Uma Esperança escrita por Mileide


Capítulo 1
Esperança


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, é a primeira vez que posto aqui no Nyah. To meio nervosa... Enfim, vamos ao que interessa né
Boa leitura :)



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"Acho que dessa vez te salvei direitinho né?" Ela falou enquanto sangue escorria por sua cabeça, fazendo o rastro vermelho chegar até a poça enorme de baixo de seu queixo. E um sorriso verdadeiro brotou de seus lábios rosados até ser desmanchado por finalmente perder a consciência.

"HINATA!”"O loiro gritou ao vê-la desmaiada no chão, era terrível ver aquela mesma cena ser repetida. Mas agora ele não precisou lutar, ela tinha terminado.

[...]


Dois dias depois da pequena guerra que se estabeleceu por revoltas de alguns ninjas vizinhos, Konoha se encontrava em paz. A grande e destemida vila da folha, depois de ser reconstruída havia se tornado a maior e mais potente aldeia das cinco principais nações. Por isso e outros motivos, que ataques de vilas inimigas eram constantes.

– Hinata, você precisa ter mais cuidado! – Dizia a médica nin ao entrar no quarto de hospital e começar os exames diários. – Você não pode ir entrando assim em qualquer luta que ver pela frente, é perigoso.

– Gomen, Sakura-san. Mas ele iria acertar o Naruto-kun por trás!

– Mesmo assim, o Naruto é um ninja forte, com certeza ele daria um jeito... Mas tudo bem, você venceu, é o que importa. – sorriu.

Ouviram três fortes batidas na porta antes da mesma ser aberta e por ela entrar um rapaz alto e loiro, que fazia o coração da pobre Hyuuga acelerar o dobro do normal.

– Yo Sakura-chan... Hinata. – ele a olhou sentada na cama com um dos braços enfaixados e pequenos curativos na cabeça que eram difíceis de perceber por causa da franja.

– Yo, bom preciso ir atender outros pacientes, ja ne. – a Haruno saiu apressada com sua prancheta, desaparecendo pelo corredor.

– Como esta? – ele perguntou, ficando parado em sua frente, com os braços cruzados.

– Be..bem melhor. – ela olhava para o chão, envergonhada.

Depois de um suspiro longo, Naruto se sentou ao pé da cama, com os cotovelos apoiados nos joelhos e as mãos nos cabelos. Hinata o olhava sem entender, a tensão dele a incomodava.

– Algum problema Naruto-kun? – perguntou inocente, virando a cabeça um pouco para o lado tentando enxergá-lo melhor.

– Eu quero que você pare de se intrometer! – ele esbravejou de uma vez, fazendo-a arregalar os olhos. - Chega de tentar me salvar, é sempre igual, você sempre acaba machucada e eu fico me culpando... Não quero mais isso, para mim chega.

A Hyuuga ficou com a boca aberta, tentando pronunciar alguma coisa que fosse mas nada saía. Estava chocada, aquilo era inesperado e cruel, sentiu seu coração apertado e a respiração falhar. Um simples agradecimento era melhor do que aquelas palavras tão absurdas.

– Demo Naruto-kun...

– Eu sei me virar. Por que você fez aquilo? Você podia estar morta agora! – a seriedade de sua feição a fez recuar com as palavras, apenas franziu as sobrancelhas e mordeu o lábio. – Não quero mais vê-la nesse hospital por minha causa... – disse sentindo, virando a cabeça para vê-la percebendo os olhos marejados e as maças do rosto coradas. - E Hinata, por favor, na próxima batalha que eu tiver... Fique longe. – ele se levantou e caminhou a paços curtos até a porta. Deu um longo suspiro e falou: – Mas mesmo assim... Obrigado.

Agora que estava sozinha deixou as lágrimas caírem no lençol que estava coberta. Era doloroso ver que até a pessoa que ela mais amava a via como um estorvo.

[...]

Andava despreocupado pelas ruas de Konoha, havia a feito perceber que suas intromissões nas batalhas o deixava perturbado, preocupado e culpado. Apesar de ter sido um pouco grosso e severo, sentiu que ela o entendia e que não iria mais repetir as burradas, na opinião dele, que ela cometia.

Sabia dos sentimentos dela e sabia que não os correspondia, ainda era estranho pensar que ela o amava, nunca foram muito íntimos e agora tinha receio de vê-la.

Hinata Hyuuga era uma moça bonita e atraente, mas não passava de uma boa amiga para ele. Mesmo negando inúmeras vezes para si e para qualquer um que perguntasse ainda era apaixonado por sua amiga de time, o que era frustrante depois da volta de Sasuke.

– Ei dobe, comeu ramén estragado? Por que ‘ta com essa cara horrível? – dizia o Uchiha ao ver o amigo passear pensativo. – Sua cara sempre foi horrível, mas hoje você se superou!

– Ahh, cala a boca teme. Só resolvi alguns assuntos pessoais. – respondeu sentando em um banco, vendo as crianças brincarem no pequeno parquinho que tinha no centro da praça.

– Sei, assuntos deveras chato pra te deixar tão pra baixo. – comentou sentando na ponta do banco, observando a mesma paisagem do loiro ao seu lado. – quer desabafar?

