Saint Seiya Memórias: História Oculta Do Santuário escrita por Katrinnae Aesgarius


Capítulo 71
Livro 2 :: Dualidade - Ato 25




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O sol já estava alto, mas o anfiteatro encontrava-se lotado com aspirantes, iniciantes, Cavaleiros e guardas do Santuário que estavam ansiosos para os jogos daquele dia.

Os jogos da Panatenaia sempre eram os mais aguardados por conta de todo o cerimonial, contando a origem do Santuário e dos primeiros Cavaleiros a formarem o exército da deusa Athena, na chamada Era Mitológica.

Havia a encenação da visita da deusa àquelas terras, das ameaças e guerra contra deuses que levaram a derrota de Poseidon, Ares e Hades e do legado deixado por cada um desses heróis geração após geração que era decidido muito além de um duelo naquela arena, mas da escolha das armaduras ali expostas que consagraria aquele merecedor.

A presença de lemurianos, o último povo remanescente do Continente Mu que sobreviveu na pequena Lemúria antes de se perder no oceano, eram presentes. Como o povo que forjou as armaduras, cabia a eles sempre a eterna homenagem, além da lembrança de seu povo que padeceu por apoiar Athena num crucial momento que decidiu a guerra em favor da deusa.

Shion, o Grande Mestre e Patriarca do Santuário, também um lemuriano, abria definitivamente os jogos após os breves minutos de silêncio em memória daquele povo enquanto os forjadores deixavam o centro da arena do anfiteatro.

— Cá estão cada um daqueles que definirão seus destinos nesta arena. — dizia o Grande Mestre meio ao total silêncio do anfiteatro. — Aqui abdicarão grande parte de sua liberdade individual e sacrificando-a em prol da humanidade, assim como aqueles que um dia optaram por seguir a deusa Athena. Eles deixaram aqui seu legado que tem sido honrado geração após geração, lutando contra todas as ameaças que ameaçavam nossa soberania. Estão preparados para renunciar a tudo por um todo?

Shion questionou aquilo buscando a feição de cada um dos presentes. “Vejo dúvidas e medo, mas também confiança e esperança”, pensava ele naquele momento e lembrando a si mesmo quando estava decidido a se tornar um Cavaleiro, ainda que sob a resistência de seu mestre.

“Você me disse que não estava preparado, mas na verdade queria que mostrasse que não somente estava como pronto para os desafios que viriam, para a guerra que se aproximava, das perdas que viria. Será que esses jovens também estão preparados para isso?”, perguntou-se mentalmente enquanto respirava fundo.

— Sei o quão ansiosos estavam por esse dia, mas aviso: o caminho que hão de trilhar é doloroso. Por isso digo que estejam certos sobre aquilo que buscaram. Uma vez sagrados Cavaleiros, o peso do mundo cairá por suas costas, e a desistência não será mais um caminho possível. — finalizou, abrindo os braços. — DECLARO ABERTO OS JOGOS!!

Aiolos assistia a tudo aquilo calado. Tinha um olhar compenetrado e o semblante sério somado a uma postura austera que, com as asas de suas indumentárias raramente abertas como naquela ocasião, mostravam-se inquietas. Tinha os braços cruzados, mas dedilhava pouco abaixo do ombro, denotando estudar cada um dos presentes, sobretudo aos aspirantes do qual algumas vezes deu algumas instruções.

— Confesso que nunca o vi tão sério como vejo agora. — comentou Selene se aproximando usando sua indumentária de Pyxis.

— Pensando nas palavras do Grande Mestre. — respondeu Aiolos ainda mantendo os olhos para a arena e vendo os aspirantes já se aproximando. — Estava me perguntando se estão sendo movidos pela ansiedade, pelo calor do duelo... — enumerava ele enquanto contava nos dedos, ainda mantendo os braços cruzados. — ... ou apenas pela emoção... ou exibicionismo. — e censurou-se por isso.

— Por que diz isso? — estranhou Selene quebrando um pouco somente a cabeça de lado e depois acompanhando o olhar dele em direção da arena, vendo alguns aspirantes já tomando seus lugares pela fila para os duelos do dia. — Pelo modo que fala, não me parece confiante em qualquer um deles.

— Ouviu o discurso do Grande Mestre? — o sagitariano voltou-se para Selene, mantendo a seriedade no olhar. — Será que estão cientes do fardo que terão daqui em diante? Digo... — mordiscava os lábios como que buscando as palavras.

