Quando os Deuses Amam escrita por hannaxD


Capítulo 13
Leão dourado.




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Quando os deuses amam


Leão dourado.


Anko guiou Sakura pela floresta até uma pequena clareira vazia. Olhou questionando as ações da menina de oito anos.


“O que você vai fazer?” A Miko falou soltando a menina. Assim que livre, Sakura começou a inspecionar as raízes e plantas daquele lugar. Anko tentou segui-la com os olhos, mais mesmo assim era muito confuso.


“Ta procurando o que? O cálice?” Anko soava surpresa. Teria Sakura descoberto o que é o cálice de Tsunade-sama em tão pouco tempo?!


“Não.” Sakura respondeu. Suas mãos agora cavavam um buraco no chão. Suas roupas completamente sujas assim como seu rosto. Bibi que estava observando de longe devido a sua promessa de não aparecer até que Sakura trouxesse o cálice. Fez um muxoxo por causa da sujeira da menina.


Apesar de ser uma ninfa, odiava a sujeira e a terra. A faziam espirrar, era o que dizia, mas na verdade não gostava de se sujar mesmo.


“Sakura-chan... Espero que saiba o que está fazendo...” A ninfa suspirou e continuou a observar a sua protegida.


“Vamos...cadê?” Sakura murmurou para si mesma. Tivera aquela idéia ao ver os copos de leite. Um cálice. Fora ali para procurar por mudas da flor. Se não encontrasse ali, teria uma floresta inteira para procurar.


Era o que faria.


“Sakura-san, temos que voltar para o templo logo, está escurecendo” Anko disse apressada em pegar a mão da menina para guiá-la fora daquele lugar. Nunca era bom andar pela floresta à noite. A não ser que você queira ser atacado por lobos ou outros animais (ou monstros) estranhos. Arrepios subiram pelas costas de Anko enquanto pensava nas dezenas de monstros que vagavam pela floresta só esperando que um desatento desse deixa para que eles atacassem...


“Por que?” Sakura conseguiu se soltar do aperto da Miko e perguntou.


“É perigoso andar pela floresta a noite, amanha nós voltamos, prometo te trazer” Falando isso voltou a arrastar a menina de cabelos rosa de volta ao templo.


Quando chegaram, já havia passado da hora do lanche.


“Nossa. Ficamos tanto tempo assim fora?” Sakura perguntou assustada. Pelos seus cálculos não passaram mais de duas horas fora do templo. Estava naquele momento com Hinata no quarto delas. Separando uma muda limpa de roupas para tomar banho, pois estava coberta por uma camada de sujeira.


“Vocês saíram depois do almoço. Voltaram no fim da tarde” Hinata falou calmamente. Cada vez mais, ela absorvia mais sua aura e dava a impressão de divindade aos olhos de Sakura, que sentia orgulho de sua amiga.


“Tenho certeza que não...” Sakura murmurou, baixo demais para a deusa em treinamento ouvir. Mais os ouvidos de outra criatura capturaram aquelas palavras.


“Sakura-chan está certa! Eu sei, também percebi” Bibi sentada em seu esconderijo, tinha uma das mãos erguida apoiando o queixo em uma pose pensativa. “Floresta suja e estranha” A ninfa arrepiou-se e voltou a espiar sua protegida desta vez com as sobrancelhas unidas no topo de seu nariz.


Sakura tomou banho e voltou ao seu quarto depois do jantar, Hinata não estava ali, mas a garota de cabelo rosa estava cansada demais para ficar acordada esperando por Hinata, então deitou-se em seu colchão e fechou os olhos, tentando não deixar que a preocupação lhe afetasse o descanso, amanhã teria um longo dia pela frente... Finalmente conseguiu dormir, mas ainda preocupada com o que sua amiga poderia estar fazendo...


Quando acordou no dia seguinte, notou que Hinata estava dormindo pacificamente em sua cama, por um instante seu coração se encheu de alivio, mas ao sentir falta da ninfa matreira que costumava cumprimentá-la de manhã, o alivio foi substituído por inquietação.


