DLP - Here We Go Again escrita por Loreline Potter, Milady Black


Capítulo 3
Protegida


Notas iniciais do capítulo

Esperem que amem o capítulo! Comentem por favor!!!
Imagem no final dessa vez.
Boa leitura!



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Lana's POV

Protegida

Nosso quarto era o pior de todos, era o mais próximo do bosque e eu já previa um inverno gelado para mim e para a Potter, pior do que o frio que seria lá fora era o tratamento que ela estava me oferecendo.

O quarto em si não era muito grande, duas camas de solteiro separadas por um criado mudo, dois armários pequenos um de frente para cada cama e um espelho desses antigos com moldura oval.  Da janela podíamos ver o topo das árvores e ouvir os sons da floresta durante a noite, alguns pontos luminosos se moviam e eu torcia muito para serem apenas vaga-lumes.

Em um canto uma porta bege escondia o banheiro simples, porém muito funcional, talvez o que menos me agradasse fossem os espelhos.

Não tinha um cômodo naquela escola sem um espelho, aos poucos entendia o motivo, não havia sequer uma garota que não passasse por eles se encarando, procurando melhorar a própria aparência. Já eu os evitava, não gostava do que veria ali, ela estava mais presente do que nunca, a Lana de 11 anos voltava com força total para me atormentar.

-Algum problema? – Perguntou a Potter que já estava deitada em sua cama escrevendo algo. Sua voz indicava claramente que ela não queria saber se eu tinha algum problema, e que se o tivesse era melhor que eu o mantivesse para mim mesma.

-Não. – Respondi voltando a me encolher e tentando abafar os sons que vinham dos corredores, as garotas francesas gargalhavam por algum motivo. Talvez fosse melhor tentar me fixar na floresta, pena que ela era quase tão assustadora quanto aquelas garotas. Sim eu disse quase.

-Então por que não para de suspirar? – Pediu a ruiva me encarando com tanta frieza que um arrepio percorreu minha espinha, isso porque ainda estávamos no auge do verão, se dependesse da Potter congelaríamos no primeiro dia de neve.

-Só estou pensando. – Falei me sentando na cama e pegando minha escova de cabelos.

-Ótimo. – Foi tudo que ela falou antes de levar a ponta da pena cor de rosa aos lábios e voltar a encarar o pergaminho praticamente em branco.

Lílian Potter já tinha decorado todo o seu lado do quarto, ela estava do lado do banheiro, me cedera a janela sem maiores reclamações, agora eu estava arrependida por isso, a janela era horrível. No teto sobre a cama um móbile de borboletinhas balançava com a brisa que parecia existir apenas ali, na parede sob a cabeceira, varias fotos mágicas sorriam e acenavam. Ali estavam Sara Hale, Heloíse, seus primos, uma bebê loira e sorridente, seus irmãos mais velhos e Hugo.

A foto era antiga, um Hugo mais novo da época em que eu apenas o observava de longe estava sorrindo e então segundos depois uma ruiva aparecia e pulava em seu pescoço. Lílian e Hugo gargalhavam quando a foto foi tirada. Eles pareciam feitos um para o outro e talvez naquela época realmente se completassem, agora tudo era diferente, melhor ou pior? Não sei, apenas diferente.

Sob o criado mudo estava um globo de vidro com uma fênix muito bonita, e ali também estava o pomo. Mesmo caindo, mesmo sem ter uma alternativa viável, ela não largou aquele pomo, Lílian Potter quase morreu mas mesmo assim fez a Grifinória ganhar aquele campeonato.

Entre nossas camas ela tinha colocado seu malão, como se quisesse por uma barreira entre nós, honestamente eu achava que o malão não era necessário, ela estava sendo muito boa em se manter longe.

Diferente dela eu ainda não tinha feito nada do meu lado do quarto, não tinha nada que eu quisesse por na parede, não tinha nada do qual eu me orgulhasse pra lembrar.  Minha memórias como sempre estavam no porta-joias, escondidas do mundo e também de mim.

