Hurricane escrita por Rocker


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Olá, meu povo!! É, gente, duas semanas e dezesseis comentários. Nem metade dos leitores, mas foi melhor do que eu esperava, ainda mais que recebi uma recomendação de giovanamellark! Saber que foi a primeira de ACDN que vc leu e que acabou gostando mto, me deixou extremamente feliz! Então esse cap eu dedico a vc e a todas que deixaram um review.

Mais uma coisa: próx capítulo com a mesma quantidade de reviews, tenho certeza que vcs vão querer saber a reação do Eddie. Ok, parar de enrolação pra deixar vcs entenderem o que quero dizer. Mas não esqueçam, QUERO REVIEWS PARA POSTAR O PRÓX!



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Capítulo 12

Lena recuperou a consciência aos poucos, tentando se lembrar dos últimos acontecimentos. Não se lembrava de muita coisa, mas tentava fazer o possível, enquanto recuperava os sentidos. E foi então que sentiu seu corpo dar um solavanco no lugar, indo para trás e recostando em algo quente e macio. Abriu os olhos de repente, assustada com o que poderia estar acontecendo. Até que viu que estava sob o lombo de um cavalo marrom, com dois braços a envolvendo e segurando as rédeas. Levantou seu rosto, tentando descobrir quem a estava amparando e viu Edmundo sorrindo-lhe gentilmente.

- Descansada? - ele perguntou.

- Nem um pouco. - ela respondeu, recostando-se no peitoral do moreno e fechando os olhos, sentindo o fraco perfume exalar do mesmo, embriagando-a completamente. - Sabe, dormir em cima de um cavalo não é nada confortável.

Edmundo riu, tentando manter o controle sobre si mesmo. Não queria parecer um bobo perto de Lena, ainda mais por causa de sua aproximação.

- Sinto muito, senhorita. - relinchou o cavalao, Augustus.

Lena riu, acariciando a crina do mesmo. - Sem problema, Augustus. É melhor do que dormir em pé.

- Ainda quer dormir? - perguntou Edmundo, depois de alguns minutos de silêncio entre eles.

- Na verdade, estou cansada, mas não tenho sono.

- E então, alguma pergunta sobre meu tempo aqui? Queria conversar com você sobre isso.

Lena parou um segundo, pensando no que queria realmente saber.

- Quanto tempo ficou aqui?

- Quinze anos. - ele respondeu, estranhando a pergunta em si.

- Legal, meu amigo tem idade mental de trinta e seis anos. - ela ironizou, rindo juntamente ao moreno.

- Pensando por esse lado, eu realmente pareço velho. - ele riu.

- E como vocês chegaram aqui?

- Dentro de um guarda-roupa. - ele disse e riu assim que viu ela arqueando uma sobrancelha.

- E você... - ela engoliu em seco, tentando finalmente fazer a pergunta que realmente queria uma resposta. - Você deixou alguém para trás quando voltou?

- Anh, não! - ele respondeu, confuso demais com o significado da pergunta.

E Lena sentiu seu coração quase saindo pela boca.

- Rei Edmundo, senhorita. - chamou Augustus, o cavalo. - Chegamos.

O cavalo parou e Edmundo pulou do cavalo, virando para esperar Lena pular também, mas quase riu quando ela olhou-o desesperada.

- Eddie, por favorzinho... - ela pediu.

E então, rindo, ele foi ajudá-la, segurando sua cintura fina e a colocando no chão logo depois. Felizmente ou infelizmente - depende-se do ponto de vista -, estavam próximos o suficiente para sentirem a respiração um do outro.

- Ed, Lena! - ouviram a voz de Lúcia chamando-os e se separaram rapidamente e envergonhados.

Lúcia olhou para eles como se pedisse desculpas e saiu correndo dali para se juntar aos seus irmãos. Edmundo estendeu a mão para Lena que fez um meneio com a cabeça, recusando seu convite. Ele olhou confuso para ela, mas ela apenas se afastou, indo mais atrás do grupo.

- Nunca pensei em algo assim. - ele comentou olhando para a morena ao seu lado. - Perdida também?

Lena soltou um riso forçado e desconfortável. - Ao que parece, sim.

- Então me faz companhia? - pediu Caspian, oferecendo seu braço.

