Escola Para Semideuses escrita por Cupcakes Azuis


Capítulo 3
Primeiro Dia No Inferno (Parte 2)


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, Bruna e Jess aqui o/
Esse cap aqui não tá tãão legal. Foi mais para não deixar vocês esperando :3
LEIAM AS NOTAS FINAIS!



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POV.Jess.

     A aula estava sendo mais interessante do que eu achei que seria. Mesmo assim, eu ainda não estava gostando da ideia.

     Daniel era um professor bem legal e engraçado, consegui dar umas boas risadas com ele. Mas eu não achava que toso professor era assim.

- Bom dia - disse a professora, meio que resmungando. - Sou Carla, a nova professor de Geografia de vocês. 

    Depois daí, a aula não foi tão interessante assim. Quero dizer, não foi nada  interessante. Não rimos, ela não fez piadas nem nada para nos divertir. Ela só pediu para dizermos nossos nomes e parentesco divino. Depois da apresentação, ela falou suas regras em sala de aula. Quando um aluno conversava, nem que fosse só pra perguntar as horas para outro, ela batia no quadro feito uma retardada até pararem de falar.

    Carla não era uma professora legal. Quando deu o toque, ela simplesmente disse "tchau" e saiu dali. 

- O que achou dela? - perguntei para Bruna, antes da próxima aula começar.

- Chata. Muito chata - respondeu. - Agora são aquelas regras...

- Que chato... - murmuro.

    Um tempo depois, entra uma moça de cabelos pretos cacheados, pele pálida, e nariz esquisito. Ela era extremamente sorridente, e isso me dava  um pouco de medo. 

- Olá. Meu nome é Elisa, sou sua psicóloga e agora vou lhes ensinar uma regras do colégio - declarou, ainda sorridente.

    Na real, eu praticamente dormi no resto disso aí. Meu TDAH não deixou que eu me concentrasse. Eu não queria me concentrar mesmo.

    Ouvi apenas umas regras, tipo "é terminadamente proibido namorar dentro das incidências do colégio" e "é proibido faltar as aulas propositalmente".

    Enfim, a maioria daquelas regras eu não ia seguir mesmo, ué. 

    Passei 50 minutos da minha vida ouvindo regras que não me importavam. Sendo obrigada a olhar para uma professora que me dava medo. Numa cadeira meio desconfortável. Eu só queria mesmo que a aula acabasse logo.

- E essas foram nossas regras. Espero que todos tenham entedido e prestado atenção. Até a nossa gincana! - exclamou Elisa quando estava saindo.

- Ela me deu medo... - murmurei para Bruna. - É muito sorridente...

- O nariz dela parece o do Voldmort - comenta ela.

- É - digo rindo um pouco. Aperto a mesa, esperando ouvir o toque para o Intervalo do almoço. Logo, ouvi o toque e levantei da cadeira feito uma doida.

     Andei rápido até a porta e saí da sala de aula correndo. Praticamente voando pelos corredores do colégio. Logo, os semideuses iam saindo de sala e enchendo os corredores.

    Logo, já era um pouco mais dificil andar pelos corredores. Na verdade, estava uma multidão de gente, mas eu empurrava todo mundo e conseguia passar. 

     Aquilo era um verdadeiro caos. Eu podia ouvir o som de pés batendo, tênis sendo arrastados no chão e vozes, muitas vozes.

   Finalmente consegui achar o refeitório da escola. Ele já estava cheio de gente e estava muito barulho.

    O refeitório não era organizado como o do Acapamento. Não ficávamos separados por parentes divinos, nos sentávamos aonde queríamos. Percebi que não poderia matar aula assim que saí da sala. Havia câmeras a cada metro, grandes sátiros bloqueavam as portas e havia alguns fiscais no corredor. Parece que Quíron pensou em tudo.

As ninfas estavam entregando a comida, churrasco, peixes e coisas assim. Fui até a mesa que Bruna estava apontando e nos sentamos juntas.

- Com licença, tem alguém aqui? - pergunta um menino meio baixinho, de pele bronzeada e cabelos castanhos bagunçados.