Irritada me levantei e fui em direção a porta, onde eu ia? Não fazia ideia, mas já fazia quase uma semana que eu e Lílian dividíamos o quarto e também o silencio antes da hora de dormir. Nunca pensei que ser conscientemente ignorada fosse me incomodar tanto.

-Onde você vai? – Perguntou assim que me ouviu abrir a porta. Sua voz não demonstrava curiosidade mas talvez ela também estivesse cansada do silêncio

-Pensei que não se importasse. – Falei me sentindo levemente animada por iniciar uma discussão que fosse.

-Tem razão, eu não me importo. – Foi tudo que disse antes de voltar para o que for que estivesse escrevendo. A partir daí Lily Potter voltou a fazer o que demonstrou ser perita na última semana. Me ignorar completamente. Era como se para ela eu não estivesse ali, e se ela por algum acaso reconhecia a minha presença era como se isso fosse algo inevitável e que eu não passava de apenas mais uma desconhecida em meio a tantas outras.

-Sua letra é péssima não devia escrever deitada na cama. – Alfinetei antes de bater a porta e deixá-la pra trás. Suspirando pesadamente procurei clarear meus pensamentos. Ao menos isso ainda não havia mudado.

Lana Prescott sempre tem a última palavra e ponto final.

Caminhei pelo corredor permanecendo inerte ao que as outras garotas faziam. Eram tantas garotas, todas relativamente perfeitas de seu modo, mas eram obcecadas buscando por falhas minúsculas em algo que seria considerado normal para o resto do mundo. Aqui tudo era diferente de Hogwarts. Lá, o desleixo ou a falta de preocupação com o desenvolvimento de suas qualidades não é visto como algo mais do que normal, você estava apenas sabendo aproveitar a sua vida. Aqui, bom, eu não quero nem começar a descrever o surto que elas têm ao ver um fio de cabelo fora do lugar.

Não, é claro, que eu tenha algum.

-Hei Hogwarts! Já está indo embora? – Perguntou a intragável Viviane. Sua voz, como sempre, estava impregnada de um tom claro de zombaria e malícia.

-Você bem que gostaria. – Respondi me apressando e finalmente chegando ás escadas.

Mas eu não iria agradar essa víbora tão fácil. Afinal, sou eu a sonserina por aqui, se alguém deve ser servida essa alguém sou eu.

O que afinal aquelas garotas tinham contra Hogwarts? E por que diabos as outras duas garotas de Hogwarts não tinham voltado das férias? Não fazia sentido se esforçar tanto para entrar em um lugar para em menos de um ano abandoná-lo.

Só de olhar pra a tal Marie do segundo ano percebia que havia algo de errado ali, havia algo de podre com aquelas francesas e não tinha nada a ver com o perfume irritante que elas usavam!

No primeiro andar a sala de jogos estava praticamente vazia, exceto pelas duas orientais que jogavam xadrez bruxo, sem me conter fui até onde estavam e imediatamente me arrependi. Sabe quem é que era o campeão de xadrez em Hogwarts?

É ele mesmo, Hugo Weasley, um trasgo para a maioria das coisas, porém de frente a um tabuleiro ninguém podia vencê-lo.

Uma das garotas que estava jogando era a tal da Hiroko, a garota era simplesmente a pessoa mais simpática do lugar e de certo modo isso me fazia odiá-la. Lílian almoçara com ela a semana toda, não que eu me importe com isso, mas seria legal se a Potter almoçasse comigo pra variar.

Não que seja muito importante.

É claro que eu não me importo com quem a Potter almoça.

 -Olá Lana. – Me cumprimentou ela sorridente, respondi com um aceno de cabeça e dei o fora dali, se passasse mais algum tempo ao lado dela meu plano de odiá-la iria pelo ralo.

Eu não entendia, realmente não entendia. Em primeiro lugar Viviane Bernard.

