A Caçadora - O Despertar escrita por Ketlenps


Capítulo 14
Capítulo 13 - O Conto da Criança


Notas iniciais do capítulo

Hey!
Como prometido, aqui está o capítulo contando uma certa histórinha que Jack ocultou da Camille que revela certas coisitas! *0*
Espero que gostem e que não esqueçam de comentar no final!
Cap. Betado pela Anne.
Boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/338518/chapter/14

- Eu e sua mãe éramos melhores amigos, fazíamos tudo juntos: saíamos à noite para caçar Criaturas e só voltávamos no amanhecer, e claro nos divertíamos muitos. Mas eu não preciso te contar isto, até porque já disse muitas vezes, principalmente quando era pequena e me pedia para contar uma estória para você dormir.

"Sua mãe tinha apenas dezesseis anos quando conheceu o seu pai, lembro-me que neste dia eu estava doente com uma febre horrível e acabei não indo caçar com Lyssa. Ela voltou tarde da noite, eu tinha perguntado para ela onde estava e porque tinha demorado tanto, já que ela disse que não ficaria muito tempo fora. Sorridente pela minha preocupação exagerada, ela havia respondido que estava passeando com um garoto que tinha salvado a vida dela. Neste momento fiquei mais preocupado ainda! Como assim tinha salvado a vida dela? Lyssa tinha ficado em perigo? Mas ela apenas disse que um vampiro tinha atacado ela por trás enquanto andava e se o garoto não tivesse aparecido, ela disse que provavelmente não estaria ali para contar aquela história para mim. Bem, não estaria como humana.

"Foi apenas questão de tempo até Lyssa se apaixonar por Lothur; sim, pode fazer careta, este nome esquisito é o nome do seu pai verdadeiro. Ela vivia falando para mim o quanto amoroso ele era, gentil e inteligente. Lembro a primeira vez que o conheci, eu estava conversando com sua mãe na praça que havia em frente a Casa dos Caçadores de Paris, ele chegou de repente a chamando para darem uma caminhada. Lothur fora legal comigo, agiu normal, como qualquer outro adolescente, mas eu não gostei dele; nunca gostei. Eu sentia que seu olhar não era confiável, que atrás daquelas órbitas negras havia mais do que apenas um Caçador. Sim, ele era um, mas não morava na Casa de Paris, ele morava sozinho em um apartamento qualquer de um bairro que eu não me lembro.

"O começo do namoro deles fora como qualquer outro, você sabe, já namorou muitos caras. E pelo amor, que péssimo gosto você tem para escolhe-los, Cammie. Enfim. Lothur sempre ia lá na mansão, fez amizades com todo mundo, até foi chamado para morar lá, mas ele não quis. Insistiu dizendo que preferia viver sozinho, em seu próprio ‘cafofo’. Ele era estranho. Incrível como garotas adolescentes enlouquecem por um cara misterioso com cara de psicopata.

- Eu nunca gostei de caras psicopatas. - interrompi a explicação de Jack, erguendo uma mão.

Ele sorriu de lado.

- Agradeço por isso.

"Aos dezessete anos, um ano de namoro depois, Lyssa ficou grávida e eu fui o primeiro a saber. Ela não contou a Lothur, ou para Maria, sua melhor amiga também, ou mesmo para sua mãe; ela contou para mim. Lyssa tinha me levado para caminharmos no Champ de Mars e ali, naquela maravilhosa vista, ela parou de andar e virou-se para mim. Ela jogou o resto do sorvete que lambia num lixo, lembro que disse para ela que sua boca estava suja de sorvete de chocolate, ela riu sem graça e limpou o canto dos lábios com as costas das mãos. Cristo, como eu sou um idiota. Ela então, finalmente, depois de um minuto de silêncio constrangedor, foi direta e rápida comigo.

"- Jack, eu estou grávida. - ela disse, placidamente, como se aquilo não fosse afetar a sua vida em nada, como se ela já estivesse planejando aquilo. Mas eu sabia que por dentro Lyssa contorcia-se tanto quanto uma minhoca fora da terra. Ela sempre fora assim, tinha essa capacidade de ocultar dos outros o que de verdade estava sentindo, mas ela sabia que não podia esconder de mim.

