garotas que seguiam para um futuro incerto.

– Que lindo, Lena. - disse Susana, quando seu cavalo trotou lado a lado de Augustus. - "Volta pra mim?"

Lena sentiu as bochechas queimando, enquanto Susana e Lúcia riam.

– Cala a boca, Susana! - ralhou Lena para a mais velha.

– "Pode precisar me chamar outra vez?" - caçoou Lúcia.

– Ah, quieta, Lúcia! - reclamou Susana, fazendo ambas as mais novas rirem.


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