Nós deveríamos ser aliadas, era o caminho natural da coisa, aposto que ela era a Lana de Beauxbatons, nós duas devíamos unir forças e mandar no local. Então por que ela me desprezava?

Em segundo lugar, a Potter. E todo aquele papo nobre sobre perdoar e de não ter contado nada pra McGonagall? Foi pelo cano só por estarmos em outro país?

Sem contar meu irmão mais velho que agora parecia ter feito do fato impressionar Lily Potter a missão de sua vida. Trabalha incansavelmente naquelas poções, daqui uns dias ficaria permanentemente lesado de tanto cheirar aqueles vapores das poções aurores. Não que eu não suspeitasse que ele já não fosse levemente lesado. Acorda, ele estava apaixonado pela Potter! Quer prova maior que essa?

Não sei o que ele pretende. Virar amigo do chefe antes de revelar que está se agarrando pelos cantos com a filha caçula dele? Isso sem considerar que o dito chefe era Harry Potter. O cara que detonou com Você-sabe-quem não com um feitiço mortal, mas sim com um Expelliarmus.

Será que o David nunca pensou que ele poderia facilmente virar panqueca nas mãos do pai dela? Ou que o irmão mais velho de sua amada ruivinha é um dos aurores mais promissores da atualidade, ou que o outro irmão dela é um medibruxo muito esperto para o seu próprio bem?

Não iria dar certo e eu nem precisava de uma bola de cristal pra saber disso. Depois que os homens da família dela acabassem com ele, não restaria nem uma pocinha de sangue puro para o meu pai botar defeito.

Caminhei mais um pouco pelo térreo até chegar ao Hall, o vento quente que entrava me guiou até a porta que estava entreaberta, minha curiosidade falou mais alto que meu medo e apertando meu roupão contra o corpo saí para os jardins.

Chamem de sexto sentindo, ou instinto feminino, mas eu meio que sabia que tinha alguém ali fora, a porta aberta era uma pista bem óbvia, mas nada mais além de instinto explica como cheguei até ela.

Seguindo as trilhas do bosque com a varinha acesa segura firmemente em minhas mãos cheguei até uma pequena clareira entre as árvores. Ali estava nossa professora de História da Magia, a senhora Hideko.

-Boa noite Lana. – Disse ela me encarando com um sorriso, ela segurava uma cesta em um dos braços finos, quando apontei minha varinha na direção dela não pude evitar.

-Seus cabelos! – Exclamei surpresa.

-Algum problema? – Perguntou a professora passando a mão pelos fios presos em um coque frouxo na nuca.

-Eles estão brancos. – Respondi sem deixar de encará-la e tendo certeza que dá última vez em que a vira em minha primeira aula com madame Hideko seus cabelos estavam negros como ébano.

-Ora garota, só porque já tenho uma certa idade não quer dizer gosto de ouvir coisas assim! – Censurou ela parecendo se divertir com meu espantou.

-Mas eles estavam pretos. – Murmurei um pouco chocada.

-Estavam é? – Perguntou ela com indiferença.

-Sim. – Falei ainda segurando a varinha com firmeza e me sentindo levemente amedrontada. Qual é, eu era uma sonserina acima de qualquer coisa! Já devia estar correndo de volta para meu quarto onde tinha um grifinória boba o bastante pra se jogar no meio do fogo cruzado. Grifinórios que arrisquem seu traseiro leonino, o meu é precioso e bonito de mais pra isso.

-E no que isso te importa? – Perguntou a velha com os olhos brilhando, e sim eu sei disso mesmo que estivesse escuro e estivéssemos no meio de um bosque.

-Em nada? – Respondi meio sem saber o que ela queria ouvir.

-Exatamente! – Falou Madame Hideko dando um estranho pulinho, porém logo depois começou a tossir, uma tosse seca que a fez se inclinar e derrubar a cesta de vime no chão.

Deixando de lado meu instinto que me mandava sair dali me aproximei da professora e a apoiei com meu braço.

