As Detetives Dimensionais escrita por MisuhoTita


Capítulo 37
Papai, Socorro!




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Na manhã seguinte, Darien está na sala de aula, e, ele estranha a ausência de Yusuke, que não é de faltar as aulas. Um sentimento estranho toma conta de seu coração, e, ele sente um vazio em seu peito, uma sensação ruim.

Olha para o lado, para a carteira vazia de seu melhor amigo, e, fica intrigado com isso. Pensa em, na hora do almoço, ir até a sala da irmãzinha voluntariosa e mimada dele, somente para ter notícias de seu amigo e saber porque ele não veio a aula.

 

 

*****

 

 

Na hora do almoço, as quatro detetives dimensionais se reúnem, e, sentem a falta de Rey e Aeka, sem nem imaginarem o que está acontecendo na imponente mansão dos Tachikawa. Sem nem imaginarem que sua líder está em perigo.

Decidem que, após as aulas, irão até a casa da amiga, a fim de saberem o que aconteceu, afinal de contas, para que Rey e Aeka tenham faltado a aula é porque algo aconteceu e, as quatro sentem que precisam descobrir o que é!

 

 

*****

 

 

Sente fome, sede, frio, e uma saudade imensa de casa...! Não tem noção do tempo...! Não sabe quanto tempo se passou desde que acordou neste lugar horrível, amarrada e sozinha...! Tudo o que sabe, é que quer voltar para casa, para os seus...!

De repente, ela escuta passos, e, no mesmo instante, o medo toma conta de si, fazendo com que seu coração comece a bater de forma completamente descompassada contra o seu peito.

A porta daquele quarto se abre e, um homem surge, Rey o reconhece imediatamente, pois, ele é o mesmo que ela vira no parque que a sequestrada. O homem está carregando uma arma e, ao se aproximar da jovem Tachikawa, aponta a arma para o peito da jovem, na altura do coração, e, simula apertar o gatilho, para então a sua voz se fazer ouvir:

― Se quiser viver escute com atenção, garotinha! Não tente dar uma de esperta e fazer qualquer coisa que nos aborreça! Trate de obedecer direitinho as nossas ordens e nada de ruim irá lhe acontecer! Mas, se fizer qualquer coisa que nos aborreça, não pensaremos duas vezes antes de te matar e mandar apenas o seu cadáver para os seus pais. Fui bem claro?

Rey simplesmente não tem palavras para responder, e, por isso mesmo, ela apenas faz um aceno afirmativo com a cabeça, ao mesmo tempo em que seus olhos derramam as piores lágrimas que ela já derramou em toda a sua vida.

Ela vê então o homem colocando a arma no chão e desamarrando seus tornozelos, para então voltar a pegar a arma e, em seguida, força-la a ficar de pé, para então arrastá-la para fora dali.

 

 

*****

 

 

Os jardins da Mansão Tachikawa estão repletos de carros de polícia e, a movimentação na casa é enorme, um entra e saí que simplesmente parece não acabar mais. Kurama e Kaoru repetiram a história várias vezes para o delegado de polícia, que tem em suas mãos a carta enviada pelos sequestradores, a qual ele releu algumas vezes, para que nenhum detalhe viesse a passar despercebido.

― Senhor Tachikawa. – a voz do delegado se faz ouvir – Tenha certeza de que faremos até o impossível para salvar a sua filha e trazê-la para o seio de sua família sã e salva.

― Quais são as chances de que minha filha seja resgatada? – quer saber Kurama.

― Por enquanto, prefiro não fazer nenhuma estimativa. Até porque, não temos nenhuma ideia de quem são os sequestradores de sua filha. Mas, chegaremos até eles, senhor Tachikawa, lhe prometo isso.

― Que providências irão tomar para tentarem chegar aos sequestradores? – questiona Kaoru, querendo alguma informação.

― Primeiramente precisamos de pistas. – continua o delegado – No momento, não temos nenhuma, a não ser a carta que vocês receberam, o que, infelizmente, não é muito. Porém, isso não significa que não vamos conseguir chegar até os sequestradores, e, consequentemente, em sua filha. E, para conseguirmos a menos uma pista para trabalhar, iremos grampear todos os telefones da casa, desta forma, teremos uma pista quando os sequestradores ligarem.

―  E depois? – quer saber Kurama.

― A partir do momento em que os sequestradores fizerem contato, com os telefones grampeados, teremos uma noção de onde eles estão ligando e, com isso, teremos como mapear uma área para começar as buscas.

Nem bem Kurama termina de falar e, o telefone fixo da casa começa a tocar. Imediatamente, a tensão começa a tomar conta de todos e, Kurama sente suas mãos um pouco trêmulas, ao atender o telefone e dizer:

― Alô!

― É um prazer falar com o senhor novamente, senhor Tachikawa!

― Fale logo o que quer. – para Kurama, é bem complicado manter seu auto controle.

― Saber se já está providenciando o dinheiro que eu e meus amigos queremos, para libertar sua filha.

― Darei o que quiserem, desde que eu tenha certeza de que minha filha está bem.

― Eu garanto que ela está perfeitamente bem, senhor Tachikawa.

― Me faça ter certeza disso.

― Como queira.

Kurama escuta passos e soluços do outro lado da linha, para então ouvir um “pode falar” e, em seguida, a voz desesperada que ele escuta é de lhe partir o coração.

― Pa... Papai...!

― Filha!

― Papai... Socorro...!

― Calma, meu amor. O papai vai te tirar deste lugar.

― Promete...?

― Eu prometo, minha filha.

Nem bem Kurama termina de falar e, ele escuta, do outro lado da minha, o telefone sendo tirado de sua filha, em seguida, gritos de “não”, “papai”, até que a ligação cai. A raiva toma conta de Kurama, uma raiva tão grande que ele nunca sentiu em toda a sua vida!

Conseguira escutar, no tom de voz de sua filhinha, o quanto ela estava desesperada, o quanto estava com medo, e, isto só serviu para aumentar o ódio que sente por estes homens que estão fazendo tanto mal a sua família aumenta de uma forma inimaginável!

― Kurama, você falou com ela?

Kurama apenas faz um aceno afirmativo com a cabeça. Ele não quer contar para ela todo o desespero que ouviu na voz de sua filha, pois, ele sabe que isso deixará Kaoru ainda mais abalada. Por outro lado, sabe que não pode esconder dela as poucas palavras de sua filha.

― Ela está com medo. – responde Kurama, escolhendo bem as palavras – Me pediu por socorro.

― Pobre da minha filhinha...! – Kaoru não consegue deixar de exclamar.

― Senhores Tachikawa. – a voz do delegado se faz ouvir – Tenho novidades.

 

 

*****

 

 

Rey é jogada com violência naquele quarto escuro, e, vê, impotente, amarrarem seus tornozelos novamente, para então voltarem a trancá-la. Ela se arrasta com dificuldade até uma parede e se encolhe, em posição fetal, lágrimas e mais lágrimas inundando a sua face.

― Papai... Mamãe... Eu quero voltar para casa...!


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...



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