— Pergunta-se se eles estão realmente cientes de que estão se alistando para uma guerra que está por vir...? Se estão realmente prontos para dar suas vidas a uma causa maior? — disse ela com serenidade.

— Também! — concordou o sagitariano. — Mas eu me pergunto se esses garotos... ao se depararem com algo que possa estar muito além de suas forças... será que eles irão até o fim? Terão eles a força necessária para lutar pela causa de Athena ou se eles ficarão paralisados de medo? — e suspirou abatido. — Não sei se consigo expor melhor o meu ponto, mas tenho medo de que essa leva de Cavaleiros seja branda demais para o que está por vir.

— Acaso esse seu receio reflete em seu irmão Aiolia? — questionou ela de maneira cuidadosa. — Percebi que ele não estava na lista de aspirantes esse ano.

O Dourado puxou ar, soltando-o em seguida com certo pesar. Mesmo suas asas que pareciam estremecer buscando se abrir, como que reagindo ao próprio Cavaleiro, relaxou naquele instante.

— Talvez. — respondeu ele buscando o irmão nas arquibancadas. — Aiolia seria apenas mais um entusiasmado sem qualquer noção real do que é estar verdadeiramente aqui e isso que me preocupa. As palavras do Grande Mestre também denotam essa preocupação.

— Bom, o Grande Mestre é um secular entre nós, alguém que lutou na última Guerra Santa contra Hades e... — agora era Selene quem suspirava. — ... sendo um dos dois sobreviventes daquela guerra. É natural que ele se preocupe. Estou certa de que não gosta da ideia de ter que guiar uma nova geração para uma guerra que se aproxima.

— Exatamente isso que me preocupa, Selene. — respondeu Aiolos se voltando para ela. — Estou preocupado com esta geração de aspirantes que não parecem ter ciência do destino que os aguarda, do fardo que terão de carregar e... — engole a seco. — ... se estão preparados para renunciar a tudo!

Não era possível o Dourado perceber isso, mas por baixo da máscara Selene franzia o cenho em estranhamento por aquelas palavras, fazendo-a cruzar os braços e se aproximar dele, ganhando um lugar à sombra de suas asas que se mostravam tão inquietas.

— Impressão minha... — dizia ela com cautela, aproximando-se. — ... ou sinto uma total descrença nos possíveis Cavaleiros que nascerão nessa arena nos próximos dias? — questionou ela fitando-o. — Aconteceu algo para estar assim, tão desesperançoso?

O Cavaleiro soltou um suspiro, fazendo-o relaxar os ombros até então rijos a ponto de as asas também responderem, recolhendo-se um pouco. “O mais irônico é ter sido eu a dizer essas palavras a Saga”, pensou ele ao ouvir aquilo.

— Não sei se chamaria esse sentimento de ‘desesperança’. — disse ele franzindo o cenho desta vez. — Acho que exatamente por apenas acreditar não me fez enxergar uma realidade sobre uma preparação maior a esses aspirantes que talvez não compreendam aquilo que os aguarda. Será que realmente estão prontos para se sacrificar por algo maior?

— Eu me faço esta pergunta a todo momento, Aiolos. — disse Selene mantendo os braços cruzados, voltando-se para a arena.

Aquelas palavras tão espontâneas provocaram certo espanto ao Sagitariano que a olhou aturdido. Ela, ao contrário disso, mantinha uma postura calma. Deu alguns passos à frente e sorriu por debaixo da máscara.

— Mas você parece estar muito tranquila com isso. Como consegue? — Aiolos não evitou de interrogar, curioso. Não era possível que tivesse um pensamento tão inquietante como aquele e permanecesse impassível. A menos que ela não tivesse qualquer noção do que viria, e isso era algo do qual ele não acreditava que fosse o caso.

— Não estou tranquila, como acredita que estou, Aiolos. — respondeu Selene mantendo o tom de voz. — Na verdade estou tão preocupada quanto, mas talvez mantenha acesa minha luz de esperança. Talvez a minha fé ainda sobressaia ao meu medo e descrença.

— Não creio que fé seja suficiente, Selene. — comentou o cavaleiro com cuidado para não soar desdenhoso. — Numa batalha precisaremos mais que esperança, mas estratégia e coragem.

