DLP - Here We Go Again escrita por Loreline Potter, Milady Black


Capítulo 6
Intervenção


Notas iniciais do capítulo

Depois do capítulo, as explicações. Boa leitura!



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Intervenção

Lílian Potter estava me matando.

Não eu não estou sendo dramática, se aquela ruiva passasse mais uma noite bufando sobre a maldita lista de atividades da escola eu a sufocaria com meu travesseiro. Pior do que ela só mesmo aquela maldita bola de pelo, gorda que ela chamava de gato. Os dois ocupantes do outro lado do quarto pareciam estar em uma disputa por quem soltava mais bufos por minuto. A ruiva estava ganhando, só para constar.

O dia já tinha amanhecido, já tínhamos saído do quarto e nos afastado daquele gato horroroso e ela ainda continuava bufando. Dentro de uma sala de aula cheia de garotas francesas. Nada feminino Potter. Isso realmente não era o comportamento digno de uma garota. Touros bufam, gatos mal humorados bufam, e até mesmo certos homens bufam. Uma garota não deveria bufar.

–Apenas escolha uma. – Sugeri quando mais uma vez ela se via às voltas com o pergaminho. Estávamos todas sentadas em nossos lugares esperado começar a aula da professora Hideko, que estava estranhamente atrasada. O que era muito ruim para a Potter, se tivesse que ouvi-la bufando mais uma vez que fosse a faria engolir aquela lista. Por mais que este também não fosse o comportamento de uma garota.

–Não é tão fácil quanto parece. – Murmurou ela de volta.

– É claro que é, apenas escolha qualquer coisa, e vá fazer suas corridas matinais. Você anda mesmo precisando liberar energia em algo que não seja olhar pra janela esperando uma carta do David. – Comentei sugestivamente.

–Vou ignorar deliberadamente a última parte. – Me respondeu ela da carteira ao lado, preferi não lembra-la que o simples fato dela ter me respondido significava que ela não tinha me ignorado.

–Não é tão difícil Potter, um trabalho extra por um privilégio, todas nós já passamos por isso. – Falou Viviane Bernard por cima do ombro de Lily, posso dizer que seus olhos faiscavam de pura maldade?

–E o que é que você tem haver com isso? – Foi a resposta malcriada da ruiva para meu total deleite.

–Absolutamente nada, exceto que o clube de oratória e debate é meu território. – Respondeu a morena sorrindo com uma falsa leveza, revirei os olhos diante daquela prepotência toda. O que ela pensava? Será que achava que fazendo parte do clube da escola iria ser imediatamente candidata a próxima ministra francesa?

–Vou ficar longe deste então. – Foi a resposta de Lily, ri sozinha ao vê-la riscar mais um item da lista com tanta força que quase rasgou o papel.

–O que você escolheria? – Me perguntou ela repentinamente.

SIM! EU SEI! Ela tem que estar absolutamente desesperada para pedir minha ajuda nisso. Porém antes que eu me recuperasse do quase enfarte a professora Hideko chegou, fazendo com que todas nos arrumássemos na cadeira e olhássemos para o quadro negro.

–Bom dia queridas feiticeiras! – Falou a professora arrastando a longa cauda do vestido amarelo que usava hoje, mais uma vez os cabelos estavam negros e brilhantes.

–Bom dia senhora Hideko. – Respondemos todas juntas como se estivéssemos em um colégio militar, e a verdade é que eu sentia que quanto mais o tempo passava ali na academia mais ela me mostrava sua verdadeira face. Aposto como a Hale na Rússia e a Lily aqui teriam boas experiências para trocarem.

–Hoje vamos falar sobre a perseguição as bruxas, começando por este livro. – Falou a oriental segurando um livro de aparência muito antiga e mostrando para a turma, em letras longas se lia “Malleus Maleficarum”. – Lana querida, no armário há um exemplar para cada uma, pode me fazer o favor de pegá-los e distribuí-los?

Sem pensar duas vezes me levantei e fui até o velho armário no canto esquerdo da sala, lá estavam os livros, cheios de pó, nem precisei lê-los para saber que os odiava. Como se emanassem um sentimento ruim dentro de mim.

