Pequenos Infinitos escrita por Uriba


Capítulo 6
CAPITULO 6


Notas iniciais do capítulo

Leiam!!!! O sexto capitulo, acho que esta na metade já, são poucos capítulos, mas acho que estão bons



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Acordei cedo na manhã seguinte de novo. Eram quatro da manhã. Cara, eu não fazia ideia do porque, mas estava preocupado com Grace. Liguei para Luke. Ele atendeu com uma voz sonolenta.

– Quem é? – gemeu.

– Eu. Posso ir aí de tarde?

– Cara, você poderia ter me ligado de tarde. Mas acho que pode... Se você não puder eu ligo. Mais tarde.

Ele desligou. Eu peguei um cigarro do maço debaixo do travesseiro e comecei a não fumar ele.

***

A uma eu fui para casa de Luke. Cheguei lá meia hora depois. Os pais dele não estavam e a irmã dele correu para me cumprimentar. Ela era adorável. Tinha uns o que? Cinco. Seis anos talvez?

Tinha o cabelo castanho liso, olhos verdes iguais aos de Luke e usava uma camiseta com uma borboleta COMPLETAMENTE multi-colorida estampada. Ela me deu um tipo de abraço no joelho e eu coloquei a mão na cabeça dela. Luke sugeriu que nós jogássemos um pouco e concordei. Ele colocou um jogo de tiro. Um cara bombado, com a barba por fazer, em um uniforme militar velho e um pouco antiquado era o protagonista. Ele iniciou o jogo e começou com o controle. Só tinha um, por isso a gente tinha que revezar no esmagamento insano de botões.

– Cara, acho que estou gostando da Grace – falei.

Ele atirou em dois caras que estavam atrás de uns caixotes enormes. Matou os dois e uma cena começou. O cara bombado estava andando em um corredor. Estava em um navio cargueiro inimigo. Ele andava atento a cada som, com passos lentos. Quando um cara pulou para fora de um cômodo lateral com uma faca na mão direita. O Soldado do Bem segurou o pulso dele e o bateu contra a parede oposta.

– Sério? – Luke falou.

Eu desviei o olhar da TV para responder.

– Tipo, de verdade.

Olhei de volta para TV e de repente o cara com a faca estava morto com a própria arma cravada no pescoço. A cena acabou e uma mensagem apareceu na borda superior da tela dizendo que tínhamos ganhado a arma do inimigo.

– Você nem conhece ela direito. E se ela for uma Mafiosa ou algo do tipo?

– É.

Uma bomba explodiu no jogo fazendo um barulho e nós dois de repente nos concentramos totalmente na tela. Como se ela fosse um tipo de Deus, Luke fazia o personagem correr como um louco, apertando a combinação de botões que aparecia na parte inferior da tela. A cada botão o homem desviava de algum obstáculo. Ele pulou um buraco que explodia enquanto ele pulava e a explosão quase o pegou. Depois alguma coisa explodiu na lateral e alguns caixotes voaram na direção dele, que desviou rolando no chão de metal. Mais algumas coisas explodiram e caíram, até que uma porta aparecesse aberta. Luke relaxou, mas quando o personagem estava na frente da porta ela explodiu e um comando apareceu na tela, mas Luke não conseguiu apertar o botão a tempo, e o soldado voou uns 40 metros para trás quando o fogo o alcançou, indefeso.

Ele me passou o controle, saindo do “corpo do personagem”.

– A amiga dela também é interessante.

– Para mim ela pareceu um tanto solitário e desconsolada.

– Talvez. Mas ela é bonita.

– Sim. O seu tipo, seios grande, animada, pouco cérebro.

Ele socou meu braço enquanto a coisa toda das explosões começava de novo e o soldado começava a correr como um louco. Eu já sabia o que ele faria até a porta, então só prestei atenção aos comandos que iam aparecendo.

– Me empresta seu celular?

Eu apertei um botão e tirei o aparelho do bolso e joguei em cima do sofá.