Lena pensou em recusar, mas decidiu que não deveria sentir desconfortável sozinha. Pelo menos o príncipe a estava dando uma chance de uma companhia não tão ruim assim.

- Por que não? - ela deu de ombros, enganchando seu braço no dele e seguindo juntos para dentro da estrutura de pedra.

~*~

O lugar era imenso. Completamente feito de rochas e pedras, em tom marrom escuro e enegricidas por mofo e vegetação que subia pelas paredes. Edmundo sentia que algo ali era importante, pois se sentia seguro naquele lugar, por mais que, na expressão mais vulgar que existisse, "estivesse caindo aos pedaços". Sentiu uma sensação de acolhimento e paz. Pedro, porém, não parecia sentir a mesma coisa. Sua expressão era indecifrável.

- Pedro. - chamou Susasa de um canto. - É melhor ver isso.

Pedro foi atrás dela, mas foi logo seguido pelos outros irmãos e por Caspian e Lena. Lena olhou ao redor e encontrou Susana olhando admirada e nervosa, olhando atentamente para algo gravado na parede da caverna. Lena se aproximou instintivamente, tocando os desenhos entalhados na rocha de forma tão perfeita e singela.

- O que é isso? - ela perguntou a Pedro, que estava o mais próximo de si.

Ele não respondeu, estava tão atônito quanto os irmãos.

- Susana? - Lena não queria forçar nada, mas estava curiosa demais. E com uma estranha sensação sobre aquilo tudo.

- Somos nós... - disse Susana.

Estavam atônitos. Não imaginavam que após tanto tempo, após 1.300 anos, sua história ainda iria permanecer viva de alguma forma para ser lembrada. Mesmo que fosse esculpida drasticamente nas paredes de um corredor úmido e escuro.

- Que lugar é esse? - perguntou por fim Lúcia.

- Vocês não sabem? - perguntou o príncipe surpreso.

Pegou a tocha que estava pendurada ao seu lado e foi à frente de todos, ao lado do Rei Pedro. Lena esteve junto o tempo inteiro, sem ter outra escolha, afinal não sabia o que faria se ficasse sozinha ao redor de criaturas magníficas, porém intimidadoras. Parou por uns instantes, receosa se deveria seguí-los ou não, afinal, poderia ser um momento apenas para os reis. Não sabia se seguia ou se voltava, mas não queria ficar com aquelas criaturas desconhecidas. Não queria admitir, mas além de ter certo medo, queria passar mais algum tempo perto de Edmundo. Talvez assim criaria coragem para dizer as três palavras que tanto temia.

- Lena. - ouviu a voz dele chamando-a mais à frente. - Vamos?

Não conseguia vê-lo no fim do túnel úmido, mas sabia que ele a chamava e esperava. Jamais se confundiria à voz dele. Seguiu adiante e sentiu o braço do moreno envolvendo seus ombros. Quando chegaram, ela parou na entrada de um corpo circular, enquanto o moreno seguia à frente. Não sabia bem o que esperar, mas com certeza não era aquilo. Linhas de fogo circundavam toda a sala, onde uma mesa, quebrada pela metade, repousava no centro de tudo. Atrás, na parede de fundo, havia uma grande gravura de um leão. Lena imaginou se aquele seria o tão famoso Aslam.

- É a Mesa de Pedra. - disse Edmundo, parando ao seu lado. Ela olhou para ele, exalando expectativa e curiosidade; então ele continuou, com um sorriso triste no rosto. - Onde Aslam se sacrificou para salvar meu sangue traidor.

Lena queria saber mais. Queria saber tudo o que rondava a mais misteriosa vida do moreno durante os quinze anos que permanecera em Nárnia. Mas percebeu, pela expressão triste e os olhos misteriosos e profundos, que não poderia simplesmente apressar as coisas. Então virou-se para Edmundo e tocou-lhe o rosto delicadamente. De início imaginou que ele se afastaria assustado, mas não - ele inclinou o rosto, para que a mão dela acariciasse sua face.

- Eu quero muito saber o que aconteceu em seu passado. - ela disse, com a voz suave e delicada, dando um passo à frente e ficando a centímetros do moreno. - Mas eu espero até quando estiver pronto para me contar.

E então, ela fez algo que simplesmente surpreendeu não só a Edmundo, mas a ela também. E inclinou todo o seu corpo para a frente e selou seus lábios nos dele.


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