Puxei a varinha com o intento de fazê-los flutuarem até as mesas, porém para minha surpresa nada aconteceu. Não, isso não podia estar certo, eu era ótima em feitiços! Como não podia fazer um simples feitiço não verbal?

Wingardium Leviosa! – Falei me rendendo e pronunciando o encantamento, o que obviamente causou risadinhas ao odioso grupo de Viviane, o que apenas piorou quando elas notaram que os livros continuavam no mesmo lugar.

–Não pode usar magia neles, terá de fazer ao modo trouxa. – Me informou a professora com os lábios comprimidos, como se já tivesse visto muitas alunas cometerem o mesmo erro há muitos anos, o que eu não duvidava nada.

Peguei com dificuldade uma pequena pilha daqueles livros e os distribui com lentidão, após fazê-lo, retornei ao armário para mais uma pilha, o processo se repetiu até que finalmente todas estivéssemos com um exemplar velho e pueril na mesa. Já estava me sentindo como um elfo doméstico mal tratado, eu estava mais cheia de pó que um espanador.

–Quando foi que você se tornou a queridinha dela? – Perguntou Lily pelo canto da boca,

–Não sou a queridinha dela. – Respondi rapidamente tentando disfarçar o fato de que não fazia ideia do que a professora falava.

–Então quem é que pode me dizer algo sobre este livro? – Pediu a madame Hideko, imediatamente a japinha simpática da Hiroko levantou a mão e começou a falar o que sabia, o que aparentemente era muita coisa.

–Malleus Maleficarum, significa o Martelo das Bruxas, foi lançado no auge da caça as bruxas e pretendia ensinar ao juízes da inquisição trouxa como reconhecer e julgar uma verdadeira feiticeira. Escrito por Kramer e Sprenger, foram dois inquisidores e a real ironia disso tudo é que ambos eram bruxos. De modo que o livro acabou por tornar-se um manual de tudo aquilo que nós bruxos não somos. Os dois autores foram acusados de heresia e o livro entrou para a extensa lista de livros proibidos pela Igreja. – Arregalei os olhos diante da oriental, como diabos ela sabia de tudo aquilo? Talvez fosse hora de eu colocar meu cérebro aguçado de serpente pra funcionar e tentar me lembrar de algo que deveria ter aprendido na aula de Binns. Pensando bem isso seria impossível. A aula era terrivelmente tediosa e mais que metade da turma sempre dormia. Mas é obvio que eu, Lana Precott, não dormiria em sala para ficar com a cara marcada com a capa do livro. Posso apenas dizer que era um bom tempo para fazer as unhas. E trocar a cor do esmalte mais de uma vez, na verdade foram 8 vezes, eu contei.

–10 pontos para a Corvinal. – Comentei baixo o suficiente para que apenas Lily pudesse me ouvir, a ruiva soltou um riso meio abafado que fez com que a professora voltasse sua atenção para nós.

–Algo a acrescentar Lílian? – Pediu ela esquadrinhando a Potter com os olhos puxados, a mesma fez sinal negativo de modo que a professora dirigiu sua atenção pra mim.

–E você Lana?

–Bom, estava apenas imaginando a relevância desse livro para a comunidade bruxa, uma vez que sabemos que nenhum bruxo foi realmente morto na fogueira. – Falei em uma ótima improvisação.

–Será mesmo que nenhum bruxo foi morto pela inquisição? – Perguntou a professora parecendo gostar do rumo que nossa discussão tomava.

–Claro que não professora, todas sabemos que um bruxo é bem capaz de congelar as chamas, confundir mentes e fazer o que for para escapar. – Respondeu Viviane parecendo certa do que falava. A verdade é que todas nós concordávamos com ela.

–Bom, vocês garotas parecem ter uma opinião formada sobre o assunto. – Disse a professora começando a explicar mais sobre o livro. Aos poucos eu percebia que Hideko era uma daquelas bruxas que gostava da vida ao modo antigo, não desprezava os trouxas ao passo que parecia acreditar de mais em seus rituais. Ela falava sobre o período da inquisição com paixão e defendia com unhas e dentes as mulheres a quem chamava de irmãs, mesmo que estas não fossem realmente bruxas.

