Os Desertores de Konoha escrita por Angel_Nessa
Nosso corpo ainda estava em êxtase devido a adrenalina, havia sido uma atitude nobre e corajosa que nós tomamos ao cruzar aquela linha, havíamos sido altruístas e mantivemos nosso orgulho shinobi. Não respeitaríamos a quem nos havia colocado contra o povo ao qual protegemos por tantos anos.
No entanto ao nos refugiarmos em um antigo esconderijo ninja em meio a floresta da morte não parecíamos assim tão nobres e altruístas. Éramos na verdade um bando de jovens ninjas que não sabia o que fazer; disse que a parte fácil era atravessar a linha, difícil seria enfrentar o que nos esperava depois da linha.
A chuva caia forte naquele dia, e um vento frio soprava. Eu estava na varanda observando a escura floresta que cercava o lugar, os demais estavam espalhados pelo aposento vazio sobre as árvores refletindo sobre a decisão que haviam tomado. Ino se aproximou de mim.
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Sentou a meu lado e encostou-se na parede.
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A falta de noticias de Naruto estava me preocupando, ele não havia dito para onde ia, apenas disse que voltaria antes do sol surgir; belo consolo, isso significava que se ele não voltasse até o amanhecer deveríamos nos preocupar.
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A Ino podia ser chata, irritante, insuportável..., opa me empolguei, mas o que importa é que se preocupava comigo, e isso fazia dela uma amiga legal.
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Naruto podia ser o mais forte, mas eu o conhecia e sabia que também era o mais cabeça-dura e teimoso, não pensaria duas vezes antes de se meter em uma situação de risco. Por isso eu deveria estar preocupada sim.
A noite seguiu adentro, ninguém quis falar a respeito do fato de que a partir daquele dia éramos os desertores de Konoha. Ah, espera um pouco, me lembrei, Kiba, Shino e Shikamaru comentaram algo sobre termos que nos organizarmos e decidir o que faríamos, mas isso não foi importante porque já que nada foi decidido dessa conversa.
Enfim, cada um se ajeitou em seu canto e eu fiquei observando na varanda o movimento, que sinceramente era nulo. Eu me ofereci para ficar de vigia, mas Shikamaru interveio dizendo que eles revezariam comigo; mesmo que alguém assumisse meu posto eu estava decida a não pregar o olho naquela noite, pelo menos enquanto o Naruto não estivesse de volta.
Eu sei o que devem estar pensando, mas não era nada disso, saibam que preocupar-se é algo muito comum, e o fato de que eu estava preocupada com o Naruto não significava nada além de que eu me preocupava com as pessoas.
A noite seguiu adentro e a chuva cessou, não podia chover para sempre, né? Eu continuava com as pernas encolhidas sentada na varanda; imóvel, impassível e muito cansada, eu já estava quase adormecendo e não foram poucas as vezes que me peguei quase cochilando em meio a meu turno de vigia.
Num dessas vezes que balancei a cabeça par espantar o sono, vi uma movimentação por entre as árvores; me mantive calma, e com a mão tatei a minha bolsa, meus olhos estão fixos na movimentação por entre as árvores. Num golpe rápido atirei uma kunai contra a sombra no meio da floresta.
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Sem reacionar lhe dei um soco tão forte que fez a kunai se desprender da árvore.
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Em meu intimo me perguntava como uma pessoa pode ser tão sem noção quanto o Naruto era; eu havia atirado uma kunai, imagina se tivesse sido mais do que uma, ou se o tivesse atacado? Sem esperar por ele voltei para o esconderijo e Naruto me seguiu.
Ao chegarmos no esconderijo encontramos todos despertos, alguns mais atentos outros como o Shikamaru com uma cara de sono que era notável que havia realmente acordado naquele momento.
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Ino ao fundo ajeitava o cabelo e Shino, não lembro o que ele fazia nesse momento, só sei que ele estava lá.
Naruto abriu um sorriso confiante e eu me preparei para o pior, Naruto agindo por conta própria era sinal de problemas a caminho.
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Voltando a fita porque essa fala merece ser repetida.
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Mesmo preparada para qualquer coisa que viesse, essa me pegou de surpresa.
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Eu nem sabia o que dizer, por isso fiquei calada.
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Aterrorizando não, mas quem sabe não fazemos uma Akatsuki do bem, ao estilo Robin Hood? Certo, o momento não era para brincadeira e sem dúvida Sasuke era um ferida aberta para todos; no entanto, não se podia negar que era uma bela aquisição para o nosso grupo de desertores.
Agora que relembro esse fato me dou conta de que não escolhemos um nome para o nosso grupo, poderia ter sido um nome forte e de impacto... ah! Já sei. Nós éramos ‘Os Desertores de Konoha’. Eu sei que a originalidade passou longe, mas não sou muito boa com essa história de nomes.
Voltando a história, Naruto não gostou do comentário do Shikamaru e bem antes que começassem os conflitos internos eu me interpus.
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Eu nem sabia o que estava dizendo, mas tirando o Sasuke não havia mais ninguém disposto a se unir a nós e isso havia ficado bem claro quando todos aqueles rostos nos olharam do outro lado da linha. Shikamaru percorreu com o olhar os demais membros, e viu que nenhum deles estava disposto protestar contra a entrada de Sasuke no grupo.
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Naruto sorriu com a confiança de quem fez a coisa certa, Ino piscou para mim e voltou a se deitar. Shino e Kiba nada opinaram, Sasuke era um assunto complicado para se debater, já que as opiniões eram bem controversas.
Eu olhava a todos que voltavam a se ajeitar e Naruto me olhava como se esperasse uma palavra de minha parte, tinha os olhos de um cachorrinho que espera o carinho de seu dono por ter feito algo bem; eu me virei para Naruto lhe dei as palavras que ele merecia.
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Será que é muito comprometedor se eu contar que eu corei quando ele me agradeceu, acho que agora é tarde porque já escrevi e bem prometi a mim mesma que voltaria atrás naquilo que eu escrevi.
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Naruto imediatamente aceitou a sugestão, Shino assumiu meu posto de vigia e eu fui me recostar a um canto do lugar amobíliado e vazio, num canto não muito distante do meu Naruto se deitou.
Entretanto diferente do Naruto que em menos de 10 minutos já estava roncando, eu não consegui pregar os olhos; a todo o momento me lembrava que assim que o sol surgisse Sasuke estaria de volta e finalmente eu, o Naruto e ele estaríamos juntos lutando pela mesma causa, sendo novamente uma equipe e ficava me perguntando se tudo voltaria a ser como no começo, claro que se naquela noite eu não ficasse fantasiando tanto a respeito da volta de Sasuke, eu teria percebido que não era a volta do Sasuke que fariam as coisas voltarem a ser como eram; afinal nós três não éramos mais os mesmos, então como tudo poderia voltar a ser igual?
O fato é que naquela noite cumpri a promessa que havia feito a mim mesma enquanto esperava o Nauto na varanda: eu não pregaria o olho, claro, que eu esperava ficar acordada somente até o Naruto chegar. Não posso negar a noticia que Naruto trouxera sobre Sasuke vir a se unir a nós mexeu comigo, era estranho pensar que Sasuke faria parte de nosso grupo de desertores.
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nota da autora: o Sasuke está chegando aí gente!