Hurricane escrita por Rocker


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Olá, meu povo! Desculpe a demora para postar, mas tava meio sem ideia, mas aqui estou eu com um capítulo novinho em folha. Quero, antes que vocês leiam, dar dois avisos: primeiro, aos leitores que acompanham minhas outras fics de Nárnia, quero dizer que não sei quando posto, pois minhas aulas estão para voltar essa semana e não si quando poderei escrever, mas prometo que não demorarei!
Segundo aviso: o momento tão esperado por vocês está quase chegando, provavelmente será no próximo capítulo. Então para postar o capítulo em que eles finalmente se beijam, quero muitos comentários nesse aqui, senão nada feito e eu enrolo mais para postar!



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Capítulo 11

As árvores estavam como antes. Tão paradas e tão frias. Não havia vento e elas continuavam sem se mexer.

- Acordem... – pediu Lúcia tocando em um tronco.

Nada aconteceu. Lúcia continuou a caminhar tentando achar aquele caminho de seu sonho. Talvez conseguisse encontrar Aslam... mas sem o caminho que as árvores lhe proporcionavam, era fácil se perder. Continuou a ouvir barulhos distantes. Passos pesados e grunhidos altos.

- Aslam? – ela perguntou com um sorriso desenhado na face.

Então, sentiu algo lhe tapar a boca e lhe puxar para trás. Tentou tirar a mão de sua boca, mas era muito mais forte e o grito ficou entalado em sua garganta. Então, quando ela estava atrás da moita, viu o rosto do irmão preocupado. Relaxou um pouco e ele tirou a mão, permitindo que ela pudesse respirar. Olhando por cima das folhas, viram a cabeça de um minotauro subindo através das árvores. Pedro pediu silêncio com um dedo sobre os lábios. Se afastou da irmã e retirou a espada com todo cuidado, apesar do barulho das espada ter deslizado foi impossível ter impedido. Então, o loiro se aproximou com a espada em mãos, se aproximou mais um pouco, e mais um pouco...

Então outro homem surgiu batendo na espada de Pedro com outra. O loiro afastou a cabeça com o repentino susto, mas logo se recuperou. O outro homem, um moreno alto e forte, com os cabelos compridos até o queixo, voltou a atacar com a espada por cima. O loiro defendeu e o moreno tentou bater por baixo, mas o loiro defendeu novamente. Rapidamente, o loiro bateu no rosto do moreno com o cotovelo e com a distração do mesmo, o loiro levantou a espada para cima e quando ia atacar, o moreno se defendeu com a espada novamente. As espadas se encontraram mais uma vez em cima e o loiro focou a espada do moreno jogando-a para longe. Girou a espada por cima da cabeça tentando atacar o moreno duas vezes seguidas. Na segunda, o moreno se abaixou e a espada se cravou em um tronco. O moreno se levantou e empurrou o loiro para trás. Voltou-se para a espada, tentando retirá-la enquanto o loiro pegava uma pedra maior que sua mão pelo chão. O loiro se levantou e com a pedra na mão, pronta para bater na cabeça do moreno.

- Não! Parem! – uma voz aguda e infantil soou alto pelo local.

O moreno e o loiro olharam para o lado e viram uma pequena menina, com um vestido vermelho e a face preocupada e assustada, parada sem nenhum vestígio de armas para se defender. Pedro olhou reprovador para a irmã. Ela não poderia se expor desse modo! Mas então, ele ouviu outros passos e outros barulhos e quando se virou para trás. Centauros, lobos, faunos, minotauros, onças, anões e um texugo. Aqueles eram narnianos. Pedro se voltou para o moreno, que já estava com sua espada em mão e a apontava para seu rosto.

Lena continuava encantada com aquilo e não sabia bem o que pensar, apenas segurou a mão de Edmundo, completamente nervosa. Ele lhe deu um sorriso sincero, transmitindo-lhe força.

- Príncipe Caspian? – perguntou Pedro incrédulo e olhando mais atentamente para o rosto do moreno.

- Sim, mas quem são vocês? – ele perguntou.

- Pedro! – alguém gritou e viraram-se novamente para onde a pequena estava.

Logo surgiram mais duas garotas, mais um garoto e mais um anão atrás. O garoto tinha a espada em mão e a morena do vestido roxo tinha um arco em mãos. O anão olhou impressionado para os narnianos, não esperava vê-los ali. O moreno voltou a olhar para a espada que tinha em mãos. Além de palavras escritas na lâmina, o cabo dela tinha uma cabeça de leão feita de ouro.

- Grande Rei Pedro. – ele deduziu.

- Eu creio que nos chamou.

- Chamei mas... Pensei que fosse mais velho. – ele disse sem arrogância na voz, estava realmente surpreso, mas o loiro achou que fosse outra coisa.

- Se preferir, podemos voltar daqui a alguns anos...

- Não! – o moreno disse rapidamente. – É que... Não são bem o que eu esperava... – ele disse olhando para cada um e chegou a voltar seu olhar para a morena de vestido roxo, olhos claros e lábios carnudos.

