POV Narrador

Percy estava andando pela rua, indo em direção à uma lanchonete, onde encontraria seus antigos amigos do clube de natação. O garoto já estava atravessando a rua, quando viu uma mulher praguejar baixo.

– Deuses! Só me faltava essa. – resmunga a mulher de aparentemente quarenta anos.

O garoto vai em direção a mulher. – Aconteceu alguma coisa, senhora? – ele indaga.

– Não estou conseguindo achar os meus óculos no chão. – diz ela, tateando o chão da rua. – Minha visão é muito turva sem eles. E os tomates que comprei, estão pesados.

Ele, por ter uma visão boa, consegue achar os óculos facilmente, e a entrega. – Seus óculos.

– Ora, obrigada! Pensei que não existiam homens como esse atualmente...

– Sua casa é perto? Se for, eu carrego a sacola para você.

– Ora, seria de muita ajuda! – diz a senhora com aprovação. E ele anda sendo conduzido pela senhora.

Ela para de caminhar junto com ele em frente a uma mediana casa com a cor muito desbotada e o portão enferrujado.

– Está é minha casa! Um pouco antiga, eu admito, mas tranquila de se viver. Ora, eu não perguntei o seu nome! Eu sou Atena Chase, a propósito.

– Perseu Jackson. – diz o garoto, e estende a mão, cumprimentando a senhora. Então ele percebe algo engraçado. O sobrenome da mulher era o mesmo que de Annabeth. Seria muita coincidência ser igual?

– Bom, sinto que lhe devo compensar. Venha comigo e te darei um excelente lanche! Cozinho muito bem, sabia? – diz a senhora gentilmente.

Percy olhava para a senhora com certa hesitação. Afinal, tinha de ir à lanchonete para encontrar com os amigos, mesmo não estando muito interessado em vê-los. – Não é necessário, muito obrigada...

– Mas eu insisto! – exclama ela. – Vamos entrando! – diz e ele entra desconcertado.

O garoto observa atentamente a casa, imaginando se ela realmente era a casa de Annabeth, e se ela estaria em casa nesse momento.

– Vamos para a cozinha, prepararei um lanche. – diz Atena.

A mulher retira um bolo de chocolate com caudas de morango da grande e velha geladeira da casa, e corta um pedaço, colocando em um prato com garfo para o garoto.

– Não precisava. – dizia ele.

– Eu gosto de agradecer pessoas gentis. – diz Atena.

Então ele come timidamente.

– Vejo pela sua roupa que você estuda na Half Blood. – diz Atena.

– Sim. – diz o garoto após engolir o primeiro pedaço.

– Minha filha estuda lá... Você provavelmente a conhece: ela é a Presidente do conselho estudantil. – diz Atena com a voz cheia de orgulho de sua filha, por ter conseguido este posto em sua escola.

Percy sorri. – Sim, eu a conheço.

E então eles escutam alguns barulhos. – Provavelmente deve ser Annabeth!

– Mãe, cheguei! – grita Annabeth na porta da casa.

Annabeth caminha despreocupadamente até a cozinha, a procura de sua mãe. Depois de tanto trabalho no conselho hoje, a menina estava com fome.

Ela entra na cozinha. – Mãe, o que tem para comer... – e então ela percebe que Percy Jackson está sentado em uma das cadeiras da sua casa. Seus olhos arregalam. – Você! – diz apontando para Percy.

– Filha, olhe os modos! Deve tratar bem as pessoas gentis, ao menos. – informa a mãe.

– Gentil? – pergunta Annabeth confusa.

– Claro. Ele me ajudou a achar os meus óculos, querida.

– Ahn... Certo. – diz Annabeth sem saber o que responder. – Ei Percy, venha aqui por um segundo. – chama Annabeth e ele a acompanha. – O que você está fazendo aqui?! – sussurra Annabeth.

– Foi uma coincidência, eu juro. Como poderia saber que ela era sua mãe?

– É verdade. Hã, obrigada por ajudá-la.

– Vocês dois irão comer mais, ou vão continuar com o namoro? – indaga a mãe de Annabeth.

Annabeth fica escarlate. – Mãe! Não somos namorados! – diz numa mistura de raiva e vergonha.

– Bom, eu já irei. Não vou ficar abusando da hospitalidade de vocês. Obrigada pelo bolo, Sra. Atena. – diz Percy com uma voz tão gentil que Annabeth se assusta por dois motivos. Por ele ser gentil, e por ter gostado disso.

– Irei te acompanhar, então. – diz Atena.

Atena o acompanha até a saida da casa.

– Bom, eu sei que tem alguma coisa interligada entre vocês; eu reparei os olhares. Não sei se é algo sério. Como pessoa, eu adorei você Percy, é uma pessoa muito gentil por ter me ajudado. – fala Atena com um sorriso sincero. –  Mas agora lhe direi como mãe de Annabeth: Se a machucá-la... – diz com seriedade.

O menino engole em seco. – Não faria isso. – se despede com um aceno, que é correspondido pela mulher, e vai em direção à lanchonete.