Bade - Sempre Juntos escrita por Victane


Capítulo 16
A Peça de Jade


Notas iniciais do capítulo

HEEEEY my DIVOS U.U..U capitulo novo e.e.e.ee # :D Adorei os reviews do capitulo anterior sério vocês são demais e eu amor cada um de vocês (é to mais emotiva hoje, é que minha outra fic ta acabando ;/// ) Mas enfim a capa da 2 temporada já ta pronta e.e.e.e eu já tinha dito isso antes? Se não, falei agora PROBLEM? kkk enfim um beijo a meus queridos e DIVOS leitores antigos e um beijo pra aqueles que chegaram agora, se sintam em casa e sejam bem vindos .e.e.e
*Esse capítulo segue a série:
Brilhante Victoria ou Victorious (1º - Temporada)
Como descrito: Não seja rígido, pois cenas serão mudadas, acrescentadas ou invertidas. Aqui a imaginação é livre e o prazer é seu em ler!
CURTAM MIHA PAG NO FACE OBRIGADA
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Jade West

Acordei com o telefone tocando, olhei no visor, era Beck.

– Bom dia amor, to indo ai pra te buscar! – Falou desligando o celular, ele sabia que eu acordava de mau-humor, isso acontecia mais quando eu não dormia com ele. Depois de pronta, avistei Beck na frente de casa, cheguei próximo a ele e lhe deu um beijo um pouco quente demais. – WOW nossa você tá bem hoje em? – Perguntou segurando minha cintura e me puxando pra outro beijo, nos separamos ofegantes e ele abriu a porta do carro pra mim, entrei e rapidamente ele ligou o carro e pegamos a estrada. Meu celular tocou, olhei no visor, era meu pai. O que será que ele queria? Já não era o bastante acabar com minha infância? Agora ele ainda tem que acabar com minha adolescência também? Ou sei lá. – Quem é? – Perguntou Beck me observando, eu olhava o visor do celular, com certo receio se atendia ou não.

– Pai! – Falei apertando no botão pra atender.

– Jade! – Falou o coroa do outro lado da linha, ele era bem durão.

– O que quer? – Nós sempre nos comunicávamos rapidamente, nossas conversas eram curtas e nem um pouco empolgantes, me lembro de minha infância, quando eu lhe pedia pra que ele me comprasse uma furadeira e ele dizia: “Por quê?” duramente, e eu dizia: “Não sei!”, e então a resposta era: “Não machuque outros”, mas nunca dizia algo do tipo: “Tome cuidado querida”, ou “Brinque direito”. Nunca se preocupava comigo, a não ser quando queria me chatear, me dizendo como devo me comportar.

– Vou pra casa! – Disse me arrepiando, senti minha espinha travar, minha mandíbula se apertou.

– Por quê? – Perguntei fingindo desinteresse.

– Tive tempo! – Explicou, acho que falando sobre seu trabalho chato em outros Estados.

– E? – Incentivei.

– Só! E tire essas coisas do seu rosto, é horrível. – Disse desligando o telefone, a voz dele era firme, nossa conversa rápida, se alongava, quando o assunto era criticar a Jade, o que ele fazia muito, já minha mãe, adorava saber como eu estava, era muito chato, mas fazer o que.

– O que ele queria? – Perguntou Beck parecendo preocupado.

– Preciso fazer uma peça e rápido. – É Claro! Meu pai viria pra casa, eu tinha que lhe mostrar o que eu estava aprendendo, para que ele não viesse com aquele papo de sempre, de que artistas não prestam e de que arte não é nada, e blá, blá!

– Jade! – Beck me tirou dos meus pensamentos. – Quer impressionar seu pai? - Perguntou calmo.

– Não que eu precise, mas... Quero! – Falei olhando em seus olhos.

– Que peça vai fazer? – Perguntou não ligando pra minha falta de nexo, eu queria impressionar o velho, mostrar que ele estava errado sobre mim e sobre tudo, eu sempre tentava, mas em vão.

– Tenho uma... Faz mais de dois anos que escrevi... É perfeita! – Disse confiante, a peça que eu tinha em mente, falava exatamente sobre o que eu precisava. Pais preocupados com suas filhas, coisa que ele não era.

