Quando os Deuses Amam escrita por hannaxD


Capítulo 2
Encontro com um Deus




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Quando os deuses amam.

Encontro com um deus.

A ultima coisa de que Sakura se lembrava era da enorme onda a engolindo. Depois disso, mais nada.

“Acorde” Uma voz forte e autoritária ordenou que ela acordasse, abrisse os olhos pelo que a ordem implicava, mas ela não queria, seu corpo todo estava dolorido e suas pálpebras pesavam terrivelmente.

Mas a voz continuou a chamá-la.

“Acorde mortal” Mortal? Quem estava falando com ela? Seja quem fosse, ela sentia uma tremenda necessidade de obedecer.

Abriu lentamente os grandes olhos verdes para o mundo, porem a claridade à fez fechar logo em seguida. Voltou a abrir os olhos lentamente, se acostumando aos poucos com a luz.

Assim que sua visão estava bem, ela olhou ao seu redor. Estava deitada em uma cama gigantesca com cortinas cercando-a. Os lençóis que a cobriam eram da cor azul marinho, pareciam seda pura. Assim como as cortinas que eram azul gelo com detalhes em prateado. Virou com dificuldade o pescoço para o lado. Sentia a presença de alguém lhe observando...

Um homem?

“Agora que você acordou, vamos discutir o seu pedido” Ele disse sem mudar o tom de voz nenhuma vez. Olhando-a diretamente nos olhos.

O seu pedido? Como assim?

“Você pediu para eu parar a tempestade” Ele disse. Ela apenas piscou confusa até se lembrar do tal do seu pedido. Ela pedira que o MAR parasse a tempestade, por que aquele homem estava ali então? Ele era algum umi no Kami-sama?

“Kami-sama?” Ela perguntou, seus olhos verdes brilhando confusos. Tanta inocência rodeava uma criança, atraia o homem ao lado dela a ficar olhando aqueles olhos poços de sinceridade e pureza. Ele riu. Kami-sama?

“De certo modo, sim. Kami-sama” Ele disse ainda com os traços de seu riso no rosto. Isso fez com que a menina corasse e desviasse o olhar. Aquele homem que a trouxera ali certamente estava afirmando que era um Kami-sama.

“Meu nome é Itachi, eu sou o deus do caos, da luz e das sombras” Ele disse sem desviar os olhos dela.

Tanta inocência.

“Por que nos fazer sofrer?” Ela perguntou. Sua voz embargada pelas lagrimas que estavam por vir. O deus do caos chamado Itachi a encarou por um tempo antes de dar de ombros.

“Não fui eu, mas eu posso ajudar” O deus falou com um pequeno sorriso. A menina deixou uma única lagrima descer pelo seu rosto. Suas bochechas levemente coradas com uma cor de pêssego.

“Tudo bem Itachi-sama” Ela respondeu incerta de como chamá-lo. Kami-sama? Itachi-sama? Senhor deus do caos?

“Eu não sei seu nome, você tem vantagem sabendo o meu” Ele comentou sério de repente. Certamente ele trocava de humor muitas vezes. Bipolar?

A menina corou. Ela realmente fora rude, para se desculpar saltou para fora da cama. Seus pés estavam descalços, quando o seu calcanhar encostou no chão gelado de mármore branco, uma onda de arrepios lhe passou pela costa dela.

Agora ela podia olhar melhor o quarto. Era magnífico, paredes e teto brancos com o chão de mármore cinza. Candelabros prateados na parede e somente aquela cama naquele enorme espaço. Na frente da cama, uma porta alta dupla. Parecia ser feita de vidro, mas refletia alguma luz, outro detalhe do quarto que a deixava encantada. A luz vinha do nada. Pois nenhum dos candelabros estava aceso.

“Sakura Haruno senhor” Ela respondeu se curvando. Seu cabelo rosa cobriu o seu rosto. O Deus apenas riu.