A sineta tocou me pegando completamente desprevenida, notei que todas as garotas deixaram o livro sobre a mesa e assim também o fiz, deixei a sala meio correndo para alcançar Lily e Hiroko que já tinham deixado a sala.

–Se tivesse falado, podíamos ter te esperado Lana. – Comentou a japonesa com um sorriso quando comecei a andar ao lado delas, ao ouvir isso Lílian fechou a cara pra mim.

–Ah tenho certeza que sim. – Falei em tom irônico o que passou despercebido por Hiroko. Lílian Potter teria que se decidir, sabe? Acho que ela estava simplesmente em fase de negação, mas temporariamente se esquecia que deveria ser chata comigo e me tratava como amiga, porém quando se lembrava de quem eu era fechava a cara e botava em prática sua recém descoberta frieza, nada grifinória.

–Estava justamente falando para Lily sobre o clube de rituais comandando pela madame Hideko. – Disse a japonesa no momento em que viramos o corredor que levava aos jardins dos fundos.

–Rituais? Levando em conta a experiência dela com poções não sei se isso seria o mais indicado. – Falei em tom de deboche. Mas meu argumento tinha fundamento e como prova, mais de um caldeirão derretido para apoiá-lo.

–Rá-rá, assim você me mata Prescott. – Foi a delicada resposta da Potter.

–Bom, então porque não se inscreve nas aulas extras de poções. – Sugeriu Hiroko, quase saltitando de empolgação. Olhei para Lílian tentando ler sua expressão, eu tinha quase certeza que as aulas de poções a fariam se lembrar do ingrato do meu irmão. Por outro lado ela realmente carecia de algumas aulas a mais de poções.

–Talvez. – Foi tudo que ela respondeu dando por encerrado o assunto.

(...)

–Bom está feito. – Declarou Lílian Potter entrando em nosso quarto com a expressão de que um enorme peso lhe tivesse sido tirado das costas. Permaneci em silêncio esperando por uma explicação. – Aulas extras de poções, como o sugerido. – Completou a Potter se jogando em sua cama.

–Então quer dizer que amanhã cedo já vai dar sua corrida? – Pedi me ajeitando melhor na cama.

–Não sei vou correr, mas com certeza vou andar fora desses portões por uma hora. – Respondeu ela abrindo uma das cartas que estavam em cima da sua cama. Um enorme sorriso tomou conta do rosto dela e eu tive certeza que só poderia significar uma coisa.

–Hale? – Pedi vendo sua expressão suave e alegre.

–Sim, Sara lembrou que existe um mundo além da escola auror. – Foi tudo que ela disse antes de sair correndo do quarto carregando a carta seguramente em sua mão. Lily vivia recebendo cartas de sua família e sim, por mais que tenha sido apenas a segunda em todo esse tempo, de sua amiga.

Devia ser bom, ser tão amiga de alguém a esse ponto, claro que eu estava pronta para morrer a ter que admitir que sentia inveja de Sara Hale. Mas ao menos ela, por mais que tivesse um jeito controlador que considerava insuportável tinha para quem escrever. Eu não recebia cartas da minha família e não tinha amigos para ter a possibilidade de receber uma mensagem pelo correio coruja.

Deixei o quarto pensativa, talvez eu devesse me inscrever para algo, e no momento só conseguia me sentir compelida a voltar para a sala da intrigante Hideko, após nosso encontro noturno ela me dera alguns livros para a leitura. O pior é que eu estava sendo ganha e a maldita sabia disso, os rituais Wicca estavam me cativando, além é claro das crenças que me pareciam tão corretas.

A verdade é que todo o respeito e aceitação que emanava dessa cultura me cativara, logo entendi o motivo de tanta fascinação por parte da professora, a crença Wicca era tão pura em seus ideais que eu não via motivos para temer o que quer que fosse.

–Pode entrar. – Falou a professora antes que eu tivesse a chance de bater na porta.

–Com licença, vim apenas devolver os livros. – Falei caminhando até a mesa e deixando ali os dois pesados volumes.

–Gostou? - Me pediu ela.

–Muito. – Respondi tentando ignorar o fato que mais uma vez seus cabelos tinham perdido o negro brilhante.

