Bade - Sempre Juntos escrita por Victane


Capítulo 57
Todos Digam Sim!


Notas iniciais do capítulo

Hello meus amores! Eu sei, hoje é Domingo, e não é dia de postar. Porque? Porque? Porque estou postando? Porque sou lesa >< kkk. Desculpem, não tive tempo. A pessoa feliz aqui foi pra BIENAL e comprou as coisas mais fofas deste mundo u.u.u.u..u.u to mega feliz. Ai quando voltei, saí com a minha tia. Ai quando cheguei em casa, não tive tempo pra nada, apenas trocar de roupa e sair de novo com a minha mãe, cheguei mega cansada. Minha prima dormiu aqui em casa e tudo, só que eu juro que ia encontrar tempo pra postar, mas... Eu apaguei na cadeira do computador, e minha prima na minha cama. Quando a gente acordou de madrugada, rsrs, só fomos dormir novamente, dessa vez do jeito certo kkkkk >< Me perdoem, mas ai está o capitulo. Agora tenho um aviso importante. Eu não sei quando vou postar o EPILOGO I... Simples. A linda da autora ficou em recuperação em Física e Química e as minhas provas vão ser essa semana, então, vou ter que estudar, mas depois que as provas acabarem, juro que tentarei ter tempo pra postar, kay? Obrigada pela paciência de vocês, kay? Sim, esse é um dos últimos capitulos da fic, depois disso, só falta o EPILOGO I, O EPILOGO II e o capitulo extra. Kay? :(
Enfim... Quem quiser mandar as perguntas sobre a fic, ou sobre algo, pode mandar, ainda dá tempo. Kay?
Dedico esse capitulo a todos vocês, mas principalmente a Marii Braz que me deu uma ideia genial, ela pediu pra que colocasse uma música na fic, e eu simplesmente fiz isso, mas com uma coisinha diferente. Portanto, espero que gostem. Ah e a Marii também disse que queria ver a Cat falando sobre sua "primeira vez"; Sim a Marii é safada, todos nós sabemos, rsrss, mas eu fiz isso, kay? E espero que goste sua doida que eu adoro ;D
Quanto as músicas, sim, é uma junção, por isso o aviso é, parem a primeira música no minuto 1:58 e a outra comece normal, kay? Eu achei essa junção perfeita e quando assisto séries como GLEE e eles fazem isso, eu simplesmente amo ;D
Começamos a fic um pouco diferente sim, mas tinhamos que deixar o BADE pra o final, pra ser perfeito, e ZORI tinha que se resolver logo. Bye amoris, aproveitem o capitulo, mas uma vez me desculpem.
Sorry se tiver erros de digitação :D
*Esse capítulo segue a série:
Brilhante Victoria ou Victorious (4º - Temporada)
Como descrito: Não seja rígido, pois cenas serão mudadas, acrescentadas ou invertidas. Aqui a imaginação é livre e o prazer é seu em ler!



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Zac Smith

Aqui estou eu. Sentando á mesa como um tolo, um perdedor. Enquanto o namorado da minha irmã é apresentado á família e por família quero dizer: meu pai. Sim, ele não sabia nada sobre o André e pelo visto, tenho que fingir que eu também não.

– E então... Quando vão marcar o casamento? – Perguntou meu pai. André engasgou com a bebida e quase colocou pra fora todo refri.

– Ca... Casa... Casamento? – Perguntou surpreso acima de tudo.

– Estou brincando garoto, então... Quem quer mais sobremesa? Vou pegar assim mesmo! – Disse Robert saindo dali. Ashley deu um leve selinho em André, tentando acalmá-lo. Pois é... Ela não conseguia. A noite continuou... Meu pai deixou André nervoso das mais diversas formas possíveis, enquanto eu continuava calado. Por fim, essa noite acabou. Meu pai foi dormir, minha “madrasta” também e a Ashley encontrava-se ao meu lado. Apoiando a cabeça sob meu ombro.

– Até que a noite não foi de todo mal... – Falou Ash.

– Diga isso para o André, pois da forma que ele saiu daqui, acho que não vai ter mais namorado músico pra o resto da vida. – Ironizei.

– Você acha? – Perguntou saindo daquela posição confortável e me fitando chocada.

– Claro que não, Ash. Eu estava apenas brincando... – Esclareci e ela pareceu relaxar a musculatura.

– Sabe... Ainda acho que você deveria falar com a Tori... Esclarecer as coisas. – Opinou.

– Ash... Ash... Embora eu tenha escutado você por todos esses anos, desta vez tenho que discordar... – Eu não ia aceitar conselho dela, não dessa vez!

– Por favor, né Dylan... Você começa a falar formalmente toda vez que fica em dúvida sobre algo... É claro que quer ir atrás da Tori, mas se sente mal o bastante pra pedir desculpas e reconhecer seus erros... É sempre assim com você... – Seu sorriso alargava-se cada vez mais no rosto. Acho até que daqui a pouco ia ter mais sorriso do que rosto...

– Você acha? – Perguntei tentando me conter. Qual é? Até parece que todas as vezes é a Ash que sempre me manda fazer as coisas...

– Eu sei que esse daqui que tá sentando ao meu lado, não é o meu irmão... Meu irmão iria lá e falaria com a tal Tori... Sua namorada... – Aquilo doeu. Fazia dois dias que tínhamos terminado, quer dizer, eu tinha terminado tudo da pior maneira possível. Tori demorou pra atualizar seu status no The Slap, lembro-me de que quando mudei o meu, ela mudou dela, como se esperasse pra saber se aquilo era realmente verdadeiro e concreto. Mas não pude fazer nada, até pensei, mas não fiz e continuo não fazendo. – Ou sua antiga namorada... O caso é que você precisa ir lá e mostrar pra ela o que realmente sente... Sabe... Se abrir mais, sem ter medo do que ela ou qualquer um irá pensar... Não sei Zac... Mas se quiser voltar com a Tori ou deixar como está, pelo menos deve fazer isso da maneira certa, diga a ela sua decisão, mas primeiro peça desculpas, pois aquilo foi grotesco, to falando sério! – Disse por fim.

– Olha Ash! Eu nunca te disse isso, mas desde que nossa mãe morreu, bom... Escuto seus conselhos e os sigo quase totalmente, parece que você sempre tá certa... Não sei... Mas... Você se parece tanto com nossa mãe... – Desabafei. Qual é? Um homem também tem seus momentos. – Te amo... Loira Oxigenada.

– Zac! Tenho que dizer... Você já havia me dito tudo isso quando tinha 11 anos... Sinto muito pensar que tenha sido a primeira vez... – Ela estava me zoando? Logo agora que eu permanecia sensível? Nós rimos, como retardados e depois nos jogamos no sofá. – Bom... Agora vai lá falar com a Tori enquanto ainda é cedo, mamão! – Me xingou e me levantei do sofá... – Mas antes... Toma um pouco de vinho pra dar coragem... – Ela me deu meia taça que ainda estava repousada sobre a mesinha central da sala. Bebi o liquido vermelho escuro contido ali e tenho que dizer, as coisas melhoraram.

– Preciso de mais um pouco... Sabe... Pra dar coragem... – Nossa! Eu estava bastante nervoso eu diria, bastante mesmo! Peguei a garrafa e bebi...

– Zac! – Pude ouvir antes de apagar completamente. – Zac! Idiota! O que você fez? – Abri os olhos com um pouco de dificuldade, caramba! Que dor de cabeça terrível é essa? – Dylan, seu retardado! Você bebeu a garrafa inteira e depois desmaiou, estúpido! Anda! Precisa se vestir e encontrar com a Tori... – Minha cabeça doía demais pra isso. Mas Ashley me empurrava pra o banheiro. Ela tirou minha camisa e minha calça, me deixando apenas de cueca e mergulhou minha cabeça na água fria que saía fluentemente do chuveiro. A agradeci por dentro, mas por fora, apenas mandei ela ir. E ela se foi. Depois do banho refrescantemente prazeroso. Me arrumei, peguei minhas coisas e fui para HA com meu carro, como de costume. Chegando lá, a primeira pessoa que avisto, quem é? Quem é? É! Talvez seja ironia do destino, mas Tori estava sempre no meu caminho. Cheguei perto de seu armário.

– Oi! – Ouvi seu cumprimento.

– Han... Oi... Tem um tempo? – Perguntei nervoso e ela assentiu. Não me julguem, faltei esses dois dias de aulas e não estou acostumado a pedir desculpas... – Han... Por onde eu começo... – Tori me olhava diferente. Não sei identificar dessa vez o que estava naquele olhar. – Han... Já contou pra sua mãe sobre Nova York? – Perguntei mudando de assunto. Precisava pensar, apesar de saber o que eu deveria fazer. Nos encaminhamos para a escada, sentamos lado á lado.

– Sim... Eu... Han... Sim... Contei pra ela, ela ficou bem feliz... – Disse desviando o olhar e mordendo os lábios. Lembro-me das vezes que olhei para aqueles lábios desta maneira e tive vontade de beijá-los e quantas vezes o fiz, mas agora... Agora era diferente, eu não podia. Não mais!

– Sabe Tori, eu... Não aguento isso, sabe... Toda essa tensão e peso em cima de nós... Não aguento ficar longe de você... Mas... Você sabe, as coisas são bem complicadas pra nós... – Comecei.

– Eu sei, mas isso não justifica o que você me fez passar, você praticamente me acusou de te trair quando eu viajasse... Eu nunca faria isso. – Reforçou. Nossa! Eu me sentia ainda mais culpado do que antes. Droga de culpa! Droga de NY! Droga de Zac!

– Eu sei... Me desculpe... – Pedi olhando no fundo dos seus olhos... Ah esses olhos! – Eu só não aguentava ficar longe de você, como agora! Tenho amigos que tiveram relações turbulentas graças a viagens que separam os pares... Nenhuma das relações deles deram certo. – Conclui.

– Isso não significa que a nossa não vai dar... – Tori tocou levemente minhas mãos, mas as desviei.

– Por que? Porque você é a primeira e única garota que eu jamais deixaria de amar pra o resto da minha vida? Porque talvez sejamos felizes para todo sempre? Essas perguntas nãos justificam sua viagem, não justificam que eu vou poder ficar um bom tempo sem te ver. Não justificam nada! E não estou dizendo que iria te trair e acredito que jamais faria isso comigo, apesar de eu já ter dito essa bobagem... O caso é que eu preciso de mais, sempre... De mais de você e você não vai estar aqui pra dar isso pra mim... – Senti algo molhar meu rosto, concluindo que era uma lágrima insistente, lutei contra sua queda e não deixei que ela se desenvolvesse.