O vestido dela a muito tempo seco continuava impecável. Ela combinava com aquele quarto. Itachi estava vestido com uma espécie de kimono, na cor preta. No meio de seu peito, um símbolo de ying e yang deformado, de forma que eles se encontravam no centro. Onde tinha uma pedra vermelha.

“Sakura? Então você é uma flor” Ele disse sorrindo. Ela corou de novo. Um deus a estava elogiando!

Era para se sentir a mais feliz das garotas e todas as outras meninas sentiriam inveja dela. Seu lado mais vaidoso uivou.

Mas, no entanto, ela sentia-se apenas encantada com a beleza dele. Com a beleza de tudo. A vaidade que possuía assolada e humilhada pelo belo semblante do Deus e o quarto onde estava.

“Gostaria de fazer um acordo comigo minha flor?” A voz do Kami era suave e quase hipinotizante. Arrastava e ludibriava a mente da pobre criança de apenas oito anos. “Já disse que posso ajudar com o seu... problema” Tão leve quanto seda, terminou com um meio sorriso.

“Se for para salvar o navio, então eu quero fazer o acordo” Ela disse subitamente olhando para ele. Sua mente simples calculando todas as possibilidades que lhe cabiam, tentando prever que tipo de acordo um deus com milhares de anos poderia fazer. Que tipo de coisa o deus do caos gostaria de ter?

“Não vai nem me ouvir?!” Ele forjou a sua surpresa para ter o impacto desejado na menina. Ela apenas acenou com a cabeça afirmativamente. Não confiando na segurança de sua voz para repetir a sua primeira sentença.

“Então, o que eu quero é... você minha flor” Ele sorriu, seu cabelo negro solto caindo sobre seus olhos negros. Ele a lembrava de Sasuke por alguma maneira bastante retorcida.

Sakura lembrou. Sasuke-kun deve estar morto de preocupação.

Ela levou um tempo para absorver o Kami tinha dito.

Ele queria... Ela? Jamais ninguém a quis antes, por que agora a queriam? Os seus pais a abandonaram no cais, dentro da caixa do carregamento do capitão Pein, do navio pirata chamado Akatsuki. A esposa do capitão, Konan, apiedou-se da criança e a criou. Junto com Sasuke, um menino órfão. Como irmãos.

Mas nem o capitão a queria mais. Eles estavam indo para aquela cidade, Konoha, quando foram pegos pela tempestade.

Para deixá-la em um colégio interno em Sunagakure, uma cidade dentro do continente. Sasuke também ficaria em um colégio interno só que em konoha mesmo. Não tinham certeza se veriam o capitão, Konan ou a tripulação do navio novamente.

Pelo menos Sakura tinha certeza disso.

O destino dá muitas voltas. Justamente naquele dia, um Kami decide realizar um dos pedidos dela. Um que nem mesmo era para ela. E em troca disso, ela tem que dar a si mesma.

No fundo de si, ela queria pertencer a alguém. A menina inocente de oito anos com cabelo cor de rosa e enormes olhos verdes queria ser de alguém. E lá estava ele, um deus, um homem. Querendo-a para si. Ela queria ou não aceitar a proposta dele? Seria para o bem maior...

Ela queria aceitar.

“Eu quero fazer o acordo” Ela disse tentando em vão fazer sua voz firme e decidida, no entanto, saiu fraca e meio tremida. Itachi a olhou de cima a baixo e abriu as mãos. Na sua palma se materializou um anel prateado com símbolos em vermelho. Estendeu a mão pedindo pela pequena mão dela. Ela deu para ele sua mão direita.

“Jamais tire esse anel. Quando chegar a hora certa eu irei buscá-la.” Colocou o anel no dedo médio. O dedo do compromisso. Como se ela estivesse casada com ele.

Sakura corou de novo. Ele colocou a mão no topo da cabeça dela. Seu corpo começou a brilhar com uma luz branca, passando pela mão dele para ela.

“Nenhum homem pode tocá-la, se estiver em perigo eu virei por você, não espere por mim nem me procure, eu vou até onde você esta. Se quiser falar comigo apenas concentre seus pensamentos no anel.” Ela piscou.

