Bella Pov

Eu olhava Klaus correr a minha frente.

Ele mau pisava e já estava em outro lugar, não sabia quão rápido um vampiro como ele poderia correr, Damon e Stefan não me pareciam tão capazes. Talvez não fosse a especie deles, Klaus não era igual a eles afinal.

– Vai demorar muito para chegarmos? – perguntei um pouco impaciente, e muito irritada de ficar correndo na mata. Nem mesmo como vampira eu gostava de fazer isso, mesmo podendo observar cada detalhe, depois de algum tempo ficava chato e repetitivo.

– Quando viver o tanto que eu vivi vai aprender a ser mais paciente Isabella – o modo como ele fazia soar meu nome, Isabella, a deixava quase lasciva, e eu não pude deixar de pensar em sua boca. – Elena não está longe. – ao dizer o nome da humana ele me trouxe de volta.

– Eu ainda não estou convencida que vai me levar até ela. – comentei. Era estranho, mais eu mentia, eu tinha quase certeza que ele falava a verdade sobre aonde ele estava me levando.

Logo depois que Rebekah e os outros partiram, Klaus falou que me levaria até Elena, obvio que eu o confrontei, não acreditava nem um pouco que ele poderia estar falando a merda da verdade,

– Por que confiaria em você? – perguntei.

– Eu já tirei o que preciso de Elena e logo mais você será capaz de ver que a minha... interferência na vida dela vai ser melhor que a de seus amigos Salvatore. – eu olhei para ele e vi que tinha um olhar calculista, e me preocupei. O que Klaus fez a Elena?

– O que quer dizer? – perguntei com a voz um pouco aguda, mas nada muito serio.

– Vamos Bella! – ele me deu um único sorriso, e por um momento eu me perdi, e me lembrei do beijo, do gosto de seu lábio e de como eu o sentia quente contra o frio da minha pele.

– Por que está me levando até ela? – perguntei mais desconfiada. – Você a sequestrou, e quando soube que iriamos salvá-la a escondeu.

– Você esta certa. – ele parou e eu fui obrigada a parar com ele. – Mas você vê, eu tive uma epifania, assim que eu coletei sangue suficiente para a minha nova pequena... família. – fiz uma careta com sua escolha de palavras...

– Quer dizer seu exercito, não é? – Falei com uma falsa voz inocente. Ele me olhou irritado.

– Você deveria ser mais educada Isabella. – falou com um tom condescendente. – Eu não estou te ajudando a chegar em Elena? – perguntou com calma.

– Quem disse que eu me importo? – perguntei com um olhar cético.

– Você não estaria naquela casa se não se importasse com isso. – ele respondeu.

– Talvez, mas eu não ligo a mínima se ela vai viver ou não. – era a primeira vez que eu falava isso em voz alta.

– Então para que se arriscar? – ele me olhava como se estivesse muito curioso.

– Damon morreria para trazê-la de volta. – dei de ombros sem saber por que estava contando a verdade para ele. – E eu gosto de conversar com ele. – dei de ombros.

– Você arriscou sua vida por uma boa conversa? – Ele me olhou como se eu tivesse duas cabeças.

– A eternidade vai ser cansativa se eu não me distrair. – falei um pouco assustada comigo mesma, por falar a verdade.

– Você tem razão. – Ele me deu um sorriso. – Mas é tolice fazer inimigos poderosos por isso. – ele estava certo, mas eu só me preocupava em quando poderia encontrar os Cullen's e ter minha vingança, o resto eu me preocuparia depois.

– Pode estar certo. – eu falei. – Mas eu me preocupo com isso depois.

– É idiotice. – ele me olhou serio. – eu matei muitos por muito menos. – por que ele esta tentando com tanto afinco me convencer de não o irritar? – Eu teria te matado antes, mas posso acabar fazendo ainda.

– Eu sei. – eu estava seria enquanto falava. – Mas no final todos vamos morrer, vampiros podem ter trapaceado a morte, mas é inevitável. Até mesmo você, – eu olhei para ele. – sabe disso.

Klaus POV

Eu olhei para ela, ouvindo o que ela estava falando. Eu poderia entender o que ela falava, e ver a razão por trás delas.