-Professora? – Pedi com insegurança. Esse não era o meu terreno. Ajudar velinhas e Lana Prescott nunca cruzaram o mesmo caminho antes, acredite nisso.

Pergunte a qualquer lufano se quiser uma confirmação.

-O que está esperando garota? Pegue a cesta e ajude essa velha a voltar para dentro da casa. – Disse em um tom mandão, sem ter opção fiz o que ela mandou.

Olha ela parece ser uma chinesinha leve como uma pena e frágil como uma porcelana. Bom é tudo fachada, cheguei no hall sem fôlego e com as costas doendo, mais alguns passos e eu precisaria de ajuda também.

-Vamos menina! Preciso usar essa lavanda agora que a lua está quase a pino. – Bronqueou ela ganhando de repente agilidade e saindo na frente, para a direção onde eu sabia ser sua sala de aula e também seus aposentos.

Chegando em sua sala agora escura percebi que a claraboia no teto estava aberta e através dela podia se ver a lua com precisão, assim que chegamos lá, a professora Hideko tomou a cesta de minhas mãos. Usando a própria varinha ateou fogo em um maço de lavada e a fixou próxima da claraboia, sorrindo satisfeita consigo mesma finalmente se deixou descansar em uma cadeira qualquer.

Como se ela tivesse feito um grande trabalho. Era eu quem deveria estar satisfeita, afinal, eu que praticamente tivera de carregar uma velinha e uma cesta de vime nas costas por toda a mansão.

-Pra isso? Pra isso que você queria a lavanda? – Perguntei incrédula, porém satisfeita com o cheiro da planta ao ser defumada.

 Mas caramba! Compre um incenso! Não faça alunas inocentes, leia-se eu, arrasta-la por toda a academia como um bendito elfo doméstico! Sou a favor de que da próxima vez ela pegue alguém mais adequada com o papel de ajudante, como por exemplo, Lílian Potter.

Merlin sabe que ela realmente precisa ser afastada de mais um inútil esboço de carta para o meu irmão.

-Proteção. A lua está no ponto mais alto, a lavanda recém-colhida está queimando e está protegendo tudo a sua volta. – Respondeu a professora com simplicidade.

Ignorando o filtro que supostamente estava entre meu cérebro e minha boca, falei.

 -Proteção? Há feitiços para proteção, muito mais eficientes que isso.

-Há feitiços muito mais eficientes para cabelos que essa sua tinta trouxa que te deixa loira, mas nem por isso eu dei algum palpite. – Respondeu a professora prontamente.

Pois é, eu devo ter ficado alguns segundos de boca aberta sem saber o que fazer ou falar diante daquilo.

Madame Hideko era boa, muito boa.

-Então criança? Achou a resposta para as perguntas que te fiz? – Questionou ela me encarando na penumbra. Demorei algum tempo para achar a resposta, na verdade o tempo maior levei procurando a própria pergunta. Então finalmente me lembrei, suas perguntas em nossa primeira aula, aquelas que eu não pudera responder por conta da sineta.

Abençoada sineta, diga-se de passagem. Porém agora eu tinha uma resposta e ela veio tão fácil em minha boca que me perguntei se ela não estivera dentro de mim o tempo inteiro.

-Não.  – Respondi, antes de continuar. – Não é fácil diferenciar bom e mau, mentira e verdade, história e realidade.

-Muito bem Lana. – Concordou a professora parecendo satisfeita consigo mesma.  – Então vai me dizer por que não estava em seu quarto ou com suas amigas? – Pediu ela me pegando de surpresa.

-Eu não tenho amigas. – Bom até eu mesma me senti surpresa, não pela resposta, eu sabia disso há muito tempo, mas o simples fato de eu ter me dado o trabalho de responder significava algo.

-Não pode ser verdade, com certeza tem alguma, fora daqui talvez? – Insistiu a professora.

-Bom, eu tinha uma, mas eu cometi um erro. – Confessei sem saber ao certo por que.