- E nem vocês. – admitiu Edmundo, ainda segurando a mão de Lena protetoramente e olhando à sua volta.

Ele olhou de relance para o minotauro, receoso. Pelo o que se lembrava, minotauros, assim como lobos, gigantes e anões, trabalhavam para a Feiticeira Branca alguns séculos atrás.

- O inimigo comum une até os inimigos mais antigos. – disse um texugo.

N.C.A cravou sua espada no chão. Conhecia muito bem o texugo e chegava a ficar cansado de suas frases de efeito.

- Aguardávamos ansiosamente seu retorno soberano. – disse um rato em pé, grande demais para ser um rato. – Nossos corações e espadas estão ao seu dispor.- ele disse fazendo uma reverência. O loiro sorriu com as palavras e respeito do rato.

- Olha só, ele é tão fofinho! – sussurrou Lúcia para Lena e Susana.

- Quem disse isso?! – perguntou o rato subitamente com a espada em punho.

- Desculpe. – disse Lúcia envergonhada.

- Oh... Majestade! – o rato disse abaixando a espada e fazendo uma reverência. – Com todo o respeito, eu acredito que gloriante, garboso ou galante sejam adjetivos melhores para um cavaleiro de Nárnia. – ele disse e guardou sua espada.

- Bom, pelo menos alguns sabem como empunhar uma espada. – disse Pedro.

- Certamente. – o rato disse e o moreno fez uma careta com as palavras do rei que sabia que foram indiretas. – E há algum tempo consegui juntar algumas armas para o seu exército senhor.

- Ótimo. – ele se virou para o príncipe. – Porque precisaremos de todas as armas possíveis.

- Então, é provável que queira a sua de volta. – Caspian disse devolvendo a espada para o loiro.

Pedro pegou sua espada de volta. Revirou os olhos e virou-se para ir a frente de todos. Afinal, ele era o Grande Rei Pedro, o Magnífico.

~*~

- Então, como eles são? – perguntou o texugo para N.C.A depois de algumas horas de caminhada.

- Descontentes e resmungões. Teimosos feito mulas pela manhã.

- Então gostou deles? – perguntou outro anão de barba negra e cara feia.

- Bastante. – disse N.C.A depois de pensar um pouco.

Lúcia sorriu com as palavras do anão. Afinal, eles que eram bastante mal humorados e quase nunca demonstravam o que sentiam. Foi uma surpresa para a pequena. Sem dúvidas. Olhou em volta e viu que Lena a olhava sorrindo e acabaram trocando um olhar cúmplice.

Lena sentia-se exausta; caminhava há varias horas, fora o dia anterior. Não estava acostumada a todo esse exercício, além de que dormira tão mal à noite. Lembrava-se que quando estavam no internato, ela e Edmundo eram adeptos às aulas de artes da guerra, mas não simpatizavam nem um pouco com a aula de educação física. Agora sabia que Edmundo apenas não queria acabar machucando alguém sem intenção, pois ele tinha um físico próprio para isso, depois de anos lutando em Nárnia. Já ela realmente não gostava de exercícios. Mas e agora? Estava no meio de um exército narniano, prestes a desmaiar de exaustão.

- Lena, venha aqui. – chamou Edmundo, percebendo que, apesar da menina estar se esforçando, parecia que cairia a qualquer minuto.

Ela se aproximou dele, receosa sobre o que ele queria. Viu-o discutindo algo com um cavalo narniano, marrom e preto e viu que o animal assentiu, respondendo um “sem problema algum” em um voz grave e rouca. Quando se juntou a eles, sentiu as mãos de Edmundo segurando-a por trás e a levantando – e lutou para não fazer escândalo e chamar muita atenção –, colocando-a sobre o dorso do cavalo. Arregalou os olhos para ele e recebeu um sorriso bondoso em troca.

- Sabe que não sei andar a cavalo! – reclamou ela para o moreno.

- É, eu sei. – admitiu ele, levantando sua mão para segurar a dela, que percebeu estar tremendo. – Mas Augustus concordou em te levar sem que precise guiá-lo.

Ela o repreendeu com o olhar, querendo lhe transmitir que conseguiria seguir normalmente a pé.

- Sei que está exausta e não quero correr o risco de que desmaie comigo longe demais para ajudar. Já falei que vou tentar te proteger de tudo, inclusive de si mesma. – ele completou, quando ela abriu a boca para reclamar mais uma vez.

- Está bem. – ela concordou e aproveitou que estava com a mão do rei segurando a sua e o puxou para mais perto de si e do cavalo, que apenas escutava tudo calado e sentindo o que estava no ar entre os dois humanos, algo que nenhum deles ainda havia percebido. Sabia que eles se amavam. – Mas fique por perto, tenho medo de cair do cavalo.

Cavalo e rei riram. Lena endureceu a expressão, mas logo se rendeu e se juntou aos dois nas risadas.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam, só posto o próximo quando houver comentários suficientes para os mais de 40 leitores que eu tenho!