Saint Seiya Memórias: História Oculta Do Santuário escrita por Katrinnae Aesgarius


Capítulo 54
Interlúdio :: Van Qüine




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"O que foi isso que senti? Esse pulsar em meu Cosmo...!", dizia Qüine descendo rápido as escadarias de Gêmeos, atravessando Touro e parando na descida para Áries. Sentia ali o Cosmo ainda mais forte que antes, mas não era de Kiki. Era sufocante, angustiante, como uma...  despedida.

Os seus olhos se arregalaram com aquilo com a contração da íris, fazendo-o avançar uma vez mais e adentrar no primeiro templo na busca de alguém. Estava vazio. Kiki havia se retirado para dormir e se surpreendia que não havia despertando com aquilo. Quanto a Psychē, somente o seu perfume de rosas era presente denunciando que estivera ali há pouco tempo.

Seguiu para os aposentos guiado por aquele Cosmo, onde estava aquela garota, e empurrou a porta sem qualquer cerimônia. Encontrou-a ainda deitada, mas com seus olhos abertos e fendidos num vermelho como do crepúsculo.

"E-Ela.. está viva!", alegrou-se abrindo um sorriso sem que nem ele mesmo notasse. Na verdade, sentia um grande alívio por aquilo, embora o coração ainda batesse acelerado tamanha agonia de há poucos instantes.

— Hey! Finalmente acordou...! — disse Qüine aproximando-se dela, mas estranhando aquela sua expressão que denotava medo e aflição. Assistia ela se levantar com alguma dificuldade. — Opa! Não faça isso...

— SAI DAQUI! — disse ela com a voz fraca, mas sendo bem incisiva.

— O q-quê...? — indagou confuso. — Mas... por que...

— SAI DAQUI...! — a garota repetiu. — Logo... Vai... vai embora...!

— NÃO! — respondeu ele igualmente incisivo. — Não vai me expulsar daqui assim, não. Não estamos no Campo das Amazonas. Quem acha que é para me tratar assim, garota?

— Vai... Vai embora...! — ela insistiu. A força que havia ali, parecia estar se transformando em uma súplica. — Vai... antes que seja tarde...

Seu corpo tombou novamente sobre a cama, estremecendo.

Qüine desesperou-se vendo aquilo quando pensou em responder algo mais. Correu ao seu encontro, segurando-a pelos braços, tocando-a no rosto enquanto a chamava. Pensava em gritar chamando por alguém, mas, por alguma razão, não o fez.

“Kiki acharia que seria minha culpa e me prenderia num esquife de cristal...!”, pensou ele, embora seu temor não fosse necessariamente o irmão.

— Calma! Fique calma... Está tudo bem! Se quiser, eu vou embora, mas somente quando se acalmar. Quer água? Isso! Água...! — e buscou por água na mesa de cabeceira.

— N-não...! — Antares negou, ficando ainda mais agitada. Suas mãos se agarraram na camisa dele, ora puxando-o, ora empurrando-o. — Vai... Vai embora... antes que... Escorpião... Ela... ela vai...!

— Eu... não vou... sair... daq...! — e seus olhos faiscaram num brilho dourado, momentaneamente. — Deveria saber que não desisto fácil... — e a fitava intensamente. — E não vou desistir de você!

Ela o encarou como que assustada por ouvir aquelas palavras. A luz em seus olhos vacilou, ainda que uma mão dela lutasse para se erguer até o rosto dele. O rapaz pode sentir a mão fria dela em sua pele e o deslizar quente de suas unhas arranhá-lo, na medida em que as forças da aprendiz desapareciam mais uma vez.

— O-o... Legado... de meu pai... — A jovem tentou dizer, mas sua voz mal passou de um sopro. — O sangue...

"Legado de meu pai? Sangue? Do que diabos ela está falando?!", pensava ele a fitando, sentindo as mãos dela soltarem suas vestes e seus olhos se fechando.

— Antares...? — os olhos dele se arregalaram mais uma vez enquanto a via desfalecer em seus braços.