– Qual delas? – Disse Beck estacionando o carro na HA, e pegando alguns papéis em sua bolsa. Eram minhas peças, todas escritas por mim é claro.

– Porque guarda isso na sua bolsa Oliver? – Questionei.

– Adoro ter cada pedaçinho de você comigo e suas peças são perfeitas! – Falou sorrindo.

– Não tenho tempo pra isso Oliver saía da minha frente! – Disse o empurrando, mas não deixando de sorrir. Ele guardava minhas peças, ele tinha cópia de todas, ele era único. Jade concentração! – Lane! Exijo que chame todos os professores. – Falei chegando perto ao orientador de nossa escola que esfregava suas mãos com algum creme estranho.

– Mas... – Lancei um olhar ameaçador. – Me siga, por favor! – Disse andando para a sala dos professores.

– Sikowitz! Outros professores! Quero que aceitem produzir minha peça. – Disse jogando o roteiro e todos os papéis. Eles leram, comentaram entre sim, até que um deles levantou a mão. – Sim? – Incentivei.

– Eu não vou falar... Lane é com você! – O professor negro e alto da aula de músicas empurrou Lane até perto de mim. Beck estava esperando encostado na porta da sala.

– É... Jade... Veja bem... Não podemos lhe dar o dinheiro para produzir sua peça... Ela é uma tanto estranha e... Perturbadora. Desculpe-me! – Falou Lane voltando pra perto dos outros professores. Qual é? E agora? Como vou fazer pra meu pai ao menos gostar de alguma coisa que eu faça? Puxei minha tesoura que ficava entre meu sapato e minha calça jeans.

– Beck! – Gritou Sikowitz.

– Vocês vão se arrepender por não produzir minha peça! – Gritei, eles se encolheram. Senti as mãos de Beck em volta da minha cintura.

– Jade acalme-se! Olha pra mim... – Falou Beck preocupado. – Nós vamos dar um jeito, só mantenha a calma! – Pegou com cuidado minha tesoura. – Isso fica comigo, se não terão que fechar a escola por falta de professores... – Disse rindo de canto. – Agora! Vamos pra aula, agora! Tudo bem? – Perguntou passando a mão por meus cabelos, aqueles bando de bobocas saíram da sala eu nem tinha percebido, eu olhava quase sem piscar, pra os olhos castanhos de Beck. Ele me acalmava. Mas mesmo com Beck, eu ainda sentia que precisava pensar sobre tudo isso, não queria ir pra aula agora, não estava com cabeça.

– Tudo bem... Vou ao banheiro! – Falei soltando sua mão que nem percebia se agarrava a minha, ele deu um passo a frente como se não acreditasse em mim. – Não pode ir ao banheiro das meninas Oliver! – Reclamei, ele lançou um olhar nervoso pra mim, antes que ele viesse atrás de mim, entrei no armário do zelador, não queria ser incomodada, tranquei a porta e me sentei ao chão. Tirei minha outra tesoura, presa na calça. Comecei a picotar a lixeira do zelador. Tinha que pensar em como eu iria mudar a opinião de meu pai quanto à arte. Precisava de alguém pra produzir minha peça. Mas quem? Ninguém aparecia em minha mente. Ninguém mesmo! O sinal havia tocado, e meus pensamentos foram afastados, por uma batida na porta. Abri, podia ser o zelador, ou sei lá, dei de cara com um loiro de olhos azuis que eu conhecia bem. – Zac! – Falei acenando com a tesoura.

– Quer que eu saía? – Perguntou calmo.

– Sim... Não espera! – Falei tendo uma ideia.

– Decida-se Jade! – Disse me olhando curioso. – Sinceramente prefiro canivetes. – Falou rindo e olhando pra tesoura.

– Você... É isso que eu estava precisando... Você tem o que eu preciso... Zac seu pai poderia produzir uma peça minha? – Perguntei confiante.

– Oh Jade! – Disse se sentando. – Me desculpe, mas o teatro entrou em reforma logo depois da peça que fizemos. – Falou pegando minha tesoura e examinando. – Muito mais os canivetes. – Disse rindo.

– Tudo bem! Suma daqui Smith! – Falei apontando o dedo pra fora.