–Quando se sentir pronta para participar do cube de rituais, o convite está feito minha querida. – Disse a professora apontando a varinha para os livros e guardando-os em uma estante.

–Ah, então você tem uma varinha. – Comentei erguendo uma sobrancelha.

–Sim, Lana, eu a tenho, o que não quer dizer que preciso dela a todo momento. – Respondeu madame Hideko em meio a um sorriso.

–Certo. – Falei colocando uma mecha de meus cabelos atrás da orelha e me sentindo um pouco desconfortável na presença da bruxa. – Era só isso então. Até mais professora!

Não esperei pela resposta dela, simplesmente sai da sala sem me importar em ouvir uma resposta, quase fugi daquele lugar que me intimidava tanto. Não era medo, muito pelo contrário, a questão era que eu não sabia como agir diante daquela oriental enigmática e prestes a me apresentar um novo mundo de crenças antigas e instáveis.

Entrei em meu dormitório com a mesma velocidade com que fugira da sala da professora e fui abordada pela instável Lílian Potter.

–Uou! Onde é o incêndio Prescott? – Perguntou ela levantando os olhos do papel que segurava. Seus olhos estavam alegres e sua fala leve.

–Pensei que ainda estivesse fora. – Comentei sentando em minha cama e deixando meus sapatos saírem dos meus pés no meio do caminho até ela.

–Não, está ficando frio lá fora. – Respondeu ela com simplicidade, incrível o que a carta da melhor amiga podia fazer com o humor dela. Até agora ela estava sendo simpática e receptiva. Acho que a Hale deveria escrever toda a semana para a Lily. Provavelmente tornaria a minha vida muito mais fácil.

–Sara mandou uma foto. – Disse a ruiva me estendendo o pedaço de papel retangular. Poderia ter negado a olhá-lo porque o que acontecia com a monitora chefe certinha realmente não importava. Mas era uma das primeiras vezes que Lily compartilhou algo comigo sem antes travar uma guerra e... Ah, tudo bem, eu queria dar uma olhada para onde a grifinória tinha ido parar, afinal a garota se matava de estudar desde sempre para entrar lá.

Na foto uma Sara Hale parecendo ainda mais alta do que eu me lembrava batia continência juntos com um monte de caras enormes. Ela era a única garota da turma. Estava posicionada entre um loiro que se não era descendente de vela fora muito agraciado com a genética, e um castanho que tinha um brilho travesso no olhar apesar de sua postura séria. Todos eram maiores do que ela. Ela não parecia se sentir nem um pouco ameaçada no meio de todos aqueles caras. E que caras diga-se de passagem.

–Uau, esse colegas dela são... – Não completei a frase por não saber a palavra correta para descrevê-los. Era imensos e musculosos usando sobretudos negros e com uma expressão deliciosamente misteriosa no rosto.

–É eu sei. – Foi a resposta de Lílian. Ela olhava o loiro do lado da Hale, para em seguida desviar seu olhar para o castanho. Eles, juntos com Sara aparentavam serem os mais novos da turma.

–Não me admira que Sara tenha completamente esquecido do seu irmão. – Comentei ainda admirando todos aquelas montanhas de músculos ao lado dela. Com uns caras desses deve ser meio difícil perceber até mesmo o inverno Russo. Você se sentiria completamente induzida a pensamentos que desenvolvem um alto nível de calor interno, se é que me entende.

–Sara não é assim, aposto como ela nem sequer notou como os caras são quentes, ela é doida pelo James desde que a conheço. – Falou a Potter tomando a foto de minha mão e colocando-a junto com tantas outras no pequeno mural que ela formava sobre a cabeceia de sua cama. Logo em seguida guardou a carta dentro de uma caixa em sua gaveta. Ali eu sabia, residia as correspondências que ela recebia de James, com a frequência de no máximo três dias de espaçamento. Me ocorreu que por mais argumentos que a Lily tivesse em favor do relacionamento de sua amiga e de seu irmão era apenas ali, naquela caixa de madeira forrada com colagens velhas que os dois tinham algum tipo de contato.

