Reprise Sa Chanson... escrita por Very Happy


Capítulo 8
Cap. 7: "Aguente-me, se for capaz!" part. 3


Notas iniciais do capítulo

Oie, desculpe-me pela demora, amore ^^
Enfim, faz tempo que queria fazer isso e vou aproveitar agora: MUITO OBRIGADA A VOCÊ, QUERIDA LEITORA, QUE FAVORITOU MINHA FIC ^^ SE EU PUDESSE, TE DAVA UM BEIJO KKKKKKK Sério, muito obrigada mesmo, não sabe o quanto isso me anima :D
Boa leitura =D



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Passos firmes pelo asfalto. Um suor fino escorrendo pela minha testa. Os chaveiros de minha mochila balançando atrás de mim. Essa era eu seguindo para meu prédio. As aulas daquele dia foram entediantes. E Jon, ah, o Jon! Nem olhou na minha cara depois de temos nos encontrado no corredor. I-d-i-o-t-a.
–Boa tarde! – o porteiro falou para mim, assim que adentrei o edifício.
–Boa tarde! O senhor sabe aonde tem um supermercado? – perguntei, sorrindo.
–Tem um no fim da rua, senhorita. Não é muito bonito, mas acho que dá pro gasto...
–Claro. Obrigada.
Segui então para lá, afim de fazer minhas tão merecidas compras. Claro que não exagerei. Não tinha condições para isso. Quando terminei de jogar minhas compras nos carrinho, segui para o caixa. Logo, o caixa, que era muito familiar, sorriu para mim e começou a passar minhas compras. Fiquei observando ele enquanto empacotava minhas coisas. “Da onde eu o conheço?”, questionava-me. Quando terminei de embalar minhas poucas coisas, eu paguei e ele sorriu para mim, abrigando-me a retribuir o mesmo. Sai do supermercado ainda com a imagem do homem em minha cabeça.
Cheguei ao meu apartamento, sentindo meus dedos formigarem por causa das sacolas. Larguei-as no balcão e segui para meu quarto. Estava exausta e... fedendo. Argh! Corri para o banheiro, me despi e entrei debaixo da água fria. O choque dessa com meu corpo causou-me um arrepio. Um arrepio muito bom... Deitei a cabeça para trás e deixei a água correr por meu cabelo. Sorri ao sentir aquilo. Sai do box enrolada na toalha e penteei meus cabelos em frente ao espelho. Depois, peguei um short jeans e uma regata amarela em meu armário. Segui para a cozinha, sentindo minhas costas serem molhadas por meus cabelos.
Guardei minhas compras vagarosamente e separei um prato pronto para comer. Esquentei-o e logo segui para a mesa. Girei os garfos entre os dedos, enrolei o macarrão no garfo e o coloquei na boca, fazendo um sorriso brotar em meus lábios. “Liberdade, Mel.”, pensei. Sim, por que, antes, eu não podia fazer isso. Eu não podia comer comida de verdade. Não podia parar para comer. Se estivesse com fome, ficava. Rezava para obter sobras da comida daqueles nojentos. E quando não obtinha, tinha de me virar...
O suor escorria pela testa da garota. Suas pernas já estavam doloridas por sua corrida. Ela carregava um pão na mão direita e evitava olhar para trás, com medo de que alguém a perseguisse.
Deu graças quando chegou a um beco. Escondeu-se atrás de um latão de lixo e comeu o pão. Procurava come-lo devagar, pois sabia que se comesse rápido, seu pequeno estômago não aguentaria. Quando o terminou, examinou se tinha migalhas no chão. Nada. Encostou a cabeça na parede, e passou as costas da mão pela boca.
–Obrigada. – ela sussurrou. Talvez para o padeiro, que não correu atrás dela. Ou talvez agradece-se a Deus, pelo mesmo motivo.
Finalmente a pequena Melanie havia comido. Depois de 3 dias sem comer nada, apenas se abastecendo com grãos e migalhas perdidos nos pratos do outros...
Ergui-me da mesa, tentando afastar aqueles pensamentos de minha mente. Estava cansada de remoer o passado. Mas, o que eu podia fazer? Ele sempre voltava pra mim, de um forma ou de outra...
Depois de lavar meu garfo, segui para meu quarto, afim de ler um pouco. Fui até minha escrivaninha e logo notei uma jaqueta sobre ela. Sabe, aquela jaqueta... Havia esquecido de leva-la comigo para a escola. Aproximei-a de meu nariz e novamente aspirei aquele... maravilhoso cheiro. O cafajeste podia ser o que for, mas que era bonito e... cheirava bem, ninguém podia negar. Enrolei a jaqueta e acomodei-a em meu braço. Olhei no espelho. Estava... bem. Arrumei meus cabelos e segui para a porta. Sim, eu iria devolver a jaqueta. Afinal, para que ficar com ela?
Segui até a porta branca em frente a minha. Ela não era nada diferente. A não ser pelos números gravados nela, é claro. Respirei fundo e toquei a campainha. O nostálgico “Ding – dong!” soou pelo recinto. Balancei-me para frente e para trás enquanto esperava. Logo, um Jon descabelado e com cara de sono veio me atender.
–Melanie? – ele perguntou, coçando os olhos. – Esperava ver até mesmo o coelho da Páscoa, menos você...
–É bom com as piadas também, Romeu? – perguntei.
–Eu tento... – ele espreguiçou-se. – Mas, então, a que devo a honra?
–Vim lhe devolver isso. – estiquei a jaqueta para ele. – Deixou no meu apartamento no sábado.
–Minha jaqueta! – ele a tomou de minhas mãos e analisou-a. – Porque me devolveu só hoje?
–Porque eu só a vi hoje. – menti. Eu era realmente muito boa nisso.
–Sei... Mas, obrigado mesmo assim.
–Não a de que. – cruzei os braços. – Estava dormindo?
–Na verdade, sim. Meu soninho da tarde se prolongou um pouco...
Cretino. Arrancou-me um sorriso. Mas logo o desfiz. Contudo, ele o percebeu.
–Isso foi um sorriso?
–Sim. Algum problema?
–Nenhum, nenhum...
–Bom, vou indo. De nada, Romeu.
Virei-me e segui para meu apartamento com passos pesados. Mas, ainda antes de entrar, ouvi uma risada baixa vindo do corredor.E, assim que adentrei o local, eu também ri.
Sim, eu era muito boa em relação de “cão e gato”. Mas, mal sabia eu que essa relação iria mudar...


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Notas finais do capítulo

Eu sei, esta pequeno. Mas é porque eu tenho que adiantar para chegar as partes emocionantes XD Por isso, não repare, por favor :D
Mereço reviews?
=D