- Não, pode sentar - diz Bruna sorrindo - Eu sou a Bruna, e você?

- Alex. 

- Eu sou a Jess. Senta aí.

Ficamos conversando sobre coisas banais. Descobrimos que Alex era filho de Ares e que tinha quinze anos, mas era de outra turma.

O sinal tocou. Estava um pouco nervosa sobre essa gincana. 

++++


     Nos dirigimos até um grande ginásio. Grande é pouco. Era um ginásio enorme. 

    Tinham arquibancadas dos dois lados. No centro, uma grande quadra de basquete. 

    Os semideuses rapidamente encheram as arquibancadas quase todas. Sentei-me ao lado de Bruna num degrau mais em cima. 

    No centro do ginásio, Elisa estava parada. De novo, parecia muito sorridente, e eu não entendia isso de forma alguma. Enfim, ela segurava um microfone e esperava que todos os mumurios parassem para que pudesse ser ouvida.

- Olá semideuses! Para quem não me conhece, me chamo Elisa e sou a psicóloga daqui! Bom, a gincana será bastante divertida e fará com que façam novos amigos! 

- Como vai ser?! - perguntou Chris, um filho de Atena que esta a sentado em um dos primeiros degraus e parecia muito animado com a ideia de "fazer novos amigos".- Funcionará da seguinte forma : Eu passarei entregando papeis à cada um de vocês.Nesse papel, estará escrito o nome de um deus ou deusa. Vocês terão que procurar um filho do deus oundeusa que está no seu papel. Por exemplo, se no meu papel estiver escrito Ares, terei de procurar um filho de Ares.

- E depois? - perguntou alguém.

- E depois eu tenho que conversar com ele até a aula acabar - respondeu.

- E, se por acaso, eu for filho de Ares e tirar Ares? - pergunta mais alguém.

- Eu garantirei que o nome que está no seu papel não seja o nome do seu pai ou mãe olimpiano! - respondeu Elisa animada.

- E se, por acaso, não tiver nenhum filho de tal deus aqui? Ou, se eu não encontrar? - pergunta um semideus.

- Só estarão escritos os nomes dos deuses que nós sabemos que tem algum filho aqui. E com certeza você irá encontrar! É só você pensar nas características que costumam ter os filhos do deus que tirar - explica Elisa.

- E, quando eu achar o filho de tal deus, como vou ficar o resto da aula com ele se ela também vai ter que procurar o dele? - pergunta Bruna com o cenho franzido.

- Estava justamente esperando alguém perguntar isso! - exclama Elisa. - Apenas alguns de vocês vão receber! Bom, temos mais dúvidas? - pergunta. Todos ficam em silêncio, e ela entende que não.

- Muito bem, eu e meus ajudantes vamos começar a entregar! - exclama ela. - Divirtam-se! - diz e saí do centro da quadra.

- Não parece tão legal... - comenta Bruna.

- Não é - concordo. - Vou ver se consigo fugir enquanto ninguém está olhando. 

- É uma boa - concorda.

    Começam a entregar os papeis. Algumas pessoas recebiam, já outras não. Tudo aquilo parecia extremamente calculado. 

    Os semideuses, com o tempo, começaram a sair das arquibancadas e passaram a preencher a quadra. Vi algumas pessoas saindo da quadra, provavelmente porque acharam suas "duplas". O barulho era imenso, e mal dava para pensar ali. 

    Logo, os "ajudantes" da Elisa começaram a se aproximar de onde eu estava. Se eu não recebesse um papel, ia apenas ficar sentada e quem sabe tirar uma soneca até me encontrarem. Ou tentar sair de fininho...

     Os ajudantes pararam entre mim e Bruna e me entregaram um papel e saíram.

- Hm...Tirou qual? - indaga ela, quase berrando, por cima do barulho.

- Hebe! - respondo também gritando.

- Bem, então, boa sorte! - deseja. 

- Valeu, nos vemos depois - digo e levanto. Desço os degraus pulando de dois em dois. 