– A quanto tempo foi transformada? – quantas vidas ela teria vivido, para se entendiar tão facilmente? Quantas vezes ela viu a morte para não se importar?

– Algumas semanas antes de vir para Mystic Falls. – eu não pude deixar de olhar para ela.

– Você não viveu nem 20 anos... – falei incrédulo. – Não é de admirar que aja com tamanha... imprudência. É uma garotinha no meio de adultos.

– Cuidado com o que fala, Niklaus. – ela me olhou com aqueles olhos rubros e com raiva. – Eu estou cansada de ser tratada como inferior, e não vai ser você a me tratar deste modo. – O ódio no olhos dela me provaram que ela tinha uma coisa dentro de si que eu conhecia muito bem. Desejo de vingança.

– Nem uma vez pensei em você como uma inferior. – isso era uma verdade. Eu sabia que ela jamais poderia ser considerada inferior, e mesmo que a especie dela não fosse tão forte quanto um original, Isabella era forte por natureza. – E nós estamos chegando. – falei apontando para uma cabana que estava no meio da floresta, que há muito tempo era utilizada por caçadores.

Ela se virou e ficou observando o lugar por uns dois segundos.

– Só cinco híbridos? – perguntou com os olhos estreitos e desconfiados.

– O resto está espalhado pela floresta. – confessei.

– Por que não estou surpresa? – perguntou com um sorriso.

– Por que você é esperta demais para isso. – falei lançando-lhe um sorriso.

– Agora você vai me dizer o que você fez para Elena? – Apesar de perguntar ela não parecia querer saber, ou se importar com o que eu tinha feito.

– Você logo vai saber... – não evitei abrir um sorriso ao pensar na cara que ela ou qualquer um deles fariam ao saber de minha... brincadeirinha.

Quando entramos na cabana pude ver ela olhar ao redor e provavelmente decorar cada canto visível da casa.

– Não precisa se preocupar. Você poderia sair daqui no momento em que quiser. – apontei para a porta.

– E levar Elena comigo? – perguntou ela me olhando ceticamente.

– Eu agradeceria. Não vou precisar levar ela. – dei de ombros.

– O que você fez? – ela me olhou curiosa.

– Curiosa. – eu olhei ela por mais um segundo. – Por que não vamos ver a cópia? – falei apontando para as escadas, antes de eu mesmo começar a subir.

Ela me segui sempre um passo atrás, a garota era esperta.

– Não se preocupe, se eu quisesse você morta você já estaria. – falei antes de entrar em um quarto a direita. – Olá Elena.

Damon POV

– O que quer dizer com “Bella está com Klaus”? – perguntei, quase gritando.

– Quando vimos que Katherine estava no lugar de Elena, nó estávamos para fugir, mas Klaus chegou... – Rebekah voltou a falar.

– E você foi embora deixando ela sozinha com ele? – ela estava maluca, ou o quê? Niklaus já tinha demonstrado que não queria Bella na cidade, e agora era bem capaz de ela já estar morta.

– Bella disse para eu sair. – ela falou.

– Seu irmão vai matá-la! E é sua culpa! – a loira não percebia o perigo que Bella corria?

– Minha culpa? – ela me olhou com raiva. – Foi por sua causa que ela estava lá em primeiro lugar.

– Nós fomos salvar Elena... – comecei a falar.

– É claro que foram. E se outra pessoa se machucar para você ter Elena você nem liga... – ela me olhou com ódio.

– Se algo acontecer a Bella... – eu já estava ficando cansado da loira.

– Ela vai saber se cuidar. – uma voz me cortou, me virei e vi Bella nós olhando da porta. – Bom dia crianças, sentiram minha falta?

– Bella. – falamos eu e Rebekah juntos.

– Onde você estava? – perguntou ela.

– Fui buscar Elena com Klaus. – ela deu de ombros.

– Onde está Elena? – não contive a pergunta.

– Está em casa. – vi um sorriso brincalhão em seu rosto. – Mas eu não iria lá agora. – acho que ela entendeu meus planos antes de mim. – Tem algo sobre Elena que você precisa saber. – Eu não evitei meu medo ao ver o sorriso de Bella.