Ele a chamou por mais algumas vezes quando a viu imóvel. Por um instante o rapaz prendeu a respiração ao conferir sua pulsação. Estava acelerado, movido pela adrenalina daquele momento ainda que não compreendesse o porquê daquele comportamento tão arisco.

Ficou a fitá-la por mais alguns instantes antes de ajeitá-la na cama e cobri-la. Levantou-se ainda aturdido, observando-a, levando a mão aos cabelos. Transpirava, levando-o a beber três copos de água seguidos.

— O que faz aqui, Qüine? — indagou Kiki parado à porta com suas vestes civis, assustando o Geminiano. — O que aconteceu aqui?

— K-Kiki...?! — disse ele, voltando-se para o irmão, depois olhando para a cama onde Antares estava adormecida e apontando para ela, pare ele, de volta ao ariano, perdido. — E-Eu... Ahn...

— Despertei por conta dos gritos, venho aqui e o encontro com Antares nos braços...? O que acha que está fazendo... — dizia ele sério, escancarando a porta e apontando para fora. — Saia!

— Que diabos! Todo mundo me expulsando. — disse o Geminiano revoltado. — Não saio!

— Isso não é um pedido, Qüine. Isso é uma ordem! — disse o ariano num tom incisivo.

— E eu já disse que não saio! — respondeu igualmente sério e fitando o lemuriano. — Não saio daqui até que ela acorde!

— Eu o chamo assim que ela acordar... — falava Kiki, mas novamente interrompido pela negação do rapaz, resoluto em sua decisão.

“Estou vendo o mesmo garoto mimado e teimoso de quando levei para Jamir...”, pensou Kiki já impaciente, respirando fundo. Sabia o quanto Qüine sabia ser teimoso e intransigente, e aquela discussão, ali, não levaria a lugar algum.

Voltou-se para Antares ainda adormecida, aproximando-se dela e conferindo sua pulsação e temperatura. Tudo parecia normal, apesar da pulsação ainda estar acelerada, mas sem grandes perigos. Qüine apenas observava, mantendo-se estático no mesmo lugar.

— Vamos conversar lá fora... no corredor! — pontuou Kiki antes de mais uma contestação do rapaz. — Chega de discutirmos aqui dentro. — e arqueou o semblante, mas fulminando-o com o olhar.

Qüine atendeu, mas um tanto hesitante. Não estremeceu com o olhar do irmão, mas temia que aquela tensão pudesse influenciar em Antares e aceitou sem nada a dizer. Aquilo fez Kiki respirar aliviado, levantando-se da cama da garota, mantendo-se na porta e chamando-o para sair e fechando quando o Geminiano atendeu seu pedido.

— Sabe que poderia simplesmente teleportá-lo daqui, não é? — disse Kiki se voltando para ele. — Poderia mandá-lo de volta a Jamir!

— E sabe que voltaria da outra dimensão se assim quiser, e é o que farei se me tirar daqui! — respondeu de imediato cruzando os braços.

Kiki fechou os olhos, levando a mão entre estes, coçando-os. Precisava manter a calma apesar de todo o cansaço dos problemas pessoais que já enfrentava.

— Tudo bem. — e suspirou, levando as duas mãos à cintura, depois cruzando-os sobre o peito. — O que exatamente aconteceu aqui? Cheguei e a vi em seus braços... desperta... os dois discutindo... ela desmaiar novamente...

— Ela estava me expulsando, me mandando embora! — explicou Qüine injuriado, mas ainda preocupado. — E-Eu senti o Cosmo dela pulsar... P-Parecia se despedir... Sei lá! — e caminhava num mesmo ponto pelo corredor.

— O Cosmo dela... pulsar...? Qüine... — estranhou Kiki, olhando para o quarto, voltando-se para o irmão. — O meu quarto é quase ao lado do dela e não senti Cosmo algum... Olha! Eu posso estar muito cansado, mas isso não passaria despercebido com ela tão próxima de mim, não acha?

Qüine tentou argumentar, mas como explicar aquilo que sentiu? Um sonho talvez, mas nem mesmo se deitara para sugerir que pudesse ter adormecido.

