A Marca Da Coroa escrita por Novacullen


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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PV EDWARD

Dias depois...

Já havíamos chegado a Forks e para a nossa surpresa adoramos a cidade e principalmente o clima, aqui chove cerca de duzentos e doze dias por ano ou seja, apenas alguns dias do ano fazia sol o que era perfeito para nós, já que não podemos sair ao sol sem chamar atenção dos humanos, assim só teríamos poucos dias de restrição para sair de casa, mas eram tão poucos que nem chegaria a nos incomodar, e tinha muita floresta ao redor também o que era perfeito para caçarmos, e no dia que chegamos aqui vimos um cartaz de uma casa a venda numa região afastada da cidade o que fez com que meu pai a comprasse imediatamente, ele sabia que não ficaríamos ali por muito tempo, ficaríamos apenas o tempo de eu ter certeza se minha predestinada estava ali ou não, mas como ele gostou do lugar e imóveis é sempre algo bom para se investir ele a comprou, quem sabe uma dia daqui algumas décadas quando os moradores dessa cidade não se lembrarem que um dia estivemos aqui não voltamos para morarmos aqui por um tempo.

Meus pais, Emmet, Rose e Jasper estavam terminando de decorar a casa e eu e Alice estávamos caçando, fazia tempo que não caçávamos e se íamos circular entre as pessoas era melhor nos prevenir. Alice havia acabado de pegar o cheiro de ursos a oeste e eu segui um pouco para leste porque senti o cheiro de leão da montanha, então nos separamos em busca de nossas caças, Emmet me fez prometer que não sairia um segundo do lado de Alice, que mesmo sendo vampira há décadas ele ainda não havia perdido o hábito de vê-la como uma criança indefesa, mas como eu posso ler a mente dela à distância, eu poderia monitorá-la e saber se ela estava bem ou não.

Quando ouvi um baque há alguns metros de distância de mim e corri rapidamente até lá e vejo que se tratava de uma garota que havia caído do penhasco.

O cheiro de sangue me atingiu em cheio, tive que recuar alguns passos, era tão doce, parecia tão delicioso, mas logo abandonei esses pensamentos. Nunca provei sangue humano e não seria agora que faria isso. Resolvi prender a respiração e fui de encontro à garota, o coração dela batia fraco, ela precisava de atendimento médico urgentemente.

Aproximei-me dela, e me agachei ao seu lado, retirei alguns fios de cabelos castanhos avermelhados que cobriam seu rosto e cada célula do meu corpo a reconheceu.

— Céus! Eu estou a quase dezesseis anos te procurando minha predestinada e quando finalmente te encontro você está a beira da morte. - digo triste acariciando com cuidado seu rosto que apesar de machucado, ainda se podia ver toda a sua beleza. - Mas não vou deixá-la morrer. – digo determinado.

— Tio eu ouvi um barulho estranho... – diz Alice se aproximando de nós e estancou ao olhar a garota machucada.

— É ela Alice, a minha predestinada.

—Oh! Deus!. – Alice fica surpresa, mas ao mesmo tempo bem triste pelo estado que minha predestinada se encontrava, ela mal respirava e seu coração batia bem fraco e havia várias escoriações pelo seu corpo também.

— O que aconteceu com ela tio?

— Não sei, eu ouvi o baralho e vim ver o que era, então eu a encontrei caída aqui. - digo olhado para cima, foi uma queda de oito metros, é muita sorte a dela ainda estar viva.

— E pelo tamanho da queda, infelizmente ela deve ter fraturado algo. – concluo angustiado pelo estado de minha predestinada.

— Temos de levá-la ao hospital urgentemente tio.

Peguei minha predestinada nos braços com todo cuidado do mundo, eu não queria piorar sua situação.

— Ligue para nossa família Alice e diga o que aconteceu e que a estamos a levando ao hospital.

Alice imediatamente fez o que pedi.

— Aguente firme meu amor. – sussurro no ouvido da minha predestinada e me pus a correr com Alice ao meu lado rumo ao hospital.

Carlisle que havia conversado com o médico que atendeu a minha predestinada havia me avisado que ela acordaria a qualquer momento, pois o efeito do sedativo estava passando. Papai ficou no corredor caso eu precisasse de ajuda com relação a ela.