– Não! Você não me intimida... E esse local é publico. – Disse começando a picotar a lixeira. – Tenta isso! – Falou tirando um canivete do lado de sua calça jeans. Peguei o mesmo e comecei a cortar outros pedaços da lixeira. Eu ri, até que isso era legal.

– Zac... Porque você simplesmente não tem amigos? – Perguntei curiosa, afinal nunca vi andando por ai com ninguém. Exceto algumas vezes, com umas duas ou três meninas.

– Porque pessoas são chatas! Algumas me dão nojo e outras não me fazem sentir interesse por elas. – Falou. Fazia até sentido! Ele picotava os pedaços da lixeira.– Porque está desesperada pra fazer a peça? – Perguntou me fitando, seus olhos azuis repletos de curiosidade.

– Meu pai, ele é chato e irritante e acha que arte é coisa pra pessoas burras e que não sabem aproveitar o tempo. – Expliquei, nem sei por que, afinal não era da sua conta.

– Meu pai algumas vezes me controlava, mas ele parou depois que percebeu que eu não tinha jeito. Uma vez ele me proibiu de fazer uma tatuagem, dois dias depois eu fiz essa. – Disse levantando um pouco de sua camisa mostrando seu corpo definido, uma aranha estava tatuada em seu abdômen.

– HUHU legal! – Falei animada olhando pra mesma, ele abaixou a camisa. – Mas porque do nada veio falar comigo? Porque se meu pai achasse uma garota legal e viesse me falar sobre ela, eu não falaria com ela de jeito nenhum. – Perguntei.

– Porque ele disse que você parecia comigo, que você não tem medo de dizer o que pensa e que parece... Interessante. – Ele corou. Sua pele branca mostrou-se um pouco vermelha na região das bochechas.

– Então seu pai disse que eu era interessante pra você? – Falei rindo um pouco, ele riu assentindo.

– Achei que você fosse uma baranga feia e sem talento, mas me enganei... Você é lin... Incrivelmente talentosa. – Disse desviando o olhar, voltando pra lata de lixo, ele ia me chamar de linda? Nossa! Eu sei que sou demais, mas pra um menino falar isso na cara assim na lata era difícil, por eu conseguir intimidar qualquer um rápido. – É melhor eu ir indo. Boa sorte com sua lixeira. – Falou erguendo as mãos pra mim, ele queria que eu apertasse a mão dele? Não! Odeio qualquer tipo de contato, odeio quando as pessoas me tocam e odeio tocar elas, exceto Beck. – O canivete, odeio ficar sem ele! – Falou me tirando de meus pensamentos. Entreguei seu canivete e ele saiu do armário. Robbie entrou um tempo depois, tinha esquecido a porta aberta, ele ia se sentar na minha frente.

– NÃO! – Gritei e ele saiu da sala correndo, junto com seu boneco idiota. Toda raiva voltou a mim novamente, peguei minha tesoura de novo e comecei a picotar algumas partes da lixeira que não estavam cortadas. Ouvi a porta se abrindo, era Beck.

– Ei! – Chamou. - O que você tá fazendo? – Perguntou entrando no armário, junto a Robbie e Cat.

– Picando uma lata de lixo grande. – Falei.

– Pera ai você picou toda a lixeira do zelador? – Perguntou Robbie.

– Ah ele tem outra. – Dei de ombros.

– Jade eu li a sua peça e achei muito boa. – Disse Tori entrando no armário, ai como ela era irritante! Beck provavelmente deu o roteiro a ela. Que garota chata!

– Eu não sou sua amiga! – Falei continuando a cortar as partes da lixeira. – E se a escola não me deixa montar a minha peça, o que importa ela ser boa? – Disse o obvio.

– Porque você mesma não produz sua peça? – Perguntou a ruivinha entrando também no armário do zelador.

– Sabe quanto isso pode custar? – Perguntei, eu respondo, é muito.

– Não! – Disse a ruivinha agudamente.

– Vem cá, ela picou toda essa lixeira só com uma tesoura? – Perguntou André admirado, também entrando no armário.

– Quanto acha que custa pra produzir a sua peça? – Perguntou Tori, porque ela tava interessada?

– Não sei! Uns dois ou três mil. – Dei de ombros, não tinha como conseguir alguém.