"Eu não sabia o que fazer e muito menos o que dizer, eu acho que fiquei uns dois minutos encarando-a atônito. Não sabia se ficava irritado pelo pai de seu bebê ser Lothur, ou por ela ser jovem demais para ter um filho. Naquele momento eu queria ter gritado com ela, tê-la xingado e ter dito "como você não se previne? Como pode ter deixado uma coisa dessas acontecer mulher?!". Mas eu disse apenas uma coisa e acho que foram as palavras certas.

"- Não importa, Ly. - disse eu, segurando em suas mãos. - Eu estou do seu lado e ajudarei você no que precisar, confie em mim.

"No final, ela confiou. Sua primeira reação foi me fitar, a segunda ela deu risada e na terceira, ela chorou me abraçando forte.

"Depois, todos na Casa dos Caçadores já sabiam de sua gravidez e claro, todos ficaram um pouco chocados. Você sabe, quando uma Caçadora fica grávida ela não pode ficar mais na Casa, e também a maioria das Caçadoras quando têm filhos, ou estão casadas, ou não moram em uma Casa de Caçadores. Isso só significava uma coisa: Lyssa não poderia viver os próximos nove meses lá; eu teria lhe oferecido um lar, mas nem casa eu tinha e então quem mais poderia lhe ajudar? Isso mesmo. Lothur.

"Eu não sei qual foi a sua reação quando descobriu a gravidez de sua namorada, Lyssa nunca teve tempo de me dizer e eu nunca fiz questão de perguntar, mas ele também não demonstrou nenhum certo desespero, pelo contrário, ele parecia estar maravilhosamente bem. Quando ele saiu à noite da Casa dos Caçadores, depois de descobrir a gravidez de Lyssa, eu tinha o acompanhando até a porta. Lothur já estava estranho há alguns dias atrás, fazia um tempo que não se encontrava com Lyssa e que não falava com ninguém da mansão, logo ele que era tão extrovertido com todo mundo; não falamos nada até chegarmos à porta da Casa.

"- Fico realmente muito feliz por estar ajudando, Lyssa. - disse eu, fintando-o. Lothur passou a mãos nos cabelos platinados e sustentou um olhar firme e frio sobre mim. Ele me olhava como se estivesse vendo uma barata morta com a gosma sujando o chão de um piso de azulejo branco e caro.

"- Você achava mesmo que eu não iria ajudar a mãe do meu filho? - disse ele. - Ela é minha mulher e não sua.

"Eu fiquei pasmo com sua resposta.

"- Mas ela é minha melhor amiga.

"- Mas ela carrega no ventre o meu filho e não o seu. - rebateu ele. - Não precisa ficar rodeando por ai, vendo se as coisas da sua melhor amiga estão bem e o que mais precisa fazer por ela, grudando em Lyssa como um chiclete na sola da bota. - ele aproximara de mim, a noite estava parcialmente fria e as sombras dos galhos das árvores ao redor de nós dois, davam uma face sinistra para Lothur. - Não seja estúpido, ela estará muito bem comigo, e será muito bom para ela se distanciar de pessoas como você, Carter. Você é só mais um amigo, um amigo...

"Então ele virara as costas para mim, enfiou as mãos nos bolsos do casaco e saiu noite a fora, para qualquer lugar que fosse. Sua reação foi inesperada, jamais imaginaria que ele estaria tão...! Perturbado comigo. Era assim que ele parecia. Eu também sabia que ele fora rude comigo por ciúmes, mas o pior fora que suas palavras me fizeram pensar. Fiquei aquela noite toda encarando o teto de meu quarto, com aquelas palavras reverberando pela minha mente. Só um amigo. Só um amigo.

"Logo no dia seguinte, Lyssa foi embora com Lothur, eu tentei falar com ela, argumentar sobre ela ter aceitado a ajuda dele. Mas que chance eu tinha? Ele era namorado dela, pai de seu filho, ela e ele tinham muito mais razão de irem morar juntos, eu que era o errado na estória.

"Naquele mesmo dia eu liguei para Lyssa, ela estava bem, estava arrumando as suas coisas e foi ai que eu fiquei surpreso com algo que ela revelou na hora. Não estava no apartamento de Lothur, ela respondeu sem graça que na verdade estava no que parecia ser uma casa de freiras. Naquele momento eu comecei a brigar com ela, eu sabia que do outro lado da linha ela revirava os olhos a cada escândalo meu. Eu disse que ela não deveria confiar em Lothur, falei da minha conversa com ele da noite anterior, mas Lyssa ignorou.