Segurei sua mão que não estava com o soro e foi quando vi que no pulso dela havia uma marca de uma coroa feita a ferro, e um tremor passou pelo meu corpo, ela deve ter sentindo muita dor. Mas se eu pego o desgraçado que fez isso com a minha predestinada não vai sobrar nenhum pedacinho dele para contar a história.

Percebi sua respiração ficar mais rápida, suas pálpebras tremularam e em seguida abriu os olhos revelando lindos olhos cor de chocolate derretido.

Ela olhava para os lados, parecia bem confusa.

— Você deve estar confusa, não é?

Ela fixou seu olhar em mim. Aquele olhar me prendia a ela de uma maneira que eu não sabia explicar.

— Eu te encontrei caída em um penhasco e a trouxe para o hospital. Você quase morreu, mas felizmente você vai ficar bem. – garanti- Agora pode dizer como caiu de lá ou foi alguém que empurrou você?

— Eu não cai e ninguém me empurrou de lá, eu me atirei.

— O quê?- fico perplexo.

Minha predestinada tentou se matar, mas por quê?

Ela começou a levar a sua mão em direção a agulha do soro.

— Não tire isso, por favor, você está recebendo medicação por aí. - tiro sua mão de onde estava a agulha.

— Eu não quero medicação.

— Assim você não vai ficar boa.

— Eu não quero ficar boa. Eu quero morrer.

— Você não sabe o que diz.

— É o que eu quero, por favor, me mata. – pede olhando em meus olhos, parecia tão decidida.

— Não! – digo horrorizado com seu pedido.

— Você é um vampiro. Isso é fácil para você.

Como ela sabe que eu sou um vampiro?

— Fazer isso é impossível para mim.

— Por quê?

— Porque matá-la seria o mesmo que me matar.

— Como assim?

— Você é minha predestinada. - e antes mesmo de eu explicar o que significa predestinada vi compreensão no seu olhar.

Ela sabia o que era uma predestinada, como pode saber tanto sobre vampiros? Mas deixaria para descobrir isso depois, agora a minha prioridade é fazê-la desistir dessa ideia absurda de querer se matar.

— Desculpa, eu sei que não devia ter dito isso assim e agora, mas vi que você não desistiria da ideia de morrer, por favor, não diga que deseja a morte nunca mais, por favor prometa.

— Eu não posso.

— Porque não?- questiono angustiado por ela não prometer.

— Porque eu não quero mais sofrer.

— O que aconteceu com você?

O coração dela começou a disparar e sua respiração ficou forte e irregular, ela estava sentindo dor devido às costelas fraturadas.

— Tente se acalmar. - implorei, mas ela não o fez.

— Pai chama o médico. –peço num tom que seria audível apenas para ele.

Carlisle não trabalhava no hospital, então ele não poderia cuidar de Bella sem trazer problemas a ele.

Papai entrou no quarto com o médico e ele aplicou rapidamente um sedativo nela.

— Ela não pode se estressar. 

Assenti para o médico e em seguida ele saiu do quarto.

— O que deu nela?- perguntou Carlisle.

— Não sei pai, mas suspeito que algo de muito ruim aconteceu com ela e lembrar a faz sofrer é por isso que ela deseja a morte, por não suporta mais seja lá o que for que aconteceu com ela. E tenho certeza que tem a ver com o medo e a dor que eu sentia vindo dela.

— Você não viu na mente dela do que se trata?

— A mente dela é fechada para mim pai. – digo triste.

— Como assim?- diz papai surpreso. 

Ninguém até hoje foi imune ao meu dom. E dentre todas as pessoas que existe isso tinha de acontecer justa com a pessoa que mais me importa no mundo. Pensei indignado.

— Eu não consigo “ouvir” nada pai, infelizmente, e ela não parece disposta a querer contar e sem saber o que é, eu não tenho como ajudá-la. – me sinto totalmente frustrado.

— Calma filho, ela se abrirá com o tempo.

— Assim espero pai. – acaricio o rosto dela.


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Notas finais do capítulo

Até sábado!