Hurricane escrita por Rocker


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Então, lindos, está aqui mais um capítulo para vocês! E sinto muito não ter postado antes, mas é que a preguiça realmente baixou :/ Enfim, eu queria falar que não descrevi todo o ataque, como a parte do Ripchip - que eu acho mto foda, mas deixa quieto - e do Caspian no quarto de Miraz, porque os principais na fic são Edmundo e Lena e eu escrevi o que eles faziam enquanto isso. Espero que gostem esse cap deu um trabalho dos infernos!! Qualquer erro me avisem!

Boa leitura XDD



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Capítulo 16

Lena observava o céu de Telmar à noite. Era perfeito e ela percebia isso enquanto sobrevoava o castelo de Miraz, algumas noites depois, nas garras de uma ave gigante que ela não fazia a menor ideia do que era. Em sua limitada experiência, ela julgou ser uma espécie de fênix gigante, mas pensou que nem mesmo isso vangloriava a espetacular e grandiosa criatura. Sim, ela simplesmente adorou voar entre as garras dela.

Ainda mais com Edmundo ao seu lado, em uma outra ave praticamente idêntica a que a levava.

Lena olhou rapidamente para o moreno e o flagrou olhando-a. Mesmo constrangida, conseguiu abrir um sorriso maravilhado para ele. Mesmo depois de concordar com a participação dela nesse ataque, Edmundo ainda tinha discutido muito sobre os prós e contras, mas no fim acabou se rendendo, ainda mantendo firme a condição de que ela estivesse ao seu lado todo o tempo.

Quando ela conseguiu desviar seu olhar, percebeu que a ave que levava o moreno adiantou-se mais à frente e ela se perguntou porque a sua não a seguia. Na verdade, a ave que a carregava simplesmente parou em pleno voo, a vários metros da torre em que deveria deixá-la. Longe o bastante para a ave gigante ser comparada a uma ave comum.

- Ei, Wings! - chamou Lena.

- Sim, senhorita? - a ave respondeu em uma voz grave, olhando levemente para baixo.

- Por quê parou?!

- Parte do plano. - ela respondeu e quando viu a expressão confusa no rosto da menina, continuou. - O Senhor Edmundo pediu-me que esperasse pelo sinal dele.

Lena bufou e, voltando sua atenção à frente, reparou na grande ave que levava Edmundo pousar no telhado de uma das torres mais altas após deixá-lo também no telhado. Pelo modo como eles tentaram se esconder, era claro que havia ali um guarda. Ambos os narnianos se moveram sobre o telhado e Lena deduziu que o guarda havia visto algum tipo de movimentação. Quando viram a ave segurando o guarda pelos ombros, Wings disse.

- Esse é o sinal. - avisou, antes de tomar impulso no ar e Lena voltar a sentir o vento chicoteando por seu rosto.

Aproximaram-se mais e Lena ficou confusa ao ver Edmundo olhando em sua direção, com o corpo tensionado e os braços abertos. Até que Wings a soltou em pleno ar e ela foi parar direto nos braços do moreno.

- Não acha que eu deveria saber dessa parte do plano?! - perguntou sarcasticamente.

- Não se iria ter um guarda esperando. - Edmundo respondeu.

Logo ele se distanciou dela para dar o sinal esperado pelas tropas, Lena sentiu falta do calor de ser envolta pelos braços firmes dele.

Concentre-se, Stryder! Você está em pleno ataque surpresa ao inimigo!, ela se advertiu, balançando a cabeça.

Edmundo se aproximara do parapeito da torre e ligou a lanterna, fazendo o sinal combinado. Lena pôde ver, então, outras aves iguais a Wings sobrevoando o castelo o mais silenciosamente possível, trazendo os que seriam os principais guerreiros para esse combate.

- Fique perto de mim. - ordenou Edmundo, voltando-se para a menina com uma voz severa, mas um olhar profundo.