"- Jack, você está paranoico demais. - disse ela. - Sei que está com raiva por não ser você que está me oferecendo um teto para morar e sei também que você tem uma preocupação exagerada demais de vez em quando, mas... - ela deu uma pausa. - Eu estou bem, muito bem na verdade. Não precisa mais se preocupar.

"Talvez ela estivesse certa, mas como eu disse, talvez. Eu, era claro, não esperei nem um dia e fui visitar Lyssa. Eu havia ligado para ela e pedido o endereço de sua mais nova casa. Eu fui em um horário que Lothur não estaria lá. Minha primeira reação ao chegar foi: O que diabos é isso?

“A "casa" onde ela estava parecia uma igreja antiga, estava mais para uma casa do século quinze. Com paredes de pedras, a porta de entrada era de uma madeira escura e grande e em cima da mesma, havia uma placa de bronze segurada por correntes onde estava escrito Chapelle de la Lumière. Achei aquilo bizarro. Capela da luz? Quem mora em um lugar desses?

"Eu bati na porta e quem me atendeu foi uma senhora, ela me encarou séria, a boca numa linha fina e os olhos opacos desinteressados. Usava um vestido de veludo azul ridículo, a senhora perguntou se eu era Jack e eu assenti, ela me deu passagem e eu entrei. Lembro que tinha um pequeno hall de entrada e mais uma porta que quando a senhora abriu, uma pequena capela revelou-se. Havia um palco, bancos de madeiras nas duas fileiras, como numa igreja comum. A senhora me levou para a lateral da capela e nós entramos em outra porta, ali havia uma escada em espiral; eu as subi depois que a senhora mandou, dali em diante ela não me acompanhou mais. Disse que era para eu seguir até o final do corredor, pois Lyssa estaria na última porta.

"Aquele ambiente parecia comum, não havia nada de diferente que eu pudesse usar contra Lothur, e dizer que ele estava colocando em risco a vida de Lyssa e seu filho. Eu confesso que queria muito que tivesse algo de errado para que Lyssa pudesse ir embora. Eu segui até o final do corredor e bati na porta, a voz de Lyssa autorizou a minha entrada. O seu quarto era luxuoso para aquele prédio com cara do século quinze. Lyssa me atendeu alegremente, nós conversamos, eu disse a ela o quanto era bizarro aquele lugar, mas ela apenas riu.

"Não demorou muito para eu ir embora, só queria saber se Lyssa estaria segura. E novamente aquelas palavras de Lothur gritaram em minha cabeça: "Não precisa ficar rodeando por ai, vendo se as coisas da sua melhor amiga estão bem e o que mais precisa fazer por ela, grudando em Lyssa como um chiclete na sola da bota." Eu sei que deveria ignorar ele, mas Lothur tinha o poder de usar as palavras contra suas vitimas. Ele era esperto.

"O tempo passou rápido, as coisas estavam mudando. Eu falava com Lyssa todo dia, ela sempre dizia que estava bem, porém, quando ela chegou aos oito meses de gravidez, ela simplesmente parou de falar comigo. Eu ligava para ela, mas Lyssa não atendia, passei semanas sem falar com ela e quando eu falava, Lyssa respondia sempre a mesma coisa.

"- Eu estou bem, não se preocupe.

"Mas ela não estava e por isso eu continuei querendo mais respostas. Fui na Chapelle de la Lumière, mas Lyssa não quis falar comigo, ela simplesmente me ignorou. Eu fiquei frustrado, confuso e triste; Lyssa não era assim, alguma coisa estava errada. A última vez que liguei para ela, eu e Lyssa tivemos uma briga feia. Ela disse que não queria que eu ligasse, disse para eu a deixa-la em paz, pois eu estava sendo um péssimo amigo, eu estava sufocando-a. Eu não fiquei pior do que eu estava, fiquei ainda mais intrigado, aquela não era Lyssa, ela não era assim. Imaginei que fosse Lothur mexendo com sua cabeça, dizendo coisas que não eram verdade sobre mim.

