Final Destination - Risk Of Death escrita por Paul Oliver


Capítulo 4
Eliminados


Notas iniciais do capítulo

Aeeeeeeeeeeeee cheguei. :D
Dessa vez demorei mesmo, eu avisei. Fui escrevendo o cap aos poucos, por que sentia que estava esquecendo detalhes importantes, enfim, consegui colocar tudo que queria. :D
Sobre o cap... A Dona Morte começou a agir, e está feroz, viu? XD
Espero que este cap estava boom, ops, esteja bom, rs Ah, se acharem algum erro me avisem!
Leiam e aproveitem! :D



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O aquário do quarto de Oliver era de tamanho médio, havia dois pequenos peixes nele: um branco e um preto. O objeto ficava em cima de uma mesinha, e abaixo de uma prateleira cheia de bonequinhos de plástico. A coleção de Oliver era enorme, havia mais de cem bonecos ali, dentre cavaleiros, magos, bruxas, guerreiros e etc.

O filho de Leonel estava jogando um jogo qualquer no computador, que ficava próximo à mesa do aquário. O garoto estava tão entretido no jogo que a cada jogada, ele batia a perna involuntariamente na parede, a batida fazia a prateleira dos bonecos se mexer.

— Parece ser bem legal esse jogo. — Carl dissera. Ele estava deitado numa cama improvisada ao lado da cama de Oliver, o garoto estava hospedado na casa de Leonel desde o acidente.

— Ah, é sim. — Oliver disse sem desviar os olhos do monitor. — Quer jogar, Carl?

— Ai, não. Eu não sei como é...

—Vai tenta! Não é tão difícil assim. — Oliver levantou da cadeira e fez um gesto para Carl vir, ele veio e se sentou em frente ao monitor. — Faz muito tempo que eu não mecho em um computador. Eu vou acabar estragando o seu jogo, Oliver.

— Não tem importância, Carl. — Oliver disse se aproximando. — Olha vou te explicar, você está jogando online com um amigo meu, se um de vocês dois morrer, vocês serão eliminados do jogo. O objetivo nessa fase que você vai entrar é driblar seu personagem dos raios que vão cair, se eles te acertarem você está frito, literalmente.

— Acho que entendi. — Carl começou a jogar, enquanto Oliver ficou ao seu lado dando as dicas. O rapaz de cabelo raspado ficou entretido no jogo, a cada jogada que fazia, Carl batia seus pés na parede, assim como Oliver fizera anteriormente.

— Vai, Carl! — Oliver dava as dicas, empolgado. — Não! Sai daí, você vai morrer! Vai tira ele dali, seu amigo vai morrer! Ajuda ele!

— Ajuda ele!

— Ajuda ele!

— Ajuda ele!

— Ajudem ele!

Carl sentiu sua cabeça doer intensamente, sua vista ficou escura.

Abriu os olhos. Mas mesmo assim não via nada. Só ouvia.

— Não!

— Sai daí, você vai morrer!

— Você vai morrer!

— Vai! Tirem ele daí!

— Ele vai morrer!

— Ajudem ele!

— Ajudem ele!

Um estrondo. Carl pôde ouvir um grande estrondo. Abriu os olhos. Estava parado em frente ao monitor, pode ler a mensagem que dizia que o jogo tinha acabado.

Oliver estava parado em frente ao aquário, a prateleira havia caído e derrubado todos os bonequinhos dentro da água, exceto três que caíram no chão: um anjo, uma fada e um cavaleiro. Oliver estava com um olhar um tanto bravo olhando para toda aquela bagunça.

— O-o que-e houve? — Carl disse um pouco zonzo.

— Não sei, de repente você ficou parado olhando pro nada, parou de jogar e daí bateu o pé na parede. Nessa vez, a prateleira caiu e causou esse estrago. — Oliver se abaixou e pegou os bonequinhos que estavam no chão.

— Me desculpe, eu... A minha cabeça doeu e...

— Tudo bem Carl, os bonecos não vão estragar, eu acho... Não precisa pedir desculpa.

Leonel entrou no quarto.

— Carl, a Angel e a Shaniqua estão aqui, elas querem falar com você... — O médico parou de falar quando viu a bagunça. — O que houve?

— Um pequeno acidente, Dr. Cook. — Oliver disse enquanto tirava alguns bonequinhos da água.

— Bom, com licença, eu vou indo falar com as garotas. — Carl passou por eles. — Me desculpe de novo, Oliver. — Carl saiu do quarto com a mão ainda na cabeça, a dor estava diminuindo aos poucos. Passou pelo corredor e desceu as escadas da casa do médico. Angel e Shaniqua estavam na sala, vieram de encontro com o garoto.

— Oh, Carl. Me desculpe nós demorarmos pra vir te ver. É tanta coisa acontecendo, que não deu tempo. — Angel falava enquanto dava um caloroso abraço no rapaz.