– Então... Vem comigo? – Sugeriu. Seus olhos diziam a verdade... Diziam que ela me amava.

– Não posso e não vou. Não vou deixar tudo aqui pra te ver seguir seu sonho... O que eu vou fazer em NY? Ficar andando pra cá e pra lá enquanto você grava CDs? Não, eu não posso! Minha vida está aqui... O Teatro Smith, a casa na fazenda... E você costumava estar incluída em tudo isso, mas... As coisas mudam e nós temos que aceitar por mais que seja difícil, nós temos que nos deixar livres, se não dermos certo... Sinto muito Tori, mas acabou... Acabou de vez... – Dessa vez não consegui conter as lágrimas, elas caiam uma por uma, era inevitável tentar controlar, assim como nossa separação, tudo era inevitável.

– Eu te amo, Zac! – Tori segurou o choro. Sim, enquanto eu me fazia de forte, ela chorava. E aquilo estava acabando comigo.

– Oi Zac... – Uma voz ao fundo, nos chamou atenção. Dei-me conta de que estávamos na escada, os corredores não estavam movimentados, ninguém prestava atenção na nossa conversa, mas ainda existiam pessoas que estavam passando por ali. E uma delas era uma garota loira com californianas azuis nas pontas, ela sorria como se quisesse mostrar todos os dentes. – Então... É verdade que está solteiro? – Perguntou e a primeira coisa que fiz foi olhar pra Tori. Droga garota! Eu poderia dar-lhe um fora, mas apenas balancei a cabeça positivamente. Droga Zac! – Legal! Então... Te vejo por ai. – Disse saindo dali.

– Então... Cada um seguindo sua vida... – Tori desviou o olhar e enxugou uma lágrima perdida das outras. Estava claro que ela permanecia abatida, mas o que eu podia fazer? Isso não daria certo...

– Tori... Eu... Eu queria mesmo que as coisas não fossem assim... Não é fácil pra mim também, mas... Acredite! Se eu tivesse motivos pra ir á NY além de você, eu faria, iria com você, com todo o prazer. Não que eu não te ame pra viajar com você e seguir seu sonho, mas é seu sonho, eu lá sozinho atrapalharia tudo e... Não seria a mesma coisa... Eu iria ficar pra trás... – Eu a abracei. Seu cheiro de folha de laranja e limão inebriavam-me por inteiro. Senti os mínimos pelinhos de sua nuca se eriçarem com o toque, aquilo era tão confortável e... Gostoso! Nos separamos, mas seu rosto estava praticamente colado ao meu, exceto por uma mínima distância que insistia em nos separar... – Desde que namoramos... Andava pensando muito em nosso futuro... Em nossos filhos e nossas carreiras. Não imaginei que acabaria assim, mas acredite... Quero e desejo que siga seu sonho e que acredite em si própria pra que tudo aconteça bem. Faça o que tiver que fazer... E quem sabe... Quando você voltar... E se ainda me quiser... Bom... Eu estarei aqui. Meu amor por você é extremamente grande pra suportar esperar... Esperar você voltar, mas com a longa distância isso iria acabar... Te amo Tori... – Levei minha boca á sua testa. Depositei um beijo lá e me levantei da escada pra seguir até minha sala, pois o sinal havia tocado fazia um tempão e ninguém mais estava nos corredores. Senti algo vibrar em meu bolso, era meu celular. O atendi e uma coisa surpreendente aconteceu. Uma coisa que mudaria tudo. Atendi a pessoa e depois desliguei o celular, super feliz! Meu Deus, não posso acreditar nisso! Oh nossa! WOW!

– O que, que você tem? – Tori pareceu preocupada.

– Eu... Eu fui aceito... – Falei quase gaguejando. Corri pra máquina de refri, comprei um e bebi ligeiramente. – Eu... Han... Lembra daquele seriado que você me acompanhou no teste? – Perguntei energético.

– Sim, mas não é uma boa hora pra mencionar isso. Sabe... Você beijou aquela garota e acabamos de terminar... E... – Tentou baixando o olhar.

– NÃO! NÃO É ISSO! Ufs! EU consegui o papel de Steve, o ator principal... Depois de mudarem muito o nome da série decidiram finalmente que vai chamar-se de: “Quem quer o coração de Steve?”. – Anunciei, Tori permanecia com a mesma expressão.

– Olha Zac! Eu realmente tenho que ir... – Falou apressada tentando sair dali. Mas a impedi. A puxando pra que me fitasse batendo de encontro ao meu peitoral.

– A série começa ano que vem e... Vai ser em... Nova York... Isso não é demais? – Perguntei quase pulando de alegria, finalmente agora eu poderia ficar com ela. – Estamos juntos... Quer dizer... Só se você quiser... - Um sorriso enorme apareceu no rosto de Tori, mas logo se desmanchou.

– Então você vai pra Nova York... Mas não por minha causa, e sim por causa da série? Quer dizer, tanto faz se eu for ou não? Você só quer ir gravar e me levar como prêmio? – Perguntou me surpreendendo, como ela poderia pensar isso de mim? Essa nem parecia a Tori!

– Claro que não, além do mais eu te disse que não iria pra NY pra ficar parado vendo você seguir seu sonho sozinha, eu queria ir por algum outro motivo, mas principalmente pra ficar com você... Convenhamos que seria trágico se eu deixasse tudo pra ir com você, quem sabe o que aconteceria? Como pagaríamos as contas? Agora eu consegui essa chance... Tenho chance de viver com o amor da minha vida e ainda te manter bem, apesar de sua carreira ter chances de decolar lá... - A abracei e ela retribuiu. – Não quero que pense que estou indo pra NY só por causa disso, estou indo por você e por meu sonho, se fosse só por você eu também iria, mas... Eu sei que não daria certo... Por isso nem era melhor tentar, não queria te fazer sofrer mais e mais... Mas agora mudou, a gente vai pra NY. WOW! – Comemorei juntamente com Tori.

– Eu te amo! – Sussurrou no meu ouvido.

– Eu te amo! Eu sempre vou te proteger olhos lindos... Sempre... Assim como cantei pra você... – Afinei mais a voz e sorri... - Then I'll be your hero... Hero! – Depois disso a beijei. Isso seria só o começo, a beijaria muito mais em NY. Isso é só o começo.

Beck Oliver

Acordei pensativo, algumas coisas tinham passado pela minha mente desde ontem, quer dizer, elas já passavam desde que Jade e eu reatamos. Meu sonho era ter uma família com ela, sabe... Se casar, ter filhos, bons empregos e tudo mais. Mas claro, tem sempre alguém pra passar na minha cara que sou muito jovem pra isso e Jade principalmente. Dei importância pra isso e deixei essa ideia pra lá, mas agora tudo estava diferente. Meu amor por Jade havia aumentado, sé é que isso é possível... Eu entrei na FALA e Jade faria a prova nessa semana... Com certeza ela entraria! Jade gravaria um CD com a PMV e eu tentaria estágio em algum lugar, soube que a FALA permite cursos muito bons que fazem você ingressar mais rápido no mercado de trabalho. Seria perfeito! Teríamos emprego, casa e... Quem sabe lá no futuro... Filhos... Pra que esperar? Eu não preciso de mais tempo pra ter certeza de que Jade é a mulher que mais amo na minha vida, quer dizer... Bom.... Minha mãe não fica pra trás. Sorri com esses pensamentos e fui me arrumar, enquanto a água fria batia de encontro ao meu corpo eu refletia sobre a conversa que tive ontem com meu velho.

~~ Flashback On ~~

Cheguei á meu RV e escutei alguém me chamar. Meu pai fazia gesto pra que eu entrasse em sua casa e assim o fiz. Sentamos no sofá e ele assista TV enquanto tomava uma cerveja...

– Sei que sua mãe não vai gostar, mas... Quer uma cerveja? Vamos... Tome uma cerveja com seu velho. – Disse me dando uma. Bom... Considerei a hipótese de ficar bêbado como da outra vez e acordar na cama com uma garota da qual eu nem transei. Acho melhor não! Mas meu velho insistia e... Eu estava próximo de casa, o que poderia acontecer? Aceitei a mesma e bebi juntamente com ele. – Sua mãe saiu e sobra tempro pra conversarmos... Percebo que você tá muito tenso, filho... Desde que sua mãe voltou pra esta casa, não tivemos mais aqueles papos legais né? – Assenti, isso era verdade. E eu também não queria atrapalhá-los, afinal, eles só vivem... Juntos. – Então... Tem alguma coisa que queria me contar? Como vai sua vida com Jade?

– Vai bem pai, obrigado! – Acho que eu já tinha tomado mais da metade da cerveja, não sei se sou fraco pra bebida, mas me sentia tonto. Estranho! – Han... Pai! Sabe... Você já imaginou como seria sua vida de casado, quando estava jovem? – Acho que era a bebida fazendo efeito, eu nunca perguntaria isso.

– Hum... Sim, muito. Eu sempre me imaginava casado com sua mãe, sei que nosso casamento não foi dos melhores, mas sabe... Não estamos casados agora, acho que o peso do casamento que fez nos separamos, sabe... Toda aquela pressão de papéis e tudo mais... – Nossa! Será que iria acontecer comigo? – Mas... Não fique assim, quer dizer, só porque aconteceu comigo não quer dizer que vá acontecer com você, podemos ser parecidos, mas a Jade e sua mãe não se parecem nada... – Realmente! Elas não tinham nada a ver, apesar de minha mãe ser uma pessoa extremamente independente, afinal foi por isso que ela se separou de meu pai, ela acreditava que estava sendo sufocada por ele, por ele querer sustentar a família e ela também querer ajudar. Jade se parecia com ela nesse ponto, mas as personalidades eram diferentes. Minha mãe sempre era uma pessoa sorridente, alegre, divertida, e a Jade... Bom... Ela é assim, só que do seu jeito. Enfim... As duas são muito diferentes, ponto final! – Mas porque a pergunta? – Nessa hora eu gelei, o que diria a ele? Tomei o resto da minha cerveja pra ganhar mais coragem e acredite... Funcionou.

