A Caçadora - O Despertar escrita por Ketlenps


Capítulo 15
Capítulo 14 - Revelações


Notas iniciais do capítulo

Hey, meus caros leitores lindos :3
Demorei um pouco, mas tô de volta com mais um capítulo e nele teremos mais algumas revelações (acho que o nome do capítulo já denuncia isso, né não?).
Cap. betado pela Anne.
Espero que gostem e nos vemos nas notas finais ^^

Boa leitura ♥



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Pela milésima vez, em menos de um minuto, pisquei os meus olhos tão atordoada que nem a voz de Jack eu conseguia ouvir, era um eco que apenas reverbera pelas paredes de minha cabeça.

Sons sem sentido.

Como minha própria vida...

- Camille, está me ouvindo? - disse Jack, tocando minha mão sobre a mesa para chamar minha atenção.

Eu levantei os olhos para ele e o fitei, franzindo as sobrancelhas.

- E o que aconteceu depois? - fora a única coisa descente que saiu do fundo da minha garganta seca.

Jack me estudou por um segundo, seu semblante estava intrigado, preocupado, como se quisesse saber o que se passava dentro de minha mente. No entanto, ele sabia muito bem o que se passava, ele sabia o que eu pensava sobre tudo aquilo.

- Sim, eu sei. - disse ele. - Você está pensando o quanto essa história é bizarra, mas é a verdade.

- E a verdade é uma puta ‘x9’ que não consegue viver sem cuidar da vida alheia, que no caso é a da mentira.

- Sabe que esse seu modo de pensar está errado, não? - questionou Jack, arqueando a sobrancelha.

- Ah, dane-se! - empurrei a cadeira para trás com força e levantei-me, massageando as têmporas, enquanto minha cabeça tentava processar as palavras de Jack com clareza. Uma parte de mim tentava me deixar calma, murmurando coisas como "pense um pouco, ele mentiu para protege-la, não fique brava", ou "pare e pense, respire fundo e acalma-se". Porém minha outra parte gritava e xingava-me internamente.

Era como nos filmes e desenhos: parecia que eu tinha um anjo do meu lado dizendo-me para ficar calma, enquanto do outro lado o diabo dizia para eu fazer uma guerra.

Todavia, segui os conselhos de ambos.

- Camille... - Jack ergueu-se de sua cadeira e rodeou a mesa, porém eu gesticulei com a mão para que ele parasse onde estava e assim ele fez. Eu o fitei, incrédula, mas ao mesmo tempo assustada.

Por Deus! Ou Par Dieu, como diria François, eu estava assustada por uma história que Jack me dissera, apenas uma história. A questão era que as várias outras histórias que ele me contara ao longo de minha vida, eram apenas histórias, lendas para assustarem crianças e que nunca funcionavam comigo; mas agora não era uma lenda, era uma história real, que tinha a ver comigo, minha mãe e meu pai e por mais absurda que fosse eu acreditava em cada maldita palavra que saíra da boca de Jack.

Eu sempre acreditei nele.

E por causa disto me encontro no estado que estou agora. Tudo fora mentira, palavras vazias que saíram por meio de uma mente rápida o suficiente para inventar qualquer coisa para responder a pergunta daquela criança curiosa que apenas queria saber onde estava a sua mãe. Sim, esta criança sou eu.

Desta vez, não fui eu que desviei o olhar de Jack, o que eu sempre fazia quando nós dois compartilhávamos olhares afiados - o que não era o caso de agora -, Jack pareceu não suportar mais me encarar, pareceu não suportar a culpa em tamanho maior sobre as costas, e seus olhos foram de encontro ao chão, decepcionado consigo mesmo.

A culpa é dele! Julgue-o!

O perdoe, pense você na situação dele, estaria do mesmo modo. Ele não fez na para prejudica-la, tudo isso foi para o seu bem.

Exija mais respostas concretas, grite com ele, diga todas as coisas que estão entaladas em sua garganta. Diga todos esses palavrões, vamos garota! Solte o demônio que há em você!

A guerra dentro de minha cabeça entre o anjo e o diabo parecia interminável, eles brigavam entre si tentando ver quem conseguiria me persuadir melhor, mas não estava dando a mínima para ambos, só queria ter um momento de solidão com os meus pensamentos. Será que era tão difícil ter o próprio controle disso?

Fechei os olhos e suspirei, eu não estava tão enfurecida, eu estava, de fato, era decepcionada e triste, por isso estava mais calma agora. Em meu momento na escuridão que minhas pálpebras me davam, eu pensei, uma coisa que eu dificilmente tinha paciência para fazer. Concentrei em mim mesma, esquecendo o anjo e o diabo, eu não estava mais irritada, não estava com pena de Jack. Eu estava normal, como há muito tempo eu não ficava.