Sei disso pelo simples fato de ser uma sonserina, e, portanto observadora. Quando James Potter passou pela porta do meu quarto aquele dia ele tentava se portar de um modo normal e brincalhão. Mas parecia não funcionar direito, porque para qualquer um que o tivesse presenciado durando o seu curto namoro com a monitora teria percebido a diferença, porque ela era completamente gritante. Ele, de certa forma, tinha perdido ela.

–Se soubesse que esse era o tipo de aluno da academia auror teria me inscrito pra lá. – Falei me abanando e sendo totalmente teatral, o que fez a Potter rir, corar e assentir concordando. Mas falando sério, aquela academia Russa não podia ser pior do que enfrentávamos aqui, Poderia? Eles podiam ter o frio mas nós tínhamos algo muito pior, que atendia pelo nome de Viviane.

Tão logo escureceu nós duas caímos na cama, era sexta-feira e parecíamos duas velhas indo dormir tão cedo, porém as aulas estavam nos cansando. A rotina era realmente pesada, e eu ainda tinha de lidar com as adoráveis francesas que pareciam fazer de tudo para que eu desistisse da escola. Até, parece que depois de todo o sofrimento que eu tivera para entrar iria me dar por vencida assim tão cedo.

Viviane Bernard parecia particularmente empenhada em me aterrorizar, seja com os risinhos e comentários debochados ou com coisas um pouco mais sérias, como um viscoso líquido verde que aparecera em minha correspondência essa semana. Se não fosse por Lílian eu teria aberto o envelope sem o menor cuidado. Tudo que posso dizer é que quando joguei a coisa no fogo o cheiro não foi dos melhores, quase me fez sentir falta das brincadeiras da Potter, ela só deixou minha mão azul e não as derreteu. Obviamente o envelope não estava endereçado, mas meio que não foi preciso já que ela parecia surpresa ao me ver bem no café da manhã daquele dia.

Tentei esvaziar minha mente antes de dormir, tinha aprendido a técnica há anos com a professora Katherine, antes que eu esperasse a escuridão profunda me atingiu me levando para um local bem distante dos aconchegantes corredores da academia.

(...)

Amanheci com a imagem de Niall focada em minha mente, passei alguns minutos lembrando a mim mesma de que ele estava preso e eu estava segura em Paris, porém o sonho tinha sido tão vívido que eu cheguei a senti-lo. Ainda devia ser muito cedo, era sábado e Lílian permanecia adormecida em sua cama, sem pensar muito fui para o chuveiro, talvez a água faria com que eu me sentisse menos culpada. Isso me assombraria pra sempre, certo? A culpa, cada vez que eu me olhasse em um espelho, ela estaria lá pra me lembrar.

O fim de semana chegava trazendo a primeira onda de frio, e o sábado como sempre me fazia mal, mais um lembrete que nem meus pais e muito menos meu irmão iriam aparecer. Voltei para o quarto e encontrei a ruiva já acordada, revirava seu malão com uma certa ferocidade. Apenas ergui uma sobrancelha diante daquilo e continuei a me ajeitar, a Potter continuava bufando e suspirando.

–Algum problema Lily? – Perguntei quando ela se deixou cair na cama de braços cruzados e uma expressão fechada.

–Eu preciso de roupas novas. – Foi tudo que ela disse, os olhos cor de mel estavam cerrados e o rosto da ruiva ficou vermelho após ela dizer isso. Ri baixinho diante daquilo, como se fosse um pecado ela querer ir fazer compras. Ou pela sua cara, uma tortura.

–Potter nós estamos em Paris. – Falei sendo imediatamente tomada por uma estranha animação. Adorava fazer compras. Eu era realmente muito boa em várias coisas. Apenas constatando um fato. Fazer compras era, provavelmente, a melhor delas. Eu sabia as melhores lojas para ir, como tratar vendedoras esnobes (ser mais esnobe que elas), tudo o que um bom guarda roupa precisava e o mais importante, tinha dinheiro para comprar tudo o que quisesse. O dinheiro poderia até mesmo não comprar a felicidade, mas trazer algumas coisas para dissimulá-la estava entre um de seus atributos. Eu bem sabia disso.

–Não brinca. – Respondeu ela de modo sarcástico, revirei os olhos diante daquilo, Lílian era mesmo obtusa quando queria.

