Capitulo II

BPOV

Eu estava sentada confortavelmente na sala de estar da mansão Salvatore, enquanto Stefan Damon e Elena me contavam a sua historia.

– Deixe ver se entendi – disse quando eles terminaram – Vocês dois são vampiros, mas pelo jeito de uma espécie diferente que a minha – comecei, Carlisle iria adorar saber sobre isso, meu coração não doeu ao pensar em um Cullen como fazia anteriormente. Stefan me olhava curioso como se também estivesse curioso sobre mim, e eu não havia contado nada sobre mim ainda. – E vocês queimam quando expostos ao sol, – eu sorri com isso, pois apesar de achar um saco brilhar no sol isso era melhor para minha saúde que queimar... – Mas uma bruxa... – eu tive de frisar bem a palavra, não conseguia acreditar ainda que elas existiam, mais algo em minha mente dizia, 'você é a porra de uma vampira, por que duvida?' - que é amiga de vocês – continuei – colocou um feitiço em seus anéis possibilitando que vocês possam andar de dia sem morrer. - Dava para ver a minha descrença, mas continuei. - E Elena é uma doppelgarger... uma cópia da vampira que a séculos transformou vocês? - Eu terminei em tom de pergunta.

– Basicamente isso. - respondeu Damon.

– E quem era o loiro? – Eu senti um choque passar por meu corpo somente ao me lembrar do loiro.

– Klaus – eu consegui captar o medo na voz de Elena.

–O que ele queria contigo? – tudo bem eu sou muito curiosa, pior que Alice no pais das maravilhas, e bem no final Alice quase tem a cabeça arrancada.

–Ele precisa do meu sangue para quebrar a maldição dos lobisomens, - Maldição? Nossa eu acho que estou por fora do mundo sobrenatural, e eu fiquei meio desligada por um tempo, pensando no que mais havia, quando eu ouvi a garota dizer: - … realmente é muito bom que você esteja nos ajudando...

–Wow, espera aí, - eu quase gritei – eu não estou ajudando ninguém, para falar a verdade eu não ligo a mínima – eu fui sincera ao dizer isso, eu já tinha meus problemas, e essa galera parecia pior que eu...

–O que? - Elena parecia chocada, Stefan parecia com raiva e Damon parecia curioso.

–Eu sinto muito por vocês, seriamente, mas essa luta não é minha, por que me importaria?

–Por que Klaus não presta!

–E isso é problema dele.

–Ele mata humanos. - ela quase gritou.

–Eu também, - falei tirando meus óculos e deixando a ver meus olhos vermelho sangue. - é o que vampiros fazem. - Todos pareciam chocados – Queriam o que? Que eu comece coelhinhos? Eu gosto de coelhinhos – falei sendo o mais verdadeira possível, sem perder a malicia. Damon me olhava nos olhos, como se me entendesse.

–Qual a sua historia? - me perguntou. - por um momento eu pensei em não responder, mas no fim não vi problema algum.

–Eu sou uma vampira a pouco tempo... - comecei, mas vi que Stefan já me interromperia, então fiz um sinal pedindo silêncio. - Deixe-me terminar, depois você pergunta. - falei como uma professora que repreendia um aluninho.

“Eu morei a maior parte de minha vida com minha mãe, que quando eu tinha uns quatro anos, havia se separado de meu pai, mas quando minha mãe se casou de novo eu fui morar com meu pai.” Enquanto eu falava eu ia editando, eu não confiava nesses vampiros, nem um pouco, mesmo Stefan parecendo ser um cara legal, eu sempre confiei de mais, agora isso iria mudar. “Foi quando eu morava com ele que eu conheci sobre o sobrenatural, na cidade onde meu pai morava...” Eu vi que Damon percebeu a minha edição da historia, mas ele não falou nada. “alguns 'frios' como eram conhecidos nas lendas tribais do local.” Expliquei mais para Elena, que parecia não ter entendido. “Eles viviam em clã grande, de sete ao total, e eu me envolvi com um deles...”