-Nenhum erro é tão grande que não possa ser perdoado.  – Falou a mestre Hideko se levantando de onde estava. A encarei por algum tempo pensando no que dizia, logo a fumaça do defumador começou a tomar mais e mais o local e quase não podia mais ver a oriental.

-Lembre-se disso criança e vá dormir agora, já fez mais do que devia hoje. Por hora está protegida. – Falou ela com suavidade, meus olhos logo ficaram pesados e um sono que eu não sentia há muito tempo me tomou.

Há quantos anos o sorriso lindo e perverso de Niall me perseguia? Há quanto tempo a lembrança de David me deixando me assolava? Há quantos meses eu era atormentada pelos gritos e pela cena da queda de Lílian e o golpe com o balaço? Eu não sabia dizer, eu não conseguia me lembrar da última vez em que dormira em paz. Como se fizesse muito, muito tempo.

Talvez tenha sido quando eu era tão pequena que uma elfa doméstica me acariciava os cabelos ao me por pra dormir?

A última coisa que me lembro antes de acordar devidamente descansada no quarto que dividia com Lílian, é do cheiro da Lavanda e das palavras da professora.

Proteção ela me dissera, poderia me proteger até mesmo dos meus pesadelos? Poderia me proteger das coisas que eu tinha feito? Das coisas que tinham feito comigo? Poderia me proteger de mim mesma?

-Está atrasada, hoje é sexta e não sábado. – Comentou a Potter no momento em que me sentei na cama, ela já estava vestida com seu jeans e sua camiseta de sempre, parecia satisfeita com o que via no espelho.

Sua voz era plana e sem emoção. Naquele momento ela não me parecia a vivaz Lílian Luna Potter, ela me lembrava mais sua amiga, Sara Hale, que estava sempre no controle da situação. Talvez a Potter tivesse pegado algo dela depois de tantos anos de convivência com a sua melhor amiga.

Amiga...

-Até quando Potter? – Perguntei saindo da cama rapidamente e a encarando pelo espelho.

-Até quando o que? – Pediu ela desviando o olhar.

-Até quando você vai insistir nesse papinho de boa moça em dizer em que me perdoou? - A ruiva não me deu uma resposta de imediato, pelo contrário, demorou longos 23 segundos para se virar e me encarar de frente. Tínhamos quase a mesma altura, ela talvez fosse um pouco mais alta, era mais encorpada e musculosa, o que me lembrava que se partíssemos para a agressividade eu levaria uma boa surra.

-Eu perdoei Lana, do fundo do meu coração eu perdoei. Você acha que e poderia te encarar assim se não tivesse te desculpado verdadeiramente? – Perguntou ela me encarando com firmeza, os olhos castanhos tão serenos que me permitiam ver até sua alma.

-Então por quê? –Indaguei respondendo seu olhar da melhor maneira que podia.

- Perdoar e esquecer são coisas bem diferentes. Eu não posso te dar um sorriso e fingir que me sinto bem ao seu lado Lana, não posso de repente virar sua melhor amiga e aturar uma relação. Eu não posso fingir que não tenho medo de dormir ao seu lado, que não tenho receio de você me machucar de novo. Eu ainda não aprendi a confiar em você. Eu ainda não sei se posso confiar em você Lana.

Muito antes que ela terminasse de falar eu já chorava, lágrimas amargas de arrependimento rolavam por minha face, arrependimento por ter feito o que fiz. Arrependimento por ter resolvido questioná-la após uma noite de sono tão boa. Eu tinha acabado de estragar uma manhã que poderia ter sido muito promissora.

-Sinto muito. – Foi tudo que Lílian Luna disse antes de deixar o quarto, ela nem ouviu minha resposta.

-Eu também Lily, eu também sinto muito. – Murmurei para as paredes me deixando cair no chão de frente para o espelho.

-Foi você que provocou isso! Você sabe que foi você! – Disse a garotinha de cabelos castanhos e olhos azuis no espelho. Ela era o meu pior pesadelo.