– Não.

– Ótimo, tenho mais o que fazer. – disse levantando e arrumando o colete Jounnin. – A Reika tava te procurando, mandou avisa-lo caso te encontrasse. Aviso dado, ja ne. – e pulou para os telhados das casas até a sede ANBU.

Continuou a olhar as crianças brincarem, algumas até brigavam para serem os heróis mais conhecidos da ultima guerra que abalou tanto o mundo ninja, Naruto e Sasuke, esses sim, seriam nomes lendários.

Sorriu ao ver dois molequinhos correrem com as mãos estendidas e gritarem a plenos pulmões:
– RASENGAN!
– CHIDORI!

[...]

– Aí esta você! – correu até a mulher parada ao balcão do hospital junto com um cachorro enorme. – Soube que receberia alta hoje, então vim te buscar. – sorriu.

– Arigatou Kiba-kun! Akamaru-kun! – afagou o pelo da cabeça do cachorro e recebeu uma lambida de agradecimento. – O que esta escondendo aí atrás Kiba-kun? – perguntou ao ver uma caixinha que o Inuzuka tentava esconder em vão.

– São pra você. – ele ergueu o pacote e a entregou.

– Arigatou! Como sabe que eu amo chocolate? – ela pegou um bombom e o ofereceu.

– E quem não gosta? – falou sorrindo pegando sem delongas o embrulhinho da mão dela.

– Hinata, Neji passou aqui há uns vinte minutos atrás a sua procura. Yo Kiba! – falou a Haruno que entrava para a sala de espera com seu jaleco branco, recebendo um sorriso de comprimento do Inuzuka. Agora ela era a enfermeira chefe, estava sempre muito ocupada.

– Sabe onde ele foi?

– Foi comprar uns remédios que passei pra você tomar a cada oito horas. Cuide-se ok?

– Hai. – depois que se despediu de todos do hospital, a Hyuuga e o Inuzuka passeavam animados até o campo de treinamento onde se encontrariam com o resto do time.

– O que houve? – Kiba perguntou ao sentir que a moça não ria tanto de suas piadas como antes.

– Nani? Como assim?

– Você esta diferente, o que aconteceu? – ele parou fazendo-a parar também.

– Na..nada Kiba-kun, eu só estou cansada... Só isso. – falou enquanto desviava os olhos para qualquer ponto chamativo do campo.

Kiba a conhecia perfeitamente, sabia que algo errado tinha acontecido e que ela não iria contar. Olhou para a caixa de bombons que ela segurava e a viu tremer, ela estava nervosa.

– Está muito cansada?

– Nani?

– Então acho que não vai se importar se eu pegar isso de volta! – ele agarrou a caixa de bombom e saiu correndo junto de Akamaru.

– Matte! Não é certo pegar de volta o que você deu de presente! – ela apressou o passo a correr atrás daquele que sempre a fazia esquecer-se dos problemas. - Devolve! Eu não vou repet... KYAAH!

– Hinata! – ele voltou e a viu dentro de um buraco, provavelmente feito para treinar gennins. E não se aguentou, caiu no chão gargalhando e apontando.

– Do que esta rindo? – ela disse brava se levantando e limpando a calça que vestia e ajeitando o casaco lilás. – Baka! – sussurrou.

– Sempre atenta né Hinata?! Vem, deixa eu te ajudar. – ele ergueu o braço e a puxou.

– E você sempre tão prevenido! – ela pegou a caixa de bombons de volta e correu até o resto do time.

– Espertinha... – ele falou vendo-a correr chamando Akamaru que se juntou à morena. – Traíra!

– Como você esta? Os machucados já sararam?

– Estou bem Kurenai-sensei, não precisa se preocupar. – sentou ao pé de uma arvore perto de Shino que segurava um bebê. – Toshiro-kun! – e assim que ela o chamou o lindo bebezinho abriu seu sorriso com apenas três dentinhos, e ergueu os bracinhos para ela pega-lo. - Ele esta mais pesado dês da ultima vez que o peguei.

– Hai, hai, Shikamaru cismou que devo alimentá-lo mais já que completou dois anos. Ele mesmo faz as papinhas, mas quem limpa a bagunça sou eu.

– Bem a cara do Shikamaru. – falou Kiba encostando-se na arvore, fazendo careta para o bebê, que não demorou a chorar.

– Kiba-kun!

Passar à tarde com seu time era uma das coisas que mais gostava de fazer, sempre acabava em risadas, conversas inteligentes, treinos árduos, comidas saborosas e brincadeiras com o pequeno Toshiro. Mas naquele dia estava sendo diferente para a Hyuuga, mesmo tentando esconder seus sentimentos, estava difícil manter uma postura que enganasse seus amigos. Ela tinha sido repreendida pelo seu salvador, tinha sido chutada pra escanteio e pior, percebeu que ele a achava um estorvo, uma pedra no sapato. Seu coração pedia por ajuda, por uma solução definitiva, por um esquecimento...