— A gente acabou de sair da casa da Selly, fomos pegar uns documentos... Pro enterro. — Shaniqua disse cabisbaixa enquanto segurava a mão de Carl.

— O enterro da Selly... É amanhã, né? — Carl perguntou se sentando no sofá da sala, Angel e Shaniqua fizeram o mesmo.

— Sim. — Angel começou. — Primeiro vai ter o Memorial, a cerimônia em homenagem a todos os mortos do St. Mary, vai ser bem cedo. E depois vão acontecer alguns dos enterros, incluindo o da Selly.

Um silêncio pairou no ar. Os três ali na sala se dispersaram por um momento, mas todos estavam pensando a mesma coisa. Carl foi mais rápido.

— Vocês devem estar pensando o mesmo que eu. Sobre a visão que eu tive.

— Sim, é impossível não pensar nisso. Porque aconteceu depois. — Shaniqua dizia. — Você teve a visão... Disse que o prédio ia cair... E depois o prédio caiu.

Carl ficou em silêncio, então Angel perguntou. — O que você viu?

Carl levantou a cabeça. — Eu vi as pessoas morrendo, eu vi vocês morrendo. Eu me vi morrer.

— Eu acredito em você Carl, acredito. — Angel disse e continuou. — Alguém ou alguma coisa, te fez ter essa visão para nos salvar. Você salvou a gente, Carl. Você é um herói.

Shaniqua suspirou. — Acabou Carl, a vida vai continuar. Nós temos que continuar agora, é isso que a Selly gostaria que nós fizéssemos.

Carl ficou pensativo. Lembrou-se da pequena visão que tivera a pouco, mas não sabia direito se podia chamar de visão. Resolveu contar às garotas. — Eu ainda me sinto mal. Como se não tivesse acabado, tanto que eu tive uma, uma... Uma espécie de visão agora a pouco, eu acho...

Angel e Shaniqua se surpreenderam. — O que você viu? — A negra perguntou.

— Eu não vi. Eu ouvi. — O garoto suspirou. — Eu estava jogando um jogo no computador do Oliver, e de repente ele começou a dar as dicas pra mim. Depois a minha cabeça doeu e... Eu congelei, não era mais o Oliver que falava comigo, era um homem, eu acho. Eu... Não sei.

Angel ficou confusa. — Não deve ter sido nada, você está sem os seus remédios, querido. Deve ser isso, mas eu os trouxe pra você. Foram caros, mas depois eu vou vender algumas joias que eu tenho guardadas. Enfim, eu tenho também algumas dívidas para pagar, acabei descobrindo ontem, e aproveito e pago os remédios.

— Não precisava se preocupar, Angel. — Carl disse.

— Imagina, eu só aproveitei a oportunidade. Eu já devia ter vendido aquelas joias, mas agora estou sem emprego, preciso pagar as contas de algum jeito. — Angel sorriu de lado. — Só preciso lembrar aonde as coloquei, procurei um pouco ontem, mas não achei. Devem estar em outro lugar... Bom, aonde é o banheiro, Carl? — A loira disse se levantando do sofá.

— Lá em cima. Terceira porta à esquerda. — Angel levantou e subiu às escadas, Shaniqua se aproximou de Carl.

— Mas nessa "visão" que você teve... — Shaniqua fez aspas com os dedos. — O que essa pessoa falava?

— Ah... — Carl não precisou fazer muita força para se lembrar. — Falava para ajudar ou salvar alguém, gritava na verdade. — Carl sentiu sua cabeça doer de novo, pôs a mão sobre ela. — Dizia que alguém ia... — Carl sentiu uma dor ainda mais forte.

— Morrer.

XX-XX-XX

Já era noite quando Johanna desceu do carro de Jeff, o carro do médico estava estacionado em frente a um spa. Via-se o nome do local no letreiro do prédio: Ming Yun Spa.

— Johanna, tem certeza que você tem dinheiro pra este spa? — Jeff perguntou do interior do carro.

— Tenho sim. Na verdade era o dinheiro de uma conta que eu ia pagar... — Johanna soltou uma risada e Jeff ficou sério. — Ai, não estressa. O dinheiro da indenização vai me reembolsar.

— Você está contando muito com esse dinheiro, prima. — Jeff foi dizendo. — Mas enfim, é a sua vida. Você só tem que lembrar que tudo que você faz tem uma reação, apenas isso.

Johanna ficou pensativa.

— Ah, quer que eu passe amanhã na sua casa? Eu te dou uma carona pro Memorial, você vai, né prima?

— Ah, sim Jeff. — A ruiva voltou de seus pensamentos. — Passa sim, vou estar te esperando... Até mais! Que agora Johanna Steverson vai relaxar! — Jeff sorriu e acenou, ligou o carro e foi embora.

Johanna foi em direção à porta de entrada do prédio, foi quando sentiu um vento gelado. A ruiva ajeitou o casaco e apertou sua bolsa contra o seu corpo, e entrou no prédio.

