Capítulo 16  Que história é essa?

Pov Bella

Passei a tarde inteira conversando a Nessie, ela é uma anjinha, tão comportada, inteligente, esperta e muito bonita. Eu teria sorte de ter uma filha igual a ela. Deixei-a em casa e assim que ela entrou, eu dei partida no carro, passei no posto de gasolina para abastecer. Aluguei esse carro hoje de manhã, eu preciso me locomover por aqui e não posso ficar dependendo de táxi.

Assim que cheguei ao hotel já era sete da noite, fui para o quarto, deitei e acabei apagando naquela cama maravilhosa. Acordei com o telefone do hotel tocando no criado mudo, olhei no relógio e percebi que já eram dez horas da manhã. Nossa não acredito que dormi tanto tempo assim. Estendi a mão e peguei o telefone.

– Alô?

– Senhora Cullen? Tem uma moça aqui na recepção querendo falar com a senhora- Falou a recepcionista do hotel.

– Quem? A Rosalie?

– Não, ela falou que se chama Jéssica Stanley. E disse que é importante- Bufei. Eu a odeio!

– Diga para ela me esperar aí. Eu vou trocar de roupa e descer.

– Tudo bem senhora Cullen.

Arrumei-me a contra gosto, escovei os dentes e desci. Chegando lá olhei para a cara daquela anormal e me bateu um nojo tão grande, que só não pulava no pescoço dela, porque a repulsa não deixava.

– Olá Isabella.

– Jéssica. O que você quer comigo?

– Relembrar os velhos tempos. Não está bom para você?

– Não! O que você quer?

– Ali na frente tem uma pracinha, vamos conversar ali. É bem mais agradável.

– Tudo bem. Vamos- Atravessamos a rua e ela andou até um banco e sentou, sentei do seu lado, mas mantendo certa distancia.

– Por onde vamos começar? Bom, o Edward sempre foi apaixonado por mim, até você entrar no meu caminho.

– Vai tomar no cu!

– Hum, tudo bem vou ignorar. Como você já sabe o Ed antes de enlouquecer namorava comigo. O Jake até então era o melhor amigo dele. Aí você entrou no meio e estragou tudo. Mas há quatro anos o Ed estava em um bar com o Jacob e praticamente se atirou em cima de mim. Ele me levou para um motel e você já sabe o resto.

– O Edward já tinha me contado isso há anos.

– O que ele não contou é que eu engravidei. Isso mesmo nós tivemos um bebê!

– Você está mentindo!

– Você pode até dizer que eu estou mentindo, mas que eu saiba isso não mente- Me entregou uma foto dela grávida junto com um exame de sangue com o resultado positivo. Foi me subindo uma raiva tão grande que eu comecei a enxergar tudo vermelho.

– EU VOU TE MATAR!- Gritei e avancei no pescoço dela, com vontade de despedaçar ela. Por sorte estava passando um homem na rua que me tirou de cima dela, se não eu matava.

– Fica calma moça- Depois de me debater por uns 5 minutos, falei:

– Me solta eu já estou melhor- ele me soltou, e sentou em um banco próximo da gente, acho que foi para nos vigiar.

– Tudo bem Isabella, por 500 mil dólares eu não conto para ninguém da existência dessa criança e se quiser ficar com ela, eu te vendo ela pelo mesmo valor.

– VOCÊ É UM ANIMAL DOENTE! COMO PODE QUERER VENDER A PRÓPRIA FILHA?

– Querida, essa menina não vai me trazer lucro nenhum e se eu não vender, adivinha quem vai ser obrigada a criar a pirralha sozinha. Eu! Além do mais essa menina é doente o tratamento é caro e se eu não pagar o tratamento com o dinheiro que o governo dá, eu posso ser presa.

– Deveria ser presa mesmo.

Essa é minha chance, eu não quero ter outro filho para não sofrer tudo o que eu sofri de novo, mas ser pai é o grande sonho do Edward e essa seria uma forma dele realizar esse sonho.

–Me fala mais sobre esse bebê

– É uma menina, tem três anos, se chama Coralina e é meio doente.

– Como doente?

– Ela é surda e muda. Por mim jogava essa pirralha no lixo, mas a minha querida mãe não desgruda da pestinha, virou a queridinha.

– Tudo bem. Eu vou ir ver essa menina e se ela for mesmo filha do Edward eu te dou o seu dinheiro.

– Nem pensar. Primeiro me paga e depois vê a menina.

– Eu só vou te pagar depois que eu tiver certeza que ela é filha dele.

– Ela está morando em Chicago com a minha mãe.

– Tudo bem. Me da o endereço que eu vou amanhã mesmo até Chicago, e converso com a sua mãe.

– Tá bom- ela me passou o endereço, a primeira coisa que eu fiz quando cheguei ao hotel foi ligar para o Edward.

Eu liguei e começou a chamar, e de repente caiu na caixa postal, o que é muito estranho já que essa hora o Edward já está em casa. Eu sei que muitas vezes eu chego a ser ciumenta até de mais, só que eu morro de medo de perder ele, e só de imaginar ele com outra mulher... Eu não suporto essa ideia.

“EDWARD PORQUE VOCÊ NÃO ME ATENDE? ESSA HORA VOCÊ JÁ ESTÁ EM CASA!!!! SE VOCÊ ESTIVER COM ALGUMA PROSTITUTA...” Atendeu.

–MEU AMOR, QUE SAUDADE!- Falou alegre.

–Você tá ofegante. Por quê?– Perguntei desconfiada

– Eu tive que correr para atender ao telefone.

– E porque você não atendeu enquanto estava tocando?

–Porque é o meu amor por você que me dá forças, e se eu passar um dia sem ouvir a sua voz eu já não tenho forças para viver.

–Sei- Acredite se quiser.

– Amor, porque você me esqueceu aqui? Estou carente e abandonado.

– Eu não te esqueci, penso em você todos os dias! Mas tem uma coisa que me deixou bem intrigada.

–O quê?

– A Jéssica. Ela disse que dormiu com você, naquele dia que a gente brigou, há quatro anos.

– Bella nós tínhamos terminado naquele dia, e eu também tinha saído com o Jacob naquele dia para beber e esquecer tudo, aí ele viu a Jéssica e me fez dançar com ela e... Desculpa Bella.

– A culpa foi minha. Ela me disse que estava grávida de você, e que o bebê nasceu, mas ela entregou para a mãe dela criar. Eu estou te ligando para dizer que eu vou procurar essa criança. Segundo ela, o nome é Coralina e vive com a avó em Chicago, ela nasceu muito doente.

– Como assim, a Jéssica grávida?

–Amor, você sabe o quanto a Jéssica me odiava quando eu era pequena, só porque a mãe dela dizia que gostava mais de mim, pois eu era bonita e comportada. Ela contou com a ajuda do Jacob para te embebedar e depois... Você sabe.

– Meu Deus, eu não sei o que fazer.

–Não faça nada. Eu conversei com a Jéssica e ela me disse que com 500 mil dólares, entrega a menina para a gente.

– E o que você vai fazer?

– Vou dar o dinheiro, mas primeiro vou me certificar que ela é sua filha.

– Tudo bem. Resolve e me fala.

–Tá bom. Tchau.

–Amor?

–O que?

–Eu te amo

– Eu também te amo– E então desliguei.

Fiquei deitada na cama por horas, eu preciso entender o que será da minha vida a partir de agora. O que vai acontecer se essa menininha vier morar com a gente, o quanto isso afetará o meu casamento e a minha vida conjugal.