– Bom... Eu estava pensando seriamente em pedir á Jade em casamento, o que você acha disso? – Perguntei sendo verdadeiro.

– Hum... Vocês são muito jovens... – Começou sendo clichê, como todos. – Mas... Se existe amor e os dois concordarem, devem tentar, acima de tudo, juntos... Eu acho que é uma ótima idéia, afinal, como falei. O casamento não deu certo pra mim no inicio, mas pode dar pra vocês e se não acharem que é a melhor idéia, é só adiarem... Por fim, eu dou meu total apoio e se precisar de mim pra controlar sua mãe com a crise que ela vai ter quando souber, eu estarei aqui, filho! – Deu dois tapinhas em minhas costas e sorri.

~~ Flashback Off ~~

Depois de pronto olhei para o relógio, ainda era cedo. Ótimo! Peguei minhas coisas, coloquei minhas economias em minha carteira e fui rumo á joalheria. Ao entrar, duas atendentes se aproximaram de mim.

– Oiii! – Não sei porque, mas senti algo a mais nesse simples “oi”. A outra me olhou de cima a baixo, antes de sorrir. Ambas loiras. – Procurando algum presente pra mãe... Algum relógio pra o pai, ou algum colar pra uma amiga? – Eu não sei porque, mas todas as vezes que chego pra comprar coisas pra Jade, as atendentes tem o costume de fazer perguntas sobre toda a minha família e animais de estimação, mas nunca sobre alguma namorada que eu possa ter. Qual é? É como se elas sempre julgassem impossível o fato de eu estar solteiro. E quando as informo, elas soltam suspiros pesados.

– Não! Estou procurando um lindo anel de noivado para a minha namorada. – Informei e a outra assistente mais calada, deu um leve suspiro. Não falei? Argh!

– Venha por aqui, por favor. – Disse a que me atendeu. – Me chamo Christine e esses são nossos melhores anéis e alianças. Fique a vontade. – Ela me deixou lá e puxou a outra garota pra que fosse com ela. Mais atrás as duas e mais outras três garotas se juntaram para fuxicar algo de alguém ou de mim. Vai saber! Dei uma longa olhada nos anéis, até encontrar um perfeito pra Jade. Afinal não pode ser qualquer um, ela é a Jade, tem que ser especial, lindo e extremamente diferente como ela.

– Por favor, eu quero esse. – Apontei para o mesmo e a atendente, o pegou. Custou um pouco acima do que eu estava esperando, mas sabe... Não foi tão caro a chegar em um ponto que eu não poderia pagar. E isso não é problema, quase nunca dou um presente desta magnitude pra Jade, ela não é exigente e acho que agora é a hora certa pra isso. Olhei novamente o anel antes de colocá-lo na caixinha, ele era perfeito. A tonalidade do azul ficaria perfeito de contraste com os olhos de Jade. Os guardei em meu bolso, agradeci as assistentes que me olhavam de maneira triste. Não entendi! Saí dali e fui para HA. Não encontrei Jade de imediato, cursei minhas aulas de Inglês e Francês. Avistei o pessoal numa mesa no Asphalt Café. Me juntei á eles e dei um selinho em Jade que sorriu pra mim e depois fechou a cara para os outros.

– E então gente, novidades? – Perguntei pegando um pouco da comida da minha namorada, que quase não tocava nela. – Como vão as notas de vocês?

– As minhas vão bem... Falta só a do Sikowitz e de outras matérias. – Informou Cat mexendo em seu cabelo.

– Como vão os planos pra o final do ano? – Perguntou alguém novata na mesa. Ashley deu um beijo na bochecha de André e se sentou conosco, ela sempre vinha no horário de almoço.

– Han... – Comecei pensando em realmente dizer os meus planos. Que iria me casar com Jade... Qual é? O que eu tenho na cabeça? Ninguém diria isso assim! Acho que estou ficando maluco, ou talvez seja o efeito da cerveja daquele ontem. Não viaja Beck! Você só precisa falar com Jade a sós e só isso. Olhei ao redor, meus amigos esperavam minha resposta, Jade principalmente. – Hum... Bom... Eu já disse... Tentarei um estágio aqui, entrarei na FALA, me... – Droga! – Me especializarei aqui... Jade também, eu acho. – Sorri e ela sorriu de volta.

– É! É um bom plano... – Disse Zac. Levantei um olhar questionador a ele, afinal, ele estava abraçado a Tori, pensei que ainda estavam brigados. – Hum... Acho que Tori e eu devíamos esclarecer algumas coisas... – Ele sorriu segurando a mão dela. – Nós estamos juntos... Fui um idiota, pedi desculpas e...

– Quem em si consciência pensaria que pra separar vocês era só oferecer uma passagem á Nova York pra Tori... – Ironizou Jade. Tori deu língua pra ela e Zac sorriu, apesar de tudo.

– Bom... Continuando e sem interrupções.... Tori e eu vamos juntos á Nova York... – Anunciou. Caramba! Acredito que não sou só eu que estava surpreso, o resto também estava. – Talvez... Morar juntos, quem sabe... Han... Recebi o convite pra uma série de TV que vai ser filmada lá, Tori e eu vamos fazer faculdade por lá mesmo, ela gravará o CD, e é isso. – Todos os desejaram boa sorte, e claro que eu também. Menos Jade, a olhei sugerindo que ela fizesse o mesmo.

– Bom... Boa sorte, Smith. Fico feliz por você. – Disse a ele como se Tori não existisse. A mesma não ligou, sabia que Jade era assim mesmo. – E vocês? – Perguntou ao novo casal.

– Nós vamos á França na metade do ano que vem... Vou me especializar mais ainda em moda, vou esperar meu Dedé fazer um curso de francês por aqui mesmo e lá ele fará faculdade de Artes.... – Ashley sorriu pegando na mão de André. Dedé? Cara que apelido era esse?! – Dizem que a faculdade da França oferece um ótimo programa de Artes responsável por fazer viagens pelo mundo pela metade do preço, vai ser bom pra ele. Meu pai... Nosso pai... – Ela olhou pra Zac que tinha uma careta nada legal no rosto em relação aos planos dela com André. Ciúmes de irmão, isso é comum! – Nosso pai quer expandir o Teatro Smith pra Nova York, e depois que eu acabar a faculdade, talvez eu o ajude a assumir aqui, enquanto Zac pode assumir de lá. Ainda não sabemos... – Ashley apoiou sua cabeça no ombro do garoto ao seu lado e os dois sorriram, eram ótimos planos!

– É claro que antes de irmos, vamos ajudar a Tori e a Jade com as composições pra o CD delas... Eu ajudo a Tori e a Ashley ajuda a Jade. – Disse André.

– Não acha melhor ajudar a Jade e eu a Tori? Sei lá... Vocês se conhecem a mais tempo. – Sugeriu Ashley.

– Não! Não... – Droga! Meu subconsciente maligno dizia: “Você não vai deixar o André e a Jade fazerem musicas juntos, não é? Afinal, olha o que aconteceu quando tentaram da última vez, ele se apaixonou por sua namorada, pode acontecer de novo”. Eu sei! Talvez eu tivesse viajando, mas era isso que meu eu interior dizia. Eles não podiam ficar juntos de novo. – Hum... Acho melhor o André fazer as músicas com a Tori, afinal, eles se conhecem a mais tempo e já compuseram maior número de músicas juntos e a Jade tá começando agora, talvez... A Ashley que é compositora a mais tempo deveria ajudá-la... – Sugeri com um bom argumento. Eles concordaram. Ótimo! Acho que no final era mais ciúmes da Ashley por o André ficar perto de Tori, mas vai saber...

– E vocês? – Perguntou André a Robbie e Cat que estavam muito calados.

– Bom... – Cat começou olhando pra Robbie. Os dois ainda não haviam assumido o namoro, acredito que só era questão de tempo até... – Robbie e eu estamos namorando... – Não falei? Jade, Zac e eu já sabíamos, mas fizemos cara de surpresa mesmo assim.

– Não concordo! – Disse Zac.

– Porque? – Perguntou Tori. Acho que o ciúmes começava a transparecer.

– Por nada, é só que... É o Robbie né? Por favor. – Disse Zac. Jade riu. – Mas... Talvez dê certo. – Robbie sorriu em agradecimento e Cat também.

– Bom... Meu docinho e eu vamos fazer faculdade também. Quero fazer faculdade pra Medicina Veterinária e... – O que? O que o Robbie tem haver com esse curso?

– Calma gente! É que o Robbie ficou tocado com a história que contei á ele, sobre a tartaruga do meu irmão que não conseguia andar, pois só vivia ficando de barriga pra cima sem poder se mexer. O Robbie resolveu ajudar animais assim e tomou essa decisão... – Cat explicava calmamente, ela até parecia mais madura. Mas... Ah esquece, eles são complicados, podem fazer o que quiserem. – Além de que ele continuará atuando...

– E você Cat? O que vai fazer? – Perguntou Tori.

– Bom... Eu vou fazer faculdade pra pediatria... – Espera! Oi? – Porque semana passada eu vi um cachorro mordendo uma criança... – Espera! O que tem haver?

– Cat! E... – Tentou Jade.

– E depois a criança mordeu o cachorro... – Nossa! – O coitadinho saiu correndo com medo.

– Quem? A criança? – Perguntei.

– Não! O cachorro... – Respondeu Cat. Eu ainda tento buscar sentido nela, mas sempre falho. Argh!

– E só por isso você quer fazer pediatria? – Perguntou André.

– Não! Porque depois a criança ficou com dor de barriga porque tinha comido muito doce antes de morder o cachorro e não tinha ninguém pra ajudar... – Explicou Cat. Pra ela fazia todo sentido né? Então porque ela contou a história do cachorro? Ah Cat! O sinal felizmente tocou e saímos da mesa indo cada um pra sua sala. Menos Ashley que se despediu de André e se foi. Cursei minhas últimas aulas e fui pra casa. Acho que preciso ficar longe de Jade um pouco, se ela fazer alguma pergunta fora de hora é capaz de eu me enrolar todo e acabar falando o que realmente quero. Cheguei em casa, troquei de roupa e me joguei na cama, estava sem sono, queria arrumar um jeito de pedir a mão de Jade em casamento. Alguém bateu em minha porta, quem será á essa hora? Abri a mesma e dei de cara com Zac.