— Olá. — Johanna foi dizendo para a recepcionista que estava de costas mexendo no computador.

— Ei! — A ruiva insistiu.

A recepcionista virou e disse rispidamente. — O que você quer?

— Eu tenho hora marcada. Marquei hoje de manhã. — A ruiva disse se debruçando no balcão.

— Oh, sim. — A recepcionista olhou para Johanna com uma cara de nojo. — É para a sessão de acupuntura?

— Não! Eu detesto aquelas agulhas entrando na pele! — Johanna disse fazendo uma careta. — Eu marquei uma hidromassagem.

— Sim é mesmo, eu vi errado. Pode ir entrando. — A recepcionista deu uma ficha para Johanna. — O número do andar e da sala estão aí... Boa sessão, querida. — A recepcionista disse com um certo tom de sarcasmo.

— Pode ter certeza que eu terei. — A ruiva revidou no mesmo tom.

Johanna saiu do balcão e caminhou por um corredor, a ruiva pode avistar o elevador do prédio. Entrou, e foi ver o número do andar na ficha. Segundo andar, sala dois.

Sozinha no elevador, Johanna estava parada olhando para a porta. Foi quando a luz começou a piscar, a ruiva estranhou, mas depois tudo voltou ao normal novamente. O elevador parou e as portas se abriram, na hora que a ruiva ia atravessar, as portas se fecharam com toda a força.

Johanna recuou no último segundo.

— Mas que droga de elevador!

A ruiva saiu e guiou-se no corredor do andar, não demorou muito e ela pode ver a porta da sala da hidromassagem. O número dois estava impresso de vermelho na porta. Ela entrou e procurou pelos interruptores, não era a primeira vez que Johanna ia naquele spa então sabia onde ficava tudo. O grande lustre no meio da sala se ascendeu e a ruiva pode visualizar os três aparelhos de hidromassagem, os ofurôs. Todos de madeira.

— Nossa não tem ninguém aqui... Também olha a hora. — A ruiva deixou a bolsa que estava em seu ombro sobre a beirada de uma mesinha. Logo abaixo dessa mesinha, ficava localizado o medidor que controlava a quantidade de água nos ofurôs. Johanna se abaixou e ligou o botão que ligava o aparelho de número dois, este ficava no meio da sala, abaixo do lustre.

Johanna deixou o botão ligado, para poder encher um pouco mais de água o recipiente. A ruiva então foi em direção ao ofurô.

O lustre tremeu um pouco.

A ruiva tirou o casaco, e aos poucos toda a sua roupa, ficando apenas com um maiô florido. Ela foi em direção ao aparelho próximo à mesinha e desligou o botão, fazendo parar a água do ofurô, e fechou a pequena portinha. Mas, a ruiva não notou que depois que se distanciou, a pequena porta se abriu novamente. A ruiva esbarrou de leve em sua bolsa, que inclinou um pouco mais na beirada mesa.

— Até que enfim vou poder relaxar. — Johanna entrou no ofurô, e puxou a tampa para fechar o recipiente. Deixando apenas um espaço para a parte de cima do seu corpo.

— Essa luz desse lustre na minha cara não dá! — A ruiva disse colocando a mão sobre os olhos. E assim terminou de fechar a tampa, ficando sem enxergar quase nada dentro do ofurô. Johanna deixou as travas da tampa levantadas, permitindo que um simples levantar de mãos a empurrasse.

O lustre da grande sala começou a balançar, o parafuso que prendia uma das pilastras do lustre começou a descochar lentamente, o movimento dos passos das pessoas no terceiro andar contribuía para isso.

A bolsa de Johanna pendia cada vez mais na mesinha, estava a segundos de cair sobre o aparelho de controlarem de água. A ruiva dentro do ofurô mantinha-se desligada a tudo. Estava inerte e com os olhos bem fechados, enquanto refletia consigo mesma.

Esse acidente... Que coisa mais estranha. Será que o Carl realmente teve uma visão de tudo aquilo? Bom, de qualquer jeito eu sai mesmo foi por causa da briga com a Shaniqua. Aquela ridícula. Johanna sorriu. Tadinha, vou parar de zoar ela por uns tempos, deve ter sido difícil perder a Selly. Por mais que pra mim, aquela velha não significasse nada, pra ela era como uma vó, sei lá.

A ruiva abriu os olhos.

Eu lembro como foi difícil quando a minha vó morreu, embora ela vivesse enchendo meu saco... Falando pra mim ser mais acessível com as pessoas...

A ruiva se inclinou um pouco mais para trás, e esticou as pernas dentro da água. E respirou suavemente.

