Uma Esperança escrita por Mileide


Capítulo 3
Sumiço


Notas iniciais do capítulo

Olá olá, mais um capitulo fresquinho!!
Boa leitura, vejo vcs la em baixo õ/



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- E então Jun-sama, o que faremos agora? – perguntou Tatsunaga que ajudava a cuidar dos ferimentos do rapaz.

- Aquela garota acabou com você. – dissera o esquisito esverdeado, sabia ninjutsus médicos curando os órgãos afetados pelo ataque da Hyuuga. – Você não precisava ter pegado leve.

Jun olhava um ponto qualquer na paisagem destruída pela batalha a sua frente, seus cabelos castanhos voavam com a intensidade do vento, seus olhos claros demonstravam o quanto estava atordoado. Havia perdido para uma garota.

Primeiramente, sua intensão não era lutar. Queria conversar e saber por que estava sozinha e avisar que era perigoso viajar por aqueles arredores, havia muitos caçadores de recompensa e por ser Hyuuga e uma moça muito atraente estaria em perigo. Mas de repente ele se viu sendo atacado, tentava se defender a todo custo já que não queria lutar. Foi forçado a chuta-la quando percebeu uma brecha naquele taijutsu tão incrível. Mesmo sendo arremessada ela levantou rápido e se pôs em posição de luta, não teve jeito, teve que continuar.

E perdeu. Para uma garota. Garota...

- Quando eu vê-la de novo... Não terei pena só por ser menina!

[...]

Na academia ninja todos os alunos estavam sentados prestando atenção na aula de circunferência ninja, Iruka ensinava olhando sempre para uma garotinha que desde o começo da aula não tirava os olhos do caderno em sua frente.

- Então é isso pessoal, treinem arremesso de kunai com o exemplo que acabei de dar, certo?

- Hai! – disseram todos.

Depois que os alunos saíram à mesma garotinha continuava olhando o caderno com o rosto abatido.

- Gostaria de saber o que tanto prende sua atenção nesse caderno. – falou Iruka do lado da mocinha, percebeu que o caderno estava sem nenhum rabisco ou anotações da aula. Ficou preocupado, ela era um dos destaques da turma. – Aconteceu alguma coisa Hanabi?

- Iruka-sensei... – ela pareceu se ligar ao mundo que vivia, olhou para os lados e viu que ninguém mais estava ali. – Já acabou a aula?

- Faz uns cinco minutos.

- Gomen, irei me retirar imediatamente.

O professor a viu se levantar e arrumar sua mochila, ele conhecia Hanabi, sempre decidida, astuta e orgulhosa. Era uma verdadeira Hyuuga, nunca se deixando abater. Mas naquele dia, ou melhor, naquela semana ele a viu quieta, defensiva e deprimida. Parecia até uma boneca de porcelana que racharia a qualquer toque.

- Esse assunto cairá na prova escrita, então se esforce. – tentou incentiva-la, andou até sua mesa também arrumando suas coisas.

- Circunferência... – ela leu a palavra no quadro, não sabia nada daquele assunto. Sorriu ao lembrar-se de uma salvação para passar no semestre. – Não tem problema Iruka-sensei, a onee-san com certeza me ajudará e...

Iruka estranhou ela parar de falar tão repentinamente, a olhou e se surpreendeu ao vê-la abraçada na mochila chorando em silencio.

- Hanabi, o que houve? – ele correu até ela, era estranho presenciar aquela cena tão impossível, na opinião do sensei. – Diga! – insistiu preocupado.

- A onee-san me deixou... – ela fungou colocando a cabeça em cima da mochila.

- Hinata?

- Ela simplesmente me deixou, não perguntou se eu concordava com a saída dela... Ela é egoísta! Eu nunca a perdoarei! – chorou mais alto, assustando o professor que não sabia lidar com aquele tipo de situação.

- Hinata saiu da vila?

- Sim, semana passada.

Então era aquilo, ela se sentia abandonada. Hinata era o orgulho de Hanabi, ela sempre falava como a irmã era inteligente e esforçada, se gabava com os coleguinhas dizendo que a irmã era a moça mais bonita da vila da Folha, inúmeras vezes a ouvia dizer que queria ter o jeito de Hinata, habilidade e graciosidade.

Devia ser doloroso ver um ídolo, um porto seguro ir embora de um dia para o outro.

- Tenho certeza que Hinata teve um motivo importante para sair dessa maneira da vila. E conhecendo ela como nós conhecemos, ela voltará mais forte e inteligente. Você devia se esforçar para estar ao nível dela, não acha Hanabi? – aos poucos ela levantou o olhar para encara-lo, ficou comovido com os olhinhos e as bochechas banhadas em lágrimas. – Impressione sua irmã, mostre seu potencial. Né?!

- Arigato Iruka-sensei. – Hanabi limpou o rosto com o dorso das mãos. Sorriu sem mostrar os dentes, colocou a bolsa nas costas e andou até a porta. – Não darei chances que ela me ultrapasse, até porque sou o orgulho do meu pai. Ja ne.

E rapidamente a Hanabi que ele conhecia tinha voltado.

[...]

Por que mesmo havia saído da vila? Ah sim, para esquecer seus problemas pessoais e se focar no treinamento, que há dias não dava resultado. Suspirou cansada, devia achar um jeito para evoluir e não decepcionar seu pai. Mas as coisas estavam difíceis e o dinheiro acabando.

Pegou a bolsa pendurada em um galho de arvore e caminhou de volta ao sitio, viver sozinha era muito desconfortável e a deixava perturbada.

