As Detetives Dimensionais escrita por MisuhoTita


Capítulo 31
Tenho uma Prima?!




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Ao cair da tarde, Rey e Darien estão em uma sorveteira. Estão sentados em uma mesa em que um está em frente ao outro, saboreando de forma bem demorada, milk shake. E, enquanto toma a sua bebida, Darien não consegue deixar de olhar para os belos e expressivos olhos azuis de sua acompanhante.

Apesar de ter apenas dezesseis anos, não é nenhum inexperiente com garotas, pois, na cidade do interior em que morava, antes de vir para a cidade, costumava fazer sucesso com as jovens e, por isso, raramente estava desacompanhado de uma garota.

E, por conta disso, sempre achou que nenhuma menina no mundo seria capaz de lhe recusar. Também sempre achou que o que sempre o tornou alvo de garotas em sua cidade são seus cabelos negros, que são longos, algo incomum para um rapaz. Mas sempre gostou deles assim e, nunca pensou em cortá-lo curto ou estilo militar, como é comum entre seus amigos.

Mas, esta jovem de olhos e cabelos azuis que está bem diante de seus olhos é diferente, pois, ao contrário de todas as jovens da cidadezinha onde nasceu, esta bela donzela chamada Rey Tachikawa nunca caiu de encantos por ele, muito pelo contrário, os dois sempre implicaram um com o outro.

E talvez, é toda a implicância e ar de certa superioridade de Rey Tachikawa é que fazem com que ele não consiga tirar os olhos dela. Ela é uma garota rica e mimada e ele, é um rapaz pobre, os dois são exatamente o contrário um do outro, são como um conto de histórias infantis ao contrário, pois nos contos de fadas, o príncipe encantado se apaixona pela garota pobre, e, agora, o garoto pobre está cada vez mais interessado na princesinha mimada e voluntariosa.

― Será que eu posso saber por que você não para de me olhar? – a voz doce de Rey o tira de seus pensamentos.

― Em nada de especial. – Darien responde com um sorriso ao mesmo tempo em que dá de ombros.

― É mesmo? – o tom de voz de Rey é de pura ironia – Pois, a julgar em como o seu olhar estava distante, até que parecia bem importante.

― Acredite em mim, mocinha, não estava mesmo pensando em nada importante.

― Se não é importante ou um segredo, eu quero saber no que você está pensando.

― Se insiste tanto, eu queria saber se, para você, valeu a pena fugir do motorista de sua família.

Ao ouvir a pergunta de Darien, Rey sorri de forma espontânea. É um sorriso tão doce que Darien sente o seu coração disparar.

― O que você acha? – questiona a jovem de cabelos azuis.

― Eu não sei. – responde Darien, fingindo provocação – Se eu soubesse, não estaria aqui, perguntando para você.

― Bom, se você quer realmente saber a verdade, bom, deixe-me ver...! Eu fugi do motorista da minha família e isso certamente deixará minha mãe super preocupada e furiosa, já que pela a primeira vez que eu faço isso! E estou em uma sorveteria tomando milk shake com o melhor amigo do meu irmão, um cara que vive implicando comigo e até agora não reclamei de nada, e olha que reclamar é comigo mesmo. Então eu acho que a sua resposta é sim, eu gostei e valeu a pena fugir.

― Saber disso me deixa muito feliz. – Darien retribui o sorriso da jovem.

― Mas infelizmente eu devo te dizer que, por mais que eu aprecie a sua companhia, e olha que me diverti bastante, já está na hora de eu voltar para casa.

― Por que?

― O sol já está se pondo, Darien, e, você não conhece a minha mãe, ela deve estar surtando neste momento. É melhor que eu volte e encare a bronca e o castigo que vou levar.

― Vai levar uma bronca tão grande assim? – a voz de Darien mostra que ele está genuinamente preocupado.

― Maior do que você imagina, e, um castigo. Mamãe sempre foi super protetora quando se trata dos filhos. Mas não se preocupe, não me arrependo do que fiz, foi divertido, e, eu faria de novo sem nem ao menos pensar duas vezes.

― Fico feliz em saber. Agora vamos, vou acompanhar você até a sua casa.

― Você vai o que?!

― Vou acompanhar você até sua casa. Você não achou mesmo que eu iria te deixar enfrentar seus pais sozinha sendo que quem te convidou para fugir do motorista fui eu, não é mesmo?

― Na verdade...

― Bem, de qualquer forma, não importa. Vou com você e ponto.

Darien vai até o caixa e paga a sorveteria e, em seguida, ele e Rey deixam o local. Os dois caminham em silêncio pelas ruas da cidade, ambos perdidos em seus próprios pensamentos. E, após uma hora de caminhada, eles chegam aos portões da imponente mansão Tachikawa.

Ao ver Rey, o segurança imediatamente abre os portões para ela e Darien, pois conhece o jovem frequentador da casa. Enquanto atravessam o jardim, Rey vê todas as luzes da casa acesas e sabe o que isso significa, que sua mãe está muito preocupada com ela.

Respira fundo ao mesmo tempo em que sobe as escadas que levam a porta principal da mansão. Antes que possa abrir a porta, uma das empregadas abre para ela e, a encara com um olhar que diz claramente a bronca que ela vi levar de sua mãe.

Chega na sala e, o olhar cheio de lágrimas de sua mãe se encontra com o seu. Kaoru corre em direção a filha e a abraça com todas as suas forças. Rey está se sentindo tão culpada que nem ao menos consegue olhar para o pai ou o irmão mais velho.

Quando Kaoru consegue se acalmar, ela solta a filha e a encara e, o seu olhar é de reprovação.

― Filha, o que você fez? Você tem noção do quanto eu estava preocupada? O que deu na sua cabeça?

Antes que Rey possa abrir a boca para falar qualquer coisa, Darien toma a palavra e, sua voz se faz ouvir:

― Senhora Tachikawa, a culpa não é da Rey. Eu a convenci a fugir do motorista para tomarmos um milk shake juntos. Por favor, não brigue com ela.

― Eu até posso entender você, Darien, mas a Rey me conhece e, isso foi irresponsabilidade dela, pois minha filha sabe das obrigações dela. Filha, espero que você saiba que está de castigo pelo próximo mês. Da escola direto para casa e, não deve sair de seu quarto.

― Eu sei, mamãe. – Rey fala de cabeça baixa – Agora eu posso ir para o meu quarto?

― Ainda não. Pois eu tenho duas pessoas para te apresentar.

E, assim que Kaoru termina de dizer estas palavras, adentram a sala duas jovens, uma com a aparência de quatorze anos e outra com aparência de nove anos.

― Filha, estas são Aeka e Sasami, elas são suas primas que vieram do exterior e a partir de hoje irão morar conosco.

O olhar de Rey então recai sobre as duas jovens e, a sua voz é de puro espanto ao pronunciar:

― Eu tenho uma prima?!


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...



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