– Zac? O que tá fazendo aqui? – Perguntei surpreso, o mesmo entrou no RV.

– Qual é? Beck não seja hostil... Seu amigo não pode vir aqui te visitar? – Perguntou sarcasticamente como se eu não soubesse que ele queria algo de mim. – Tá! Hum... Vejamos... Como falo isso... Eu sei que você quer pedir a Jade em casamento. – O que? Não! Não! Não! Eu fui discreto, qual é? – Não surta! Calma! Calma! – Acho que ele notava a confusão que eu tava sentindo interiormente. – Estou aqui pra te ajudar... E você não foi nada discreto, comprou o anel numa rua depois da rua da Jade e ainda saiu de lá como se tivesse roubando algo, vi você no caminho da escola, então... Pensei na possibilidade de casamento, e ela tem tudo haver com você, então deduzi... Posso ver o anel? – Mostrei á ele. – É lindo! – Agradeci. – Bom vamos ao assunto... Já pensou em como fazer isso? – Perguntou se sentando no sofá.

– Ufs! Não! É complicado... Demais! É a Jade, ela é diferente de todas, tem que ter algo diferente nesse pedido. – Expliquei.

– Entendi... O que... O que você nunca fez pra Jade? Quer dizer, você já cantou em público, você já cantou pra ela, você já deu presentes e... – Tentou.

– Espera! O que? Eu nunca cantei em público... Só pra ela... Não acho que minha voz é a melhor de todas, por isso nunca me expus desse jeito. – Expliquei.

– Qual é? Sério? – Assenti. – Já temos o plano perfeito. Beck você vai cantar pra Jade... E eu já sei a música perfeita pra isso... Podemos até... Fazer uma junção das músicas, a minha e a sua, ficará perfeito... Antes disso, precisamos ensaiar, você vai se sair bem nesse pedido... Pega o violão... – Falou e assim o fiz, ensaiamos a noite toda... Foi legal! Ficaria perfeito. Dormi exausto, amanhã seria demais! Acordei um pouco sonolento, tomei banho, comi e saí do RV dando de cara com uma figura de expressão nada boa.

– Oi mãe! – Sorri tentando minimizar as coisas.

– Não adianta tentar me convencer Becket Oliver, seu pai me contou tudo... – Droga! – Digamos que só precisei pedir e fazer biquinho, mas isso não vem ao caso... – Andei até o meu carro com ela me seguindo. – Não quero ser do contra quando o bonzinho e irresponsável do seu pai aceita tudo de cabeça baixa. Vocês são tão novos querido, tem tanta coisa pela frente, pra que estragar tudo agora?

– Mãe! É a Jade, ela não vai estragar tudo. – Falei sorridente, nem as suas reclamações iam me tirar de meu objetivo agora.

– Ela está grávida, não está? – Quase me engasguei com minha própria saliva. O que? Como ela pode pensar isso?

– Mãe! Não é porque dois adolescentes vão casar que o motivo é pela garota está grávida, isso não está nos nosso planos agora... Quer dizer, nos dela, não seria uma má idéia ter filhos agora. – Falei sem pensar. Droga! Mas ter filhos quando se está jovem é bom, pois quando os filhos tiverem nossas idades, ainda vamos estar... Hum... Jovens, de certa forma.

– O que? Filhos? Por favor, Beck. Essa foi a pior idéia que você já teve... E olha que já foram c tantas e... – Naquele momento minha mãe se desesperava por motivos que nem eu conhecia. Ela não é assim, o que tem de errado com ela? A abracei ali mesmo. Caramba! Acho que aumentei de tamanho, já passei dela. Sorri com isso enquanto alisava seus cabelos castanhos.

– Mãe! Eu vou estar aqui, tá bem? Não é porque vou me casar que vou sair de perto da Senhora, okay? Apenas ter minha própria família... Sempre vou estar aqui quando precisar, tá bom? – Perguntei lhe olhando nos olhos. Eu sentia que o que aquela mulher tinha era medo, medo de que eu a deixasse. Ela assentiu me dando um beijo na bochecha.

– É melhor que faça um ótimo pedido, amor... Quero ver essa garota suspirando por sua causa, ouviu? – Eu ri enquanto ela dava as costas. Encostei-me no carro pensativo... Sempre quis saber qual seria a reação de Jade quando eu fizesse o pedido, será que ela diria “Não”, e depois diria “Sim”, apenas pra me contrariar? Será que ela fecharia a cara pra fingir que não sentiu nada? Ou será que ela aceitaria, mas ficaria na sua pra não demonstrar tantas emoções? Minha morena é uma caixa de surpresas, parece que á cada dia tenho que descobrir mais uma de suas novidades. Entrei no carro e dirigi até a HA, estava eufórico, nervoso, tenso... Tinha que ficar calmo... Respirei fundo e adentrei pela porta... Não estava afim de assistir aula hoje, tinha pensamentos demais na minha cabeça pra isso.

– Beck! Aqui suas notas... Só fica faltando a do Sikowitz, mas como ele demora um pouco pra dar, acredito que terá que ir pra aula pra saber. – Disse a professora de Artes Visuais me entregando o papel com minhas notas, o olhei e WOW! Eu passei! Em todas! Nossa!

– Tirou boas notas, Oliver? As minhas foram a maioria “A”. – Disse Jade chegando ao meu lado com um sorriso extremamente sedutor, ou vai ver ela estava normal e eu já estava imaginando coisas.

– Oi amor! Como está? – Perguntei lhe dando um selinho e sentido de leve seu perfume refrescante. Jade me interrogou com o olhar como se perguntasse se eu estava normal. Acho que fui mais simpático do que de costume. Sorri e peguei em sua mão. Fomos pra aula do Sikowitz. André me chamou pra conversarmos e Jade fez sinal pra que eu fosse, a deixei lá e cheguei perto de André. - E ai!

– Oi cara! Hey, escuta! Hum... A Ashley disse que você ficou com ciúmes de mim naquela hora na mesa, é verdade? Quer dizer, mulheres vêem coisas até demais e acredito que não foi isso, mas ela me mandou perguntar e... – Tentou.

– Foi verdade! – O cortei. André não sabia sobre a minha descoberta sobre sua música dedicada á Jade. Mas eu não poderia falar assim, afinal, ele ficaria envergonhado, nervoso, ou sei lá, e eu não ligo pra isso, eu acho. – É que... A Jade costuma ficar emocional quando compõe músicas e eu não queria que outro homem além de mim ficasse perto dela nesse momento. – Fui discreto. Desde quando aprendi a mentir tão bem assim? Deve ter sido influência da Jade, ou vai ver, sou bom e só não consigo enganá-la.

– Tudo bem cara, não é nada demais, foi só uma coisa que a Ash colocou na cabeça e...

– EI! OI! BELEZA! GALERA! – Tori chegou energeticamente na sala. O que houve? Fui falar, mas... – SHIII! – Impediu todos de cumprimentá-la. – Antes de alguém dizer qualquer coisa, eu não vi o final do America Voice ontem a noite... – André tentou falar algo. – QUIETO! – Gritou. Nossa! – Eu gravei, tá no meu vídeo, e eu vou assistir assim que chegar em casa esta noite... – Levantei-me pra ficar com Jade...

– Tá bom! – Tentei acalmá-la. Mas Tori praticamente gritou e colocou sua mão na frente do meu rosto.

– AAHHH! Eu assisti cada episódio desta temporada durante os últimos quatro meses, então, por favor, ninguém me diz quem ganhou ontem a noite, por favor! – Implorou Tori enquanto se sentava. Por mim tudo bem, eu assisti ontem só a última parte, foi legal, ver aquele cara cantar, ele mereceu, mas se ela não assistiu ainda, não vou comentar em sinal de respeito e...

– O Sebastian ganhou... – Disse Jade. Revirei os olhos, como ela pode? Esqueci que isso era a cara dela fazer isso.

– AHHH! EU NÃO ACREDITO! – Gritou Tori.

– Desculpa! De verdade, eu não consegui me controlar. – Pediu Jade.

– AHH cheguei! Como tá todo mundo hoje? – Perguntou Cat entrando na sala com uma roupa... Digamos... Estranha! – Alguém quer comentar minha roupa? É um Pajelehoocho... – Explicou fazendo uma pose estranha. André pediu pra ela repetir, afinal todos estávamos confusos, essa roupa não era normal! – Pajelehoocho... Eles são pijamas, são jeans, são legues, é um moletom, é um Poncho. É um Pajelehoocho! – Anunciou subindo ao palco e fazendo outra pose. Espera!

– Eu acho que eu vi um Pajelehoocho anunciado na TV. – Falei, realmente vi. Ontem a noite quando Zac estava lá, e parávamos de ensaiar, nós assistíamos um pouco de TV.

– É! Eu tenho o comercial aqui comigo. – Disse Robbie com seu notebook. Ele foi para o meio da sala e deu o play enquanto o rodeávamos pra ver isso. O comercial não era nada de extraordinário, só um cara que não se sentia bem e nem popular com sua própria roupa, então ele ganhava um desses e ficava rodeado de mulher que lhe elogiavam. Tudo mentira, mas Cat parecia animada e eu não iria tirar isso dela!

– E quando eu entrei no pajelehoocho.com, eles disseram que podiam ser com frete grátis se eu levasse... Uma quantidade. – Cat fez aspas com as mãos. Meu Deus!

– Cat! – Chamei sua atenção. Quanto ela tinha comprado?

– São 144... – Informou Robbie olhando no site. Não acredito nisso!

– Você comprou 144 Pajelehoocho’s? – Perguntou Tori pensando exatamente como nós.

– O frete é grátis! – Disse rindo. Fui me sentar, Jade riu, acho que até ela acreditava que Cat não podia ser mais boba á esse ponto, mas sabe... Ela sempre supera nossas expectativas.

– Você está bem? Quer dizer... Das crises respiratórias? Está dormindo nos horários que o médico receitou? Está menos nervosa, não é? Porque sabe... Nervosismo foi a causa da crise e... – Tentei não ficar preocupado.