Ao abrir meus olhos, eles encontraram uma cor âmbar que olhava feliz para mim, Jack sorriu no canto dos lábios, aparentemente saudoso pela minha reação.

- Fazia tempo que eu não a via fazendo isto. - recordou-se ele. - Você fazia muito isso quando era pequena, quando ficava perturbada ou irritada demais, fechava os olhos e pronto. Quando abria-os, estava muito melhor.

Eu realmente não me lembrava de fazer isto quando mais nova. Mas Jack sempre se lembrava de tudo que eu fazia e como eu era, ele me conhecia mais do que eu mesma. Contudo, eu não respondi ao que ele disse, a única coisa que saiu da minha garganta fora uma voz rouca e curta.

- O que aconteceu depois, você não disse.

Jack inspirou profundamente, ele encostou-se na mesa e cruzou os braços sobre o peito. Ele coçou a sobrancelha, e eu sabia que aquilo era um sinal de nervosismo. Mas para ele podia ser um gesto que o acalmava, eu não conheço Jack tão bem quanto imagino.

- Tudo bem. - disse ele, e prosseguiu com o final da história. - Depois do que sua mãe vira na Chapelle de la Lumière, ela fugiu para a Casa dos Caçadores de Paris, quando eu a vi no hall de entrada, na noite em que você nasceu. Essa parte eu já te contei. Nós poderíamos ter vivido muito bem, ficando apenas longe de Lothur, o que já tinha começado desde o momento em que Lyssa começou a contar a história. Mas então surgiu os Caçadores traidores.

- Eu ouvi você, François e Maria falarem sobre isso umas semanas atrás. - disse eu.

- Tenho certeza que ouviu, e muito bem por sinal. - afirmou ele. - Os Caçadores traidores eram Caçadores de vampiros comuns, como nós, só havia uma pequena diferença. Eles eram um grupo que tinham suas próprias regras, eles não seguiam as que foram estabelecidas nos anos 1960, não se importavam de matar uma Criatura da Noite na frente de uma criança, ou não se importavam de se livrar dos corpos das mesmas.

- Eles me lembram muito uma pessoa... - disse pensativamente, e sorri para Jack que apenas balançou a cabeça.

- Mas você não é um deles eles, apesar de que você Camille, no quesito quebrar as regras, é bem pior que eles. Até porque, eles seguiam uma regra, não a oficial, mas seguiam. Já você... - ele deu de ombros, indiferente. - Você não segue nenhuma.

Bufei revirando os olhos e tentei tomar de volta o rumo da história.

- Onde tínhamos parado mesmo?

Jack sorriu, convicto.

- Os Caçadores traidores ficaram sabendo sobre Lyssa por meio de uma pessoa chamada François. - contrai as sobrancelhas, e Jack assentiu com a cabeça. - Sim, François também morava na mesma casa que eu e Lyssa.

- Isso devia ser horrível. - disse, lembrando-se do quão egoísta e hipócrita era François.

- Pelo contrário - respondeu Jack. - ele era uma ótima pessoa, bem diferente do que é agora. Mas que culpa ele tem? As pessoas ficam mais chatas e rabugentas quando envelhecem, não é o que dizem?

- Você é um ótimo exemplo. - eu ri com minha piada, mas Jack não, ele apenas me olhou entediado e ignorou.

- A questão é: François conheceu esse grupo, se interessou nele e virou um rebelde da gangue deles. Eles não se auto-intitulavam "Caçadores traidores", esse nome fora Maria que deu para eles e nem preciso explicar o porquê, o nome já diz tudo: Porque eles nos traíram. François ficou sabendo o que Lothur fez com você, ficou sabendo que você seria um perigo no futuro e achou melhor avisar para os outros Caçadores.

- Perigo? - indaguei ainda mais confusa. Eu era um perigo? Só se for para as Criaturas da Noite temerem eu e minhas Beths.

- Calma, já chego ai. - disse ele. - Os Caçadores aniquilavam tudo que eles achavam um perigo tanto para eles, quanto para o resto da população. Que ironia, não? Eles se preocupando com algo que seria perigoso para a população, logo eles, pessoas tão egoístas. Então, de uma hora para a outra eles queriam matar aquele bebê indefeso que só sabia chorar, no caso você. Lyssa estava com medo, ela não queria mais ficar na Casa dos Caçadores de Paris, ela precisava ir embora e levar você para longe dali. Eu concordei com ela na hora. O que eu achei mais estranho fora o fato de Lothur não ter aparecido, depois da noite que Lyssa fugiu ele não a procurou mais. Eu achei isso muito bom na verdade, Lyssa precisava ficar longe daquele louco.