Acessível... Acessível nada! As pessoas que tem que acostumarem com o meu jeito! Eu sou assim desde que eu era pequena, falo o que penso e que se danem os outros. E daí que eu tenho meus preconceitos? Todos temos preconceitos também, ninguém ama todo mundo. A maioria das pessoas escondem seus pensamentos, suas preferências e seus ódios por pessoas que nem ao menos conhecem. Eu pelo menos exponho os meus preconceitos, exponho minhas emoções, não guardo nada. Essas pessoas que escondem os seus verdadeiros pensamentos, são as mais perigosas... Pois podem explodirem a qualquer momento.

Johanna fechou os olhos novamente, se inclinou para trás e novamente suspirou suavemente. A água do ofurô fazia pequenas ondas, a ruiva podia se sentir relaxada agora. Dentro do aparelho a ruiva se sentia desconecta a tudo.

A bolsa em cima da beirada da mesinha, pendia cada vez mais e mais. E então caiu. Caiu exatamente raspando no pequeno painel na parte de baixo da parede, o suficiente para ligar o botão que liberava a água no ofurô onde Johanna estava.

A ruiva dentro do aparelho não percebia que a água estava subindo cada vez mais e mais. Havia adormecido.

O lustre acima do ofurô balançava com mais intensidade. O parafuso estava quase que totalmente descochado. Até que caiu. O parafuso caiu exatamente em cima de uma das travas da tampa do ofurô, fazendo um click, e travando aquele lado do tampa.

A água havia subido até a altura do pescoço da ruiva. Mas foi quando a água encostou-se a seus lábios, que Johanna despertou. A ruiva ainda um pouco sonada, se assustou e levantou instintivamente, mas acabou batendo a cabeça na tampa do ofurô. Em pouquíssimo tempo, a água já tinha subido a ponto dela estar totalmente submersa dentro do aparelho, ela continuava batendo os braços contra a tampa, mas em vão. Parecia que debaixo da água seus movimentos eram mais lentos e fracos. A ruiva batia diversas vezes o braço contra a tampa, segurava o fôlego, mas já estava quase se esgotando.

A ruiva não conseguia mais segurar o ar, parou de tentar remover a tampa. Sentiu a água entrando em seu nariz, foi fechando os olhos aos poucos.

Abriu os olhos. Fechou os olhos. Abria. Fechava. Abria... Fechou.

Nos milésimos de segundos que a ruiva fechou os olhos, pode ver uma fresta de luz do outro lado da tampa, aquele lado não estava travado. Johanna pode perceber isso, então ela tomou fôlego e bateu seu cotovelo com toda a força que tinha, sobre aquele lado da tampa.

Abriu.

A ruiva conseguiu destampar aquele lado e conseguiu colocar parte de seu corpo para fora, com a outra mão destravou a outra trava e jogou a tampa no chão.

Johanna suspirou fundo. Com os cabelos molhados a ruiva passou a mão sobre a cabeça, respirava ofegante, ainda se recuperando do susto. Foi quando sentiu algo cair sobre sua cabeça. A ruiva pegou o pequeno objeto.

— Um parafuso?

Quase que no mesmo instante o grande lustre despencou do teto, para dentro do ofurô. O objeto ainda estava conectado aos fios de eletricidade, e fez com que a água onde Johanna estava, ficasse totalmente enérgica. A ruiva estava sendo eletrocutada.

Johanna se debatia enquanto sua pele começava a ficar escura. Os grandes choques que levava, não permitiam que Johanna sentisse o estrago que o peso do lustre causara sobre suas pernas.

Até que a ruiva parou de se debater. E o que antes era uma pele clara e branca, agora era uma pele escura e preta. As partes que não estavam escuras estavam expostas, na carne viva.

Johanna permanecia de olhos abertos, mas não podia enganar. Aquele corpo já não tinha mais vida.

XX-XX-XX

Angel estava deitada em sua cama, a loira havia chegado da casa de Leonel há pouco tempo e resolvera deitar um pouco. O sono não vinha, mas as dúvidas vieram. O que será do Carl após a poeira abaixar? Onde ele vai ficar? Acho que ele vai acabar sendo transferido ao Hospital do Centro. Tadinho, desde pequeno ele foi acostumado a ficar no St. Mary, será uma mudança difícil...

A loira ao pensar no St. Mary, acabou se lembrando de Selly e no diário da senhora. Angel pegou-o, o diário estava na mesinha próxima à sua cama. Ela o abriu, iria lê-lo desde o começo, desde a primeira página.

Depois de um tempo lendo o diário, Angel começou a tirar suas conclusões.

— A vida dela era normal. Escola, namorado, família, festas... Por enquanto nada que explique aquele último texto. — A loira estava cansada, havia lido metade do diário, então resolveu guardá-lo. Ela colocou-o na mesinha novamente e apagou o abajur.

Tô começando a achar que não tem nada nesse diário. A não ser que nesse tal encontro da Selly com o namorado numa festa, como ela diz no texto que eu parei, aconteça algo. Como era o nome desse cara mesmo? Mathew... Era Mathew... Mathew! Caraca, será que é o mesmo cara que a Selly casou anos depois? Nossa isso é tão... Romântico. A loira parou de pensar por um momento, ela não estava tão curiosa assim, senão estaria terminando de ler o diário. Angel ia deixar isso para o dia seguinte, se desse tempo, já que logo cedo iria ao Memorial. A loira fechou os olhos e aos poucos, adormeceu.

