Bella POV

Eu não consegui ouvir a aproximação de Klaus, e mau senti quando ele arrancou a minha cabeça. O ataca tinha vindo do nada, fazia já algum tempo desdê que Klaus não armava nada, e para falar a verdade, não esperava que ele atacasse a mim. Quer dizer, não menti quando disse que não me meteria na guerra deles, mas creio que ele não acreditou.
Eu podia ter a cabeça arrancada mas ainda via cada um dos momentos e lugares, eu vi ele levar meu corpo até sua casa. Sabia que Rebekah estava Damon, minha esperança era que Elijah estivesse em casa. Sabia que poderia sobreviver sem a cabeça, ou alguma parte do meu corpo, e que não sentiria dor alguma, mas isso não muda o fato de que doí, e é muito estranho. Quando recuperasse meu corpo, eu daria uma surra em Klaus, mesmo que não pudesse matá-lo, ainda o faria sofrer muito.
Nunca tinha ficado tão feliz em ser um vampiro.
Depois de um tempo senti a dor de religar as partes do meu corpo, não era algo que eu queria repetir. Quando consegui abrir os olhos a dor passou e eu me vi na casa dos Mikaelson, eu tinha ido até lá tanto com Elijah quanto com Bekah.
-Por que fez isso? - perguntei a Klaus, assim que ouvi sua respiração atrás de mim.
-Pelo grande prazer de sua companhia? - foi irônico, estava se servindo de um pouco de uísque. - Quer? - falou me estendendo seu próprio copo.
-Não, estou sem sede. - era verdade eu tinha acabado de me alimentar de uns ladrõezinhos, e queimei a casa de um deles.
-Imagino que não. - deu de ombros.
-Estava me seguindo? - eu não queria me mover, e mostrar alguma fraqueza em sua frente então continuei parada.
-Não. - ele parecia verdadeiro em sua cara de choque. - Lhe encontrei por acaso.
-O por que de me trazer aqui? - ele não tinha me trazido sem um bom motivo.
-Eu e você precisamos conversar. - ele me parecia ser um bom ator, então não acreditei muito.
-Sobre? - tentei não demonstrar as minhas duvidas.
-Na verdade nós doí temos muitos assuntos em comum.
-Quais seriam? - eu já tinha uma ideia sobre o que nós falaríamos.
-Seu envolvimento com Elena e os Salvatores. - eu sentia que tinha algo a mais nisso.
-Eu e Elena não temos nada em comum a não ser Damon. - fui sincera, eu queria saber umas coisas de Klaus mas não sabia como começar. - E não creio que isso seja da sua conta. - eu não poderia lhe dar nada de bandeja.
-Nós dois sabemos que eu não liga para isso. - ele ainda estava com o copo na mão, mas ele não bebia, só e encarava, como se eu fosse um jogo Sudoku, mas complexo do mundo. - Mas eu ainda acho que se Damon lhe pedisse você protegeria Elena e atrapalharia os meus planos. - terminou dando de ombros e bebeu todo o copo de uísque.
-Então é isso? -perguntei juntando os pontos, você irá atacar essa noite e me tirou do caminho? - caminhei lentamente até ele, meu corpo ainda não estava cem por cento, mas eu já estava quase normal. Eu prestava atenção em cada detalhe de seu rosto procurando indícios de que estava certa, e encontrei na surpresa que demonstrou por um segundo.
-Acha mesmo que você seria um empecilho para meus planos? - perguntou e ficou tão frio e calmo como sempre.
-Diga-me você. - falei chegando até ele, tinha centímetros nos separando. Ele me encarou por um segundo.
-Não, você não é. - ele se virou e foi em direção ao bar novamente. - Mas você e seus amigos juntos me atrasam.
-Para quem esperou milhares de anos, não deveria se importar em esperar um pouco mais. - falei irônica. - E você está perdendo tempo, eu já lhe disse que eu não vou me meter.
-Eu não acredito.
-Isso já é outra coisa, o que acreditamos e a verdade. - falei lhe dando uma versão de um sorriso inocente.
-Sei que você acredita nisso, mas você ainda tem suas emoções. - eu dei de ombros, sabia que ele falava a verdade, mas isso não importava. - Você iria se meter caso seu amigo Damon e até mesmo Stefan se ferissem. E acho que você não deixaria ninguém 'inocente' se machucar. - ele me olhou como se me avaliasse. E eu como uma criança abaixei a cabeça, ele estava certo, era por isso que eu não conseguia matar um inocente, e só caçava assassinos, e outros tipos de monstros humanos. Não percebi quando Klaus se aproximou, ele com um dedo ergueu meu rosto. - Não se envergonhe. - falou baixinho. - é uma coisa que deve preservar. - estranhei que ele disse, sempre pensei que ele diria que os sentimentos seriam uma fraqueza.
-Por que me trouxe aqui, de verdade? - não estava fingindo, ele parecia verdadeiro, então resolvi ser também. - Você ao me trazer se provou mais forte acabaria comigo em um segundo. - apontei, para ver se com isso ele falaria somente a verdade.
-Não tenho certeza. -ele voltou a beber, e dessa vez quando ele me ofereceu aceitei o copo, de qualquer modo não ficaria bêbada. - eu tenho algo planejado para hoje... - ele me olhava avaliativo, mas não demonstrei reação, ele só tinha confirmado minhas duvidas. - E eu por um acaso lhe vi, e decidi de ultima hora que seria mais fácil, para nós dois, você não ficar no meu caminho. - Eu acreditei em cada uma de suas palavras.
-Pode ter razão. - falei bebendo um gole da bebida. - Mas eu ainda virei lhe dar um chute no traseiro se Damon se machucar. - ameacei com um sorriso, sabia que Damon era forte demais para morrer tão fácil.
-Não esperava nada menos de você. - ergueu o copo em um brinde silencioso.