– Tá então não deve ser tão difícil achar alguém pra entrar com o dinheiro. – Disse Tori, acendendo uma ideia em minha cabeça.

– Você poderia achar alguém pra colocar dinheiro na minha peça? – Perguntei já de pé, com a tesoura em minhas mãos.

– Eu quis dizer que... – Tentou, mas eu a interrompi.

– EEIII! – Gritei apontando a tesoura pra os outros. – Ela não disse: Não deve ser tão difícil achar alguém pra entrar com o dinheiro? – Perguntei imitando seu tom de voz. Todos concordaram. – Então você vai achar... Certo? – Perguntei fitando Tori.

– HAN... Claro! – Disse nervosa.

– Bom! – Falei saindo dali, ótimo, meu plano tinha dado certo. Eu sabia que Tori se sentia bem intimidada comigo por perto, então intimidá-la ainda mais seria ótimo.

– HEY você acha que Tori vai conseguir o dinheiro pra peça? – Perguntou Beck chegando junto a mim, já fora do armário.

– Tomara que sim, melhor que consiga... Para o bem dela. – Falei passando a mão por minha tesoura.

– Ela vai conseguir, eu sei que vai! – Falou me puxando pra um abraço.

– Não tenha tanta certeza Oliver! – Disse confusa, não sabia se queria que Tori conseguisse ou falhasse, só pra eu passar na cara dela que ela não conseguiu depois, mas a primeira opção estava vencendo. – Vem vamos almoçar. – Falei puxando sua mão.

– Eu escolho! – Disse animado.

– NÃO! – Gritei. Entrei no carro.

– Tudo bem! – Disse me rendendo, estranho! Ele era o Beck, não se rendia fácil assim. Mas percebi qual era a dele quando chegamos ao Karaokê Dokie, ele não tinha se rendido. Bufei irritada, agora não podíamos voltar atrás, Beck sorriu vitorioso, enquanto nos sentávamos em uma das mesas do lugar. Ele pediu Nuggets de búfalo, e pra mim um hambúrguer, gordurento.

– Beck odeio comer essas coisas! – Falei olhando pra o hambúrguer.

– Amor, não se preocupe com o peso está bem. Você é linda do jeito que é. – Disse pegando o hambúrguer e vindo com ele em minha direção.

– Eu sei! Me dá isso. – Peguei o mesmo e mordi, saboreando o gosto, fazia tempo que não comia alguma coisa dessas, ele riu. Entrei no The Slap, enquanto Oliver comia seus Nuggets. Uma publicação da Tori me fez sorrir.

“AAA alguém acabou de me dar 3000 dólares pra peça da Jade! E o Robbie usa maquiagem feminina... HUH !?!?!”

Humor: Bem boba!

Até que fim ela conseguiu minha peça. – Beck você tem o numero da Vega? - Perguntei.

– Sim! Toma. – Disse me entregando seu celular. – Por quê?

– Porque ela conseguiu o dinheiro pra minha peça e depois nós vamos conversar sobre você ter o número dela. – Falei bufando, enquanto apertava os botões pra falar com Tori. – Vega! Vi sua postagem onde te encontro? – Perguntei assim que ela atendeu.

– OH JADE! Ela até já colocou a placa com o nome da sua peça. – Disse Tori animada.

– ONDE? – Gritei. Tori me falou onde era. Desliguei o telefone depois disso. Pagamos a conta e fomos pra casa, Beck não disse nada, eu estava feliz e queria sei lá cantar, fazer alguma coisa sozinha, cheguei em casa e dormi rapidamente. Acordei logo, Beck veio me pegar em casa e depois fomos pra esse tal lugar, antes liguei pra Cat e pedi que ela viesse também e trouxesse o Sinjin. Começaríamos a ensaiar hoje mesmo se precisasse, não sabia quando meu pai viria. – Espera... O Robbie usa mesma maquiagem masculina? - Perguntei a Tori assim que chegamos.

– É parece que sim! – Disse animada. Tori nos mostrou o teatro. Era bem legal.

– Nossa! É um bom teatrinho. – Disse Beck observando o lugar.