 Tomando cuidado para não acordar Hinata, Sakura saiu pisando nas pontas dos pés do quarto.


Ainda de camisola, abriu a porta da frente do templo e correu até a ponte. Estava determinada a achar o que estava procurando. Custe o que custar.


Podia perguntar o que Hinata estava fazendo depois, primeiro precisava cumprir sua tarefa.


A única coisa que usava era a sua camisola e uma sandália de bambu. Seu cabelo solto e olhos verdes brilhando com sono. Mesmo assim ela se arriscou. Atravessou a ponte e se deparou com a entrada da floresta.


Andou para dentro. No meio das arvores, tomando o cuidado de memorizar o caminho que pegara. Para depois saber voltar ao Templo.


“Agora, onde será que tem mais clareiras?” Ela perguntou para si mesma. Andando entre raízes e folhas secas que forravam o chão da mata. Sakura andou por mais meia hora, sempre em linha reta. Quando deu de frente com um pequeno riacho. Foi mais para perto do rio analisando as águas com cuidado e receio.


“Tem alguém ai?” Sakura ouviu uma voz rouca vinda do... Meio do rio? Seus olhos seguiram a direção da voz.


“Por favor me ajude!” A voz gritou mais desesperada desta vez. Sakura conseguiu encontrar o que estava gritando. Um peixe preso entre as pedras. Fora da água. De forma que ele estava morrendo asfixiado.


“Ponha-me na água, por favor,” O peixe gritou se contorcendo, mas cada vez que fazia isso, a pedra o apertava mais. Como ele fora parar ali. Sakura não fazia idéia e nem queria saber, a única coisa em sua mente era.


Salvar o peixe!


Pijama e tudo, Sakura pulou na água e atravessou as águas até a pedra onde o peixe pedinte estava. Ele tinha as escamas douradas brilhantes e refletiam a luz do sol. Seus olhos eram verdes e penetrantes. Como se olhassem dentro de sua alma.


Com cuidado, Sakura retirou a pedra que prendia o peixe e o lançou nas águas do rio. Assim que o peixe entrou na água, começou a brilhar. A súbita luz cegou a garota. Ela cobriu o rosto com ambas as mãos enquanto suas pernas lutavam para mantê-la fora da água e respirando, esperando se machucar, mas o que sentiu foi uma afagada em seu rosto. Testou abrir uma pálpebra, acariciando o seu rosto estava um...


LEAO!


“Por favor, não tenha medo de mim” O leão tentou sorrir, mas isso mostrou suas presas, aterrorizando a menina ainda mais.


“Senhor leão, não me coma” Ela fechou os olhos. Mas a coisa macia afagando sua bochecha continuou a se mexer. Mais tarde Sakura descobriu ser a ponta da cauda do leão.


“Não sou um leão.” A criatura retorquiu. Parou a sua cauda e a trouxe para perto de si. Eles ainda estavam no meio do rio.


“Sai-emos da água, podes pegar um resfriado criança humana” ele falou. Sakura piscou algumas vezes, de medo e pelo modo de falar daquele estranho leão. Somente quando ele mordeu.


Isso mesmo, mordeu a parte de trás da camisola dela, a carregando.


Carregando...


Para fora da água, foi que ela finalmente percebeu que ele era amigável. Mas veja bem, não é todo dia que um gigantesco leão dourado mostra suas presas bem diante de seus olhos e fala com você, então Sakura tinha uma desculpa.


“Quem é você senhor leão?” Ela perguntou limpando os olhos com a costa das mãos. O leão sorriu novamente, desta vez Sakura não se assustou com as presas.


“Eu era o peixe” Respondeu o leão piscando curiosamente.


“Não, não, quem É você?” Sakura perguntou novamente, para sua surpresa, ouviu algo que parecia ser risada vinda do leão.


“Porque eu sou o cálice.” Disse o Leão ainda “rindo”.


 


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