Nem parece que eu havia destruído tudo naquele lugar porque ele estava impecável. Draco veio em minha direção quando entrei....

- Liso... Voltou ao normal. Como se sente?

-  Confusa, com raiva, com vontade de voltar às pedras.

- Pudim e FireWhisky resolvem isso. - ele disse

Sorri um pouco. Ele me fez sentar ao seu lado e cuidou para que eu comesse exatamente o que disse. Claro que todos sabiam o que aconteceu, exatamente por isso me encaravam. Uma sonserina, Greengrass, veio para perto com uma garota que presumi ser sua irmã... corvina. Não dei atenção.

- Draco, você vai ficar acompanhando a maluca? - Daphne pergunta

- Não a chame de maluca. - foi tudo o que ele respondeu, sem olhá-las

- Ótimo, cancele nossos compromissos. - a Corvina disse

As observei ir e olhei Draco.

- Uma corvina? Sério?

Ele apenas deu de ombros. Como será que a mente desse garoto funcionava, Morgana? Isso é desgastante! Tentar, tentar e nunca conseguir saber o que ele estava pensando. Devia estar na minha cara que procurava um meio de revirar sua mente porque ele sorriu como se fosse algo muito divertido.

- Gosto de garotas, elas gostam de mim. Simples.

- Não tenho certeza se gosto disso. - eu disse e apenas depois percebi isso

- Não se preocupe, cortei meus "alvos" ontem. Preciso de uma namorada para me tirar dos eixos... estou começando a ficar muito certinho.

Sorri maldosa sentindo as bochechas esquentarem levemente.

- Alguma exigência em especial?

Comi um pouco de pudim e bebi o suco de abóbora batizado com FireWhisky.

- Sim. Uma. - ele respondeu

- Qual, meu querido primo tarado?

Ele sorriu e me puxou para perto discretamente. Eu entendi bem o que ele quis dizer.

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Não foi difícil para o Draco notar o jogo do Harry.

- Não quero mais que cumpra o combinado. - ele disse cheio de ciumes.

- Draco, esse é o único jeito de descobrir se ele quer me matar.

- Mas e se ele só estiver apaixonado? E ai?

- E ai, fudeu. - respondi entrando na sala

Ele debateria, mas fomos obrigados a permanecer em silêncio para a aula de Adivinhação. A professora é muito louca. Pelo amor de Merlin - que foi um incrível Sonserino u.u - ela precisava de uma ajudinha com os óculos porque acho que ainda não acertaram aquele grau.

- Sentem-se em duplas. - ela disse esbarrando em sua mesa

Draco me fez sentar ao seu lado e então Harry se senta do meu lado vago.

- Dupla de três? - perguntei arqueando a sobrancelha

Ele moveu os ombros e olhei Draco. Não feliz, mas sem querer matá-lo, foi como ele pareceu. Tentei não notar que eles trocavam olhares e me olhavam, eu estava pressentindo a discordia voltando entre os dois e dessa vez com força total.

A professora conseguiu nos distrair falando sobre os que tinham uma aptidão maior para a Clarividência. Logo ouço uma discução começar ao meu lado, meus olhos se abriram demais e em choque enquanto eu escrevia. Um deles levantou... Draco.

- É só tentar, Potter. - ele disse com raiva

- Não se preocupe, já comecei há tempo. - Harry respondeu repetindo o ato.

Evitei olhar, diferente de todos na sala. A professora olhou o nada atrás dos dois.

- Aquela que causará discordia e dor será o motivo para a felicidade de muitos. - ela disse

Joguei minhas coisas na bolsa e levantei quando todos me olharam. Olhei os dois com certa raiva e me vi ser envolta por algo verde que seria confudido com uma cobra, então apareci no quarto do Draco.

Quando Draco entrou no quarto eu estava sentada e o olhava séria.

- Qual foi o motivo daquilo? - perguntei

Ele me puxou, segurando meu braço, e olhou meu olhos. Não agressivo, estava mais... com medo...

- Se dizer mais do que eu vou aceitar com o Santo Potter, vou torturar você.

Sorri. Aquela dor não era nada demais pra mim, na verdade, ele podia apertar mais. Depois das ameaças do Tom, todas as outras viraram motivo de piada para mim, mas queria saber o que ele faria.

- Bom, talvez eu beije ele. - provoquei

Ele me soltou sem ligar e foi até a comôda. Me sentei cama e comecei a lixar as unhas.

- Acho que vou mostrar a ele como é estar na cama com uma garota.

Isso o fez me olhar sério. Meio mortal.

- Talvez eu até use vermelho.

Fui empurrada na cama e a varinha dele estava no meu pescoço. Sorri. Ele estava entre minhas pernas.

- Quer que eu realmente brigue com você, não quer?

O virei na cama e deixei nosso lábios bem próximos sem ligar para a varinha ainda em meu pescoço. Lhe dei um beijinho rápido,

- Seu ciúme me agrada, Draco...

Me levantei e ele sentou na cama ainda abobado.

- Mas não abusa. - pisquei pra ele

Sai de lá. 

Assim que cheguei no salão da comunal vi umas meninas me encarando, ignorei e continuei seguindo para a porta quando a Pansy e a Daphne entraram na frente. Seus braços estavam cruzados e seguravam as varinhas. Olhei para trás, o resto da prole de bruacas estava do mesmo jeito, eu poderia só rir e jogar todas longe ou poderia me fingir de preocupada e descobrir o que queriam... A segunda opção era mais interessante.