– E essa mulher do restaurante que você mal conhece vai mesmo pagar por esse lugar? – Perguntei depois de Tori me explicar tudo.

– Acredite, ela vai pagar tudo, a peça toda. Todos os R$ 3000.

– Você conquistou ela! – Disse Beck. Finalmente! Estava só alegria, mas não queria dar esse gostinho a Vega.

– HAN... Você me ama... Me ama agora? Claro que você me ama... Me dá um abraço? – Pediu erguendo os braços.

– Vou socar alegremente seu braço como se fossemos amigas. – Falei examinando a cara de Beck, que dizia: “Ela merece alguma coisa, você não acha?”. Ai que irritante!

– Eu aceito! – Disse Tori. Ela virou seu ombro, e soquei seu braço devagar.

– Muito bem... Nós temos muito trabalho pela frente, tenho que pedir ao Sinjin pra me ajudar com o cenário, talvez o Robbie faça a iluminação... – Fui interrompida.

– Oi! Essa é a Tori Vega com as belas maçãs do rosto... – Uma mulher chinesa entrou cumprimentando Tori.

– Jade essa aqui é a Senhora Li do Oxy Star. – Tori apresentou a mulher, que me ajudaria com a peça.

– É muito bom conhecer você... – Tentei ser simpática. – Eu sou Jade e esse é meu namorado Beck. – Falei apresentando Oliver sentando na cadeira.

– É... Sou o namorado! – Disse Beck acenando para a mulher.

– Olha só, eu nem sei o que dizer, é incrível você pagar toda... – Tentei.

– OO Não precisa dizer nada fico feliz de você poder montar sua peça. – Disse, ela era até que legal, eu não gostei de seu jeito, mas ela produziria minha peça, o que mais eu queria? A mulher disse que já tinha lido o roteiro em sua banheira e que tinha mudado algumas coisas. COMO ASSIM ELA QUERIA MUDAR MINHA PEÇA? O QUE?

– Como assim anotações? – Perguntei olhando apreensiva pra Beck e Tori.

– Você sabe... Ideias pra deixar a peça melhor. – Falou. O QUE? – Apimentar um pouquinho. – Disse enquanto fazia uma dança estranha. Então ela queria mudar totalmente minha peça?

– HAHAHA! Meu Deus! – Disse Tori rindo tentando disfarçar.

– Você quer mudar a minha peça? - Perguntei tentando entender.

– Então... Eu tenho que ir ao... – Disse Beck nervoso, ele se foi, uma desculpa! Era tudo que eu queria, uma desculpa, pra que eu disesse que alguma coisa caiu em cima da cabeça dessa mulher, depois que eu a arrebentasse.

– Ele é tão bonito... Como um pequeno pônei. – Disse estranhamente.

– HAN... O que você quer mudar na minha peça? – Perguntei sorrindo nervosamente. Tori advertiu.

– Bom... Tipo... E se enquanto a garota tivesse caindo no poço, ela cantar uma música durante a descida? – Disse a mulher começando a me irritar.

– Não é um musical! – Adverti.

– Mas podia ser... – Disse Tori encarando meu olhar duro sobre ela. – Mas não é!

– Quem canta enquanto está caindo no fundo de um poço? - Perguntei o obvio.

– O Batman! – Disse fazendo piada, tudo bem! Ela estava passando dos limites. – Olha! Eu só estou tentando ajudar, não precisa trocar os pés pelas mãos. – Disse a mulher.

– Vai ver o que eu vou trocar! – Falei dando um passo a frente, ficando de frente a ela, que raiva! Nossa! Como ela queria dizer isso e querer que eu fique de boa? Tori me afastou com seu braço, se eu não tivesse com tanta raiva da mulher eu batia nela, por ter me tocado. Tori sugeriu que resolvêssemos tudo calmamente. – Não preciso das ideias de ninguém. – Falei.

– Você precisa do meu dinheiro... Então tem que ouvir as minhas sugestões...

– Não, não tenho! – Respondi.

– Jade! – Alertou Tori.

– Sim você tem! – Continuou a mulher.

– Não, eu vou socar ela. - Me impus dando um paço à frente.