–Foi ele que te transformou? - perguntou Elena, e eu sabia só pelo modo como ela olhava para Stefan, o por que da pergunta.

–Eu direi com o passar da historia, - e continuei a falar antes que a mesma me interrompesse, Edward ficou comigo. - Eu não liguei de dizer o nome dele, ele não me importava mais – e até matou um frio para me salvar, mas no final, ouve um pequeno problema, com um de seus irmão e eles foram embora, e me deixaram para trás, de acordo com o mesmo, foi para minha segurança – mesmo sem me importar com eles, não consegui evitar o deboche. - No fim, um parceiro de James, o vampiro que eles mataram, veio atrás de mim e me mordeu... - eu não iria dizer, nem sobre os lobos nem mesmo sobre Victoria, não era da conta deles, - no fim ele não me matou mas me transformou no que eu sou.

Eles pareceram absorver o que eu disse, Damon me olhava de um jeito diferente, com … pena? Não. Parecia mais com compreensão. E eu percebi, ele amava muito alguém, provavelmente a garota que os transformou. Mas eu não me importava, eu não amava mais Edward, mas Damon não parecia ter superado.

–Hoje eu sou uma vampira, e não nego quem eu sou, não vou dizer que sou a melhor pessoa, não sou. - Eu mesma tinha um pouco de ódio de mim mesma, pelo que eu fazia, quer dizer eu matava humanos, eles poderiam ser monstros piores que eu, e muitas vezes me perguntei por que eu tinha esse direito, nunca tive uma resposta satisfatória, mas eu não consegui simplesmente caçar inocentes, ou me acostumar com o sangue animal... então eu segui os passos de Edward, eu caçava os vilões... -Eu caço humanos, não nego, mas nunca os inocentes.

–Você queria me salvar de Klaus, certo? - perguntou Elena, e eu acho que ela é meio lerda, por que eu não queria salvar ela, eu SALVEI, ela.

–Sim, e como minha boa ação já está feita, eu já vou. - Falei me levantando, mas para minha surpresa Damon segurou meu braço.

–Fique.- falou simplesmente.

–Por que eu ficaria?

–Não é legal ser solitário.- dessa vez quem falou foi Stefan.

–Ele está certo. - afirmou Elena.

Eu por um momento considerei aceitar, não me agradava viver eternamente sozinha. Mas logo eu vi que não daria certo.

–Mesmo que quisesse, Mystic Falls, não é uma cidade para vampiros que brilham na luz...

–Como assim BRILHAM? - perguntou chocado Damon.

Acho que eu não havia contado para eles como a minha especie era.

–Como eu disse eu sou uma vampira diferente de vocês...

–Sim isso nós entendem, mas o que isso ter a ver com a parte do brilho. - Elena me interrompeu, acho que ela é meio impaciente...

–Deixe-me terminar. - ela só assentiu com a cabeça.... - Bem, nós somos transformados com apenas uma mordida, e ficamos agonizando durante dias... - eu vi a pergunta em seus olhos mais continuei, - depois, ficamos muito fortes, nada pode nos atravessar, - a não ser outro vampiro, ou lobisomens, mais não iria ficar dizendo as minhas fraquezas, para eles. - Somos muito rápidos, e alguns de nós temos dons extras...

–Como assim?- Stefan parecia curioso...

–Cada um tem sua ideia sobre isso, mas a maioria acredita que trás uma parte que já se sobressaia, antes mesmo de se tornar um vampiro.

–Qual a sua?- Perguntou o mesmo...

–Eu sou um escudo. Eu bloqueio qualquer ataque mental- eu havia descoberto isso quando me encontrei com um vampiro e o mesmo tentou usar seu poder em mim e não conseguiu.

–Como assim a mente?- Stefan realmente me lembrava Carlisle.