– Beck. Estou bem. – Alertou se contorcendo na cadeira. Tinha alguma coisa de muito estranha com a Jade. O que ela estava sentindo? Será que ela estava mentindo pra que eu não ficasse preocupado? Se eu ficar fazendo milhões de perguntas, pode ser que ela piore. Ignorei o fato de Jade estar coçando o nariz, sinal de que ela estava mentindo, prestei atenção no Sikowitz que havia chegado sem falar com ninguém e começara a desenhar no quadro. Aquilo era um ônibus? Ele nos cumprimentou e começou a falar que tinha idéias para o nosso último projeto do semestre. E a sua idéia era... Fazer uma apresentação para os passageiros de um ônibus público? Isso não era muito legal! Olhei pra Jade que concordava.

– Você quer que a gente atue pra pessoas que andam de ônibus? – Perguntou Robbie tentando de alguma forma fazer com que isso parecesse melhor. Mesmo assim, não parecia estar dando certo. Rex ressaltou que era em LA, as pessoas não são tão carismáticas.

– Vocês vão ver que os passageiros vão nos agradecer. – Disse Sikowitz.

– É! Apunhalando a gente com tesouras enferrujadas. – Falou Jade. Da onde ela tira essas coisas? Mas de certa forma ela está certa!

– Essa cena não é daquele filme famoso? – Perguntou Cat. Não tenho certeza se é, mas se for então deve ser bizarro. Não lembro muito bem da franquia que a Jade gosta, na maioria dor filmes eu durmo enquanto ela assiste tudo de olhos bem abertos.

– Eu não quero me apresentar num ônibus... Esse não é o André. – Disse André apontando para si mesmo.

– Então... Ninguém quer fazer teatro ao vivo num ônibus? – Perguntou nosso professor e assentimos. – AH! Então que tal isso... A gente faz um musical... Embaixo d’água? – Perguntou animado. Argh!

– Eu não quero fazer uma peça debaixo d’água, a minha pele vai enrugar. – Pronunciou-se Tori.

– Ninguém quer fazer uma peça embaixo d’água... – Disse Jade e André também mencionou o ônibus. Sikowitz sugeriu que deitássemos no chão e cheirássemos o carpete. Essa eu não entendi! Depois ele ficou falando, mas não dava pra escutar. Tori perguntou o que ele havia falado. Também não entendi!

– Eu acho que ele disse: “A mãe do Robbie passa spray inseticida na cueca dele”. – Disse Rex. Falando em Rex, só agora notei que ele tinha sumido por uns tempos.

– Minha mãe... Minha mãe... Ela, ela só se preocupa comigo. – Tentou Robbie. Ri disso. Minha mãe também se preocupa comigo, mas não dessa forma. Imagina só. Eca! Cat disse que achava que o Sikowitz estava triste. Mas por qual motivo? Sikowitz pronunciou-se dizendo que não estava triste, apenas desapontado conosco. Jade perguntou o motivo, eu também queria saber. Droga!

– Porque vocês são um bando de menininhas vingativas... Bebês chorões, coitadinhos deprês... Argh! – Reclamou.

– Ah! Eu conheço um velho que se chama Dubrê, sua mulher fala coisas do tipo: “Ei Dubrê, você quer comer umas panquecas em um foguete?” – Disse Cat. Ai Deus! Eu gostaria de saber onde a Cat conhece tanta gente maluca, só pra que eu possa manter distância do lugar.

– Ninguém nunca sabe do que você está falando. – Disse Sikowitz encostando sua testa á de Cat.

– Hihihihi! Você tem bafo de homem... – Disse rindo. Meu Deus!

– Do que você tá reclamando? – Insistiu Jade.

– Vou dizer do que estou reclamando... Quando vocês crianças começaram essa matéria, vocês eram todos espertos com as visões abertas, loucos pra aprenderem como serem artistas, agora... Vocês não querem fazer nada. Acho que é melhor eu desistir... Eu deveria sair por aquela porta... E nunca mais voltar... – Alertou sendo dramático. Ele nos ensinou muito bem pra identificarmos que isso era pura atuação, pelo menos a parte do drama. – Seu professor favorito... Saindo para sempre. – Disse abrindo a porta e fingindo ir.

– Tá bom! Tá bom! Não desista, só... O que você quer que a gente faça? – Perguntou Tori o fazendo voltar ao palco.

– Que tenham a mente mais aberta, vocês todos ficaram tão bons, em dizer “Não”, que os desafio a passar o resto do dia, dizendo “Sim”. – Sugeriu Sikowitz. Cat perguntou se era pra qualquer coisa e ele assentiu.

– Eu to dentro... Jade você me dá um beijo na boca? HAHA! – Perguntou Rex malicioso. Aquilo não daria certo! Se ele pedisse, mas alguém ia pedir, e eu não quero minha namorada beijando qualquer um.

– Não! Não! Não! Vocês não precisam dizer “Sim” pra beijar, qualquer coisa perigosa, ou... Ilegal... – Alertou Sikowitz. O que ele acha que nós fazemos? Nos drogamos? Só foi uma vez com o lance da Vidrana, mas nem sabíamos e é melhor que ninguém saiba. – Mas pra tudo mais... Só digam “Sim”. – Continuou. E se fez o silêncio. E lá se vem mais um de seus desafios, sempre nos ferrávamos com isso, mas o ano está chegando ao fim e seria legal fechá-lo com uma coisa como essa. Além de que não seria tão difícil fazer isso. – Topam? – Perguntou e aceitamos.

– EI! Eu tenho 143 Pajelehoocho’s sobrando... – Começou Cat. Jade levantou da cadeira, peguei minha bolsa e corri atrás dela, assim como o resto da sala. Ninguém queria ter que usar isso! Acho que o único que não escapou foi o Robbie.

– O que você vai fazer? – Perguntei á Jade já fora da sala.

– Ficar por ai, longe de gente que me peça alguma coisa idiota. – Disse me dando um beijo na bochecha e saindo. Um beijo na bochecha? Affs! O que eu fiz pra merecer apenas isso? Bem que eu podia pedir pra ela ter me dado mais. Espera! Eu posso pedir coisa melhor! O que Jade nunca fez comigo que eu queria que ela me acompanhasse? Ah já sei! As arrancadas... Ela já foi comigo, mas... Saímos logo no inicio, devido ao acidente, então ela não curtiu nada... Sei que ela não iria gostar, mas eu adoraria, e o que melhor do que fazer uma coisa pra seu namorado em vez de coisas para desconhecidos? Sorri com a idéia e caminhei pelos corredores. Trina apareceu na minha frente.

– Ei Beck! Advinha quem vai estar no Divertíssimo? Eu! Sim, um programa de TV de atuação de alto nível... Quem sabe depois disso, você não possa ser meu namorado... – Falou enquanto mostrava o roteiro, depois ela apenas saiu. Ainda bem que ela estava ocupada e não me pediu nada, não seria um bom dia pra isso, já que eu teria que dizer sim. Eca! Estremeci com a idéia. Argh! E... Divertíssimo? Que programa era esse? Nunca ouvi falar! E porque alguém se gabaria por isso? Argh! Trina! Avistei Tori perto da máquina de refri.

– Han... Tori... Tem mais algum problema com sua irmã? – Perguntei referindo-me ao fato de ela estar se gabando por nada.

– O que? Ela também ficou se gabando pra você? – Perguntou enquanto abria um refrigerante.

– Você quer dizer... Divertíssimo? Sim... Ela mencionou isso... – Falei revirando os olhos.

– E o que vai fazer essa noite? – Perguntou Tori chegando ao ponto que eu queria.

– Eu... Vou zoar com a minha namorada... – Comecei. Tori ficou confusa. – É! Mais ou menos... Você sabe que ela tem que dizer “Sim” pra tudo, não é? – Perguntei tentando chegar ao assunto. Tori fez um cara não muito boa.

– Han... Eu não sei se quero ouvir isso... – Disse se afastando. Qual é? Porque todo mundo pensa logo em safadeza? É! Tá! Admito que essa foi a primeira idéia, mas... Qual é?

– Não! Não! Escuta! Você sabe como eu adoro corrida de carro, não é? – Perguntei referindo-me as arrancadas que eram ótimas. Tori negou. – Bom... Eu gosto e a Jade nunca quer ir ver uma corrida comigo, ela diz que é estúpido.

– Ah! Eu concordo com a Jade. – Disse levantando as mãos. Qual é? É legal!

– Não importa! Tem uma grande corrida essa noite e a Jade vai comigo. – Falei determinado.

– Ah! Por causa do Sikowitz... – Começou a entender.

– É! Ela tem que dizer “Sim”. – Continuei seu pensamento. Tori concordou me chamando de esperto. É! Eu sei!

– Oiii Tori! Lembra quando você me pediu pra ir a sua casa hoje pra te ajudar a fazer pizza? – Perguntou Jade chegando perto de nós. Que papo estranho era esse? Tori negou. – Você me pediu pra ir lá, não se lembra? Eu quero que você se lembre disso, dá pra por favor, se lembrar! – Jade engrossou sua voz de maneira autoritária. O que tem de errado com ela? Espera! E a arrancada?

– SIM! Eu lembro disso. – Disse Tori não me convencendo.

– Ótimo! Vou estar na sua casa ás sete. – Falou Jade indo sair dali. Não! Não!

– Pera aí, eu ia dizer... – Tentei.

– Eu já tenho planos! – Não escutou e apenas foi embora. Droga!

– Agora eu preciso ir pra corrida sozinho. – Me amaldiçoei por dentro. Droga! Me virei, pra seguir meu caminho, mas dei de cara com o Sinjin.

– Corrida de carro? – Perguntou de maneira até um pouco assustadora. Encarei Tori, ela me deu um sorriso de “Era pra você ter ficado calado!”, e eu sabia que era pra ter feito isso mesmo! Assenti. – Isto acabou de mudar meu sinal pra verde. – O que? – Quantos ingressos tem?

– Dois! Mas... – Tentei, eu não queria ir com ele. Com ele não!

– Eu posso ir com você? – Perguntou chegando ao meu ponto fraco. Desafio idiota do Sikowitz.

– Claro! Nós vamos a corrida juntos. – Assenti conforme o desafio.

– É isso ai! Cavalheiros liguem seus motores... – Disse Sinjin animado, depois ele saiu dali dando estrelinhas e gritando “IUP” pelo corredor. Meu Deus! O que eu fiz pra merecer? Eu só queria uma noite com a minha gata fazendo algo que eu gostasse. Mas ai... Agora sou obrigado a sair com o Sinjin. Argh! Robbie e Cat chegaram perto da gente, vestidos com aquele troço que eu esqueci o nome.

