Reprise Sa Chanson... escrita por Very Happy
Notas iniciais do capítulo
Oieee!
Então, esse tá pequeno, eu sei :p Mas esse era meu objetivo. Quero que vocês fiquem curiosas com... ah, vocês vão ver kkkk
Espero que gostem! =D
PS: Não reparem no gif, ok? Tipo, é um pouco complicado achar gifs masculinos :p Mas ele é lindo né? ^^
Por Jon:
Sabe, eu saia muito bem como era sentir medo. Afinal, já o havia sentido várias e várias vezes ao longo da minha complicada vida...
O medo era algo que realmente ficava estampado em seu rosto. Poucos são aqueles que o conseguem disfarçar. E quando conseguiam, rapidamente eram descobertos... Anos de prática, meu (minha) caro (a) !
E, naquele exato momento, eu vi o medo estampado no rosto dela. Um medo, um espanto, um receio talvez. Algo puxado para o sobrenatural, ou para o enigmático Um medo que não ficava somente em seu rosto. Mas se espalhava pelo seu corpo, fazendo-a tremer as pernas e suar as mãos.
Melanie estava estática. Paralisada. E, talvez, por esses motivos, talvez pelo medo, pelo fato de se sentir idiota ou algo do tipo, ela fez o que fez... Quando dei por mim, a morena estava pressionando a porta, a fim de fecha-la. Um ato com pouco sucesso, já que o garoto que estava do lado de fora também pressionava a mesma, só que para abri-la.
-Droga! - Melanie exclamou, meio ofegante. - Me ajuda aqui garoto!
-O que... Mas... Porque você...? - comecei, meio atrapalhado pelo ato imediato da garota.
-ME AJUDA! - ela gritou. Ato suficiente para eu obedece-la.
Não demorou muito e logo nos "vencemos". Fechamos a porta, e Melanie trancou a mesma, num ato desesperado. Várias perguntas rodavam minha cabeça, e eu de fato iria faze-las, se a pessoa do lado de fora não começasse a falar:
-Droga, Melanie! Estou aqui para te ajudar!
-Eu não acredito em você! - ela respondeu, com os olhos marejados.
Pensei em fazer algo. Sei lá, abrir a porta e socar a cara dele. Mas, eu estava... impotente. E-Eu não sabia porque ela havia feito aquilo, se o motivo era justo....
-Deveria, porque eu sou a única pessoa nessa família que vai te ajudar... e avisar.
Olhei para Melanie, que parecia confusa. Ela se aproximou da porta, vagarosamente.
-Avisar sobre o que? - ela perguntou, rispidamente.
-Ela está vindo atrás de você. Ela quer a sua herança...
-Que herança? Os R$ 5.000 que já estão acabando?
-Que R$ 5.000, Mel? Sua herança é bem mais que isso!
Melanie abaixou a cabeça, enquanto eu tentava ligar os pontos. Já sabia que tinha uma família no meio, uma herança... bem alta por sinal...
-Olha, eu sei o que eu fiz, Mel. Mas, por favor, confie em mim: ela está louca! Está te procurando pelo país todo. Eu sai de casa para vir atrás de você e te avisar. Acha que eu largaria tudo aquilo para perder tempo?
-Você nunca gostou de lá...
-Mas eu tinha que ficar lá, Mel. Você sabe. E-Ela voltou a bater na Lucia.
Melanie juntou as mãos a boca. Hello, será que alguém pode me esclarecer o que está havendo?
-Olha, se você não quiser confiar... fique sobre aviso. Em poucos dias, quem sabe horas, ela vai estar aqui. E fará de tudo para ter sua herança.
-Ela vai me matar? - ela perguntou, firme, enquanto eu me assustava com a força daquelas palavras.
-Não a principio. O banco só libera o dinheiro para você, a primeira herdeira legítima. Ela não quer te matar, não agora...
Melanie suspirou e juntou as mãos a cabeça.
-Confie em mim. Só mais essa vez... - ele disse, e depois de uma pausa, completou. - Tenho que ir. Boa sorte, Mel.
Ouvi os passos dele no corredor e fiquei atento até eles sumirem. Melanie ainda estava parada, estática. E eu: confuso. Muito confuso. Ela se afastou lentamente e encostou-se na parede, juntando as mãos ao rosto.
-Droga... - ela sussurrou, agora fitando o chão.
-Melanie. - eu tomei a frente, firme. Ela ergueu a cabeça, parecendo que só se lembrará de mim agora.
-Olha, Jon, vai embora. Não quero que você se envolva...
-Eu já estou envolvido. Quando eu abri a porta, dei quase meus dados completos para aquele garoto!
-Por que fez isso?!
-Por que ele queria saber que eu era e o que eu fazia com você! - falei, sobressalto. - Ele é o seu namorado?
-O que? Não! Ele é meu primo!
Em minha cabeça, um emaranhado de perguntas se formava.
-Melanie, eu quero entender, mas... com pedaços da história, pedaços tão... insignificativos, eu não entendo...
Ela me encarou. Seus olhos castanhos faiscavam e sua pele estava mais pálida do que nunca. Ela balançou a cabeça e voltou-se para mim, séria.
-Olha, Jon, você tem que me prometer que isso que eu vou te falar morre aqui. - ela disse. - Se você entrar nesse jogo, você não pode falar para ninguém o que está envolvido! E... se você... quiser ir embora depois, eu não irei tirar sua razão... Mas, saiba,... - ela fez uma pausa. - que eu sou uma garota com muitos, muitos problemas...
Fitei-a. Com eu disse, eu farejo o medo. Mas também farejo a tensão, a dúvida e a seriedade que rondava por ali.
-Eu já estou envolvido, Melanie. Mas, eu não posso te prometer nada...
-Só que você não vai contar para ninguém. Só isso que eu peço...
-Tá, tá bom. - falei, depois de suspirar.
Ela deu um longo suspiro e depois se dirigiu até o sofá, sentando-se nele e voltando a me fitar, tristonha.
-Então, acho que já está na hora de você saber a minha história...
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