Voltei minha atenção de volta ao jogo. Enquanto Luke mexia em alguma coisa no meu celular o soldado corria como um louco cercado por chamas e explosões. Cheguei à frente da porta novamente. Apertei o comando certo e o soldado saltou para trás se jogando no chão e cobrindo a cabeça. Depois da língua de fogo cessar ele se levantou e voltou a correr, uma passarela tinha despencado com a explosão vinda da porta e o soldado subiu nela e correu até o mais alto que conseguiu, apertei mais um botão e ele pulou e se segurou em uma escada de metal enquanto tudo em baixo ardia em chamas com mais uma explosão. Subiu as escadas e um helicóptero inimigo o estava esperando.

Agora estava no pátio principal do navio, sobre o céu escuro da noite e a luz brilhante do helicóptero. O inimigo atirou um míssil no soldado e ele desviou por um triz e foi parar atrás de umas caixas grandes de metal, onde convenientemente havia uma bazooka encostada, com munição em uma caixa aos pés dele. Troquei uma das armas dele, enquanto Luke gritava: “Deixa a Pistola”. Mas eu já tinha largado a pistola e estava mirando no helicóptero. O míssil armado e preparado para explodir aqueles malditos russos! Quando Luke falou.

– Pronto!

Eu fiz o personagem ficar de pé e fiz mira.

– O que?

Soltei um míssil, que passou a poucos centímetros da cauda do helicóptero. E fiz o soldado se agachar de novo atrás das caixas de metal de dois metros e recarregar a arma, enquanto os soldados dentro da aeronave lançavam uma rajada de balas em mim.

– Você tem um “encontro” com a tal da Grace! – Anunciou ele.

Fiz o soldado se levantar e gritei:

– O QUE?!

Demorei para atirar e perdi minha chance. E ainda pasmo me virei para a tela enquanto Luke gritava: “Cuidado!” apontando para a tela. Alguns dos tiros me acertaram e eu me agachei as pressas. Preparei uma granada e joguei nos inimigos. Mas ela ricocheteou no rosto de um deles e caiu em algum outro lugar.

– COMO ISSO É POSSÍVEL?! –berrei apontando para a tela.

Luke fez que não sabia com os ombros e eu me virei de volta para a tela, perguntando:

– Como assim eu tenho um encontro com ela?

– Mandei uma mensagem.

Mirei e atirei de novo, dessa vez o projétil colidiu direto com a hélice da aeronave que explodiu e eles começaram a cair, enquanto uns sete homens pulavam para fora. Acertei dois deles no ar e eles caíram no chão metálico do navio, inertes. Voltei para trás das caixas. Um símbolo apareceu na tela, indicando que havia uma granada por perto. E nós dois começamos a gritar desesperados:

– Granada! Granada! Granada! Granada! Granada! - Enquanto eu procurava por ela no chão.

Eu a avistei e tentei me afastar. Daí Boom. Passei o controle.

– O que você disse para ela? – voltei a pensar naquela coisa do “encontro”.

– Disse para ela te encontrar no parque daqui meia hora.

– Eu quis dizer, o que você disse exatamente?

– Eu mandei. Droga! – ele tinha errado um dos tiros no jogo – Disse: ”Ei, eu estou realmente a fim de você, tipo, apaixonado! Sai comigo?!” E ela devolveu com um. Ai! – Outro tiro perdido – “Sim... Quando?”

Ele se calou por um segundo, se esquecendo que estava me contando alguma coisa enquanto abatia o helicóptero e jogava uma granada na área onde os sobreviventes inimigos tinham caído. Ele atirou como um louco com uma metralhadora nos soldados matando todos eles por sorte e depois a granada explodiu, fazendo os cadáveres irem pelo ar.

– Continua! – berrei.

Ele voltou à realidade, meio aturdido enquanto alguns helicópteros de resgate se aproximavam do navio e o nosso soldado subia a bordo de um deles. A missão havia terminado e nós pudemos ver aquele navio amaldiçoado se dividir em dois e afundar no mar calmo da noite.

– O que? Ah, sim. Então eu disse para ela te encontrar no parque aqui perto daqui meia hora. E ela concordou.

– O.k...

Estava difícil de acreditar. Uma nova missão se reiniciou no jogo. Mudando completamente o cenário. Estávamos em uma floresta com mata fechada agora. E eram duas da manhã.


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Notas finais do capítulo

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