– Não estou vendo você socar o meu dinheiro. – Disse desaforada. Tori me puxou para um canto, me repreendendo, eu não precisava das ideias dela, mas Tori achava que sim. Deus, como ela era irritante! Tori questionou se eu queria o dinheiro dela, falei que sim. Assenti com a ideia da música quando a garota estivesse caindo. A mulher disse que não queria mais colocar essa ideia na peça, nos surpreendermos, principalmente quando uma menina chinesa também entrou. A mãe controlava a menina como se ela fosse uma TV, to nem ai pra ela! O que ela tinha haver com tudo isso? Ela responde, dizendo que a menina faria um papel na peça. O QUE?

– WOW! Que ideia ótima! – Falei fingindo ânimo. Essa peça não vai dar certo! – Nós já vamos! – Falei puxando Tori pra fora, a mulher não falou nada. – Eu vou te bater muito Vega. – Disse já fora do teatro.

– Jade! – Beck me alertou. Saí dali estressada, ele me levou até em casa. – O que aconteceu? – Perguntou na porta da minha casa.

– Ela fez mudanças e quer colocar uma menina sem talento na minha peça. – Expliquei irritada. – Desculpe Beck. Mas tchau! – Falei batendo a porta e entrando dentro de casa.

– Tudo bem! – Disse indo embora ligando o carro, ele se foi. Minha cabeça estava doendo. Que saco! Dormi rapidamente. Acordei com uma dor de cabeça maior que tudo, estava naqueles dias, concerteza isso não me ajudaria. Depois de pronta fui pra o teatro. Cat fazia o papel muito bem, mas a garota vestida de anjo, não sei da onde veio essa ideia, mas estava destruindo minha peça!

– Espera. Eu to confusa... Meu personagem pode voar? – Perguntou Cat. Neguei. - Então porque meu anjo diz que eu posso voar pra fora do poço? – Perguntou.

– Porque a mãe do anjo... – Tentei.

– É uma senhora que tá pagando por toda essa peça. – Disse Tori me cortando. A mulher confirmou e pediu pra menina desafinada cantar novamente, ela conseguia ser mais irritante do que a Trina. Será que isso é possível? Saí daquele lugar, não aguentava ficar ali nem mais um minuto. Estávamos agora na HA. Sinjin veio com uma história de musgo de não sei o que, mas com um grito meu, ele fugiu. Tori defendeu-o, eu não ligava.

– Agora ele está com as caças molhadas! – Disse ainda defendendo-o.

– Não tenho culpa do controle da bexiga do Sinjin ou falta dele. – Disse pegando um livro do meu armário.

– Porque tá agindo como um bebê? – Perguntou Tori.

– Eu posso explicar... – Não, não posso! Tori tentou que eu falasse. – Me dá seu pulso! – Exigi, ela o fez. Então a puxei para o armário do zelador. - Eu convidei o meu pai, pra vir na noite de estreia da minha peça. – Expliquei já que ontem, tinha deixado recado na sua secretária. Tori perguntou o que tinha haver. – Ele não gosta de mim! – Expliquei. Tori questionou mais uma vez. – Ele não entende pessoas criativas, e acha que alguém querer ser escritor, diretor ou ator, é bobagem. Então eu o convidei pra minha peça porque eu achava que ia ser muito boa e esperava que ele realmente tivesse algum respeito por mim... Mas ai você deixa aquela mulher transformar tudo numa piada que é justamente o que faz meu pai achar que tá certo sobre os meus sonhos serem bobos e sem sentido... Obrigada por arruinar a minha vida! – Desabafei nervosa, e um pouco desesperada, foi difícil falar tudo isso pra mim mesma e ainda mais pra Tori. Ela não disse nada. – Obrigada Tori isso deixa tudo com mais perspectiva. – Disse saindo dali. Fui pra casa, não encontrei Beck no caminho, não sei o que ele tinha, mas melhor assim. Entrei no The Slap e nada pra fazer, então resolvi dormir, porque mais tarde seria minha peça, eu dei todas as falas a todos os personagens bem antes, pra que eles se preparassem. Fui para o teatro, às pessoas começaram a chegar pra ver minha peça idiota começar.

– Oi! – Disse alguém atrás de mim, me virei e me assustei com Tori.

– O QUE? O QUE? - Gritei abafadamente. Nossa! Eu estava nervosa.

