POV Rose

Ultimamente meus pensamentos só giravam em torno de uma coisa, para ser mais exata em uma pessoinha que em uma hora dessas podia estar com dor, com frio, com fome ou sabe se lá o que.

Eu não entendo o que eu sinto pela Nessie. Eu gosto de mais daquela garotinha. Se eu pudesse iria agora mesmo a policia, denunciava o pai e ficava com ela pra mim. Mas infelizmente eu não posso, porque se eu denunciasse, ela iria para um abrigo, e eu nunca mais a veria. E se eu tentasse adotar ela? Eu nunca conseguiria a sua guarda. Por quê? Essa pequena pergunta pode ser respondida em uma pequena resposta: Royce King

“Desde os 12 anos eu fui apaixonada por ele, com 17 ele me pediu em namoro e desde então ficou me pressionando a “ceder” pra ele, mais eu sou de família tradicional não iria trair meus pais assim tão fácil. Com 20, fomos pra faculdades diferentes e isso o permitiu ficar com cada mulher do Canada até o Paraguai e sem a idiota aqui perceber nada. Um belo dia eu fui visitar ele e estava tendo uma festa. Primeiro ele me embebedou até eu perder a consciência dos meus atos e depois fez o que quis comigo. Resultado: Eu engravidei. Minha família o obrigou a se casar comigo. Passamos todo o nosso casamento brigando. Quando o meu filho, Johnny, nasceu eu me sentia inteira. E quando ele completou sete meses eu estava exausta, ai o Royce me ofereceu uma “coisa” que era pra eu experimentar “sem compromisso” disse ele e então já era, eu me viciei e três meses depois quando disse que iria largá-lo e levar o Johnny, ele ligou pra policia e disse que eu também traficava, ele implantou provas, e eu fiquei seis meses presa, só até meu irmão chegar de viagem e pagar a minha fiança. E além do mais, meu irmão me deixou oito meses em uma clinica de reabilitação, ele dizia que era melhor eu cuidar de mim pra depois cuidar do meu filho. Quando eu fui liberada, Royce já tinha se casado de novo com uma garota de 18 anos chamada Alysson, e o pior foi quando eu vi o meu Johnny a chamando de mãe. E desde então nunca mais usei nenhuma droga, a única coisa que ainda tenho força de fazer é lutar pelo meu filho, mais nunca ganhei nenhuma causa pelo simples fato dele ser rico”. Pois é já faz um ano e três meses que e luto na justiça pelo direito de ver o meu filho, mais o Royce tem duas coisas que eu não tenho: dinheiro e o fato de nunca ter sido preso.

Ninguém da minha família fala comigo, exceto meu primo e meu irmão, que pediu pro melhor amigo dele, Emmett, me representar nos tribunais. Sabe esse foi outro que me surpreendeu. Durante todo o colegial eu pisei em cima dele, pelo fato dele ser nerd e apaixonado por mim, eu me achava boa demais pra ele. Só hoje eu percebo que ele era bom de mais pra mim, eu só humilhava ele por pura futilidade, e para onde isso me levou? Pra cadeia? Essa foi a mesma futilidade que tirou minha virtude e levou meu filho, e isso não é bom pra ninguém.

E agora o que eu faço? Denuncio e deixo-a sofrendo em um orfanato ou não denuncio e deixo-a sofrendo com o pai. Depois de muito tempo pensando tomei uma decisão, eu iria esperar ela falar comigo, mais se aparecesse alguma outra marca nela eu iria dar queixa.