— E há coragem em algo se não acredita naquilo pela qual luta? — indagou ela se voltando para ele. — Aiolos, compreendo que muitos aqui tenham sonhos e essa arena possa concretizar isso. Quando pisou nessa arena, não tinha seus sonhos, seus ideais...?

— Claro que tinha, e ainda os tenho e luto para que este sonho se torne real. — respondeu ele com alguma convicção. — Não era apenas ostentar uma armadura e desfilar pelo Santuário, mas honrar um legado do qual herdei e do qual espero ficar à altura de meus antecessores que lutaram e se sacrificaram para que hoje possamos lutar e manter essa nossa soberania. — e suspirou longamente. — Enquanto treinava alguns desses aspirantes, percebi que não pensavam num todo, mas somente nele e isso soa tão...

— Egoísta? — respondeu ela completando-o e vendo-o concordar. — Bom, hei de concordar com você. — e voltou-se para os aspirantes. — Por outro lado, busco compreender cada um que busca encaixar-se num mundo da qual foram marginalizados, entregues à própria sorte e que sempre lutaram pela sua sobrevivência. De repente se ver a carregar um mundo seja demais para eles. Diga-me você, Aiolos. Pelo que realmente luta? Pelo mundo ou por um mundo?

— Um mundo...? — indagou ele piscando aturdido e acompanhando o olhar dela que pairava sobre ele e depois se voltando para um alguém em especial, levando-o a entender o que realmente queria dizer. — Um mundo... para Aiolia...!

— A verdade é que o Grande Mestre carrega o maior de todos os fardos. Ele é o Patriarca do Santuário da deusa Athena, o mestre dos mestres que está acima dos 88 Cavaleiros que formam o exército da deusa geração após geração e estou certa de que anseiam que sejam o último para que ninguém mais tenha que cair numa nova guerra. — comentou a Prata com melancolia na voz. — Ele pede ponderação de todos aqui, mas assim como você, eu e tantos outros ansiamos ser os últimos a lutar esta guerra e pôr um fim em tudo isso para que não precise existir novas gerações.

— Então acha que devo acreditar nesses aspirantes mesmo em sua imaturidade e sonhos...? — indagou ele com certa descrença.

— Sonhos esses que alimentam nossa esperança, a nossa fé, Aiolos. — e ela sorriu, algo que deixou claro para o Dourado quando a viu descruzar os braços e jogando-os para trás. — Nunca se perguntou por que Athena ficou ao lado da humanidade e contra outros deuses? Ela acreditou nos humanos. Ela nutriu e alimentou-os com esperança. Eles sabiam do quanto a deusa acreditou neles e por isso lutaram, porque sabiam que alguém havia depositado fé em meros mortais que intimidou deuses.

O Sagitariano a olhou aturdido e depois voltou a atenção para a arena, pensativo. Talvez ela estivesse certa a respeito daquilo. Talvez devesse ter mais esperança naqueles jovens que estavam presentes, que poderiam surpreendê-lo positivamente.

Um pouco mais afastado, Saga os observava, com um semblante fechado no rosto. Não estava gostando nada daquela aproximação da mulher que amava com o amigo.


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A encenação narrando as primeiras Guerras Sacras e a ordem dos cavaleiros chegava ao fim em meio um grande aplauso. Enquanto limpavam a arena de todos os espólios da teatralização, aspirantes recebiam os últimos conselhos de seus mestres já sagrados Cavaleiros nos anos anteriores. Alguns se mostravam ansiosos enquanto outros entusiasmados até demais.

Havia inúmeros estereótipos, desde o mais franzino ao mais encorpado, do mais alto ao baixo, sendo homens a maioria esmagadora diante de meia dúzia de mulheres destacadas e com suas respectivas máscaras brancas e nuas de qualquer pintura — uma vez que isso somente seria permitido quando consagradas para seu reconhecimento no círculo das Amazonas.

As apostas aconteciam veladamente entre soldados, iniciantes e mesmo entre Cavaleiros que não tinham seus alunos nos escolhidos daquele ano. As apostas eram jarras de azeite, serviços de patrulha ou mesmo treinos mais rígidos à escolha do vencedor. Não necessariamente essas ações eram proibidas, mas era preciso conter determinados abusos que pudessem infringir as leis do Santuário.