-Eu já mandei você sumir. – Murmurei com raiva batendo a mão no chão.

-Será mesmo que você quer que eu vá? Será mesmo que ficou feliz por se livrar do Niall? Você acha que seu irmão liga pra você? – Provocou a eu do espelho com uma voz perversa. Ela sabia como me atormentar.

-PARE! – Gritei socando o espelho com força e sentindo uma dor já muito conhecida nos nós de meus dedos.

-Você pode se proteger de tudo Lana, de tudo menos de mim! Afinal você não pode se proteger de você mesma! – Disse entre risos a imagem agora rachada no espelho. Por mais socos e pontapés que distribuísse ela nunca se quebrava.

 Dentro de mim um pesadelo intacto sobrevivia dentro de uma alma quebrada.

Talvez ela tivesse razão, afinal, até a Potter estava com medo de mim.

Eu não podia me proteger de mim mesma.

Não havia lavanda suficiente na França para impedir Lana Marrie Prescott de machucar a si mesma.

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Notas finais do capítulo

NB/ Oi, meu povo e minha pova (cotando meu professor de química, o desgraça, vou ter até pesadelos com ele!) Obrigada pelos reviews, posso não ter respondido a todos, mas os li com muito carinho (vai dizer que não parece fala de professora de primário!)
*Momento especial...significa, fuja enquanto pode!*
Parabéns pra vocês, parabéns pra vocês! Parabéns para a Duda e para a Lulu Valdez, que vcs tenham muitos anos de vida, muitos sapos de chocolates, professores gostosos, amigos maravilhosos, e que os gatos ideais achem seus caminhos pelo Sedex (Desculpe Duda, mas como assim, o James é MEU! MEU! MEU! Não divido, empresto nem financio!) (se vcs quiserem eu posso enviar o Berlioz pelo correio? ... pensa num presente de grego!). Espero ver muito de vcs no decorrer da fic. Deve ser o que agora? Um ano nos acompanhando?
EU NÃO VOU TER UMA OUTRA CRISE DE ESTOU FICANDO VELHA (afinal... desculpe meninas... mas não foi o meu niver!, não que eu esteja dizendo que vcs estejam velhas, longe de mim!)
POV da nossa Loira, no momento a preferida da fic (talvez por ser a única figurante loira no momento???kkkkkkkkkkkk- acho que não posso desistir completamente da minha implicância com a personagem!)
Lana parece crescer muito e tem de enfrentar a consequências de seus erros. Afinal, acho que a Lily esta certa, perdoar não é esquecer.
Mas num contexto geral agora estou torcendo pela Lana. Que ela vá na jugular da Viviane! Vai voar pedaços de perua para toda lado!
Bjs da beta (aquela que não é sanguinária, mas não resiste a um bom barraco das personagens ... Milady chacoalhando um pompom e gritando Vai Lana, Vai Lana! e vcs que pensaram que eu nunca fosse torcer por ela! mas ainda sou FEALP até a alma, isso é apenas uma união para a destruição de um inimigo em comum!)
Milady Black
Obs: Gêmea, sinto muito a sua falta. As coisas não são as mesmas sem vc aqui!
NA/ Bom depois do que acho que foi quase um capítulo a parte da Milah nesse NB minúsculo cof, cof! Só me resta pedir por muito comentários!!!! Tem mais leitor que review!!! Como assim produção???
Então bora colocar esses dedinhos lindos pra digitar se não serão os meus dedinhos gordinhos por enquanto já que o projeto verão 2014 está em andamento que não vão digitar mais nada!!! Ouviram?? Sim isso é uma ameaça!!!
Enfim, espero que tenha curtido o capítulo e também as respostas dos comentários!! Eu e a Milah fazemos questão de responder o máximo possível porque ambas sabemos o quanto eh chato escrever um review e ser ignorada pelo autor da fic!!
Beijos da autora malvada que só vai postar o próximo capítulo quando ver o número entre leitores e comentários se equilibrar!!
Beijocas
Loreline Potter



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