Quando os deuses amam

Dentro do templo.

Sakura e Hinata foram uma das ultimas a passarem pela ponte.

A menina de cabelos róseos colocou um pé incerto na madeira, sem muita segurança, mas respirando fundo. Somente quando ficou calma de que não ser rejeitada pela ponte foi que continuou a caminhar. Lentamente.

Manter o coração livre de qualquer peso era difícil, mais do que se dava credito.

“Você consegue Saku-chan” Hinata gritou atrás de sua amiga. Ela ainda não começara a atravessar ainda, olhava a ponte com certa desconfiança, e era um pouco engraçado vê-la com um muxoxo encarando o caminho, como se esperasse que ele caísse a qualquer segundo.

“Você também Hinata-chan! Vem logo” Sakura gritou de volta. Quanto mais perto do templo, mais confiante ficava e assim aumentou a velocidade e a freqüência de seus passos. Hinata começara a andar também, ainda assim incerta.

Aceita pela ponte, ela fora, e logo que viu que a ponte não estava planejando nada maligno (em seu ponto de vista) apressou-se também para alcançar Sakura.

Sakura resolveu parar para esperar sua amiga quando viu que Hinata a estava tentando alcançar. As duas se encontraram pela metade do caminho e com uma risada, continuaram um pouco menos preocupadas, chegaram juntas até o templo do Caos onde as outras meninas já estavam esperando junto com Tsunade.

Anko ficara para trás para levar as meninas rejeitadas. Que não foram poucas. De volta aos seus colégios ou casas.

Ao todo, apenas oito meninas das chegaram ao templo.

Sakura, Hinata, Ino, a menina Karin, e mais quatro garotas, todas aparentando ser de boa família e possuir excelente educação, palavra chave seria “aparentando”.

“Por aqui, vou mostrar a vocês os seus quartos.” Tsunade disse indicando uma porta de shoje. O papel de arroz era fino e delicado, e se não tomasse cuidado na hora de abrir a porta de correr, poderia rasgar o papel. Ele tinha estampas de arvores de cerejeiras e cervos do campo em tom desgastado. Aquela era a porta levava para dentro do templo.

Ele era dividido em três seções. Uma era os quartos, a cozinha e o salão de jantar, outra era o altar e a área cerimonial, a terceira parte era um enorme jardim suspenso sobre as águas agitadas do lago devido a cachoeira. Esse jardim ficava bem próximo a queda da água.

A visão era realmente estonteante, muitas das candidatas a Miko abriram a boca ante a tanta beleza, Tsunade sorriu. O templo do caos era um dos lugares mais belos que já tinha visto fora o próprio jardim do éden. Era de lá que vinham a maioria das plantas do templo.

As portas na parte da frente da ponte que levava ao templo eram para garantir que nenhuma pessoa com intenções erradas entrassem ali. Seja para roubar ou para ludibriar o deus responsável por aquele espaço.

Não eram permitidos a entrar as pessoas com algum peso no coração, como quaisquer sentimentos negativos. Na primeira porta eram repelidas essas pessoas.

A segunda porta ainda continuaria um mistério.

“Vão ter muito tempo para observar o cenário uma vez que se tornarem Mikos daqui.” Tsunade tossiu irritada, uma vez que o seu contentamento com a reação das jovens meninas ante a beleza do lugar passou, ela queria a atenção das jovens.

As meninas relutantemente assentiram e seguiram a Miko até a parte de dentro do templo, até a parte onde ficavam os quartos. Elas teriam que dividir seus espaços, duas meninas para cada quarto, era o que seria.

“Podem escolher com quem querem dividir os quartos” Tsunade explicou.

Hinata e Sakura, Ino e Karin, as outras meninas se arrumaram de forma aleatória. Mas quando Sakura e Hinata estavam indo para os seus quartos, Tsunade pegou Hinata pelo braço e sorriu.

“Você não será uma Miko esqueceu? será uma pequena divindade.” Hinata empalideceu, todas as meninas estavam encarando-a. A menina morena conseguiu dizer, mesmo não confiando em sua voz para sair direito.

“Ma-mas eu vou se-ser deusa do-do que?” Ela deixou de empalidecer e estava corando ante aos olhares de inveja das outras candidatas, exceto por Sakura que sorria de orelha a orelha, dando confiança para Hinata.

“Seus familiares são deuses da luz, não são?” Hinata concordou incerta.

“Então você também é uma deusa da luz, temos apenas que descobrir a natureza de seus poderes” Tsunade sorriu, causando Hinata para sorrir também, por mais incerto que aquele ato seja.

Mas ela não poderia ficar no templo do caos. Isso estava escrito na cara da Miko.

“Você vai comigo para o meu templo quando eu deixar este lugar.” Sakura abaixou a cabeça um pouco abatida. Sua amiga a deixaria... Sentiu seus olhos arderam um pouco na lateral, ela estava chorando silenciosamente.

“Tsunade-sama, eu gostaria de dividir meu quarto com a Sakura-chan” Hinata disse corando. Com medo de ser repreendida pela Miko, mas o que ganhou foi um pequeno cafuné na cabeça, o que causou alguns fios bagunçarem e caírem em seu rosto.

Tsunade acenou com a cabeça afirmativamente.

“Acho que pelo menos isso eu posso permitir” Disse a Miko loira sorrindo gentil. Abriria esta brecha pelo menos por enquanto.

Hinata se soltou da loira e correu para abraçar a sua amiga. As duas pegaram suas malas e entraram alegremente em seu novo quarto.

Alheias aos olhares de inveja que as seguiam.