XX-XX-XX

O cemitério estava cheio de pessoas, o Sol ainda estava tímido naquela manhã, brilhava com pouca intensidade ao redor de todos ali presentes para a cerimônia. O Memorial estava a poucos minutos de começar, Carl estava sentado ao lado de Oliver e Leonel. Angel e Shaniqua estavam sentadas na fileira de frente à deles, e um pouco mais no fundo Phil e Wen estavam sentados, este último na sua cadeira de rodas, como de praxe. Todos estavam com roupas pretas ou escuras, comum em funerais.

Então um homem subiu ao palco, Angel olhou bem e reconheceu. O prefeito. O homem tinha uma aparência agradável, traços suaves e bem colocados, os cabelos brancos permitia perceber-se sua idade, um pouco mais de quarenta. Mas, sua fisionomia boa e gentil, não enganava Angel. A loira podia ver além daquilo tudo, podia perceber que atrás daqueles lábios murchos e olhos tristes, escondiam um sorriso e um alívio em relação ao desastre.

A loira então se lembrou de tudo, tudo que a dor da perda de Selly a fez esquecer. Lembrou-se da discussão com a advogada, do plano da demolição, e pode perceber a enorme ironia. O prédio que iria ser demolido desabou. Será mesmo apenas uma ironia?

XX-XX-XX

Rosie dirigia seu carro o mais rápido que podia, Louise estava sentada ao seu lado. A francesa acabou se atrasando, e a cerimônia no cemitério da cidade, estava a poucos minutos de começar e elas ainda estavam atravessando o centro.

Louise, assim como sua mãe, estava com uma roupa preta discreta, e seus inseparáveis óculos. A garota olhava no vidro do carro, viu quando passaram em frente ao Hospital do Centro. Foi quando passou ao lado do veículo de Rosie, um caminhão de fogos de artifícios, que a garota pode ler a marca na lataria: Boom. O caminhão passou em alta velocidade na pista, quase provocando um acidente.

— Que motorista louco! — Rosie gritou enquanto ainda podia ver o caminhão andando em curvas na pista.

— Nossa, é evidente que esse motorista está bêbado, ou algo do tipo. — Louise falou ainda se recuperando do susto.

— Chega a ser ridículo, um homem dirigindo assim aqui no centro da cidade, e nenhum policial intervir! Depois ainda reclamam quando ocorrem acidentes! — A advogada disse nitidamente estressada.

Rosie então seguiu o caminho, e em pouco menos de dez minutos chegou ao cemitério. Estacionou e entrou com a filha em direção ao local da cerimônia, o prefeito já havia começado a discursar. Rosie pode vê-lo quase chorando em cima do palco. Leonard... Ele não me engana com esse teatrinho. Tenho absoluta certeza que ele está radiando de alegria por dentro.

A francesa sentou com a filha na fileira da frente, e como todos, silenciou-se para ouvir o discurso.

Um pouco mais no fundo, Leonel pode ver a francesa chegando com a filha.

Como ela está linda hoje. O médico não pode deixar de notar, mas se policiou após pensar isso, ele estava no meio de um funeral. Essa Rosie deve ser mesmo muito importante, dá para perceber que ela é uma profissional bem sucedida. Tanto que os repórteres naquele dia do acidente foram todos falar com ela. O médico pensava, então viu Rosie colocar o braço em volta da filha, e encostar sua cabeça na dela. E além de tudo, ela tem uma ótima relação com a filha. O médico então olhou discretamente para o filho, que estava ao lado de Carl, assistindo a cerimônia. O Oliver conseguiu se dar muito bem com o Carl, isso significa que ele não tem problemas em se relacionar com as pessoas... Só comigo. O médico olhou novamente para Rosie e Louise, que agora estavam de mãos dadas. Como ela consegue ter essa relação com a filha? Se bem que ela não deve ter passado pelo que eu passei... Com certeza, não.

Leonel então despertou de seus pensamentos, e voltou a prestar atenção na cerimônia.

XX-XX-XX

Dora estava sentada em um dos bancos do ônibus, a moça havia armado um novo plano junto de Kurt, depois de descobriram que Angel estava viva. Dora iria voltar à cidade, com a desculpa da morte de Selly. Iria ficar alguns dias e depois iria embora de vez, dessa vez despedindo-se de todos. E Kurt iria ligar para Angel terminando o namoro, mas isso depois de um bom tempo. O que eles mais queriam é que eles continuassem sem levantar nenhuma hipótese sobre um caso entre eles. É um plano perfeito.