"Foi então que tudo mudou em uma única noite. Eu estava com insônia naquela noite, não conseguia dormir de modo algum, por isso fui para a cozinha preparar alguma coisa para beber. Foi então que eu ouvi um choro, uma pessoa soluçando forte e passos pesados e descoordenados. Andei até o hall e a encontrei. Seus cabelos como ouro estava bagunçados, grudando-se em sua bochecha por causa das lágrimas, ela segurava-se na parede, incapaz de ficar ereta sozinha. Eu fiquei estarrecido, o que Lyssa estava fazendo ali aquela hora da madrugada? Eu corri ao seu encontro, Lyssa ergueu o rosto e o mesmo cortou meu coração. Ela me abraçou forte, mesmo desajeitadamente por causa de sua barriga de nove meses, e chorou.

"- Está tudo bem. - eu sussurrei para ela, afagando seu cabelo, enquanto ela escondia o rosto em meu ombro. - Eu estou aqui, não se preocupe. Nada lhe acontecerá; eu estou aqui.

"Foi naquela mesma noite que você nasceu Cammie. Sua mãe começara a sentir fortes contrações, dou risada toda vez que lembro do meu desespero, mas eu consegui me controlar. Acordei quase toda a Casa dos Caçadores de Paris, Maria foi quem pegou o carro para levar Lyssa ao hospital. Uma outra amiga nossa também foi, a Michele. Quem sabe um dia você não a conheça, ela era uma grande pessoa.

"Em meio a tudo que estava acontecendo, Lyssa não teve tempo de dizer o porquê ter aparecido do nada de madrugada. Michele perguntou se não deveria ligar para Lothur e dizer que o bebê iria nascer, mas com um grito Lyssa negou. Disse que não queria ele por perto nunca mais. Ninguém contradisse nada.

"Você Camille, nasceu às 3h30 do dia 3 de abril, do ano de 1999 em Paris. Era tão pequenina e indefesa, lembro-me. Mas tinha uma coisa de errada, não com você e sim com Lyssandra. Mesmo depois do parto ela não disse nada sobre o que aconteceu, até porque ela estava de recuperação, mas era sua face que a denunciava. Ela já não conseguia esconder nem de mim e nem de ninguém que tinha algo de ruim acontecendo. Ela ficava com os olhos perdidos, fitando a janela do quarto no hospital, a face inexpressiva, mas as linhas entre suas sobrancelhas mostravam sua dor.

"Contudo, no dia em que Lyssa estava se sentindo suficientemente boa para conversar, ela falou tudo sobre o que aconteceu e sobre quem Lothur realmente era. Um louco. Eu tive vontade de sair correndo daquele quarto, ir atrás de Lothur e socar sua cara até a mesma esmagar e seus olhos pularam de seu rosto. Como ele tinha coragem de fazer aquilo com a própria filha? Coloca-la em suas loucuras, usar a mulher como passagem para isso...

"Camille, o que eu vou te contar agora pode deixa-la perturbada, mas é melhor que você saiba toda a verdade de uma vez, que eu sei também que é tudo o que você quer. Seu pai, Lothur, tinha planejado tudo, ele queria que Lyssa ficasse grávida e que se mudasse para a tal casa das freiras. Aquela casa na verdade era um tipo de igreja satânica, onde pessoas iam para adorar o capeta; eu sei, coisa de louco, a cara de Lothur mesmo. Aquele estúpido, mas ao mesmo tempo esperto, como pode?

"Quando Lyssa me contou isso, minha primeira reação foi de deboche e eu só pensava no qual lunático ele era. Mas então, Lyssa continuou prosseguindo a história. As pessoas que iam naquela igreja, o grupo satânico, eles estavam precisando de um bebê, precisavam de uma mulher grávida que desce a luz a criança que eles precisavam. Como um sacrifício, mas eles não iriam matar o bebê, eles o queriam vivo para uma coisa.

"Lyssa nos contou que todo o tempo que ela passou lá, ela estava sendo controlada, era como se estivesse o tempo todo drogada, muitas vezes não se lembrava do que tinha feito no dia anterior. Ela disse que não era ela que estava falando comigo quando eu ligava, quero dizer, Lyssa não estava sendo ela mesma, era como se alguma coisa naquele lugar estivesse deixando-a com raiva do mundo exterior. Ela disse que não queria saber de nada, não queria sair, não queria falar com os amigos (nesse caso eu); só queria fica na Chapelle de la Lumière. Ela se sentia estranha, ela sabia que coisas esquisitas estavam acontecendo ali, mas ela simplesmente ignorava.

"Ela disse que era como se uma força estranha e desconhecida estivesse prendendo-a naquele lugar, forçando lhe a gostar de algo que ela, de fato, odiava."