- Tudo bem. - Lena concordou plenamente, vendo Edmundo retornando aos sinais que deveria fazer aos soldados narnianos.

~*~

- Pare de brincar com a lanterna. - insistiu Lena, sentada ao muro próximo à parede da torre, pela vigésima vez.

- E o que fará?! - Me beijar?, Edmundo completou mentalmente.

E continuou a remexer a lanterna em mãos, esperando realmente que ela lhe desse outro beijo. Ele tinha que admitir que por si só jamais teria coragem para tomar a iniciativa de beijá-la. Mesmo que quisesse, não era com o qual estava acostumado.

- Não me obrigue a tomar da sua mão. - disse Lena seriamente, já sentindo-se completamente irritada de ficar parada.

Queria entrar em ação, poxa! Não devia nunca bolado esse plano, pois esquecera-se de que quem ficasse nesta posição não entraria muito em ação, apenas se encarregaria de vigiar e mandar sinais para as tropas. Ah, e acima de tudo, esquecera-se de que provavelmente - certamente - Edmundo se candidataria a essa posição, sabendo que Lena ficaria com ele e fora do perigo maior.

- Venha então! - desafiou Edmundo, já preparando-se para o que viria.

Poderia ser um beijo, poderia ser um soco, poderia ser um chute, poderia ser um tapa.

Mas não foi.

Foi um grito.

Um grito distante de chiar a audição. E que fez ambos assustarem, resultando em uma lanterna voando direto das mãos de Edmundo em direção a um patamar mais baixo da torre.

- Viu?! Sabia que isso ia acabar acontecendo! - caçoou Lena, segurando-se para não rir.

- Culpa sua! - culpou Edmundo.

- Minha?! Não fui eu que estava brincando com a lanterna, para começo de conversa!

Edmundo bufou, tentando pensar rapidamente. - Espere aqui que eu vou buscar. - disse, já se preparando para descer as escadas.

- Nem pensar, eu vou junto! - Lena agarrou-se às sombra dele, seguindo-o até um portal que dava direto para a o local onde a lanterna caíra.

E havia um soldado ali, mexendo na lanterna e a acendendo.

- Merda! - sussurrou Lena, sabendo que aquilo iria confundir os narnianos que esperavam por mais sinais.

- Agora você espera. - sussurrou o moreno para ela, que apenas assentiu em concordância.

Um alarme foi tocado no momento em que Edmundo caíra sobre as costas do soldado. Lena sabia que aquilo não seria nada bom. Provavelmente era o aviso de que estavam sendo atacados. Após Edmundo tê-lo nocauteado, virou-se para Lena com um sorriso presunçoso. Preparava-se para dizer que ela podia pular, quando percebeu que Lena já pousava delicadamente ao seu lado. E com um equilíbrio perfeito. Abriu um sorriso irônico e Edmundo revirou os olhos.

- Convencida. - ele resmungou.

- Olha quem fala. - ela retrucou.

E então uma outra porta se abriu, com a chegada de outros dois soldados. Edmundo e Lena se entreolharam, chegando a um acordo silencioso e foram logo em direção aos telmarinos. Edmundo conseguia desviar muito bem dos ataques de seu adversário, mas Lena estava tendo certa dificuldade, pois o soldado telmarino que ela enfrentava era tão alto que a garota tinha a impressão de que dava duas dela. Lena desviou de uma arco feito com a espada dele e deu um passo à frente, cortando superficialmente o peito do soldado.

- Agora, Edmundo! Chame as tropas! - eles ouviram a voz de Pedro gritando do pátio principal, logo abaixo deles.

- Estou ocupado, Pedro! - gritou o moreno de volta, descruzando as espadas dele e do soldado.