A moça resolveu pôr em prática o começo de seu plano, pegou o celular e escreveu uma mensagem para Angel, enquanto escrevia um sorriso era visível em seu rosto. Dora terminou de escrever a mensagem, sem se esquecer de mandar um abraço para Shaniqua. Enviou.

Dora recostou a cabeça no banco do ônibus, fechou os olhos e relaxou um pouco. Eu vou te tirar da cadeia, David. Não importa como, mas eu vou. E de bônus, ainda me vingo da Angel.

XX-XX-XX

O celular de Angel vibrou em seu bolso. A loira assistia a cerimônia ao lado de Shaniqua, ambas estavam com enormes óculos escuros nos olhos e estavam atentas no discurso, agora de um padre.

A loira pegou o celular e viu uma nova mensagem. Da Dora. Nela dizia:

Oi Angel. Meu Deus, eu estou tão chocada que não consegui ligar. A Selly... Por Deus, isso é tão horrível. Mas você não sabe o quanto fiquei feliz em ver no site do jornal que seus nomes não estavam na lista das vítimas, fiquei extremamente feliz por você e Shani estarem bem. Agradeci muito a isso, e estou orando muito pela Selly e por nós. Estou voltando à cidade hoje, quero estar junto de vocês nesse momento difícil. Quando chegar passarei no seu apartamento. Bom, manda um abraço pra Shani. Até mais amiga. Beijo.

Angel ficou feliz em receber notícias da amiga. Discretamente mostrou a mensagem para Shaniqua, a negra sorriu timidamente ao ler.

— A Dora é uma pessoa maravilhosa, mesmo com os pais doentes ela resolveu vir aqui dar apoio pra gente. — Shaniqua disse baixinho, entregando o celular de volta a Angel.

A loira assentiu concordando com Shaniqua.

— A Dora é uma amiga maravilhosa realmente... Maravilhosa.

XX-XX-XX

Phil e Wen estavam esperando um táxi em frente ao cemitério, a cerimônia já havia terminado e a maioria dos enterros também.

— Eu tô achando muito estranho o Jeff não atender o celular. — Phil falava para o irmão enquanto pegava novamente o celular do bolso. — Droga, acabou a bateria.

— Depois você liga pra ele. — Wen disse quando avistou algumas pessoas conhecidas. — Olha Phil, o garoto que me tirou do hospital naquele dia, o filho do Dr. Cook.

Phil procurou-o com os olhos, e o avistou próximo à saída do cemitério, junto do pai e de mais três pessoas. As enfermeiras e o garoto da visão. Lembrou. Phil guiou a cadeira de rodas do irmão e foi em direção a eles. — Wen, a gente tem que agradecê-los, ao menos agradecer. — O cadeirante nada disse e apenas se deixou guiar pelas mãos do irmão, como de praxe.

— Com licença. — Os irmãos se aproximaram do pequeno grupo. Shaniqua que estava enganchada em Angel, logo reconheceu um dos rapazes. O cadeirante daquele dia, o que estava perto do bebedouro.

— Olá Dr. Cook, eu sei que talvez não seja a hora e nem o local, mas eu gostaria de agradecer ao seu filho... Ele salvou meu irmão naquele dia.

Então Oliver falou antes mesmo de seu pai. — A pessoa que você tem que agradecer é o Carl. Ele teve a visão, ele disse pra todos saírem, e a Selly acreditou e... Você já deve saber o que houve.

— Uma visão? — Wen disse fazendo todos se surpreenderem dele ter falado algo. — Vai me dizer que vocês acreditam nisso?

— E por que não acreditar? — Angel disse enquanto olhava fixamente pros olhos do cadeirante.

— Acreditar que um garoto doente teve uma visão? Eu não vou passar o resto da minha vida agradecendo uma pessoa que teve um surto e me salvou de algo que não queria ser salvo! — Wen disse fazendo um nó na cabeça de todos.

— Como assim, Wen? — Phil disse confuso. — Você falando assim, parece que você queria ter morrido no acidente!

— E o que eu ganho estando vivo... Nada! Eu continuo vivendo essa vida inútil! — Wen estava prestes a surtar, ali mesmo na frente de todos.

— Calma, Wen! Se acalma! — Leonel colocou a mão sobre o ombro do cadeirante, mas logo foi repelido pelo próprio.

— Me acalmar?! Você me dizendo pra me acalmar? Justo você, Leonel?! Você que sempre se recusou a fazer a minha cirurgia! Você nunca quis que eu me curasse!

— Mentira, Wen! Eu sempre quis o seu bem, se eu nunca dei sinal verde pra cirurgia é porque você corria risco de morte!

— A vida é cheia de riscos! — Wen gritou fazendo aglomerar ainda mais pessoas em volta da calçada. — Você não acha que eu sabia dos riscos quando subi em cima daquele maldito telhado da minha casa? Mas mesmo assim eu fui, e você sabe por quê?

Leonel negou com a cabeça.

— Diz pra ele Phil! Diz!