–Como eu disse cada um tem um dom, alguns conseguem ler a sua mente, - falei lembrando de Edward. - e outros poderes além, que somente afetam a sua mente, e com o meu bloqueio eles não me afetam.

–Umm, talvez seja só contra os da sua especie...

–Como assim?

–Nos temos nossos truques também...- Só poderia ser Damon a falar assim.

–Tipo o que? - perguntei tão arrogante quanto ele.

–Eu posso controlar a sua mente...- falou chegando bem próximo e olhando em meus olhos.

–Prove! - Não consegui me parar até provoca lo.

–Me beije. -Falou ainda me olhando nos olhos, e eu tive a impressão de que algo eu seus olhos mudaram rapidamente e voltaram ao original.

–Nos seus sonhos, bebê.

–Você realmente é imune.

–Irá ficar, certo?

–Não posso, o sol lembra?

–Mas será que o anel?

–Anel? - acho que eles esqueceram que eu escuto.

–É, tipo o que os protege do sol, talvez proteja você- Elena realmente é do tipo boazinha.

–Mas funcionaria? - perguntei em duvida, eles já tinham me contado sobre os anéis.

–Fique e saberá. - Damon falou com um ar arrogante, que me fez ver que ele sempre agia assim, talvez como uma proteção talvez, não sei, mas eu entendia.

–Chantagem, Salvatore? - Não tenho certeza do por que estar flertando com Damon tão abertamente, mas eu tive uma afinidade logo de cara com ele, e não vou negar ele é lindo, no estilo bad boy, já que eu estava cansada dos bonzinhos, Edward já bastara, agora eu queria aproveitar um pouco.

–Vai Bella, sabe que quer ficar, especialmente por que eu estou aqui!- falou com um sorriso convencido.

–Como consegue andar com tanto ego por ai?- Tive que implicar, mesmo ele tendo certa razão, a minha afinidade com ele, estava influenciando nas minhas escolhas.

–Fazemos assim, - começou Stefan, nos tirando da nossa bolha de implicância. - Você ficá, e amanhã quando o sol aparecer você, vê se funciona.

–Mas, tipo não precisa de uma bruxa para fazer o anel? - perguntei ainda um pouco duvidosa com a parte da bruxa.

–Eu tenho uma amiga que ela pode fazer isso. - Depois disso não tinha como eu dizer não. Eles mau me conheciam, e já estavam tentando me ajudar. Não teve como eu dizer não.

–Tudo bem. Eu fico, só espero que não dê merda.

 

KPOV

 

Eu cheguei em casa e vi Rebekah lá, mas não me importei realmente. Eu só queria descontar a minha raiva em algo, não importa o quê. E assim eu destruí o piano que tinha, jogando o na parede.

–Que foi Nik? Não conseguiu pegar a humana?- Não sei por que Bekah continua querendo me irritar por causa dos híbridos. Ser´que ela não entende que eu não quero ser o único? Eu não vou desistir, e ela tinha de entender isso, antes de fazer algo que me irritasse.

–Escute bem Rebekah, eu vou ter o que eu quero, não será você ou os Salvatores, nem mesmo essa vampira que eles tem ao seu lao que iram me impedir, eu mato-os antes, até mesmo você, minha irmã. - quando havia começado a falar havia empresado-a contra a parede, destruindo sua pintura, enquanto a segurava pelo pescoço.

–Que vampira?- perguntou quando a soltei. E me fez lembrar da garota, com aqueles incríveis olhos vermelhos, que me irritaram e fascinaram grandemente.

–Não tenho certeza, e não me importa. Se ela estiver protegendo Elena ou estiver do lado deles eu acabarei com ela do mesmo jeito. - Seria uma pena, a vampira era de uma especie interessante, que poderia a vir me ajudar, mas eu não teria outra escolha que a matar.

Eu não reparei quando Rebekah saiu, e nem perguntei aonde foi, não me importava, eu não ligava. Só queria o sangue de Elena e acabar com a “Fria”.