Para aqueles primeiros dias de jogos raramente havia consagração. Geralmente acontecia apenas seleção dos verdadeiramente aptos a se tornarem Cavaleiros. Seria avaliado a perspicácia, a estratégia do uso de suas habilidades juntamente com resistência e agilidade. Seria uma prova dos talentos adquiridos ao longo daqueles anos. Uma derrota e estava eliminado dos jogos.

Dentre os aspirantes estava alguns poucos derrotados no ano anterior e que buscavam sua rendição naqueles jogos após um duro ano de treino.

Embora as leis do Santuário jamais tivessem instituído o número máximo de tentativas, jamais houve aquele que fracassasse na segunda oportunidade — o que por si só já seria considerado humilhante e malquisto até mesmo entre os iniciantes, além de seus mestres perderem parte de sua reputação.

Ao contrário de outros, estes que buscavam sua rendição pela derrota no ano anterior desafiavam não outros aspirantes, mas Cavaleiros com a única regra de ser preciso atingi-los para ter a chance verdadeira de desafiar um oponente em igual. Afinal, além da derrota no desafio anterior ganharam o direito de aperfeiçoar suas habilidades por mais um ano, o que os deixaria num patamar acima com relação a outros aspirantes. Em raras ocasiões o Cavaleiro poderia reconhecer aquele aspirante como um Cavaleiro ou encerrar definitivamente suas chances de ser sagrado como um.

Submeter-se a uma nova tentativa era um risco maior que uma simples derrota, pois esperava-se que depois de duas tentativas, o candidato estivesse muito bem-preparado.

Já com as Amazonas, a situação mudava um pouco. Por serem mais escassas e por antigas normas, tinham seu espaço próprio para treinamentos e, sempre que a Panatenaia estava próxima, elas realizavam uma espécie de campeonato interno.

Essa provação servia para indicar quem iria para as festas, tentar a sagração junto com os demais. Uma aspirante que voltasse para a vila com uma derrota, teria que se empenhar duas vezes mais para se mostrar merecedora de uma nova tentativa.

Não era incomum de haver eventos onde aspirantes à Amazonas era ausente, ao contrário daquele ano que contavam com algumas participantes.

Uma nova ovação preencheu a arena, indicando que as primeiras lutas iriam começar. Cada aspirante tomou o local destinado e não tardou para que os primeiros nomes começassem a surgir, deixando os cavaleiros já sagrados atentos. Alguns estavam confiantes, enquanto outros olhavam para o chão e engoliam a seco.

Aelia de Vulpecula, foi a nomeada para abrir os jogos com o primeiro desafio na arena, levando a crer que os jogos seria iniciado já com uma possível sagração de uma Amazona, o que causou mais alvoroço do público.

Quem quer que fosse confrontar a Bronze tinha que ter conhecimento de seus talentos primários, e isso significava que não seria tão fácil assim de atingi-la.

A primeira pessoa a ser chamada foi uma jovem de cabelos castanhos e desgrenhados, na altura dos ombros. Apesar da máscara não permitir que vissem seu rosto, a garota tinha um aspecto selvagem que era reforçado por sua postura firme. Ela estava bem confiante.

A Amazona a sua frente sinalizou que estava pronta e que poderia dar início ao embate. A aspirante, Shaina, se colocou de lado, com a mão esquerda em forma de garra na frente, enquanto manteve a direita afastada. Mantinha o corpo ereto, com as pernas entreabertas, a uma pequena distância.

Foi tudo bem rápido, o que fez Aelia ficar surpresa ao perceber sua jovem oponente cruzar a distância entre elas com grande velocidade.

No entanto, antes mesmo que Shaina conseguisse seu intento, Vulpecula desapareceu do seu campo visual com a mesma agilidade da qual ela arrancara de sua posição visando golpeá-la.

“Por isso então fui escalada para confrontá-la...?”, pensou Aelia quando a percebeu já bem diante dela e precisando ser igualmente ágil.

A aspirante, por outro lado, não estava necessariamente surpresa. Afinal, assistiu à sua sagração e do quão ágil ela foi na ocasião e de seus ataques rápidos que poderiam atordoá-la.

“Não a escolheram por acaso. Para ganhar eu preciso apenas prendê-la de alguma forma, mas ela sabe ser tão ágil quanto eu!”, e praguejou momentaneamente por aquilo e lançando um rápido olhar nas arquibancadas e percebendo que Jisty a observava esperando muito por ela. “Não posso decepcioná-la...”.