O rapaz de cabelos castanhos começou a balbuciar as palavras. — Foi pra me salvar. Eu tinha dezesseis anos, e subi no telhado pra pegar uma pipa, sei lá. Eu escorreguei e fiquei pendurado com os braços, o Wen subiu e me tirou de lá, mas quando ele foi descer ele pisou em falso e o telhado ruiu...

— Mesmo assim eu fui. Eu sabia dos riscos e fui. E não me arrependo. — Wen disse com o olhar fixo para o médico.

— Isso é realmente muito... Triste. Mas não tem nada a ver com o Carl. — Shaniqua falou.

Wen olhou de cima à baixo para a negra e sorriu. — Será?

Angel estava ouvindo a tudo quieta, mas não se conteve. — Olha aqui o... Wen! — A loira começou. — Eu não estou nem aí pro que aconteceu na sua triste vida! Eu não te conheço, e nem quero conhecer. Se você acha ou não que tem que agradecer o Carl ou o Oliver, isso é problema seu. Se você ficou puto com a vida e queria morrer no acidente... — Angel elevou o tom de voz. — Eu não estou nem aí!

A loira já estava nitidamente nervosa. — O que eu não admito, e que você venha nesse momento discutir com a gente! Nós perdermos uma pessoa muito próxima de nós! Que nós amávamos muito! — A loira secou uma lágrima que caía de seus olhos. — Não é justo você vir aqui e fazer isso com a gente!

— Me desculpa moça, eu... Eu... Não sabia que ele iria fazer isso. Nos desculpem. — Phil tentava acalmar a loira.

— Que desculpa que nada! — Wen gritou. — Eu já estou cansado de você falar por mim, de me levar pra todo lado como se eu fosse um cachorro sem vontade própria!

— Que isso, Wen! Eu sempre te amei! Eu...

— Não Phil. Você não me ama, você tem é remorso e pensa que deve algo pra mim, por eu ter salvado sua vida e ter ficado assim!

Phil ficou calado. Era demais pra ele, ele estava completamente surpreso com tudo aquilo. Ele sabia que Wen não era completamente feliz, mas aquelas frases foram pesadas demais.

Os olhos de Carl acompanhavam toda aquela cena, viu quando o silêncio pairou no ar, mas logo esse silêncio foi cortado pelos jornalistas que acabavam de chegar ao local, em menos de um minuto a calçada toda estava um caos, com jornalistas e cinegrafistas com links ao vivo, estavam cercando o prefeito para uma entrevista exclusiva ou algo do tipo, ele tinha acabado de sair do cemitério acompanhado de algumas pessoas. Carl viu no meio da confusão Louise ao lado da mãe enquanto os jornalistas enchiam-na de perguntas.

— Senhorita Rosie, você acha que a morte de Johanna Steverson tem algo a ver com o fato dela ter falado que iria processar a prefeitura? — Um dos jornalistas perguntou à francesa.

— Han? Eu não sei... Johanna? Eu não conheço. — Rosie tentava assimilar as informações no meio dos empurrões.

— Johanna... — O prefeito falou se lembrando da moça que havia falado que iria processar a prefeitura, durante uma entrevista ao vivo em um telejornal. — Como ela morreu? Nós não fomos informados desse fato até agora.

— Isso ocorreu porque o corpo dela foi achado ainda nessa manhã, num spa. Parece que o lustre da sala onde ela fazia hidromassagem despencou dentro do ofurô e ela foi eletrocutada. O senhor acha que agora podem surgir boatos negativos contra o senhor? — O jornalista perguntou e colocou o microfone em frente à boca do homem.

— Isso não deve ocorrer, já que está mais que claro que não passou de um acidente. Um terrível e triste acidente. — O prefeito falava com um semblante triste para a câmera.

Phil ainda meio confuso pôde escutar que Johanna estava morta. Logo percebeu o motivo para Jeff não ter ligado ou dado notícias. O rapaz correu para o outro lado da calçada, em direção a uma cabine telefônica, iria ligar para o namorado. Por um momento esqueceu-se de Wen. O rapaz de cabelos castanhos, entrou na cabine e fechou a porta, que era de vidro. A porta fez um click, mas Phil não percebeu.

Wen ainda lutava para sair daquela confusão no meio da calçada, no meio a empurrões e cotoveladas, o cadeirante sentiu mãos guiarem sua cadeira de rodas para longe dali. Enquanto isso, Shaniqua e Angel procuravam Carl no meio da multidão. Leonel e Oliver faziam o mesmo.

Carl conseguiu levar Wen pra um lado seguro da calçada, longe da pequena confusão dos jornalistas.

— Por que você me ajudou? — Wen perguntou.

Então Carl respondeu. — Porque você precisava de ajuda... Talvez ainda precise.

De repente Carl sentiu uma imensa dor na sua cabeça, ajoelhou no chão, tamanha era a dor que sentia. Wen ainda confuso iria se preparar para pedir ajuda, foi quando avistou o irmão na cabine telefônica, no outro lado da rua. Wen viu o que estava prestes a ocorrer.