– Será que dá pra você se acalmar? – Perguntou Tori.

– Desculpa, eu to surtando um pouco! – Falei, eu estava mesmo, afinal eu tinha acabado de pedir desculpas pra Vega.

– Não tem com o que se preocupar. – Agora tudo vira piada. Cat reclamou que deixou seu sutiã cair na privada.

– Não tem com o que se preocupar! – Imitei Tori. Tori reclamou que ela não falava assim. Tanto faz! Tori espremeu o sutiã de Cat e deu pra ela se vestir de novo. Avistei meu pai chegando. Avisei Tori.

– Ele parece que... – Tentou Tori.

– Que ele não gosta de mim? – Perguntei atônita, eu estava nervosa, a figura séria e dura do meu pai tinha vindo, e eu estava frita.

– Na verdade eu ia dizer que ele é frio e irracional! – Explicou.

– É a mesma coisa! – Falei. Porque ele tinha vindo? Foi só um recado na secretária! Ele se sentou como se estivesse impaciente.

– Olha! Não tem que surtar... Sua peça vai acontecer exatamente como queria, os meninos vão fazer de tudo pra Senhora Li não aparecer aqui. – Explicou, respirei fundo, mas algo ainda estava errado.

– Tá bom mais e a filha, Deise? – Perguntei?

– Não esquenta! Ela tá ali em cima presa em uma corda, esperando uma deixa que nunca vai acontecer. – Disse Tori esperta, a menina gritou que estava pronta, fiquei admirada com a esperteza da Vega. Apenas acenamos. A peça começou e Cat atuava muito bem, assim como eu havia imaginado, minha amiga ruivinha era uma ótima atriz. Meu pai estava sério como sempre na plateia. – Acha que seu pai tá gostando? – Perguntou Tori.

– É difícil saber, nunca o vi gostar de nada antes. – Expliquei. Mas ele não ficaria ali se não tivesse gostado, ele era como eu, dizia o que pensava. Cat continuava atuando, olhamos pra cima e a menina chinesa continuava lá. Estávamos agora na ultima cena, a menina era retirada do poço, mas estava desmaiada.

– A Senhora Li acabou de sair do restaurante. – Avisou Tori.

– Já é tarde demais! – Afirmei sorrindo. Olhei pra meu pai que parecia imóvel, sua pose dizia que não estava gostando da peça, mas seus olhos procuravam saber o que acontecia no final.

– Como ela está? – Perguntou o ator que interpretava o pai da menina.

– Ela se foi! – Disse o bombeiro. O pai da menina beijou sua testa. Cat acordou.

– Pai? – Disse a menina, e assim acabou a peça. Lembro-me de quando a escrevi, foi um pouco antes de começar a namorar com Beck, acho que naquela época necessitava mais do que agora da opinião de meu pai. Foram ouvidas as palmas, estava feliz por as pessoas terem gostado, as cortinas se fecharam. Começaram a apertar minha mão, me elogiando, faria isso com todas as pessoas, mas ele estava lá, e eu queria saber sua opinião.

– Ótimo trabalho! – Um cara moreno, ergueu a mão pra mim.

– Eu sei! – Disse dispensando seu aperto de mão, ele se foi. Meu pai ficou de frente pra mim. - Pai!

– Jade! – Disse ainda sério.

– Só fala se gostou ou não! – Disse Tori.

– Amiga sua? - Perguntou.

– É! – Falei desanimada. – Então... Minha peça? - Perguntei esperançosa.

– Achei que foi excelente! – Disse, como nunca antes, ele nunca me elogiou, não referindo a parte que ele mais odiava em mim, ser uma artista.

– Obrigada, mais alguma coisa? – Perguntei feliz.

– Você poderia, por favor, tirar as porcarias do seu rosto? – Perguntou, referindo-se aos meus piercings.

– Não! – Neguei.

– Tchau! – Disse saindo depois que eu respondi. Isso significava que ele não iria ficar mais na minha casa, quer dizer ele nem foi lá. O que era ótimo.

– Bom... Conseguiu o que queria? - Perguntou Tori.

– Uhum! Eu nunca o vi tão feliz antes! – Disse falando sério, ele nunca me elogiou com o colégio ou qualquer coisa relativa a isso antes, isso era demais!