A sensação foi angustiante, quase como uma súplica distante que o chamava e o fez seguir até ela. Encontrá-la desperta fora um alívio, mas percebera que a garota estava temerosa com algo o bastante para expulsá-lo dali.

— Você realmente disse aquilo? — questionou Kiki quebrando o devaneio do seu jovem irmão, percebendo um ar interrogativo dele. — Disse que não desistiria dela...?

Ele sentiu a face corar, desviando seu olhar do lemuriano e levando a mão aos cabelos, parando na altura da nuca, assentindo.

— S-Sim... eu disse. — respondeu mais ponderado, quase num sussurro.

— E por que disse isso? — indagou novamente.

— Não quero perder mais ninguém. — respondeu Qüine sem vacilo.

Aquelas palavras surpreenderam o ariano que piscou aturdido para aquilo, sobretudo ao ver a convicção nos olhos do irmão quando se voltaram para ele, tão diferentes do mimado garoto de alguns minutos.

— Prometi que não perderia mais ninguém. — disse novamente, percebendo o que dizia. — E-Ela pode não gostar de mim, pode me odiar... Dane-se! — revoltou-se. — M-Mas... não quero mais perder ninguém, Kiki. Não quero...! — rendeu-se, com a voz embargada.

O ariano ficou a fitá-lo por mais alguns instantes, vendo toda aquela muralha do rapaz se desfazer e permitindo se aproximar dele, puxando-o para um abraço forte. Qüine mantinha-se de braços jogados ao lado do corpo, cedendo aos poucos em abraçar o ariano.

— Não vai perder ninguém mais, Qüine. — respondeu o ariano, beijando-o no alto da cabeça. Afastou-o o bastante para olhar em seus olhos avermelhados, como de alguém que segurava as lágrimas. — Não vou deixar isso acontecer. Não foi a promessa que te fiz...?

— Promessas... podem ser quebradas. — disse ele fitando o ariano, com pesar nos olhos. — As pessoas que amei, sem nem mesmo conhecê-las... não puderam cumpri-las. — e meneia negativamente. — Não gosto de promessas.

— Ok... — o lemuriano se afastou, suspirando. — Não posso prometer que não vá perder mais alguém, Qüine. Como Cavaleiros, estamos sujeitos a isso, mas... — e umedeceu os lábios. — Quero que saiba que, enquanto estiver aqui, poderá sempre contar comigo para o que der e vier. Melhor assim? — e ensaiou um sorriso.

— É um começo. — Sorriu ele, ainda apreensivo.

— Agora, vai descansar, e amanhã... — dizia Kiki já mais aliviado, mas ouvindo novamente um sonoro não.

— Já disse que não sairei daqui. Não até que a veja acordada novamente! — respondeu ele novamente.

— Hum...! — Kiki alongou os braços e o pescoço. — Já sei que não vou convencê-lo do contrário, não é mesmo?

— Não vai me expulsar daqui. — disse incisivo. — Só saio daqui quando aquela moleca me expulsar a pontapés!

— Tudo bem, mas com uma condição. — pontuou Kiki, chamando a atenção de Qüine. — Assim que ela acordar, seja daqui 10 minutos, 1h... não importa! Quero que me chame imediatamente! Estamos entendidos? E nada de brigas!

Qüine, que estava sério ouvindo aquilo, abriu um sorriso, assentindo.

— Tem uma manta no quarto dela. Use pra você caso esfrie. Vou voltar a dormir... ou tentar! — findou aquele assunto, acenando para o irmão e caminhando de volta aos seus aposentos.

O rapaz ainda se manteve ali no corredor, pensativo. Como poderia ter sido somente ele a sentir aquilo? Ficou intrigado por Kiki não sentir aquele Cosmo tão intenso emanar da garota quando estava tão próximo, enquanto ele sentiu duas Casas Zodiacais acima.

"Acho que estou me apegando demais a essa garota", concluiu ele.

Seguiu de volta para o quarto, abrindo a porta vagarosamente e a encontrando adormecida, tal como ao longo daquelas semanas. Foi como se nem mesmo tivesse despertado e tudo não passasse de uma ilusão.

Receoso, aproximou-se, conferindo sua temperatura e pulsação mais uma vez. Estavam normais, uma preocupação a menos. Puxou a cadeira e sentou-se, pensativo.