Um caminhão de fogos de artifícios vinha fazendo manobras perigosas pela rua, até que começou a traçar uma linha reta. O problema foi que o veículo acabou entrando na contramão indo em direção a um táxi, foi quando o táxi desviou do caminhão e foi em direção à cabine telefônica onde estava Phil, o caminhão ainda andando em zig-zag fez o mesmo.

Wen gritava.

— Ajudem ele! Não!

— Sai daí, você vai morrer!

— Você vai morrer!

Wen gritava tentando fazer movimentos como se fosse levantar, mas obviamente, não era possível.

— Tirem ele daí!

— Ele vai morrer!

— Ajudem ele!

— Ajudem ele!

Os gritos de Wen não eram ouvidos pelas pessoas no meio da confusão de jornalistas, apenas Carl conseguia ouvir. Mas o garoto estava caído no chão, estava com os olhos bem fechados e a ponto de desmaiar de tanta dor, não conseguia se mover, apenas ouvia os gritos de Wen, sem poder fazer nada.

Dentro da cabine, Phil percebera o que iria acontecer, principalmente após ver o irmão do outro lado da rua gritando. O rapaz de cabelos castanhos tentou abrir a porta da cabine telefônica. Em vão. A porta havia emperrado e não abria. Os veículos estavam cada vez mais próximos, Phil começou a bater no vidro da porta, e com as duas mãos no vidro pôde olhar uma última vez para Wen.

Em milésimos de segundos, o caminhão veio com toda a força pra cima da cabine telefônica, assim como táxi. Os dois veículos se chocaram violentamente contra a cabine, fazendo com que o corpo de Phil ficasse totalmente moído entre os veículos. Eram visíveis pedaços de carne e sangue entre a lataria do caminhão e do táxi. O taxista ainda agonizava de dor, pois suas pernas estavam amassadas pela lataria de seu carro.

Do outro lado da calçada, Wen estava completamente em choque, lágrimas caíam de seus olhos, enquanto suas mandíbulas tremiam intensivamente. Após o estrondo, o silêncio pairou na rua, e Angel conseguiu avistar Carl caído ao lado do cadeirante na calçada, a loira correu até o garoto. Ele havia desmaiado.

— Uma ambulância! Alguém chama uma ambulância! — A loira gritava enquanto Shaniqua, Leonel e Oliver chegavam próximos a eles. Estes três se dividiam em olhar para o acidente do outro lado da rua, e olhar para Carl, desacordado.

Rapidamente a confusão de jornalistas mudou de calçada. Louise ficou na calçada do cemitério, ao lado de sua mãe, mas ainda não havia visto Carl desmaiado. Ela estava completamente horrorizada com o acidente, foi aí que pode reconhecer o caminhão que causou aquilo. Pode ler na parte direita da lataria, ainda suja com um pouco de sangue. A garota ajeitou os óculos e balbuciou o nome da marca com os lábios, ainda com os olhos arregalados.

— Boom.


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Notas finais do capítulo

CONTÉM SPOILERS!...


Eu falei que a Dona Morte iria ser feroz! Enfim, os acidentes foram criados por mim, o do spa foi uma homenagem a FD5 (my favorite), e até a morte de Rosie na visão (q vcs tanto gostaram). Já o da cabine, é um dos meus favoritos! Tanto que seria um "final scene" numa fic que eu iria fazer antes dessa, mas sinto que ficou muito bom aqui. :D
O próximo cap está realmente MUITO cool! E a fic terá 10 caps, e a partir daqui MUITAS coisas vão acontecer no mesmo cap: revelações, mortes, e muita ação. Por isso posso demorar para postar o próx cap, mas é aquuela coisa... Se não postar rapidamente, (uma semana), é porque irei demorar (umas duas semanas). XD
Aguarde, pois vai valer a pena! :DD
Enfim, somente um recadinho para os famosos leitores fantasmas... Cara, eu já fui um de vcs! XD Lembro que lia várias fics, e não comentava e não tinha conta, nem nada. Um dia resolvi fazer uma conta para finalmente comentar... Simplesmente foi uma das melhores coisas que decidi! Acabei vendo o quanto é MARAVILHOSO poder se comunicar com o autor e tirar dúvidas e tudo mais, e olha agora... Estou escrevendo uma fic! É muito bom mesmo, mas o melhor foi poder fazer amigos (mesmo q por distância, rs), acabei ficando amigo dos autores que tanto gostava. Bom, espero que isso sirva de incentivo, não vou ficar aqui implorando nada, pois já tive aí do lado de vcs, e sei como é. E tanto para os que tem contas ou não, não ligo se começarem a comentar a partir deste cap, sei q é um pouco chatinho de comentar em caps que naum acontecem muita coisa, e como naum é o caso desse... XD
Aguardo os reviews dos leitores de sempre (