As Detetives Dimensionais escrita por MisuhoTita
“Querido diário:
Me chamo Rey Tachikaya e sou uma jovem de quatorze anos como outra qualquer. Bom, com algumas exceções, sou filha de um grande engenheiro e de uma grande modista, minha família é bastante poderosa, por assim dizer. Moro com meus pais, meu irmão mais velho, Yusuke, de dezesseis anos, minha irmã Mimi, com nove anos e uma bebezinha que se chama Priss, com apenas três meses. Tenho uma cadelinha que se chama Rio. E, eu adoro cantar e participo do coral de minha escola.”
― Rey, já está pronta? Se demorar demais não poderei te dar uma carona até a escola!
― Já estou indo, mamãe!
Rey fecha seu diário e o coloca na primeira gaveta da mesa de seu computador, pega seu fichário e sua bolsa e deixa seu quarto, passando por um longo corredor e descendo uma escadaria, para chegar a uma elegante sala onde sua mãe a espera.
― Bom dia, mamãe! – diz Rey, com um sorriso estampado em seu rosto.
― Já está pronta? – pergunta Kaoru Tachikawa.
― Sim! Yusuke e Mimi não vão conosco?
― Yusuke teve que ir mais cedo pois tem treino de futebol antes das aulas e Mimi não tem aula hoje. Agora vamos, querida. Eu tenho uma nova coleção para preparar e não quero chegar atrasada ao escritório.
― E vou poder ser a primeira a usar sua nova coleção, mamãe?
― Rey!
― Qual o problema? Eu simplesmente amo as roupas que a senhora desenha! Herdei seu bom gosto!
― E seu temperamento mandão e explosivo herdou de quem?
Rey não consegue deixar de sorrir. De sua mãe, Kaoru, não herdara somente o gosto para modas. A jovem tem longos cabelos azuis claros, lisos que caem como uma linda cascata por suas costas, a mesma cor do cabelo de sua mãe. Já os olhos, azuis, herdara do pai.
Rey segue sua mãe até a garagem, onde entra no carro, no banco do passageiro e coloca o cinto de segurança. Sua mãe Kaoru senta no banco do motorista, também coloca o sinto de segurança e liga o carro.
A jovem liga o som do carro, colocando um CD de música qualquer, deixando que a música preencha o silêncio do carro e relaxando ao som da melodia. Na noite passada, tivera um sonho esquisito, do qual não conseguia nem ao menos se lembrar, e havia acordado literalmente invocada com ele. Mas agora, ao som de uma música relaxante, conseguiu tirar totalmente essas ideias loucas de sua cabeça.
Rapidamente chegam à escola e sua mãe para o carro para que ela desça.
― Tenha um bom dia, filha.
― Obrigada, mamãe. Que a senhora tenha um bom dia também!
As duas se despedem e Rey dá um beijo de despedida em sua mãe, desce do carro e entra nas dependências da escola, indo diretamente para a sala de aula e tomando o seu lugar. Sua amiga, Runy, que se senta uma mesa a sua frente, está a sua espera.
Para Rey, o dia demora a passar, pois tem exatamente três tempos de aula de matemática e simplesmente odeia esta matéria.
Ao término de suas aulas, vai direto para casa e sozinha, pois, seu irmão, resolve ficar para treinar futebol, um esporte que ela simplesmente não consegue compreender, que graça ele vê em ficar correndo atrás de uma bola?
Em casa, pede a uma das empregadas para lhe preparar um lanche e, vai para a sala de televisão, onde liga o aparelho de DVD para assistir um filme qualquer enquanto faz sua boquinha.
Mas, no decorrer do filme, acaba cochilando e as imagens do sonho que tivera na noite anterior voltam a assombrá-la, imagens perturbadoras de chamas que não se consomem...!
Acorda sobressaltada e suando frio.
― Que foi isso? – se pergunta Rey – Que raio de sonho mais esquisito foi esse?
― Falando sozinha, irmãzinha? – pergunta uma voz masculina.
Ao seu lado no sofá, Yusuke a encara com um sorriso zombeteiro nos lábios, típico dele.
― Ora! E se fosse? Não pedi sua opinião!
― Sempre a mesma rabugenta! – zomba Yusuke.
― E você sempre pegando no meu pé!
― Qual o problema? Sou seu irmão, tenho todo direito do mundo. Mas, falando sério, irmãzinha, você acordou assustada, o que houve?
― Um sonho esquisito.
― É? Sonhou com o que?
Rey tenta se lembrar do sonho, mas, ironicamente, como acontecera de manhã, as imagens simplesmente somem de sua mente. E, não consegue se lembrar de mais nada.
Ela encara o irmão com o olhar franzido.
― Não consigo...! – diz Rey, com o olhar confuso.
― Não consegue o que? – pergunta Yusuke, sem entender do que a irmã está falando.
― Não consigo me lembrar do sonho! As imagens sumiram da minha mente!
― Irmãzinha, definitivamente hoje você está esquisita!
― Não pedi sua opinião! – diz a jovem de cabelos azuis.
Decidida a esquecer do estranho sonho, do qual, ironicamente não consegue se lembrar, por mais que tente, Rey decide tomar um banho, a fim de apagar todas essas coisas esquisitas de sua mente.
*****
Em um lugar distante, em algum lugar entre o tempo e o espaço, escondido e protegido por forças que estão além da imaginação, está localizado um local sagrado, este local é o Centro das Dimensões do Tempo de do Espaço. Um lugar de beleza inimaginável, e que esconde segredos além da compreensão.
Neste lugar, um homem olha para um quadro, de uma dama de branco, porém, o retrato da dama não tem rosto, pois esta parte do quadro está queimada, como se alguém tivesse queimado propositalmente o rosto dela, a fim de que todos se esquecessem de sua face.
― Está chegando o momento, minha dama...! – murmura o homem para si mesmo.
― Senhor Shiro, me dá permissão para entrar? – diz uma voz feminina.
― Com toda a certeza, Akane. – diz Shiro.
A jovem Akane entra no salão e se coloca ao lado de Shiro, contemplando ao lado dele o quadro da mulher que tem o rosto queimado.
― Senhor Shiro, finalmente o dia da grande profecia está chegando...
― Sim, Akane. Finalmente amanhã, água, fogo, raio, vento e luz se encontrarão! E então o poder lendário finalmente será despertado...!
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