E mais uma vez Shaina investiu, mantendo seus olhos mais focados e buscando ver sua linha de movimento para uma segunda investida igualmente rápida. E como bem imaginou, a Amazona esquivou-se de seu golpe com maestria.

A aspirante conseguiu enxergar sua linha de movimento e seguiu em seu encalço, mas para sua surpresa, Vulpecula não tentou se esquivar, mas saltou sobre ela exercendo tamanha força que a fez cair de cara e deslizar pelo chão levantando uma nuvem de poeira.

O público reagiu quanto aquilo, enquanto assistiam uma raposa fantasmagórica ganhar novamente a forma da Amazona. Aelia assistia, há alguns metros da aspirante, esta se levantar com sua máscara com grande ranhura por conta do pátio de pedra. O público não podia ver, mas Shaina sentia o gosto de sangue e percebendo que, ainda que usando uma máscara, havia cortado os lábios.

“Desgraçada...!”, Shaina rosnou mentalmente, mas não fez qualquer esforço em impedir o sorriso vir. “Eu vou te mostrar uma coisa.”. E novamente avançou, concentrando o cosmo na mão direita. Podia sentir o formigamento em seu braço.

Ao chegar em certo ponto, saltou, esperando apanhar a Amazona, e como suspeitou, a mesma mais uma vez esmaeceu, desaparecendo de sua vista sem que pudesse realmente saber qual direção seguiu. No entanto, ela ainda tinha uma vantagem que, certamente era desconhecida pela Bronze, algo da qual Jisty muito a havia ajudado aprimorar naqueles últimos meses.

Shaina aterrissou há poucos metros, sem desfazer a concentração de cosmo da mão. Fechou os olhos, e se concentrou, não demorando a sentir pequenas ondas de choque em seu flanco esquerdo. O formigamento passava lentamente para o outro lado, fazendo com que a jovem lançasse um discreto olhar sobre o ombro.

“O QUÊ?!”, Aelia reagiu ao perceber o golpe certeiro em sua direção, não sendo tão ágil como antes e evitar de receber um golpe que arranhou a braçadeira de sua armadura. Isso a forçou quebrar sua invisibilidade momentaneamente. “Como foi que ela sabia onde me atacar?!”, pensou a Bronze saltando para trás, percebendo inúmeros outros ataques simultâneos que a forçava esquivar-se com saltos um após outro.

Sem se ver com uma alternativa, Aelia pulou, tentando escapar de sua oponente, porém não contou que ela fizesse o mesmo.

Com surpresa estampada nos olhos, viu a aspirante se elevar com maior velocidade, deixando um rastro púrpura, até certo ponto.

Shaina ergueu a mão com o cosmo concentrado, fazendo surgir uma esfera de energia, que logo explodiu em raios, e iniciou a descida, ainda mais rápida que antes.

A explosão da esfera de energia provocou desnorteamento em Aelia, impedindo-a de executar qualquer ação defensiva ou mesmo furtiva, assim como a plateia foi momentaneamente ofuscada.

Os raios se espalharam, mas logo perderam sua força sem que causasse danos a qualquer um dos presentes. Quando o público pode novamente ver, alguns se levantaram para assistir ao fim daquele embate.

Aelia estava no chão, com Shaina sobre ela com suas garras à vista. No entanto, a aspirante não estava surpresa por conseguir sua proeza em prender e derrotar a Bronze, mas por seu corpo ser tomado pela Armadura de Prata de Ophiucus, reluzindo com os poucos raios que ainda envolviam seu corpo.


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Notas finais do capítulo

Tomando algumas notas...
Kurumada nunca abordou como funcionava os jogos, muito menos regras para as ~Mulheres-Cavaleiro (aqui, uma forma pejorativa e desdenhosa de se dirigir às Amazonas) e decidimos estabelecer por nossa livre interpretação.
A Panathenaia é um festejo sim para Athena, e como havia jogos decidimos inserir como sendo grande dia de consagração de Cavaleiros que servem à deusa.

Fazer lutas é sempre complicado. Ainda que Shaina tenha seus golpes conhecidos, sempre tomamos a liberdade de criar adicionais baseada em seu símbolo e mitologia. O mesmo vale para Cavaleiros não oficialmente apresentados como originais nosso.

Agradeço aqui a todos os leitores e voltamos em 20/12, se assim permitir. :)



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