Mal sabia que estava sendo seguida, só percebeu quando já estava no portão da casa do terreno Hyuuga. Kuso! Que mania horrível de deixar a guarda baixa!

- O que você quer? – perguntou olhando para o alto de uma arvore, já tinha três kunais em mãos.

- Você é bem distraída. Não me surpreende de só ter sentido minha presença agora, estou a quase duas semanas vendo seu treinamento. – falou o senhor que desceu habilmente da arvore. Era humilhante ouvir aquelas palavras. – Não quero lutar. Quero treina-la.

Hinata o olhou surpresa, será que ele leu seus pensamentos?

- Por quê? – cerrou os olhos e endireitou a posição, não soltando as kunais.

- Quero que você lute com meu filho. Ele não aceita ser treinado por mim, acha que eu não o levarei a lugar nenhum. Por esse motivo busco desesperadamente alguém que necessite ser treinado. E pelo que vejo você precisa. – ela ergueu uma sobrancelha com tamanha revelação. – E muito. – completou.

- E-eu...

- Você controla bem sua circulação de chakra, sabe aumentar ou diminuir a quantidade, esse é seu único ponto positivo. Sua percepção e golpes são lastimáveis, podemos trabalhar nesses quesitos. Te ensinarei alguns jutsos de distancia já que seus ataques são taijutsu, sua defesa é regular, mas pode ser melhor. Sem contar que...

- Tudo bem! – ela o calou raivosa. Era estressante ouvir por outra pessoa seus defeitos como ninja. – Eu sou Hinata.

- Uma Hyuuga certo? – ela não respondeu, a viu apertar mais as kunais nas mãos. – Seus olhos te entregam. Sou Takiwa Shinji, seu mestre.

Era uma oportunidade, teria que confiar no senhor de cabelos grisalhos e olhos incrivelmente verdes. Sorriu, ela tinha uma esperança.

[...]

...

[...]

Havia se passado quase dezesseis meses e Hinata não dava noticias, Hiashi sempre mandava uma vez por mês uma equipe de ninjas Hyuugas verificar o sitio, e sempre traziam a mesma noticia: O casarão estava vazio.

Soltou o ar das narinas com raiva, Hinata sempre lhe trazia problema, se sentiu extremamente feliz quando ela lhe mandou uma carta na primeira semana dizendo que estava bem e instalada, e continuou dessa forma até quatro meses atrás. E desde então nada de cartas.

Mentia para Hanabi quando esta perguntava da irmã, falava que estava tudo bem. Ela elogiava Hinata e voltava para os treinos que haviam sido intensificados.

Os anciões o culpavam por tamanha irresponsabilidade, Hinata era da Souke, uma nobre, primogênita e sucessora. Andar sozinha fora da vila sem companheiros estava fora de questão. O ato de deixa-la ir sem os comunicar o trouxe uma tremenda dor de cabeça.

- Hinata... – Apesar de tudo, estava preocupado. Não com títulos ou repartição de família, estava preocupado como pai. – Fique viva, por favor.

[...]

- EU NÃO ACEITO ESSA MISSÃO! – gritou a plenos pulmões batendo na mesa da Hokage. – Vovó Tsunade, olhe para minha cara e ver se tenho paciência pra caçar gatos!

A Godaime estava com uma veia saltada da testa, aquele dia não tinha sido dos melhores. O sake que escondia de baixo da mesa havia acabado, tinha enormes papeladas para analisar e um rapaz compulsivo a sua frente.

- Pagaram para você procurar o gato, Naruto. Apenas saia e faça a missão. – ela disse tentando se controlar, mas a verdade é que estava louca para socar a cara daquele infeliz.

- NÃO! NÃO! NÃO! – ele continuava a gritar, fazendo a veia ter mais duas companheiras na testa da Hokage. – Eu jurava que a senhora tinha uma missão descente para mim, não vou sair daqui até poder bater em alguém!

 - QUEM VAI APANHAR AQUI É VOCÊ SE NÃO SAIR! – ela não aguentou, aquele gênio daquele moleque a deixava fora de si.

- Tsunade-sama! – Shizune entrou na sala correndo com Tonton no colo. – Hiashi-sama solicitou um time de busca, ele oficialmente decretou o sumiço de Hyuuga Hinata.

Tanto Tsunade como Naruto olharam espantados para Shizune.

- Isso é serio Shizune-nee-chan? – perguntou o rapaz a encarando com os olhos apreensivos.

- Hai. – Ela colocou o papel com o selo dourado do clã Hyuuga na mesa da Godaime que rapidamente leu o comunicado. – E então Tsunade-sama, o que vai fazer?

Naruto estava abalado, a culpa persistia em incomoda-lo. Seu olhar estava vago, relembrando da imagem da garota, das palavras de incentivo, do comportamento tímido, das vezes em que estiveram juntos. Se ela estivesse morta, ele nunca se perdoaria.

 - Chame Inuzuka Kiba, Alburame Shino e Haruno Sakura. AGORA! – rapidamente Shizune saiu às pressas.

- Vovó Tsunade...

- Você queria bater em alguém certo? – Tsunade pousou os cotovelos na mesa entrelaçando os dedos das mãos. – Fique mais um pouco, seus companheiros estão chegando.


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Notas finais do capítulo

Então minna, como ja havia avisado, postarei com mais frequencia. Espero que estejam gostado da fic. Sugestões e criticas serão bem vindas!
Kissu no kokoro, ja neeee o/



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