–Queridinha, nós estamos em um dos melhores lugares do mundo para se comprar. Vamos, logo! Se arrume! Que nós temos um longo e delicioso dia em busca das melhores grifes. – Anunciei de modo obstinado, por algum motivo Lílian sorriu e por algum motivo ainda mais estranho ela me obedeceu e começou a se arrumar. Sem olhares desconfiados ou resmungos. O que significava apenas uma coisa, o guarda roupa dela deveria estar REALMENTE acabado. O que levava a outro fator, mais compras para serem feitas. Portanto, por algum estranho momento estávamos ambas com bom humor ao mesmo tempo.

Logo estávamos ambas descendo as escadas e desviando das garotas que estavam com seus familiares e amigos.

–Nada de Potter’s por aqui hoje? – Questionei quando alcançávamos o hall de entrada.

–Não, todos trabalhando de mais, além disso minha avó anda meio doente tomando boa parte do tempo livre da minha mãe. – Explicou Lílian sem deixar de transparecer uma leve preocupação ao falar da vó.

–Eu gosto da vovó Weasley. – Comentei me lembrando de quando estive lá com Hugo.

–Quem não gosta da vovó Weasley? – Pediu a Potter em tom de obviedade. Apenas acenei brevemente, realmente a matriarca da família de Hugo era sem dúvida uma mulher generosa e disposta a cuidar e amar a todos. Tão completamente diferente da minha própria a vó a quem eu evitava sempre que podia.

Estávamos alcançado a trilha que nos levaria para os portões quando nos deparamos com uma figura de cabeça baixa vindo na direção contrária. Ele não precisaria levantar os olhos como fez para que eu o reconhecesse, porém quando nos encarou não restava mais nenhuma dúvida ali estavam os olhos azuis idênticos aos meus.

David Lewis Prescott meu amado irmão finalmente resolvera aparecer.


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Notas finais do capítulo

NB/ Não caros leitores, não somos espíritos do além, porque de todo esse tempo e nosso desaparecimento não morremos nem nada assim. Portanto podem baixar as velas e pararem de tentar fazer contato. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Foi mal gente, eu sei que já faz um tempo, mas como sabem a autora e a beta são muito ocupadas, e sim, eu sei, isso não é desculpa, mas... é o melhor que tenho agora. Quando recebia uma mensagem de minha gêmea querida fique WTF??? Até essa beta já tinha perdido as esperanças.
Muita coisa deve ter acontecido nesse meio tempo, muito chocolate e cafés depois, mudanças de cidades tanto por parte da beta quanto da autora é com alegria que betei mais um cap (apesar de achar q meio trabalho hj ficou meio caquinha) e espero q vcs NÃO DEIXEM DE COMENTAR!
Sobre o cap, o David, q assim como nós andava desaparecido finalmente reapareceu. Então para as várias leitoras que já estavam arrancando os cabelos, calma, o ex professor super sexy não foi abduzido por extraterrestres.
Sara novamente escreve para a Lily, felizmente alguns hábitos parecem não mudar! E ela pelo visto esta no inferno frio acompanhada de um paraíso de gatos quentes! Não que eu ache que um certo Potter vá gostar dessa informação! Rsrsrsrsrs.
E agora, o que acontecerá nesse incrível encontro final? Só mesmo COMENTANDO para que a autora faça e coloque o próximo cap no ar. minha gêmea não foi muito má de acabar o cap bem aqui? Acho que no fundo ela meio que gosta de ver vcs sofrerem!
Bjs da beta, aquela que realmente não deve tomar outro café (seria o 9º só hj)
Milady Black ( e vai dizer q não sentiram falta de mim???)


NA/ Loreline Potter é quem vos fala depois de um tempão, estou dando as caras por aqui novamente. Antes de mais nada, NÃO VOU ABANDONAR A FIC.
Certo, agora que já esclareci isso, vêm as explicações. Minha linda vidinha tem estado uma pequena bagunça, além da falta de inspiração eminente. Me desculpem pela demora, e espero que assim como eu não desistam de fanfic que eu amo tanto. Continuem comentando e recomendando!!
Beijos
Loreline Potter



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