- Se Lothur não a procurou mais, porque depois de vinte anos ele iria querer me procurar? Se é que ele quer. - disse eu, intrigada. - Mas se sim, porque só agora?

- Agora chegamos à parte em que você é um perigo. - Jack jogou a cabeça para trás soltando um suspiro forte, depois voltou os olhos para mim. - Antes de Lyssa fugir totalmente da Chapelle de la Lumière, Lothur a seguiu e nos meros minutos em que ele tentou pega-la de volta, ele lhe contou o porque de você ser tão importante para ele, Cammie. Ele disse que você era uma obra prima, disse que ele a criou para ser diferente. Ele disse que duas décadas se passariam e que aí chegaria a hora de você se preparar. Eu nunca soube para quê, Lyssa apenas contou isso, ela não disse o motivo. Acho que nunca saberemos...

- A não ser quando a hora chegar. - murmurei desanimada.

Caminhei até o sofá que horas atrás Maria estava sentada e me joguei nele, me aconchegando em uma almofada colorida que tinha ali. Jack me observou em silêncio, talvez ele imaginasse que minha reação tivesse sido outra, como por exemplo, eu deveria estar enfurecida e deveria desacreditar em toda a sua história, mas eu aceitei de uma vez. Fazer drama é pior ainda, eu não estava em um seriado de televisão para parecer aquelas garotas adolescentes que acham que ver o garoto que gostam beijando outra garota é o fim de tudo.

Humpf, odeio esses amores idiotas e clichês.

Além do mais, eu não sou mais uma adolescente - quero dizer, eu não sou para mim, essa idade em que estou para os Caçadores é o auge da adolescência.

- Jack, se minha mãe não morreu em meu parto, que eu já sei que você mentiu sobre isso, o que aconteceu com ela?

Acho que essa fora a pior coisa que eu poderia ter perguntado, me arrependi internamente por ter questionado ela, mas eu precisava saber a verdade. Jack ficou pálido por um segundo, sua mandíbula ficou rígida e a face ficou inexpressiva, mas seus olhos denunciavam sua dor. Eu jamais imaginaria que Lyssa fosse tão importante para ele. Claro, se eu perdesse Dan ou Mandy, ficaria arrasada, mas tinha algo diferente sobre o quê Jack sentia sobre Lyssa.

- Ela foi assassinada. - respondeu ele, praguejando levemente, enquanto encarava o chão atônito. - Na noite em que você foi entregue para mim ela disse que ia despistar os Caçadores traidores que estavam atrás de nós, eu não queria que ela fizesse aquilo, mas Lyssa insistiu. Eu disse que nunca a deixaria, então... - ele suspirou e ergueu o olhar para mim. Era doloroso ver seus olhos tão tristes. - Depois que ela não apareceu naquela noite tempestuosa, eu e Michele fomos atrás de Lyssa, a chuva que caia já havia parado e os primeiros raios de sol infiltravam-se pelo parque em que eu estava procurando por ela. Então Michele gritou meu nome e eu fui em sua direção; o que eu encontrei foi o corpo carbonizado de Lyssa. Como eu sabia que ela era? Na mão direita do corpo estava o anel que Lothur lhe dera, intacto; perfeito.

Jack trincou a mandíbula ao dizer as últimas palavras. Intacto e perfeito.

- Nossa. - Foi a coisa mais estúpida que eu já disse na minha vida! Nossa senhora da bicicletinha, eu realmente não sou boa em relação a dizer algo para pessoas que perderam alguém de quem gostavam muito, e também não sou boa em dizer "sinto muito", além do mais, acho essa palavra vaga demais. Penso que, se eu disser isso a alguém, será a mesma coisa que não dizer nada ou será a mesma coisa que eu dizer "eu compartilho o seu sofrimento, não se preocupe, sofro junto com você apenas para não ficar sozinho". E isso não é legal.

Jack me encarou, seu olhar me analisando. Eu fiquei um pouco desconfortável, mas nada disse.

- Você se parece com ele. - eu lhe devolvi um olhar confuso. - Com Lothur, você se parece com ele. Os mesmos olhos negros como carvão; os mesmos cabelos claros e lisos; os mesmos traços finos e delicados nas maças do rosto. Vou ser sincera, você não se parece nem um pouco com Lyssa.

- Eu sei. - respondi. - Quando vejo a foto dela não consigo ter uma imagem de que ela é minha mãe, então fico imaginando como era o meu pai. Mas agora eu não quero mais saber dele. Não depois do que você disse.

Jack abaixou o rosto e penteou os cabelos lisos com os dedos. Percebi que estava na hora de ele o corta-lo, seus cabelos sedosos já estavam caindo sobre sua testa e se eu não o lembrasse do que tinha que fazer, iria deixar o cabelo como o de Kate, na altura da garganta. E como eu sempre dizia, isso o deixaria menos atraente para ela, até porque acho que Kate não gostaria de ter um namorado com o cabelo igual ao seu.

