As Detetives Dimensionais escrita por MisuhoTita


Capítulo 20
O Festival




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Alguns dias depois...

Rey está em seu quarto, se arrumando para o festival, pois a grande noite finalmente chegou e, vaidosa como só ela é, quer estar simplesmente linda. Afinal, se quiser mesmo seguir a carreira de cantora e modelo como sempre sonhou, e sendo filha de uma grande estilista, uma das maiores do país, é natural que tenha de estar sempre linda e, com um visual impecável.

A garota de cabelos azuis se olha no espelho e fica satisfeita com o que vê. Está usando um vestido de lã vermelho, de manga cumprida devido ao frio da noite, meia calça de lã preta e uma bota cano alto e salto agulha na altura de seus joelhos, deixando-a muito elegante. Em seus lindos e longos cabelos azuis, uma fita de laço vermelha, como ela sempre gosta de usar.

Sorri satisfeita com seu visual, pega a bolsa que está em cima da cama e deixa seu quarto, caminhando apressadamente pelos corredores da mansão e descendo as escadarias com pressa até chegar ao hall de entrada da mansão, onde sua irmã Mimi, bem como Kaoru e Kurama, estão à sua espera.

― Estou pronta. – fala Rey, com uma grande animação em sua voz.

― Está linda filha. – Kurama sorri

― Eu nasci linda, papai. – Rey sorri com carinho para seu pai.

― E a modéstia dela também é linda. – brinca Mimi.

― Por favor, me prometam as duas que não voltarão muito tarde. – fala Kaoru – Os tempos estão perigosos e a violência hoje em dia está cada vez maior.

― Não se preocupe, mamãe. – Rey dá um abraço em Kaoru – O motorista particular e o segurança estarão conosco. O Yusuke também estará lá, tudo vai ficar. Agora vamos, Mimi, ou chegaremos atrasadas.

*****

O festival segue animado no templo, várias barraquinhas espalhadas, com comidas e brincadeiras, boa música. Lindas árvores de cerejeiras estão ao redor do templo, suas folhas rosas dando uma vista bela. A noite é iluminada por lindas luminárias, além dos próprios postes de luz. E, a lua cheia e um lindo tapete de estrelas deixam o céu noturno ainda mais belo.

Rey caminha tranquilamente entre as pessoas, aproveitando a noite. Desde que era apenas uma menininha, sempre adorou os festivais e, sempre teve um ritual secreto, que irá fazer mais uma vez antes de se reunir com suas amigas.

A jovem caminha até chegar a uma ponte, e, por baixo desta ponte, passa um pequeno lago. Caminha até o meio da ponte e para ali, apenas olhando o reflexo da lua e das estrelas nas águas límpidas.

Fecha seus olhos e leva as duas mãos a seu coração, fazendo o seu pedido. Pedindo a lua e as estrelas que realizem o seu desejo mais íntimo e secreto e, em seguida, abre os olhos, com um sorriso infantil em seus lábios, pois tem certeza de que, demore o tempo que demorar, o seu desejo irá se realizar.

A jovem está tão distraída em seus pensamentos que, não percebe a aproximação de Darien, que caminha até o meio da ponte e se coloca a seu lado.

― Está uma linda noite, não? – a voz do moreno se faz ouvir.

Rey é pega completamente desprevenida e, se vira a fim de encarar o rapaz que está do seu lado. O rapaz que tem o grande dom de tirá-la do sério. Mas, diferente das outras vezes em que se encontraram, em que sua simples presença já é mais do que suficiente para inflamar a sua raiva, dessa vez, não é o que acontece.

Desta vez, está sentindo exatamente o contrário...

― Se não quiser responder, não tem problema, minha cara. – Darien volta a falar.

― Desculpe-me. – fala Rey – Não quis ofender, só estava distraída, perdida em meus próprios pensamentos.

― Sabia que esta é a primeira vez que você me pede desculpas? – Darien sorri, e Rey se percebe encantada pelo sorriso dele.

― Acho bom não se acostumar com isso.

― De forma alguma, já que você é uma moça imprevisível, mimada e voluntariosa.

― Se acha que eu sou tudo isso, por que está aqui, perdendo seu tempo falando comigo?

― Vai ver eu gosto de jovens moças imprevisíveis, mimadas e voluntariosas.

― Eu até brigaria com você por me dizer por me dizer essas coisas, mas, hoje eu realmente não estou com vontade. Estou contente demais e você não vai estragar isso.

― Dificilmente estragaria. Vim aqui porque às vezes, eu sinto necessidade de ficar um pouco sozinho, longe das pessoas. E aí está você, minha mimadinha favorita.

―Isso é um elogio?

― Isso o que?

― Me chamar de mimadinha.

― Minha querida, entenda como quiser.

Rey quer sair dali e ir se encontrar com suas amigas, porém, sente uma força maior a segurando ali. Uma parte de si não quer ir embora, quer continuar a conversar com este sujeito, mesmo que seja para continuar a ouvir ele a chamando de mimadinha.

Seu coração começa a bater mais rápido em seu peito e, encara o jovem à sua frente. A leve brisa do vento faz seus cabelos longos e azuis voarem, assim como faz com que os longos cabelos negros dele também voem, e, seus olhos se encontram.

Darien dá um passo à frente e, com uma gentileza em demasia, segura os braços de Rey, que permanece estática, apenas escutando as batidas cada vez mais rápidas de seu coração, e sem entender porque isso acontece.

Os corpos dos dois vão se aproximando lentamente, e, estão tão próximos que um consegue sentir a respiração do outro. Seus corações batem forte, e suas respirações são totalmente irregulares.

Pouco a pouco, vão se aproximando mais e mais, até que seus lábios estão quase se tocando. De forma involuntária, Rey entreabre os seus lábios, esperando por mais. A jovem não consegue mais ter controle de seus pensamentos ou de seu corpo, apenas se entrega totalmente a este momento.

Mas quando os lábios dos estão quase se tocando, o relógio dimensional de Rey começa a bipar e, os dois imediatamente se separam, olhando totalmente constrangidos um para o outro.

― Eu tenho que ir. – fala Rey.

E, em seguida, jovem se retira, deixando o rapaz a olhar a lua e as estrelas.


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...



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