“Isso não estava no acordo” Ela disse colocando as mãos na cintura.

“Não estava, mas é o que eu quero que a minha flor faça” Ele respondeu sério. Depois se abaixou para ficar na altura dela. Ela corou, mas permaneceu imóvel. Ele aproximou o rosto da criança e posicionou seus lábios nos dela. Dando um pequeno beijo.

Para selar o acordo que ela fez.

Ela acabara de dar sua alma para um Kami... Então por que sentia que acabara de vender sua alma a um Akuma? (demônio)

A criança corou até o mais escuro tom de vermelho. Ele a encarou, seus olhos não mais negros, mas sim vermelhos, no mesmo instante Sakura desmaiou.

O deus a carregou no colo e afastou uma mecha de cabelo do rosto dela.

A carregando, saiu do quarto, indo parar em um imenso corredor nas mesmas cores que o quarto. Atravessou inúmeros corredores e portas até parar em uma área gigantesca e fortemente iluminada. As paredes eram de cristal transparente, e dava para ver água do outro lado. Água, com milhares de peixes nadando.

Um palácio submerso.

No centro do salão. Um trono, nele um homem que mais parecia um tubarão estava sentado. Ao seu lado, uma espada da altura de um homem médio coberta por pálidas escamas cinza.

O homem tubarão sorriu ao ver o jovem Kami do caos com a menina nos braços vindo em sua direção.

“O que fez com a humana Itachi” Dentes afiados acompanhavam o sorriso do homem tubarão.

“A minha linda flor?” Itachi respondeu fingindo indiferença.

“Hmm... O que quer? Chegastes aqui faz tempo e ainda não me contou o que veio fazer, apenas pegou essa menina humana da superfície. Falando nisso, tava fazendo o que na superfície heim?” Perguntou para Itachi. O deus do caos hesitou por alguns instantes antes de responder solenemente.

“Cuidando de um conhecido” O deus olhou para a sua pequena flor que dormia pacificamente em seus braços.“E colhendo flores.” Completou.

O homem tubarão o mirou confuso, abrindo a boca para falar varias vezes mas mudando de idéia e a fechando. Fazendo que nem um peixe.

“Já vou, vim apenas ver como o meu antigo amigo Mizu no Kami estava indo. Adeus Kisame. A propósito, pare com aquela tempestade” Itachi disse acenando discretamente com as mãos e desaparecendo em uma nuvem de fumaça negra.

Kisame suspirou. Itachi não tinha jeito. Mas era normal para ele. Afinal, era o mais novo dos deuses e o mais... como pode se dizer... Travesso. Chegava a até ser maligno algumas vezes.

Suspirou de novo e chamou.

“Suigetsu! Venha aqui” Um garoto de cabelos verde claro e dentes afiados como os do deus da Água tinha.

“Ordene que Zabuza fique de olho em Itachi”

“E se Itachi-sama descobrir? Ele não vai ficar feliz” Suigetsu disse incerto, ele estava desafiando as ordens de um deus. Mas estava preocupado com seu colega. Contou silenciosamente para si mesmo quantas vezes não fora punido ao ser pego espiando Itachi...

“Ele não vai, conhece Zabuza” Hm. Ele conhecia Zabuza, sim senhor. Mas as palavras não pronunciadas pelo Deus da Agua ficaram bem claras. “ele não é tal inútil quanto você”

Veremos...

Sem mais contestar e em um piscar de olhos, Suigetsu sumira, deixando um deus da água um tanto frustrado. Kisame estalou os dedos, uma pequena faísca se formou em suas mãos. Ele parara a tempestade.

Por que Itachi pedira uma tempestade para começo de conversa, apenas para pedir que a cancelasse depois...? Talvez ele não venha a saber... ou talvez venha...

O Deus da Agua sorriu novamente, os dentes serrilhados ainda mais sinistros do que antes.


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