- Jack - eu o chamei, e ele ergueu o rosto para mim.

- Sim?

Ponderei um pouco sobre como eu falaria sobre aquilo, era um assunto delicado para ele, eu sabia. Mas eu e Jack nunca tivemos vergonha de falar sobre nada, então agora também não seria diferente.

- Você gostava de Lyssa, quero dizer, você não gostava dela apenas como melhor amiga, eu sinto que...

- Eu a amava. - respondeu ele, direto e firme. - Ela era a mulher por quem eu daria a minha vida, o problema é que na hora em que ela precisou de mim eu não estava lá. Eu fracassei.

O amor é uma merda!

Sinto que essa frase se encaixa perfeitamente com qualquer Caçador de vampiros, não importa. Eu sabia que Jack gostava de Lyssa mais do que apenas melhores amigos, no momento em que eu comecei a perceber sua reação quando eu falava sobre ela, comecei a desconfiar.

Agora me sinto pior ainda... Jack, meu pai de criação, era apaixonado pela sua melhor amiga, no caso minha mãe. E foi por minha culpa que ele a perdeu, por minha culpa minha mãe morreu de forma terrível, por minha culpa... Não! Pare com isso Camille, não é sua culpa, nada disso é sua culpa. Você era só um fetinho do mau quando tudo isso começou, pare com essa besteira. Está parecendo aquelas garotas das séries de televisões. Mimadas e dramáticas. Havia me esquecido que meu subconsciente vive me repreendendo e me questionando.

Algo ofuscou em minha mente e lembrei-me de uma parte da história que Jack contou. Ele disse que Lyssa, na Chapelle de la Lumière, recebeu uma marca na barriga quando teve a mesma tocada pela mão do homem de olhos azuis tão transparentes quanto vidros e que logo depois ela ouviu uma voz em sua mente. E isso acontecera comigo, logicamente que não do mesmo jeito que Lyssa.

- Jack, quero lhe mostrar algo. - disse chamando sua atenção e quebrando o silêncio constrangedor que havia se grudado ali.

Eu levantei-me do sofá e virei de costas para ele, puxei a bainha da camiseta azul que usava e a ergui até o ombro.

- Camille, você pode não ter o mesmo sangue que eu, mas ainda sou seu pai e não quero que você faça um strip tease para mim. Eu não curto incesto. - disse ele, fazendo-se de resignado.

Rolei os olhos para cima.

- Cala a boca e olha.

Jack ficou um instante em silêncio, e aquilo indicava que nem ele sabia o que a marca que eu tinha logo abaixo do ombro significava, senti seus dedos quentes e ásperos fazerem movimentos circulares na marca. Quando senti que ele parou, virei-me para o encarar e sua face era interrogativa.

Ele arqueou uma sobrancelha.

- Possa saber o motivo de você ter se marcado com ferro quente nas costas?

- Jack, eu não sou vaca para me marcar com ferro quente. - disse impaciente, ele apenas sorriu descontraído. - Essa marca surgiu quando eu fui atacada pela primeira vez por uma daquelas gárgulas.

- E você acha que essa marca tem alguma coisa a ver com as gárgulas...?

- Talvez não, acho que tem a ver com a pessoa que controla elas. - disse eu. - Na noite em que eu e Henry fomos atacados, a gárgula falou, ela disse que eu era filha do mestre. Lembra-se? Eu tinha te dito isso.

- Sim - Jack suspirou. - Fora ai que eu comecei a ficar mais preocupado com você. Este mestre só pode ser uma pessoa...

- Lothur. - completei sua frase e Jack assentiu com a cabeça.

Minha vida agora fazia um pouco mais de sentido, eu sabia quem era o meu pai, sabia o que acontecera com a minha mãe e sabia que eu era um perigo. Eu estava confusa, é assim que me sinto; confusa porque não sei o que acontecera e pelo qual motivo sou um perigo, confusa e perdida.

O que será de você Camille Carter?

O quê?


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Notas finais do capítulo

Bora subir a hashtag #FilhadoDiabão porque a Cammie merece, né minha gente? E acho que ela tem que rezar um pouquinho mais para a Nossa Senhora da Bicicletinha, senão ela não irá ajuda-la contra o capiroto (ou tinhoso, demo, capeta, cão, o que vocês preferirem) AHEUAHEUAHEUAHU
ENFIM.
Espero que tenham gostado, o próximo capítulo estará recheado de ação, na verdade, pretendo fazer todos os próximos capítulos cheios de ação e... MORTES *0* (vou dar uma de George R. R. Martin) xD Só que não. (quero dizer, não tão cedo...)
Comentem!
Até :D