Estava cansada de depositar esperanças em seus sonhos, de crer em um futuro feliz e apaixonante. CHEGA! Chega de tanto sofrimento, chega de sofrer por algo que não vai se realizar, chega de amar... Suspirou entediada, olhando o céu azul com poucas nuvens, tinha tomado uma decisão.

– Eu preciso contar algo pra vocês. – começou a Hyuuga. – Eu pretendo treinar fora de Konoha.

– Nani? Mas por quê? – perguntou Kurenai vendo sua aluna se encolher com os braços. – O que houve Hinata?

– Você não precisa sair de Konoha pra ficar forte! – disse Kiba com um latido de afirmação de Akamaru.

– Somos seus amigos Hinata, conte o que houve. – encorajou Shino, concertando os óculos no rosto.

– Iie, eu não quero falar sobre isso. – ela encarou o chão lembrando-se das palavras do Uzumaki. – Mas eu preciso sair de Konoha por um tempo, eu quero me tornar mais forte.

– Por quanto tempo? – perguntou a professora enquanto pegava o pequeno Toshiro adormecido no lençol estendido na grama.

– Eu pensei em uns... Dois anos.

– DOIS ANOS?! – esbaldou-se Kiba, que levou um empurrão de Kurenai por quase acordar o agitado bebê.

– Hai, acho que é o tempo necessário pra aprender novos jutsos e técnicas, e me preparar para a liderança.

– Já esta decidida? É isso que você quer?

– Hai, Shino kun. – ela falou decidida acariciando os cabelos negros do pequenino Toshiro.

– Então acho que ninguém aqui vai te impedir. Se for isso mesmo que você quer, corra atrás e nunca pare para desistir.

– Arigatou Kurenai-sensei.

– Então não tenho escolha, vou treinar dia e noite e vou evoluir junto com você Hinata!

Ela sorriu, e percebeu que tinha o melhor time e amigos de Konoha.

– Agora vem a pior parte... Enfrentar o Otou-san. – ela disse desanimada deitando na grama verdinha, seu pai era um impasse terrível, mais recebeu palavras de conforto e coragem.

[...]

– COMO É?! – gritou o líder jogando forte a papelada que lia na mesa do jantar. Estava com um Kimono nobre e cabelos soltos, seus grandes olhos brancos analisavam a garota encolhida na sua frente. – DOIS ANOS?!

– Hai... – sua voz saiu num sussurro quase inaudível. E do mesmo jeito de seu pai, vestia roupas nobres.

– E por que isso agora Hinata? Você nunca precisou sair da vila para treinar antes... Quer que eu mude seu treinador? Posso colocar Neji como seu treinador oficial.

– Iie Otou-san, eu não quero nenhum outro senpai, eu só preciso sair da vila!

– Você não pode sair, como sucessora é essencial que fique. Não vou te deixar a mercê de sequestradores. – disse severo. – E fim de conversa.

Pronto, a conversa estava terminada. Percebeu ao ver o pai ignorá-la e voltar a ler a papelada com símbolos Hyuuga em cada folha. Aquela autoridade que o pai tinha fazia qualquer pessoa ser submissa. Mas ela não podia fraquejar, não agora, não naquele momento.

– Demo... Demo... – começou falando com a cabeça baixa, as mãos apertadas na perna, era agora, não ia desistir. - Eu não estou pedindo sua permissão, estou o avisando que sairei do clã durante dois anos, acredito que Tsunade-sama já tenha lido meu comunicado de ausência da vila. – Foi então que percebeu a burrada que fez quando seu pai a olhou por cima dos papéis. Que loucura foi aquela de tentar ser decidida? E ainda mais com seu pai? – O..Otou-san, e..eu... só preciso de uma oportunidade. Vou entender se não me deixar ir, mas eu...

– Quando pretende ir?

– ... Realmente já me decidi e... Êhh?? – ela ouviu mesmo aquelas palavras da boca de seu pai? Estava tão surpresa que ficou fitando-o por longos segundos com a boca aberta. Conhecia Hiashi, sabia que não perguntaria de novo. – O mais cedo possível.

– Já pode ir, o aviso já foi dado.

Ela quase pulou no pescoço do pai pra lhe abraçar, mas se conteve, apenas se curvou em respeito ao líder e sussurrou um “Arigato”, estava feliz, tinha conseguido.

Andou devagar até seu quarto, pesando e repensando para onde iria, não conhecia muita coisa fora do país da folha. Mas e daí? Seu pai estava apostando em seu progresso ninja e seu coração aliviado de passar uns tempos fora, podia melhorar?


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Notas finais do capítulo

Ok, Ok. Sei que essa ideia da Hinata sair pra treinar ja ta bem usada né? Mas deixe-me explicar, essa fic é de longas datas, deve ter uns 2 ou 3 anos, achei ela no meu antigo pc, e bom, pensei... Pq nao postar né? Ela nao ta terminada, mas pretendo terminar.
Entao caso alguem ja tenha lido, nao se surpreendam, ela é minha mesmo. Só dei uns retoques, enfim, espero que tenham gostado. ^-^
ps: Minha sinopse ta bem horrivel, nao tive tempo pra pensar muito, não sei se pode mudar depois, se der mudarei.
Ja nee!