"Mas esse não é o pior, Lyssa fugiu de lá depois que ela descobriu o que aquelas velhas senhoras e outros jovens, incluindo Lothur, estavam fazendo com ela. Na noite em que você nasceu Cammie, antes de Lyssa fugir para a Casa dos Caçadores, ela disse que fora levada para dentro da capela. Ela estava como de outras vezes atrás, zonza e sem controle do próprio corpo, no final, Lyssa concluiu que elas davam algum tipo de droga para ela.

"Lyssa disse que se deitou em algo sólido, que machucava suas costas, mas no estado que estava não podia abrir a boca para reclamar, ou mesmo contorcer-se um pouco. Sua visão estava borrada, ela só conseguia enxergar uma luz amarelada mesclada com vermelho, conseguia também visualizar alguns vultos pretos, que depois ela descobriu serem as pessoas do grupo com capuzes. Foi então que ela disse que começara a sentir dores fortes em sua barriga, contrações, ela disse que você chutava tanto a barriga dela que por um momento ela pensou que você fosse atravessar. Ela disse que começara a gritar de dor e que sua visão e controle do corpo foram voltando aos poucos, e que naquele instante quando os olhos de Lyssa acostumaram-se com o ambiente, ela viu o que jamais imaginaria ver em sua vida.

"Confesso que quando ela me contou isso, eu demorei um tempo para acreditar, era loucura, coisa de gente que acredita em histórias contadas pela igreja ou por loucos como os adoradores do diabo. Que coisa idiota.

"Lyssa disse que todo o recinto estava escuro, ela havia se sentado, chamado por alguém, mas ninguém lhe respondera. Contudo, no instante em que ela ia levantar-se, uma chama forte acendeu-se em sua frente, ela disse que era fogo e sombra misturando-se. Ela estava muito perturbada quando nos contou, tremia tanto que Maria teve que segurar suas mãos. Ela estava chocada e com a face lívida. Ela disse que viu um rosto na neblina escura, ele era bonito, mas era a sua beleza que era bizarra e assustadora. Era masculina, tinha olhos tão azuis que podiam ser transparentes e a pele tão branca quanto papel, seu corpo fora aparecendo conforme ele andava, as nebulosas sombras que o circulavam iam dissipando e mostrando seu corpo.

"Lyssa disse que ele era como um anjo; um anjo demoníaco.

"Ele estava de terno, elegante, e Lyssa, com pavor, disse que ele tocou sua barriga com a palma da mão, infiltrando-se por debaixo de sua blusa. Uma mão branquela com dedos longos e finos, unhas pretas e longas, e o que mais assustou Lyssa, foi que sua mão quando tocou sua pele, estava tão quente que a queimou. Ela dissera que por alguns segundos pensou que ele fosse uma Criatura da Noite e que ele seria tão gelado quanto o inverno da França, mas não.

"Lyssa caíra do altar onde estava sentada, aos gritos, segurando a barriga e sentindo sua pele queimar, como se ela estivesse sendo marcada por ferro quente. Instintivamente olhou para a barriga e viu uma estranha marca que no dia ela não conseguiu identificar, mas ela também não teve como nos mostrar, porque a marca havia sumido. Lyssa disse que viu Lothur, ele estava todo de preto perto do homem rodeado pela neblina negra, mas ele não ligou para Lyssa sofrendo ali, ele olhava fascinado para o homem dos olhos azuis.

"Lyssa também nos disse que uma voz falou com ela em sua cabeça, e que ela teve uma visão, como se estivesse assistindo a um trailer de um filme repleto de ação. Foi ai que ela descobriu o porquê de eles precisarem de você, Cammie, o que a fez fugir.

"Você foi marcada para ser a chave que abrirá as portas do inferno."


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Como a beta da fanfic disse, a Anne, ela pensou que a Cammie fosse Filha do Diabão AHEUAHEUAHEUAH (belo apelido, não acham?)
Então, o que acharam? Vocês tinham seus próprios palpites sobre o passado da Dona Lyssandra e o papis da Camille, o Sr. Lothur? (ui :3) Ele ainda não apareceu aqui na fic, mas acreditem, eu o A-M-O! *0* (tenho uma profunda queda pelos vilões AHEUAHEUA)
Deixem comentários (podem ser grandes se quiserem, eu não me incomodo, na verdade, acho que nenhum autor se incomodo em ler belos reviews :3)

Nós vemos no próximo capítulo! ♥