Não estava com seu diário. Tinha intenção de ler um pouco antes de adormecer, mas mediante aquilo, esquecera completamente. Soltou um muxoxo e viu o livro de fábulas, Ésopo, na cabeceira ao lado.

Havia apanhado aquele livro e lido muitas de suas páginas para ela ao longo daquelas semanas. Lera aquilo quando criança, embora sempre gostasse mais de quadrinhos. Apanhou-o novamente e folheou algumas páginas.

— Acho que não li esse pra você. — pensou ele parando no conto, começando ler “A Raposa e as Uvas".

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Antares não despertou na manhã seguinte nem nos dias posteriores. Por alguns momentos Qüine culpou-se por aquilo acreditando que sua negação de sair do quarto tivesse influenciado na sua recaída, mesmo com Kiki dizendo que ele não tinha culpa alguma com aquilo.

Assistiu ela arder com intensa febre por aqueles dias seguidos meio a delírios, repetindo frequentemente sobre uma 'Estrela Vermelha', acompanhado de sangramentos esporádicos pela boca, nariz e garganta.

— Por que isso, Kiki? O que diabos está acontecendo com ela?! — indagava Qüine, mesmo sabendo que o irmão nada diria, deixando-o ainda mais inconformado com aquilo.

— As Sacerdotisas da Fonte de Athena estão cuidando dela, Qüine... — dizia o ariano com seu semblante preocupado. Mesmo ele temia que a jovem ficasse com sequelas ou mesmo inválida, fazendo-o ser abatido por um forte sentimento de fracasso por não impedir aquilo.

Quando ouviram a porta ser aberta, apenas viram aquele misterioso Cavaleiro seguir até eles. Os cabelos longos e escuros nublavam seu rosto até altura dos olhos vendados, mas era notório seu semblante calmo. A sua indumentária dourada reluzia impecável e sua capa, com dourado alaranjado interno, esvoaçava.

Era difícil definir sua idade sem olhar seus olhos, embora Klahan não deveria ter mais que 25 anos.

— Deixei um incenso queimando na cabeceira da cama de modo acalmar a mente dela. — disse ele num tom calmo, voltado-se para Kiki. — Há também dois vidros. O verde deve ser misturado a água do banho ou mesmo para tratar os ferimentos, enquanto o vermelho deve ser dado para ela beber um gole, duas vezes ao dia.

Ele esticou o braço e entregou um papel dobrado para o ariano, dizendo que escrevera aquilo de modo a lembrá-lo e que havia deixado orientações com as sacerdotisas. Cumprimentou-os e já se retirava.

— M-Mas... ela vai ficar bem? — questionou Qüine preocupado.

— Sim, ela vai. — respondeu Klahan parando alguns passos à frente, mas sem se virar. — A sua estrela sangra, mas ela sobreviverá. Não há com o que se preocupar, jovem Cavaleiro de Gêmeos. — e seguiu adiante, sob o silêncio dos dois.

— Ele não faz o tipo social, né...? — comentou Qüine se voltando para Kiki, este ainda com o papel em mãos.

— Acostume-se! Nem todos são desvairados como você, Qüine. — comentou Kiki num tom sério, mas já esperando uma reação previsível do irmão. — Agora, vai para seu treino enquanto as sacerdotisas a banham. Nem ouse chegar perto do quarto!

— Não sou nenhum pervertido! — resmungou cruzando os braços, vendo Kiki rindo e acabando por ceder e rindo em seguida.

— Não é o que Antares me disse. Como foi mesmo que ela falou... — disse com ar pensativo, mentindo forçar a se lembrar das palavras da garota. — Ladrão de calcinha...?

— Ah, não! Nem vem com essa. — disse injuriado. — Quer saber? Vou treinar que ganho mais. — e saiu, indignado.

"Ah! Agora sei como expulsá-lo...", e riu daquilo, vendo-o sair resmungando.

Uma vez nas escadarias, subindo em direção a Touro, o rapaz olhou novamente para Áries e respirou fundo. Quase dois meses já havia se passado desde que ela mergulhara naquele sono profundo acompanhado daquelas chagas dignas de um filme de terror que assistia escondido dos pais. No entanto, aquele era bem real.