Katherine POV

Eu observava a casa de Elena, sabia que poderia entrar ali quando quisesse, mas no momento Stefan estava ali e eu não queria o machucar, eu gostava dele realmente. Ele era gentil e mesmo em seu tempo como o estripador ele tinha aquele jeito dele que me fazia tentar ao menos lutar para ter o seu carinho. Eu sabia que entre os Salvatores Damon era o que tinha me amado verdadeiramente, e que Stefan era compelido a isso, mas isso não mudava o fato de eu gostar mais de Stefan.
Ele estava abraçado a Elena, os dois estavam deitados na cama dela e apesar de eu não conseguir ver ele inteiros eu ainda poderia ouvir cada uma de suas palavras.
-Eu ainda acho perigoso. - dizia Elena.
-Bella é parecida demais com Damon. - comentou Stefan. E me pergunto quem seria Bella, Elena não parecia ser muito amiga dela, e pelo jeito ela era perigosa e um tanto instável, para ser comparada a Damon. - ela não irá fazer nada perigoso, a lei mais importante de sua raça é não mostrar sua existência ao mundo, os Volturis não perdoam. - Volturis? A garota é uma fria? Eu havia topado com alguns deles durante o tempo em que fugia de Klaus.
Pensar em Klaus me fez lembrar de suas ordens. Ele queria o sangue de Elena e de acordo com ele, eu deveria levar ela sem estragos para os Salvatores, o que me surpreendeu, sempre achei que ele pediria a sua morte e não a sua segurança.
-Eu sei. Eu só não sei por que ela ainda vai para a escola. - murmurou um tanto descontente.
-É coisa de Rebekah. - ah então a garota nova é amiga da original? Muito interessante.
-Não gosto que ela fique sempre por perto. - Elena parecia com ciumes, tive de sorrir, sabia da antiga historia de Rebekah e de Stefan, deve ser triste para Elena ter a rival sempre por perto.
-Ela não irá fazer mal algum, e ela está sempre com Damon. Bella me disse que os dois estão juntos.
-Bella te disse? - agora Elena estava com raiva. - Desde quando vocês são tão amigos? - perguntou com ciumes.
-Desde que ela mora na mesma casa que eu, e que ela é a melhor amiga de Damon. Ela não é tão ruim. - Elena começou a falar algo, mas Stefan não deixou. - Ela me lembra a Lexi, e acho que isso fará um bem a meu irmão.
-Isso é verdade? - perguntou em um sussurro.
-Por que eu mentiria? - os dois começaram a se beijar, e eu decidi que era a hora de agir. Entrei o mais rápido possível, fui em direção a Stefan, que estava distraído beijando a copia mau feita, então ele não se defendeu, quando quebrei o seu pescoço.
Elena levou um susto, e gritou, mas nem a tia nem seu irmão mais novo estavam em casa, para ouvir seus gritos.
-Não se preocupe, ele logo acordará. - falei virando o rosto dele em minha direção, ele estava com uma expressão calma, pois não tinha me visto.
-Katherine. - falou assustada.
-Olá, duplicata falei o mais irônica possível.
-O que quer aqui? - ela tentou parecer corajosa, mais ela tremia, o que estragou sua mascara.
-Eu nada. - dei de ombros. - Mas Klaus te quer, e bem ele cansou de ser bonzinho. - eu na realidade não sabia o porque de ele não ter pegado ela antes.
-Está trabalhando para ele? - eu vi ela indo devagar, quase parando, tentar pegar o telefone, rapidamente corri e o destruí na parede.
-Nananina não. - Logo lhe puxei para mim, e lhe injetei um sonífero. Logo fui com ela até o carro, e fui em direção o lugar seguro.

Klaus POV

Eu ainda não sabia do por que de ter levado a até em casa, mas foi um bom tempo, depois de ela me ameaçar, paramos de falar sobre qualquer coisa relacionada a meus planos e a duplicada. Falamos desde filosofia, politica e historia, até musica e cinema. Me surpreendi por alguns de seus gostos, ela gostava de Mozart, mas seu musical favorito era a animação Rei leão, e sua musica favorita era Help, dos Beatles. Eu e ela em comum só Mozart, mas eu percebi a diferença, ela não tinha duas décadas de vida, contando o tempo como humana, seu gosto era surpreendente.
Eu sabia que apesar de não comentar, nós dois nos perguntávamos o que aquela noite de trégua significava, eu não planejava desistir e ela ainda iria proteger os inocentes, mas depois dessa noite eu tentaria não machucá-la.
-Ainda não acredito que você estava lá. - disse bebendo mais um gole, de sua bebida.
-Eu estava, sim confirmei. - foi um show emocionante. Jhon Lenon tinha um sangue horrível. - falei me lembrando do primeiro show dos Beatles que havia sido televisionado, eu havia provado do sangue de Lenon assim que eles tinham saído do palco, e ninguém nunca reparou.
-Nossa, gostaria de ter estado lá. - Seus olhos vermelhos pareciam estar sem foco, mas com um brilho incrível.
-Também gostaria que estivesse. - eu mau reparei no que tinha falado, só quando ela olhou para mim, com um olhar interrogativo tive de me controlar para não demonstrar meu constrangimento. - Acho que a noite seria inesquecível. - disse focando seus olhos, e num momento estávamos um em frente ao outro. Sua respiração tinha cheiro de uísque e algo mais, parecia me lembrar a morangos. Eu cheguei mais perto e enfim toquei seus lábios com os meus...