– Ah! Qual é? Me dá um abraço? – Pediu Tori erguendo os braços novamente. Não sei se porque eu estava sentimental, por estar em dias sensíveis como esse, ou se estava agradecida por tudo que ela fez. Mas eu a abracei, e estava grata por tudo. Senhora Li chegou chutando as cadeiras com raiva por ter perdido a peça, nós dissemos a ela que ela podia vir amanhã que teria mais uma vez a peça. Ela viu a sua filha pendurada lá em cima depois de termos dito que ela havia cantado.

– Vocês não colocaram minha filha pra cantar? – Perguntou Senhora Li com raiva.

– Não, ela é irritante e sem talento e ninguém gosta dela! – Falei sorrindo pra mulher.

– Eu vou lhe processar. – Ameaçou.

– Ah claro falou a senhora que passou o dinheiro na nossa cara, mas que foi burra o suficiente pra pagar o espaço logo e nem se quer assinar alguns papéis. – Falei rindo malvada, Tori abaixou a cabeça. – Se quiser me processar tudo bem... Mas vai ter que mostrar o contrato para os policiais... Ah esqueci! Você não tem contrato... Até mais! – Falei puxando o braço de Tori e saindo dali.

– Nossa Jade! Você é malvada. – Disse Tori socando o meu ombro devagar.

– Não me toque! – Reclamei.

– Desculpe! – Disse, se afastando. Beck chegou pra me levar pra casa e já estávamos no caminho.

– Porque eu não te vi o dia todo? - Perguntei interessada.

– Porque pensei que estivesse com raiva de mim... Você me chutou pra fora da sua casa. – Explicou, deu um pouco de pena dele.

– Me desculpe amor... Eu só tava estressada. – Revelei. – Eu te amo! – Falei e ele arregalou os olhos. Eu não falava isso com frequência, mas hoje eu estava incrivelmente sentimental.

– Eu quero me casar com você! – Disse me fazendo arregalar os olhos, enquanto ele saía do carro, já de frente a minha casa.

– Agora? – Perguntei surpresa.

– Não! Um dia. Mas até lá vou te fazer a mulher mais feliz desse mundo. – Disse me dando um beijo na bochecha e encostando-me ao carro.

– Você... Já... Faz! – Falei pausadamente entre gemidos, ele beijava meu pescoço. – Beck hoje não, num dá! – Disse mandando aquele olhar de: “Hoje não, mas depois te recompenso”.

– Está me devendo uma West! – Falou dando um ultimo beijo em meu pescoço. – E eu vou cobrar. – Falou me agarrando e me beijando, seu corpo imprensava o meu no carro de novo, eu gemi, ele sorriu de canto ainda me beijando, sua língua dançava literalmente em minha boca. Separamos-nos ofegantes, não por falta de ar, mas pelo calor que estava subindo e a temperatura do lugar. – Também te amo! – Disse me dando um selinho rápido e entrando no carro, desencostei do mesmo. – Boa noite Jade! – Falou mandando um sinal de continência. Piscou pra mim e acelerou o carro sumindo da minha vista. Tomei banho, pulei na cama, e ri pra mim mesma, eu havia conseguido mostrar para meu pai que eu podia sim dirigir uma peça ótima pelo visto e quem diria... Graças a Tori Vega! Adormeci imediatamente.

Zac Smith


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Notas finais do capítulo

curtam ai
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Quem ai gostou do gif? klkk
Heeey meus DIVOS o que acharam do capitulo? u.u.u.u eu to adorando escrever nessa fic mais e mais por causa do carinho de cada um de vocês. Eu num gosto muito desse episodio porque num tem tantos momentos BADE, claro o Beck ajuda ela a fazer a peça dela, mas eles não estão juntos, por outro lado eu adoro o episodio porque mostra como a JADE fica mais sentimentalista por causa do pai e da ajuda da Tori, enfim o proximo capitulo sairá no sábado, obrigada por lerem a fic e até mais!
Fic de hoje: http://fanfiction.com.br/historia/211791/We_Belong_Together ( Sem BADE hoje pessoal, mas ta ai direto dos meus favoritos beijos) :D