– Olha se não é o casal unido do Pajelehoocho. – Disse Tori cumprimentando eles.

– Olá! – Robbie parecia desanimado.

– Vamos Robbie. Vamos ver se conseguimos vender mais desses pra galera. – Disse Cat pegando em sua mão e o puxando dali. Nossa!

– Tenho que ir pra minha última aula, boa sorte com sua corrida. – Falou Tori saindo dali com seus livros. Droga! Fui para as minhas aulas e depois segui para casa. Liguei pra Jade.

– Oi! O que você quer? – Perguntou assim que atendeu.

– Sei lá! Você tá meio estranha comigo, mal me deu um beijo, fugiu de mim hoje indo pra casa da Tori. Da Tori. Você reclama dela o tempo todo, porque vai pra lá hoje? – Perguntei estranhando.

– Porque por incrível que pareça a casa da Tori é melhor do que ir pra arrancadas estúpidas. – Falou desligando o telefone. Ah droga! Mandei uma mensagem.

“Eu sabia que você tinha escutado. Arrancadas não são estúpidas!”

Me arrumei pra sair com meu “amigo” e postei no The Slap:

“Indo pra uma corrida com um “cara”, preferia ir com uma certa garota, mas vamos nessa!”

Humor: Entediado.

Imediatamente algumas garotas se ofereceram pra ir comigo. Algumas até disseram que daqui a pouco chegariam aqui em casa. Pra não dar problema, exclui a postagem e entrei logo no carro pra passar na casa do Sinjin. Isso daria problemas com a Jade! Affs! Fui até a casa do Sinjin e buzinei, ouvi sua mãe gritar: “Sinjin seu amigo chegou, não esqueça de levar sua castanha da sorte e seu equipamento de vôo. Ninguém sabe quando irá precisar”. Ninguém sabe mesmo... Equipamento de vôo? Sinjin entrou no carro e dirigi até lá. Ele estava com um pára-quedas em volta dele? Que estranho!

– Han... Cara... Acho melhor deixar isso ai. – Alertei quanto ao pára-quedas.

– Pois é! Minha família gosta de fazer vôos com o meu tio na Califórnia e minha mãe sempre manda eu levar um desses. Não sei pra quê, não preciso dessas coisas... – Disse largando o pára-quedas lá e saindo do carro assim que chegamos. – Ah espera! Esqueci minha castanha da sorte. – Disse voltando ao carro e pegando uma castanha de caju, ele a beijou e colocou dentro do bolso. Tá! E ele ainda acha que a mãe dele que leva coisas desnecessárias. Meu Deus que garoto estranho! Dei meus ingressos ao funcionário, compramos pipoca e nos sentamos. Logo começou a arrancada. Caramba! Os carros estão inspirados hoje, seria uma ótima noite pra ficar com a Jade. Quieto Beck, você veio com o Sinjin, se concentre! Apesar disso atrapalhar no seu pedido de casamento. O anel ainda está no meu bolso. Droga! Terei que deixar pra amanhã. - Então... Eu acho que dá pra dizer que minha paixão por velocidade começou no meu aniversário de 12 anos. – Começou Sinjin, eu prestava atenção na rapidez dos carros na pista. – Olha como correm.

– Devem estar perto dos duzentos... – Dei um palpite.

– Cento e noventa e oito... Bom chute amigão... – Disse Sinjin com firmeza, pois estava com um medidor de velocidade á longa distância em suas mãos. Ele não parecia ser tão ruim! Comi um pouco mais de pipoca. – Continuando... Aos doze anos, meu tio me ajudou a construir meu carro de corrida... – Prestei mais atenção no que ele dizia.

– É sério? Também construí um quando tinha doze anos. – O informei. Parei de falar quando o piloto que eu estava torcendo passou e nós gritamos com a velocidade do carro. Caramba! Seria o máximo se eu pudesse pilotar algum dia. – Tá acontecendo alguma coisa nos boxes, eu queria ver o que é... – Tentei enxergar, mas estava muito longe. Sinjin me deu seu binóculos. – Você trouxe binóculos? – Perguntei estranhando. Nunca pensei nisso!

– Eu nunca vou á uma corrida sem eles. – Disse enquanto eu observava pelos mesmos. A equipe estava fazendo a troca de pneus. – Cara! Esse é muito bom!

– Eles são bons pra ver os carros virados e as gatas também... – Ri disso, até que ele parecia mais normal. Quem diria que o Sinjin ficaria de olho em garotas durante uma corrida... Isso era típico de mim quando não namorava á Jade.

– Sabe de uma coisa? – Perguntei e ele me incentivou a continuar. – Eu não tava muito afim de sair com você hoje, mas... Você é bem divertido... – O elogiei.

– To agradecido. – Disse e fizemos um cumprimento de amigos. Postei no The Slap:

“Meu punho tocou no punho do Sinjin... Noite estranha!”

Humor: Sacudido.

A corrida finalmente terminou, o piloto que torcíamos não ganhou, mas na premiação o vencedor pegou o microfone chamando a atenção da platéia.

– Gente! Gente! Por favor, permaneçam em seus lugares. Peço a atenção de todos. Eu tinha prometido a mim mesmo que se vencesse essa corrida faria uma coisa que estava esperando pra fazer há muito tempo, mas que só agora percebi que arrumaria coragem para isto... Eu queria aqui e agora pedir uma coisa a minha namorada... Jane... Você me daria a honra de ser minha esposa? – Aquilo me chamou atenção. O cara tinha sido corajoso em fazer aquilo na frente de todos. Escolheu o momento perfeito, mas sei lá... Ele deveria ter falado mais... Eu teria falado. A tal Jane subiu ao pequeno pódio e começou a falar com o tal piloto.

– Não entendo o que estão dizendo. – Falei olhando pelo binóculos, mesmo assim estava difícil entender algo.

– Me dá aqui, eu fiz curso de leitura labial por dois meses... – Disse Sinjin. Existe curso pra isso? Ele pegou o binóculos e começou a falar tudo que a mulher dizia para o cara. – Querido! Esse não é o momento de fazermos isso. Ainda é cedo demais... – Agora foi a vez dele interpretar o que eu cara falava. – Qual é? Já foram cinco anos, o que mais precisa mulher? – O piloto parecia desesperado. Sinjin voltou a se concentrar apenas na mulher. – Não me pressione. Que droga! A verdade é que eu estava esperando a corrida terminar pra dizer que eu ia te deixar amanhã, eu resolvi morar com o seu tatuador na Carolina do Norte. Desculpe. – A garota saiu da plataforma e todos permaneceram em silêncio, mesmo que ela não tenha dito aquilo pelo microfone, mas o pedido dele foi interpretado como um “Não”. Caramba! O cara tinha esperado o momento certo, tinha planejado tudo, quando na verdade só podia ter falado no calor do momento. Tá certo que a garota era bem ingrata, mas custava ele ter feito o pedido antes. O que eu to falando? Eu sou o cara que tá planejando tudo... E agora to adiando as coisas por achar que talvez não saía perfeito, não ter que ser perfeito, quer dizer, tem que ser perfeito pra mim... E pra que seja perfeito pra mim só precisa estar Jade e eu e o lindo anel que comprei. Não preciso adiar as coisas pra planejar mais, preciso fazer as coisas no calor do momento. E se o Sikowitz não tivesse dado esse desafio, talvez eu não viesse pra cá com o Sinjin pra descobrir que valeria a pena conhecer alguém legal e tomar a decisão mais importante da minha vida. Obrigado Sikowitz! – Beck! Vamos?

– Que tal irmos pra a escola, Sinjin? – Perguntei e ele assentiu. Fomos para o carro e liguei pra Jade. – Onde você está?

– Estúdio Hollywood Bronson. Vem me pegar agora! – Pediu ou ordenou, não soube distinguir. Ela apenas desligou o telefone depois disso. A obedeci e fui buscá-la. Tori e Trina vieram com ela. Trina se queixava que as duas tinha roubado seu papel principal, eu não fazia idéia de quê. Tori dizia que tinha pagado o maior mico de sua vida. – Porque essa coisa está aqui? – Perguntou Jade referindo-se a Sinjin.

– Porque Beck e eu fomos pra arrancada juntos. – Disse se enroscando em seu pára-quedas novamente. Qual o motivo disso em?

– Eu ainda não entendi porque estão nessa fantasia. – Falei enquanto olhava as três vestidas e queijo, felizmente a saia de Jade era bem curta. Concentre-se Beck!

– Porque passei o dia com a Vega, pedimos pizza até a sua irmã irritante chegar e ficar se gabando por um show idiota, depois tive que espremer uma espinha vulcânica nas costas da Trina e agora acabei de gravar um programa de TV de péssimo nível, tudo isso por causa do desafio idiota do Sikowitz. – Reclamou irritada. Trina iria reclamar, mas Tori a calou como se já soubesse.

– Pois o meu dia foi bem legal... – Falei e Jade me olhou com uma cara de “Jura?” ao mesmo tempo que olhava para o Sinjin entretido com sua castanha da sorte. – Claro! Han... Precisamos fazer uma parada na escola, tenho uma coisa pra você. – Falei e ela arregalou os olhos.

– Tudo bem, mas rápido, não quero que ninguém me veja com essa fantasia idiota. – Reclamou novamente. Suspirei risonho. Acho que na hora ela nem ligaria pra roupa. Chegamos finalmente á HA. Era legal estar aqui quando estava de noite. Trina e Tori foram para algum outro lugar do estacionamento e Jade e eu ficamos sozinhos.

– Tenho que ligar pra alguém, você não se importa de esperar, não é? – Perguntei já sabendo que ela iria reclamar por ter que esperar. Jade fechou a cara e mandei uma mensagem pra o Zac, pedindo pra que ele viesse com o violão. Coloquei minha mão no bolso da calça, pra me certificar de que o anel estava ali. Ótimo! Avistamos uma Ashley furiosa passando por nós quase arrastando o André.

– Você já viu as horas? Você tava na escola até essa hora com uma garota e ainda quer que eu fique calma? – Ashley perguntava ao garoto, ela estava pra lá de vermelha. Jade e eu nos olhamos apreensivos, ela parecia tanto com o Zac agora.