Levantei as mãos e me fiz de desentendida. Elas sorriram, pobres crianças. Pansy veio até mim.

- Você, você... - ela riu - Perséphone... Black...

- Não diga o resto. - a cortei séria

Eu odiava aquele Riddle do meu nome sendo pronunciado por seres de tão baixa relevância em existência.

Pansy sorriu. Aquele sorriso era a personificação de uma prostituta de quinta que tentava ser sexy.

- Riddle. - ela terminou

Me segurei para não sibilar atrás de um basilisco.

- Onde esteve? - Daphne agilizou as coisas

- Estava com o Draco, no quarto dele. - respondi calmamente

Pansy voltou a tomar a frente, me olhava séria.

- O que estavam fazendo?

Sorri maliciosa e peguei a lixa nas vestes.

- Ah... sei lá... Estava entretendo ele. Se ele veio pra cima de mim, eu não tenho culpa. - dei-de-ombros

Ela deu um xilique estridente e eu a olhei com as sobrancelhas arqueadas, sua varinha estava no meu pescoço e eu sorri.

- Você transou com ele?

- Não, mas ele estava excitado o suficiente para eu saber que era o que queria. - sorri maldosa

Pansy apertou mais a varinha e isso fez cócegas.

- Como ousa...?

- Como ouso, o quê? A culpa não é minha se ele me deseja.

Daphne empurrou Pansy e por um minuto pude olhar o local e vislubrar que todas mantinham as varinhas prontas apontadas para mim.

- Ele é seu primo.

- Conte isso ao pênis dele. - eu disse simples

Passei por elas enquanto estavam abobadas e segui meu caminho.

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A ronda foi bem simples, ninguém parecia apto a fazer uma besteira hoje, foi até interessante cobrir o Draco. Do nada, vejo o Potter saindo de uma parede. Olhei meio surpresa e ele sorriu ao me encontrar.

- Pers... Estava procurando desertores.

-  Bom, como não dei outra festa ninguém se preocupou em se divertir aqui, senhor Potter.

Ele chegou mais perto.

- E então, Pers... O que fez hoje?

- Não vai gostar de saber, Harry. Estive com o Draco o tempo todo.

Suas sobrancelhas foram arqueadas, mas logo ele sorriu. ELe conseguiu desfarçar bem.

- E o que fizeram?

- Ele ficu com ciúmes por uma coisa que disse aí dei um selinho nele.

Ele pareceu surpreso de uma forma ruim, evitei sorrir e continuei com cara de santa culpada. Harry caminhou até mim e eu ia para trás, parei ao sentir a parede, ele sorriu.

- Bom, tem algo para mim? Precisamos estar quites.

Sorri. "Morgana.... Draco vai me matar." - pensei. Quando Harry me puxou pela cintura para estarmos completamente juntos joguei a preocupação com o Draco no bolso da veste e o puxei pela nuca para me beijar. Ele apertou mais minha cintura e me levantou, passei as pernas por ele e nem notei que as mãos dele seguiram da minha cintura para minhas coxas.

- Ei! - ouvimos.

Paramos com certo pesar, ele me desceu e olhamos para o lado em que o som veio. Era uma loura que eu só conhecia pelas zoações dos outros sonserinos. A "Di Lua".

- Harry, isso é errado!

- Luna, ela não é tão ruim. Nem vai me matar.

- É verdade? - ela me perguntou

- Já me ouviu chamar você de outra coisa que não seja seu sobrenome, Lovegood? - retruquei

A vi sorrir, ela veio perto e me abraçou, fiquei parada olhando. Não tinha reação. Harry a fez e soltar gentilmente.

-  Vou com ela, Pers... Resolvemos o resto amanhã.

Sorri maldosa.

- Claro, Potter.

E os observei ir.

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Entrei no quarto para saber se o Draco estava acordado e o encontrei sentado olhando para a porta. Ele desviou os olhos para mim e me olhou sério.

- Beijou ele.

Baixei os olhos. Ele veio até mim.

- Tome banho, escove os dentes e depois conversamos.

Não sei porquê obedeci, mas obedeci.

Saí do banho enrolada na toalha e com o cabelo dividido e colocado para frente.

- Coloque uma roupa, Pers... - ele pediu sem convicção

- Tem certeza? - aproveitei para provocá-lo

Seus lábios tremeram, ele fez que sim apenas para não tentar sair falho. Voltei ao banheiro e coloquei a camisola verde-água. Saí de novo.

- Melhor?

- Sim. - ele respondeu como um não

Me sentei ao seu lado olhando meus pés. Ele me olhava... A agônia de querer saber o que ele faria estava me fazendo surtar. O olhei.

- Vai brigar comigo?

- Não... - ele disse simples - Você tem idade suficiente para beijar o pervertido que quiser te matar...

O olhei séria.

- Só que não vamos ficar juntos assim. Quero você exclusivamente.

- O plano é seu, Draco, estou apenas executando-o.

Me coloquei de joelhos na cama e o fiz deitar, fui para cima dele e o beijei. O olhei em seguida.

- Só vou ser exclusiva quando não quiserem me matar... Até lá, aprenda a dividir-me com o Potter.

Me joguei ao seu lado e levantei para ir para o dormitório feminino. Ele não me parou e não me deixei parar.