Lena, depois de levar um corte no braço esquerdo, conseguiu matar seu oponente com uma estaca no peito. Virou-se para Edmundo e viu que quase foi acertado. Foi o suficiente para atiçar sua ira e ela correr por trás do soldado, enfiando sua espada direto no coração do homem. Assim que ele caiu aos seus pés, Lena levantou seus olhos para Edmundo e percebeu o quanto ele estava estupefato.

- Não é todo dia que eu mato um telmarino por você, não se acostume! - ela brincou.

Edmundo riu, sentindo uma alegria momentânia em mesmo ela não sendo mais aquela garotinha inocente antes de vir a Nárnia, Lena continuava sendo meiga e brincalhona a seu modo. Edmundo então correu até onde estava sua lanterna e tentou ligá-la, mas não conseguiu. Estava apenas chiando e por um minuto, ele achou que já estivesse quebrada.

Até que Lena veio ao seu lado e bateu-a levemente em sua própria palma, causando uma pequena fagulha. E logo ela se acendeu. Lena logo devolveu a lanterna a Edmundo, mas não sem antes abrir um sorriso vitorioso. Edmundo correu até o parapeito da torre e usou o sinal esperado para chamar as tropas.

Quando Lena pode ouvir o barulho da batalha que ocorria lá embaixo, virou-se para ele. - Vamos descer, precisamos ajudar!

- Eu desço e você fica. - ordenou ele.

- De jeito nenhum! Isso não é hora para discutir, precisamos ajudar! - insistiu ela, apertando mais o punho de sua espada.

Edmundo se aproximou dela com um olhar piedoso e tocou-lhe a face delicadamente, criando coragem para dizer o que precisava.

- Entenda, Lena, eu não posso te perder.

Lena engoliu em seco, tentando desfazer o nó em sua garganta. - E não vai. Eu prometo.

Edmundo sorriu levemente, antes de ele mesmo criar coragem e se inclinar para juntar seus lábios rapidamente em um selinho. Ao se separar, ele mal olhou nos olhos dela, com medo de sua reação, e puxou-lhe a mão em direção aos telhados. Eles logo subiram nas telhas, enxergando a carnificina que acontecia nos pátios do castelo. Lena queria poder dizer alguma coisa, mas a adrelina em seu sangue depois do rápido beijo foi o suficiente para ela. Pelo menos por ora.

Rapidamente os arqueiros telmarinos se agruparam em um patamar abaixo deles. Inconcientemente, Edmundo e Lena escorregaram pelas telhas em direção a eles, derrubando dois arqueiros direto para a pátio.

- Ed! Lena! - ouviram a voz de Pedro alertando-os de algo.

Ao olharem para o lado perceberam que os outros arqueiros logo os viram e já preparavam seus arcos em direção a eles. Edmundo, o mais rapidamente que conseguia, colocou Lena atrás de si e eles correram de costas para uma portinha lateral, que a garota abriu com um chute. Lena correu para dentro e Edmundo acabou escorregando e se jogando no chão, logo fechando a porta com o pé.

- Você está bem? - Lena perguntou, se aproximando de Edmundo e o ajudando a se levantar.

- Estou sim. - ele garantiu.

- Vamos, venha!

Lena o puxou em direção a uma portinha do outro lado da salinha, enquanto ainda ouviam os arqueiros tentando abrir a porta por onde passaram. Ao passarem pela portinha, Edmundo logo tratou de fechá-la por fora, usando a lanterna. Lena se virou na outra direção e viu que estavam encurralados.

- Oh, droga! - ela xingou.

Edmundo se aproximou do parapeito, vendo um desfiladeiro logo abaixo da torre. Mas abriu um leve sorriso ao ver uma chance de fugirem.

- Plano B? - ele perguntou a Lena.

- Plano B. - ela concordou.

Viraram-se ao mesmo tempo para a porta que era arrombada e quatro soldados apareciam, desembainhando as espadas. Edmundo e Lena recuaram para o parapeito e deram as mãos, antes de se jogarem para trás e serem amparados por Wings.


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