    Muito bem. Hebe. A deusa da juventude. Certo. Teoricamente, eu deveria procurar alguém que parece ser mais nova do que é. Tipo quando alguém tem uns 20 anos e parece que tem uns 15. O problema é, eu não sei a idade das pessoas. Portanto, não tenho como saber se são mais velhas do que parecem. 

    Depois de pensar um pouco, acabo decidindo que vou apenas sair perguntando se as pessoas são filhas de Hebe ou não. 

- É filho de Hebe? - pergunto para alguém.

- Não - responde esse alguém. 

- Beleza - me viro para outra pessoa. - É filho de Hebe? Não? Okay. - fiquei fazendo isso durante um tempinho, até que encontro um filho de Atena.

- Olha, se está procurando um filho de Hebe, é só procurar alguém que parece mais novo do que é! - falou o tal filho de Atena.

- Okay, mas como vou saber a idade das pessoas? - interrogo, meio cansada.

- Eu não tinha pensado nisso... - murmura parecendo meio envergonhado. - Bem, talvez se você procurar uma pessoa que seja mais alta do que devia ser...Por exemplo, se você vê alguém que tenha a aparência de 15 anos, mas seja bem mais alta do que as pessoas desta idade costumam ser, provavelmente será um filho de Hebe - fala som segurança.

- Deve estar certo... - falo. - Valeu! - completo sorrindo.

- Disponha - responde também sorrindo.

    Continuei minha "caça" por um filho ou filha de Hebe. Errei mais várias vezes, até que avistei um menino com cara de 12 anos, mas altura de 15 ou 16. Estava encostado em uma parede do ginásio e olhava entediado para a multidão.

- Oi? - pergunto sorrindo quando paro á sua frente.

- Oi - diz meio tímido. 

- Você, por acaso, é filho de Hebe? - pergunto, franzindo o cenho.

- Sou - ele responde, ainda meio envergonhado. - Sou sim.

- Ótimo - digo sorrindo. - Vai parecer estranho o que vou dizer. Mas, passei um tempão procurando por você - ele dá uma rosadinha e cora.

- Tem vários filhos de Hebe por aqui - ele comenta. Dou de ombros.

- Bem, mas eu te encontrei - murmuro. - Qual é seu nome?

- Thomas. Thomas Shimdt - fala. 

    Paro para observar o garoto. Ele tinha cabelos loiros meio arrumados meio bagunçados. Olhos azuis. Pele um pouquinho pálida e cara de doze anos. Usava uma camiseta azul, uma bermuda e tênis all star vermelhos.

- Prazer - digo, sorrindo.

- Hãn...Qual é seu nome? - indaga.

- Jess Studart - respondo. 

- Filha de...?

- Hades - declaro.

    Eu sempre tive um pouco de receio quanto à dizer para outras pessoa quem era meu pai. Os filhos de Hades já sofreram bastante preconceito. Todos achavam que Hades era um deus mal. 

      Esse preconceito já acabou há um tempo. Quero dizer, ele acabou, mas não por completo. Como já disse, todos acham que filhos de Hades são emos antisociais. 

- Legal - falou ele. Olhando pelo lado bom, meu "parceiro" não tinha problemas contra meu parentesco divino. 

- Você não quer, hãn, sair daqui? Sabe, já que temos que passar o resto da aula juntos...

- Beleza - concorda Thomas. 

- Ficou em que sala? - pergunto. Seria legal se ele também fosse da minha.

- 471 - ele diz - E você? 

- 470. 

- Hum, se você me permite perguntar, como é possível você ser filha de Hades? Quer dizer, aquela coisa toda sobre os Três Grandes e tal.

- Bem, esse é uma história um pouco complicada. Eu tenho um pouco de preguiça de contar - a verdade era que eu não ia sair contando minha história de vida para qualquer pessoa que eu acabasse de conhecer. 

- Tudo bem - ele fala corando mais uma vez.

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Notas finais do capítulo

Gente, por favor, queríamos pedir a vocês que nos ajudem favoritando e mandando reviews, assim a fic vai sendo divulgada aos poucos.
Também queria pedir a vocês que deixem de serem fantasminhas, OK?
Espero que tenham gostado :D
Bruna, Jess e Alex



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