– Ash, eu fui obrigado. Já disse que o Sikowitz me obrigou a dizer “Sim” pra tudo. – André tentava acalmá-la. – Além de que a garota era um nojo, ficou a tarde toda cantando músicas sertanejas e pedindo pra que eu cheirasse seu pé que tinha um odor bem estranho, eu até tive que tomar suco de tomate. Você tem noção do quanto aquilo é ruim? – Perguntou desesperado. Eca! Pé e suco de tomate, isso não parecia a melhor combinação pra uma noite na escola.

– Você tá inventando tudo isso, afinal de contas, cadê a tal garota? – Perguntou a loira cruzando os braços e batendo o pé contra o chão. Ih! Conheço essa pose, ele estava ferrado!

– Está ali! Está ali! – André apontou pra uma garota de cabelo preso, de calça verde-limão com um copo de uma bebida estranha e vermelha que deduzi como o tal suco de tomate, e ela bebia enquanto fazia um dança estranha juntamente com seu violão. Caramba! Que nojo!

– Ah me desculpe Dedé, me desculpe mesmo. – Ashley começou a encher André de beijinhos, ri daquilo. Tossimos um pouco pra anunciarmos que estávamos ali. – Ah! Oi pessoal. – Ashley nos cumprimentou e André também, depois os dois foram dar um amasso em algum lugar. Eu acho!

– O que está esperando, Oliver? – Jade perguntou enquanto olhava para os cantos impaciente. – Eu queria me trocar, mas... Minhas roupas ficaram no estúdio depois que o produtor nos expulsou por eu ter batido naquele rato idiota. – Ri do seu mal humor. Zac finalmente chegou com seu violão, ótimo! Fui conversar com ele a um pouco mais de distância, já que Jade atendia seu telefone que tocava.

– E ai, tudo pronto? – Perguntei nervoso.

– Claro! Só preciso pedir ajuda as garotas e ao André, precisamos deixar isso aqui bem legal. Não se preocupe, não vou deixar a Trina cantar, vai dar tudo certo. – Falou indo falar com as meninas mais a frente, voltei a atenção á Jade.

– Espera Cat! Deixa eu colocar no viva-voz, você tá falando muito baixo. O que você disse que fez? – Perguntou Jade ao telefone.

– Jade... Eu... Fiz aquilo... SHIII! Não conta a ninguém... – Disse Cat. O que?

– Cat você... Você fez aquilo... Como assim? – Jade parecia mais surpresa do que eu.

– Uns caras assaltaram o Robbie e eu e levaram nossas roupas, então ele sugeriu que ficássemos abraçados, então falei que nunca, mas quando estávamos descendo a ladeira na lata de lixo na rua principal, eu meio que senti... Uma parte do corpo do Robbie encostando em mim, por favor, não conta á ninguém... – Pediu Cat. Arregalei os olhos.

– Vocês desceram a ladeira numa lata de lixo e o Robbie... Ficou excitado? – Perguntou Jade fitando as garotas pra certificar de que elas não escutariam.

– Não sei se foi alguma parte de seu corpo que encostou em mim ou se foi o bumbum de algum rato... – Eca!

– Argh! Você quis dizer o rabo de um rato, Cat. – Corrigiu Jade.

– Não, eu quis dizer bumbum mesmo, porque antes de entrarmos na lata de lixo vimos um rato sem rabo, ele era deficiente. Coitado! É por isso que quero ser veterinária, vou ajudar todos os ratos sem rabo das ruas. HAHA! –Disse Cat viajando.

– Cat! Se você for veterinária vai ajudar coisas melhores do que ratos... Espera! Como chegamos á esse assunto? Me fala direito sobre sua primeira vez. – Jade ordenou confusa.

– HAHAHA! Me lembrei da primeira vez que pulei em uma piscina sem a bóia... Foi tão divertido, porque usei minha tia Susan que parecia com uma... – Continuou Cat.

– CAT! Sua primeira vez, fala logo. – Insistiu Jade.

– Ah tá legal! HAHA! Quando chegamos a minha casa, minha avó não estava, porque foi visitar meu irmão no lugar pra gente especial. Então Robbie disse que ficou desapontado por eu ter dito que nunca ficaria abraçado com ele dessa forma. Então falei que era porque estávamos quase nus numa rua, não era uma boa idéia. E quando ele perguntou de novo, eu aceitei. E depois que nos abraçamos, começamos a... – Tentou Cat, mas Jade a impediu. Afinal, ninguém precisa de tantos detalhes dessa forma.

– Então... Você planejou tanto sua primeira vez pra acabar a tendo com o Robbie... Com o Robbie, depois de passear numa lata de lixo só com as roupas de baixo? – Perguntou Jade focando no nome “Robbie”. Ela e sua mania de rebaixá-lo. De certa forma, estava orgulhoso dele, orgulhoso e chocado, eu sempre pensei que a Cat nasceu pra ser uma espécie de freira que namora, se é que existe alguma, afinal, a garota é inocente demais!

– Sim, você acha que fiz mal? – Perguntou totalmente perdida.

– Não! Quer dizer... Foi a melhor noite da sua vida? – Perguntou Jade sendo uma boa amiga, eu já tinha percebido que ela é uma ótima amiga quando não tem ninguém a observando.

– Sim... Quer dizer... Não, a melhor noite da minha vida foi quando conheci os Bibles. – Ai Cat!

– Cat! Você comeu Bibles pela primeira vez numa tarde no escritório do Mason, não foi numa noite. – Alertou Jade.

– Ah! Então sim, essa foi a melhor noite da minha vida. Obrigada Jade, você é uma ótima amiga e... – Jade desligou o celular na cara dela. Tudo bem! Ela já tinha demonstrado interesse pelo bem-estar da Cat, acho que foi o suficiente. Jade virou-se e deu de cara comigo.

– Você estava ai? O tempo todo? – Perguntou de olhos arregalados.

– Sim! – Assenti sorrindo com seu leve constrangimento. Percebi que o que a Cat tinha feito foi por puro prazer e emoção e isso me fez ter mais vontade de fazer isso dar certo. O que adiantaria planejamento? Se nem a idéia de nos apaixonarmos foi planejada, então... Que seja feito tudo dessa forma.

– Beck! Tudo pronto. – Disse Zac. Olhei para o palco. Ashley e Tori tinha microfones nas mãos. André estava posicionado em seu teclado e Zac estava com o violão. Ah! E a Trina estava amarrada em uma das mesas do Café Asphalt com a boca presa com fita. WOW! O Zac é um gênio. Esfreguei minhas mãos, limpei a garganta, suspirei e encarei a mulher em minha frente. Aquela linda e magnífica mulher.

– Bom... Isso é pra você como prova de meu amor e não tem jeito melhor de fazer isso sem ser cantando, e como nunca cantei em público... Acho que essa é a melhor ocasião... – Apontei para o palco revelando o meu publico, as três pessoas que estavam em cima dele, contando com a Trina são quatro pessoas, sendo uma, irritante e de boca fechada. – Foi nesta escola que nos conhecemos e acho que esse é o melhor jeito de começarmos outra coisa... Além do que já temos... – Falei dando sinal pra Zac.

– Cinco, quatro, três, dois... – Falou começando a tocar. Senti a música em meu coração e peguei o microfone.

– Time, is going by, so much faster than I

And I'm starting to regret not spending

all of it with you

Now I'm, wondering why

I've kept this bottled inside

So I'm starting to regret not telling

all of it to you

So if I haven't yet, I've gotta let you know

Never gonna be alone!

From this moment on

If you ever feel like letting go

I won't let you fall

Never gonna be alone!

I'll hold you 'til the hurt is gone

And now, as long as I can

I'm holding on with both hands

Cuz forever I believe that there's

Nothing I could need but you

So if I haven't yet, I've gotta let you know

You never gonna be alone!

From this moment on

If you ever feel like letting go

I won't let you fall

When all hope is gone

I know that you can carry on

We're gonna see the world out

I'll hold you 'til the hurt is gone… - Diminui um pouco o ritmo, afinal, era uma junção de músicas e ainda tinha que encaixar a outra de maneira perfeita... Jade me olhava normalmente, mas com uma cara que ela consideraria boba. Aquilo tudo deveria ser normal pra ela. Eu cantando pra ela mais uma vez, mas as coisas mudariam... – OOH! – Dei o grito mais leve, batendo os pés contra o chão. Zac mudou o ritmo da música pra uma coisa mais agitada... Não tanto, mas um pouco... O toque da música “Marry you” começou a ecoar do teclado de André, sendo seguidos pela voz de Tori e Ash que faziam uma espécie de coro de fundo improvisado e sendo ressaltado pelo violão de Zac.

– It´s a beautiful night

We´re looking for something dumb to do

Hey baby,

He thinks he wants to marry you… - Zac iniciou a letra trocando o “I” da música por “He” referindo-se a mim. Jade arregalou os olhos.

– Is it the look in your eyes,

Or is it this dancing juice?

Who cares baby?

He thinks he wants to marry you… - Foi a vez de Tori improvisar ao lado do namorado.

– Well I know this little chapel

On the boulevard

We can go

No one will know

Oh come on girl

Who cares if we're trashed

Got a pocket full of cash

We can blow

Shots of patron

And it's on, girl... – Cantei rodeando as mesas do Café Asphalt com os olhos de Jade me seguindo...

– Don´t say no no no no no

Just say yeah yeah yeah yeah yeah

And we´ll go go go go go

If you are ready, as he is ready… - Continuou Ashley apontando pra Jade e eu. Diminui o ritmo da música e dei o sinal pra que André fizesse o mesmo. E ele o fez... Sentei-me no chão, de frente a Jade que tinha uma expressão indecifrável no rosto.

– Just say I do

Tell me right now baby

Tell me right now baby, baby

Just say I do

Tell me right now baby

Tell me right now baby, baby

Oh!

It´s a beautiful night

We´re looking for something dumb to do

Hey baby,

I think I wanna marry you

Is it the look in your eyes,

Or is it this dancing juice?

Who cares baby?

I think I wanna marry you… - Cantei a última parte já ofegante. Passei a mão por meus cabelos e me ajoelhei diante dela, o silêncio preencheu o lugar e sorri. Jade estava em completo estado de confusão, por dentro e por fora.

