As Detetives Dimensionais escrita por MisuhoTita


Capítulo 8
A Visão de Saori




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Em sua casa, Saori está em um escritório repleto de livros, deitada em uma namoradeira, com seus óculos de leitura e um grosso livro em mãos. Totalmente concentrada, a jovem literalmente viaja na história, uma batalha medieval e, sem que dê conta, acaba começando a comparar o vilão do livro ao demônio dimensional que Rey tão valentemente enfrentou e derrotou.

Sem querer, acaba sorrindo, ao notar que acabou se desconcentrando totalmente da leitura para pensar na aventura que tivera mais cedo.

Sentira medo e, talvez por isso não tenha conseguido se transformar da forma como Rey conseguiu. Por seu avô ter negócios com a família de Rey, uma das mais ricas e influentes da cidade, elas se conhecem desde criança e, ela nunca viu a amiga agir com tamanha garra e força de vontade, como ela agiu contra aquela criatura horrendo.

― É, realmente, nós duas somos bem diferentes. Porque eu nunca seria capaz de enfrentar um monstro daquele como ela enfrentou. Talvez aquele tal de senhor Shiro tenha errado de garota, quando disse que eu também sou uma detetive dimensional.

Fecha seu livro, guarda-o em uma estante qualquer e deixa o escritório. Vai para o seu quarto, substitui suas roupas por um pijama e deita-se em sua cama. Cansada, acaba caindo no sono rapidamente.

 

 

*****

 

 

Yusuke e Rey acabam de chegar em casa, e, encontram Kaoru, Kurama e Mimi na sala de televisão, assistindo a um programa humorístico. Os dois resolvem se juntar a família e se sentam em um sofá desocupado.

― Chegaram tarde. – observa Kaoru.

― É que minha irmãzinha aqui ficou o tempo todo de implicância com meu amigo, aí nós perdemos a noção do tempo. – brinca Yusuke, com um sorriso travesso.

― Eu o que? – questiona Rey, jogando uma almofada no irmão.

― O que ouviu, irmãzinha querida. – Yusuke joga a almoçada de volta contra a irmã – Foi hilário, maninha. Eu prestei mais atenção em sua troca de farpas com o Darien do que no filme propriamente dito.

― Chato! – diz Rey, mostrando a língua para Yusuke – E sinceramente, eu não tenho culpa se você escolhe mal suas amizades, irmãozão, embora deva admitir que seu amigo até que é gatinho!

― É gatinho, Rey? – Mimi se intromete na conversa.

― Ué, não sou cega. – continua Rey – Sei quando um cara é bonito. Embora caras implicantes não façam o meu tipo.

― E qual é o seu tipo, Rey? – questiona Mimi.

― Isso não é da sua conta! – responde Rey, ficando um pouco vermelha – E até onde sei, Mimi, você é um pouco novinha demais para ficar pensando neste tipo de coisa! Agora se vocês de me dão licença, vou me deitar, o sono está chegando e, amanhã depois das aulas eu tenho ensaio do coral, quero estar bem descansada.

― Já conseguiu compor a sua música, filha? – pergunta Kaoru.

― Quem dera, mamãe! – responde Rey, bocejando – Estou passando por um bloqueio musical. Espero sinceramente que ele seja passageiro! Boa noite, família!

― Boa noite, querida. – diz Kurama – Durma com os anjos, meu bem.

― Obrigada.

Rey sobre as escadas tropeçando devido ao sono e, não se dá nem ao trabalho de trocar de roupa e vestir uma camisola, jogando-se na cama e caindo no sono rapidamente.

Acorda no outro dia com seu despertador, sentindo-se renovada. Vai para o banheiro de seu quarto, toma um rápido banho, veste seu uniforme escolar, penteia os cabelos, amarrando uma mecha com sua fita vermelha favorita e, vai para a sala de jantar, a fim de tomar café da manhã.

― Bom dia, família! – diz ela, com um sorriso animador.

― Acordou de bem com a vida, em irmãzinha? – brinca Yusuke.

― Qual é, irmãozão? – questiona ela – Eu sempre estou de bem com a vida.

― Nem sempre. – comenta Kaoru – Nos últimos dias, andei reparando que você estava muito distraída, aérea e quase não prestava atenção quando falávamos com você.

― Isso era por conta de uns sonhos malucos que eu andava tendo. – diz Rey, ocupando seu lugar a mesa – Mas já passou. Voltei a ser eu mesma de novo!

― Que tipo de sonhos? – pergunta Kurama, como quem não quer nada.

Rey quase responde que eram sonhos envolvendo fogo e chamas, mas, se lembra de que essa história de ser detetive dimensional é segredo e decide manter a boca fechada.

― Uns sonhos malucos, papai! – ela responde, tentando parecer despreocupada – Tão malucos que eu nem me lembro mais como é que eles eram! Não precisa se preocupar!

― Tem certeza? – questiona Kurama, sem engolir a história da filha.

― Mas é claro! – responde Rey, com um sorriso.

― Se você estiver com qualquer problema, sabe que pode contar comigo e com sua mãe, não sabe, gatinha? – pergunta Kurama.

― É claro que sei! – responde Rey, ainda sorrindo – E sabe de uma coisa, papai, eu adoro quando o senhor me chama de gatinha! Vai combinar comigo quando eu for uma modelo famosa das roupas da mamãe!

Kurama não aguenta o comentário da filha e começa a rir. A família termina o café da manhã conversando sobre o cotidiano e, após isso, Rey, Yusuke e Mimi vão para o carro, onde o motorista da família já os está esperando.

Como não pegam transito, não demoram muito a chegar ao colégio e, Rey se encontra com Saori nos portões da escola.

― Bom dia, Saori! – fala Rey, toda animada.

― Bom dia. – responde Saori, de forma cordial – Você por acaso tem algum compromisso depois das aulas?

― Uma hora de aula de canto, depois estou livre. Por que?

― Estava pensando em nos reunirmos lá em casa para falarmos sobre aquele assunto. Sei lá, acho que tem algumas coisas que não ficaram muito claras e, eu gostaria de saber a opinião de vocês com relação a isso.

― Você só acha? Pois olha, eu tenho certeza e, não engoli muito bem tudo aquilo não. Pode contar comigo!

― Obrigada!

― Por nada! Bom, deixa eu ir agora ou chegarei atrasada em meu primeiro tempo. Nos vemos mais tarde na sua casa. Não faltarei!

As duas se despedem e Saori começa a caminhar em direção a sua sala. Mas, inesperadamente, sente uma vertigem e fecha os olhos e, imagens incessantes de gigantescas ondas invadem a sua mente. Então, ela sente como se tivesse sido tragada pelo oceano.

 

 


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