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Naquela noite simplesmente aconteceu. Foi uma das melhores noites para ambos. Uma noite calma, calorosa, espontânea e cheia de amor.

Ao acordar no dia seguinte, Hermione tateou pela cama a procura de seu amado. Ele não estava ali. A princípio se assustou e ficou preocupada, mas logo tudo isso passou ao ver o loiro entrar com uma bandeja em mãos cheias de comidas gostosas.

— Bom dia, meu amor! - Ele disse sorrindo calmamente.

Hermione se espreguiçou e respondeu um "Bom dia" bem preguiçoso. Ela fez menção de se levantar da cama, mas se lembrou que estava nua. E da noite passada, que fora um tanto... Prazerosa. Corou imediatamente e Draco soltou uma rápida e gostosa gargalhada.

— Posso saber o motivo de está assim, toda corada? - Perguntou zombeteiro.

— Bom... Você sabe. E será que poderia se virar por um momento? - Disse tentando parecer indiferente.

— Porquê? Se não se lembra, eu vi tudinho ontem - sorriu malicioso.

— Acontece que eu ainda não me acostumei com a ideia - ela falou jogando um travesseiro no mesmo que voltou a gargalhar.

— Está bem, está bem! - ele se rendeu e por fim se virou.

A morena rapidamente se levantou e "caçou" suas roupas intimas pelo chão e foi rumo ao banheiro, onde se rapidamente se banhou. Saiu "enrolada" dentro do roupão, já que o mesmo era tão grande que ela parecia um sushi ou algo do tipo.

Ela se sentou na cama e começou a saborear seu café-da-manhã junto com o amado.

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As semanas se seguiram normais. Todos estavam bem. Alguns pequenos desentendimentos entre Draco Feat. Harry e Ronald, mas nada sério demais. Apenas provocações de ambas as partes.

Mas... Como dizem: "Alegria de pobre, dura pouco!". E como sempre, sempre vai existir alguém mal-amada o suficiente tentando acabar com a felicidade dos outros ou simplesmente uma carta.

" Pedimos que os senhores Harry T. Potter, Ronald B. Weasley e Hermione J. Granger que compareçam no fim dessa tarde para assistir ao Beijo do Dementador de Lúcio Malfoy.

Atenciosamente, Ministro."

Ao terminar de ler, Hermione olhou apreensiva para Harry, pois: 1) Não queria ter que falar com Ronald, muito menos sobre isso; 2) Teria que comparecer, pois Draco iria, disso ela tinha certeza e não queria deixá-lo sozinho em um momento como esse, afinal, apesar de tudo, Lúcio continuava sendo seu pai; e 3) Não havia uma terceira opção.

— Pode deixar que eu falo com o Ronald, Mione. Vá falar com Draco - Disse seu amigo pacientemente. Ela sorriu amavelmente e beijou a bochecha do amigo, que ficou visivelmente corado.

E correu a procura de Draco.

Ela o encontrou no jardim. O loiro estava com um papel em mãos e a mesma já até podia imaginar do que se tratava. Se sentou por trás dele e o abraçou, descansando sua cabeça no vão do pescoço dele, que estava visivelmente tenso e sussurrou:

— Quero que saiba que eu estou aqui, junto com você, para qualquer coisa. Vamos passar por isso juntos.

— Obrigado, meu anjo. Sei que posso contar com você - sussurrou ele de volta, tentando parecer mais tranquilo.

Só que não era por esse motivo pelo qual Draco estava tão tenso e apreensivo. Era outro, talvez até pior.

A condenação de seu pai a morte era algo que há muito já estava previsto, mas isso... Isso era realmente imprevisível e que poderia trazer grande estrago em sua felicidade junto com Hermione.

Decidiu então aproveitar todos seus momentos com a sua morena.

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Mais tarde, naquele mesmo dia.

Hermione, Draco, Harry e Ronald estavam todos no ministérios. Ambos prontos para assistir ao tal Beijo do Dementador. Ato que então levaria a vida de Lúcio Malfoy.

Alguns minutos após chegarem, foram chamados para uma sala escura e extremamente fria e dona de um ar tão triste que dava vontade de chorar, até mesmo de morrer.

Efeito dementador. A sala continha alguns deles.

Eles se acomodaram em poltronas diferentes, Hermione e Draco sempre juntos e ao lado de Narcisa.

Logo, Lúcio apareceu. Seus cabelos loiros estavam limpos, o corpo magro (magro até demais) estava coberto por uma roupa preta elegante, e apesar das visíveis olheiras ele mantinha o olhar superior que sempre víamos.

— Aqui estamos hoje - o juiz/ministro quebrou o silêncio agoniante da sala - para assistirmos ao Beijo do Dementador de Lúcio Malfoy, condenado à morte...

O juiz falou por intermináveis minutos, até que então anunciou:

— Que assim seja. Traga-os.

E ele chegaram. Aquelas criaturas asquerosas e cheias de tristeza, fatiga, cheias de morte.

E assim, Lúcio Malfoy se foi. O Beijo fora algo que não durara muito tempo, o que fora bom. Era horrível ver a agonia dele. Era horrível ver a vida dele sendo tirada de tal forma. Mas era Lúcio Malfoy, o homem mal. Não tanto quando Voldemort, mas mal o suficiente para não merecer segundas chances.

Ao saírem dali, o alívio surgiu. Finalmente o calor, a vida, as cores, as coisas que aparentavam serem boas e felizes.

Quando chegaram ao castelo, Hermione e Draco seguiram para a sala dos monitores-chefes e se sentaram no sofá, abraçados.

Draco se aconchegou nos braços da moça. Queria aproveitar aquilo tudo antes que algo de ruim aconteça. E ele tinha certeza de que não demoraria muito. Ficou pensando em sua mãe enquanto isso, e em como será que ela estava com tudo isso. Resolveu mandar uma coruja à ela.