>

Beck: O tempo está passando, muito mais rápido do que eu

E eu estou começando a me arrepender de não gastar

tudo isso com você

Agora estou, querendo saber por que

eu tenho mantido isso engarrafado aqui dentro

Então, eu estou começando a me arrepender de não dizer

tudo isto para você

Então se eu não o fiz ainda, quero que você saiba

Você nunca vai estar sozinha

Deste momento em diante

Se você sentir que está desistindo

Não vou deixar você cair

Você nunca vai estar sozinha

Vou te segurar até a dor passar

E agora, enquanto posso

Tenho aguentado firme com ambas as mãos

Porque sempre acredito que não há

Nada que eu precise além de você

Então se eu não o fiz ainda, quero que você saiba

Você nunca vai estar sozinha

Deste momento em diante

Se você se sentir que está partindo

Não vou deixar você cair

Quando toda a esperança estiver desaparecido

Eu sei que você poderá continuar

Vamos ver o mundo

Vou te segurar até a dor passar

OOh!

Zac: É uma bela noite

Estamos à procura de algo idiota para fazer

Hey baby,

Ele acha que quer casar com você ...

Tori: É o seu olhar?

Ou é essa bebida?

Quem se importa, querida?

Ele acha que quer casar com você ...

Beck: Bom, eu conheço esta capelinha

Na avenida

Nós podemos ir

Ninguém vai saber

Oh, vamos lá garota!

Quem liga se nós estamos bêbados?

Eu tenho um bolso cheio de grana,

Podemos gastar.

Doses de Patron

E tá valendo, garota

Ashley: Não diga não, não, não, não, não

Basta dizer sim, sim, sim, sim, sim

E vamos, vamos, vamos, vamos, vamos,

Se você estiver pronta, como ele está pronto ...

Beck: Basta dizer "Eu Aceito"

Me diga agora, baby

Me diga agora baby, baby

Basta dizer "Eu Aceito"

Me diga agora, baby

Me diga agora baby, baby

Oh

É uma bela noite

Estamos à procura de besteira para fazer

Ei,querida

Eu acho que quero me casar com você

É o seu olhar?

Ou é essa bebida?

Quem se importa baby?

Eu acho que quero me casar com você

>

– Como a música disse no começo, eu não vou te deixar sozinha... – Falei retirando a caixinha preta de meu bolso. – Eu vou estar sempre aqui pra te apoiar em tudo, passaremos pelas maiores dificuldades juntos... E como a segunda música diz, eu quero fazer isso de todas as formas, quero me casar com você não importa se for numa capela, numa igreja, quero só aproveitar o calor do momento, não preciso estar sério o tempo todo pra tomar minhas decisões e essa é a melhor que tomei em minha vida. Quero poder partilhar todos os meus sentimentos com você á cada dia, quero olhar pra você a cada dia e dizer que te amo porque você merece... – Enxuguei meu rosto. Droga lágrimas, agora não! – Quero poder passar todos os dias com você como minha esposa... Não importa os obstáculos, sempre estaremos unidos, porque você Jade, é a pessoa mais importante pra mim... Senhorita West... Deseja virar Senhorita Oliver... Ou melhor dizendo... Você me daria a honra de... – Não pude terminar a frase. Jade me puxou pelo pescoço e colou nosso lábios de um modo tão excitante, exuberantemente frenético que fiquei com falta de ar. Não sei se pela apresentação, não sei se pelo beijo desenfreado ou se o motivo era meu coração que parecia quase falhar de emoção. Ela tinha aceitado? Tinha mesmo? Jade desuniu nossas bocas e me olhou de cima a baixo. – Isso foi um “Sim”? Pessoas normais responderiam, mas não somos normais... Quer dizer, você aceita? – Perguntei energético.

– Pensei que tinha sido clara. – Falou rindo, um sorriso tão lindo quanto as estrelas que brilhavam naquela noite. – Agora passa esse anel pra cá. – Falou rindo, o coloquei em seu dedo e sorrimos animados.

– O comprei pra combinar com seus olhos, seus lindos olhos azuis... – Falei referindo-me ao anel, ela concordou. - Nunca pensei que seria assim, quer dizer, eu planejei tanto isso... Não iria ser hoje, foi tudo de ultima hora e... Sabe, eu também nunca imaginei minha futura noiva sendo pedida em casamento vestida de queijo. – Ri daquilo.

– Foi tudo perfeito, quer dizer... – Jade olhou para meus amigos que fitavam a cena com curiosidade. – Quer dizer... Foi legalzinho, Oliver. Quem sabe na próxima, você se esforce mais... – Disse rindo e fazendo todos rirem também.

– Bom... Nós já vamos... Felicidades pra os dois... – Disse Ashley indo embora com o André. A agradeci.

– É! Parece que vamos ver alguém vestida de branco no altar. – Zoou Zac chegando perto de nós e dando um beijo na bochecha de Jade.

– Nunca irei me casar de branco, Smith! – Ela protestou. Tori riu e os dois se foram.

– Vamos Trina, te levo pra casa. – Falou Sinjin. Nem notei que ele ainda estava ali. Ele levantou Trina da cadeira e a conduziu para fora do estacionamento, ela ainda estava meio presa. Mas ainda pude ouvir ela gritando algo como: “Não toca em mim!”

– Então... Parece que as coisas estão certas pra nós... – Falei risonho, não podia e nem conseguia encontrar motivos pra ficar triste agora.

– Han... Beck... Precisamos falar de algo... – Jade se sentou na mesa novamente, me sentei ao seu lado, ela fitava a escuridão da rua como uma maneira de fugir de tudo.

– O que aconteceu? – Perguntei aflito.

– Eu... Eu tenho que te contar uma coisa... Algo que eu já suspeitava... Por isso... Comecei a usar roupas mais justas e acho que até a ficar um pouco sensível... – Começou.

– Tem alguma coisa haver com as crises respiratórias? Porque se for, eu tinha que ser o primeiro a saber e... – Tentei.

– Não! Não tem nada haver, quer dizer. Até tem, mas... Não é nada com isso... Estava controlando os enjôos, tentando me manter firme, mas algo me incomodava... – Meu Deus!

– Jade... O que você tem? Me fala... – Comecei a ficar preocupado.

– Não sei por quanto tempo eu ia ter que aguentar esconder isso, Beck. – Ela me fitou séria. Seus olhos perdidos de encontro ao meu. – Lembra quando eu te disse que estava naqueles dias? – Perguntou e assenti atônito. – Eu tinha mentindo, na verdade, eu nem posso... Han... Devido ao meu caso.

– É tão grave assim? Jade me explica! Olha! Nós vamos arrumar um médico, daremos um jeito, você vai ver... – Tentei. Qual é? Eu estava confuso!

– Não precisa de médico, seu idiota. – Me xingou. Cara! Então isso era realmente sério! - O exame recomendado pelo médico chegou... Eu não tenho nenhum problema de saúde, é até normal... – Disse me entregando o envelope entreaberto. O peguei e dei uma ultima olhada em seus olhos. Do que ela tava falando? O abri e pude ler claramente:

“Informo que a paciente Jadelyn West não se encontra em estado grave quanto aos sintomas de crises pulmonares. Devido aos exames podemos concretizar o quadro de gravidez saudável da paciente.”

– Você... Isso é sério? Você está mesmo... – Tentei, mas as palavras não saíam da minha boca.

– Eu sei que quer ter filhos, mas pense bem, falar é fácil, um filho requer muito esforço e atenção e não queria te dar essa noticia antes de ter total certeza, porque temos que pensar muito sobre isso e... – Jade tentou, mas falava nervosamente atropelando as palavras. Nunca a vi desse jeito. Vamos ter um filho! Isso é a melhor coisa que podia acontecer nesse momento. A beijei como se tudo dependesse daquele beijo. Sua língua rapidamente aceitou a minha e as duas se encontravam em pura harmonia do momento. Não tinha nada mais perfeito do que o encaixe de nossas bocas. Senti o seu perfume me inebriando cada vez mais, a soltei antes que passasse do ponto. Caramba! Estávamos ofegantes demais.

– Não acredito que chegou a pensar que eu acharia isso uma má idéia, vou assumir esse filho e daremos a ele ou a ela o melhor e o maior carinho de todos... – Ela sorriu, a abracei de lado. – Como seus fãs do blog nos chamam, seremos Bade, certo? E ficaremos sempre assim, juntos... – Peguei em sua mão e depositei um beijo carinhoso em sua bochecha, ela sorriu. – É isso ai... Bade – Sempre Juntos.


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Notas finais do capítulo

Hello Divos, sim acho que bati meu recorde, mas quem se importa? rsrs. O anel de noivado é perfeito né? Suspirei tanto com isso. E ZORI tomara que tenham entendido a mensagem. Porque eu me inspirei mais uma vez em GLEE e lá o casal quer ficar junto, mas a garota tem sonhos em NY e o garoto não, então mesmo que ele a ame, ele deixa ela ir, porque sabe que iria atrasar ela, e foi isso que eu quis passar, afinal, o que o Zac ia fazer lá sem ter nada planejado? Ele não ia ficar que nem um cachorrinho atrás da Tori, isso não é coisa do Smith. Então pra quem acompanha essa fic há um tempo, vocês vão lembrar do teste que ele fez. Digamos que não coloquei aquele teste na fic só pra ZORI se encontrar e ter algumas partes legais juntas, ele teve um motivo e ai está o motivo. Vocês também vão lembrar da música HERO cantada pelo Stlering Knight / Zac Smith que ele cantou no episodio que BADE volta, portanto, só to falando isso pra quem não se lembra. Assim como eu, mesmo sendo fã ou gostando de fics e programas, eu chego a esquecer, pelo meu grave problema de memória / leseira. É isso ai! Só pra deixar claro, a música que a Marii pediu foi a >> Never gonna Be Alone
Vejo vocês no epilogo, e gente, muita gente pediu "Festa com Brilhante Victoria" e eu vou colocar, isso vai ser um surpresa dos EPILOGOS, por isso, se acalmem, tirem suas conclusões e tudo mais... Enfim... Mil beijos
Fic de hoje: http://fanfiction.com.br/historia/334473/IReunite_With_Victorious/ (Mais uma fic dele, que to devendo ler, mas to atormentada com o colégio, já já desisto (brincadeira, o que vai ser das pessoas necessitadas de psicologas né? Quem sabe um de vocês não me encontrem em alguma consulta ou sei lá) Beijos amoris, até mais) ;D