Nas noites em que a acompanhava e ouvindo seus delírios, folheou algumas páginas do diário de sua mãe lembrando de quando ela passara por algo semelhante.

A maneira como ela descrevera as 'visões' das quais era acometida, dos delírios que tivera quando enferma, também em Áries, soavam semelhantes ao de Antares — exceto aquelas feridas e sangramentos excessivos. Pensou comentar com o irmão, mas vendo o quão preocupado estava, apenas o deixaria mais impressionado.

Chegando em Gêmeos, sempre olhava em direção das escadarias na tentativa de encontrar aquele caminho, mas era em vão. Fora uma única vez como que guiado para encontrar aquela caixa com testamentos.

Desde a noite que Antares tivera seu rápido despertar, deixara escondido temendo que Kiki o pegasse. Enquanto isso, continuava a ler o diário de sua mãe e as páginas com relatos preocupados com a ação intempestiva de seu pai.

— Por alguma razão acredito que as próximas páginas que seguirão serão tensas...! — comentou ele quando parou próximo às escadas e olhando em direção da armadura de Ouro, sempre imponente no pedestal. — Ouço muitas histórias de você, pai, e elas soam tão... distantes do que leio nas lembranças da minha mãe...

E silenciou-se, olhando para um ponto qualquer até voltar-se para a armadura. Seguiu até ela e ficou a observar seu reflexo na mesma, agachando-se diante dela.

— O seu nome ainda provoca medo de alguns mais novos... admiração nos mais velhos que se negam acreditar nas histórias dos mais jovens. — e riu contidamente. — Eu mesmo não consigo acreditar no que dizem por que... soa tão surreal...! — dizia abaixando a cabeça, como se buscasse compreender algo naquelas entrelinhas. — Em que acreditar? Por que devo acreditar...?

Kiki sempre adiava qualquer assunto referente ao seu pai, mas nem mesmo tinha muito o que dizer senão as mesmas histórias que ouviu.

Na época ele era apenas um garoto em seus 8 anos. Relatou apenas sobre a batalha das Doze Casas e sobre os lendários Cavaleiros de Bronze a quem admitia sentir forte saudades. De fato, quando o lemuriano os mencionava, era visível sua emoção.

— Kiki não imagina quanta inveja sinto dele por ter conhecido a minha mãe e você, pai... — dizia Qüine levantando a cabeça quando algo mudara sua expressão.

Não mais era somente seu reflexo na armadura, mas havia alguém mais, de pé, às suas costas, distante, bem próximo às escadas que o observava. A imagem era mais distorcida devida ao brilho e distância, mas era claramente alguém com vestes simples e cabelos longos claros.

O rapaz se virou de imediato e ficando de pé, mas nada encontrou senão somente ele e a armadura de Gêmeos ali naquela sala. Seus olhos verdes buscaram cada ponto próximo na busca de um vulto, uma sombra, a presença de alguém. Nada havia ali, ninguém!

Voltou-se para a Armadura e somente tinha o seu reflexo. Fez movimentos com a mão frente ao corpo de modo a ver se tinha algo, ou mesmo uma mancha. Olhou novamente para trás e apenas encontrou o vazio.

Ah... Cara! — ele se levantou, levando a mão à têmpora e a massageando. — Na boa, acho que Kiki tem razão. Preciso ocupar mais a minha mente porque isso tudo está me enlouquecendo...! — disse para si mesmo, dando às costas para a Armadura.

A mesma mantinha-se estática, mas reluzindo seu brilho quando uma imagem passara rapidamente próximo a ela e desapareceu entre as pilastras, no mesmo instante que uma das faces do elmo chorava.


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Notas finais do capítulo

Na próxima tríade de capítulos, Selene percebe algo em Saga que a preocupa, ao mesmo tempo que reencontra um Kanon diferente daquele que partiu. A Plyntheria começa e os torneios no Santuário dão início. Mephisto e Shura terão sua prova e Afrodite, enfim, é apresentado ao Santuário.



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