Saint Seiya Memórias: História Oculta Do Santuário escrita por Katrinnae Aesgarius


Capítulo 27
Livro 1 :: Destino - Ato 14


Notas iniciais do capítulo

Os acontecimentos em Star Hill gera intriga ao Grande Mestre e seu auxiliar, questionando-se se devem ou não manter Selene em suas atividades no templo montanhoso. Já Aiolos dá início a uma pesquisa que jamais imaginaria render frutos futuros.



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A máscara estava sob a mesa, uma metade arranhada e inteira e a outra quebrada próximo aos olhos. Estava sob um tecido acetinado. Arles olhava aquilo em silêncio, mesmo quando percebeu uma sombra projetar-se diante dele. Deu um suspiro longo e levantou a cabeça, olhando a figura de Selene diante dele, com outra máscara em mãos, frente ao seu corpo.

— Tem algo a dizer sobre isso? — indagou Arles com sua voz serena de sempre. — Encontrei essa máscara hoje cedo em Star Hill na sala de estudos, mas não encontrei você.

— Por isso vim procurá-lo, mestre Arles. — dizia Selene olhando-o, sendo convidada a sentar-se, o que ela fez um tanto relutante. — Eu... Eu sempre removo a máscara quando em Star Hill, já que fico sozinha. Um momento apenas que sai, ela caiu no chão, e não percebendo de imediato, pisei sobre ela quebrando-a.

Não mentia sobre o que aconteceu, muito menos omitiu os fatos. Chegara a colocar a máscara quebrada e seus cacos sobre a mesa com intenção de restaurar ao retornar naquela manhã, mas não imaginava o que se sucederia após aquilo, e apenas de lembrar lhe provocou arrepios notado por Arles que a fitou curioso, pedindo que ela continuasse.

Estavam numa sala ministerial no templo do Patriarca, às portas fechadas. Esperava realmente que Selene o procurasse naquela manhã para explicar o que se sucedera no templo, e a narrativa dada pela mesma o deixou muito preocupado.

— E para onde foi, Selene? Mu disse que não apareceu em Áries. — comentou Arles com ar preocupado fitando a aprendiz.

— Eu simplesmente me teleportei, mestre Arles. Nem bem sabia onde fui parar... E sim, eu sei dos riscos! — dizia quando percebeu que seria repreendida por aquilo, respondendo de imediato. — Foi involuntário... E-Eu simplesmente me teleportei e nem mesmo me dei conta disso... Eu fiquei... apavorada! — dizia ela levantando a cabeça e fitando Arles. — Eu fiquei sem rumo, perdida... Sei que deveria ir para Áries, procurar pelo Mu.

Arles se levantou de sua cadeira e foi até a garota, tocando seus ombros e a cabeça, afagando de modo paterno. Usava a vestimenta azulada de costume, agachando-se ao lado dela, buscando seus olhos e percebendo a apreensão e horror do que viu na última noite como narrado por ela.

— Quero que tire essa manhã para descanso, e por hora, está suspensa de suas atividades junto a Star Hill, tudo bem? — dizia Arles segurando forte nas mãos de Selene que assentiu, mas franzindo o cenho e indagando de suspender os estudos. — Por hora, até decidir sobre o que me contou, sim. Sei o que disse sobre das estrelas ajudar na busca, mas seu bem-estar é mais importante.

Selene assentiu, forçando um sorriso e vendo o mestre se levantar. Caminhou até a mesa fechando o tecido sobre a máscara quebrada e entregando à garota para que fosse restaurada e a dispensando. Ela sorriu, agradecendo a compreensão do mestre e se retirou.

Arles, por outro lado, se mostrou ainda mais preocupado com aquilo que ouviu e levando a mão ao rosto e parando sobre os lábios. Precisava conversar com Shion sobre aquilo o quanto antes.

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Selene deixou a Sala Ministerial seguindo seu caminho em direção a saída. Eram somente os guardas do templo que nada perguntaram de sua presença ali cientes de que era aprendiz de Arles.

Caminhando pelos corredores, ricos em mármore branco e detalhes em ouro-velho, observava alguns entalhes nas paredes que pareciam retratar antigos cavaleiros, e aquilo chamou sua atenção. Eram esculturas em relevo tomando toda uma parede, chamando sua atenção para as expressões de honra e coragem. Porém, dois chamaram sua atenção por possuírem armaduras muito semelhantes, reconhecendo-os. Eram os irmãos da Constelação de Gêmeos, Castor e Pollux. Aquela imagem fez Selene baixar levemente sua máscara para que observasse com seus próprios olhos, encantada com a imagem.

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— Acredito ser o melhor a fazer. — comentou Arles soltando um longo suspiro e mostrando um semblante preocupado. — Se suas suspeitas se confirmarem, ela corre risco grande demais em Star Hill.

— Nós dois conhecemos as histórias que foram repassadas em nosso povo, Arles. — dizia Grande Mestre, Shion, olhando o colar de contas que trazia no pescoço. — E após o que me contou, apenas fortalece minhas suspeitas sobre Selene. O que aconteceu com ela em Star Hill, apenas evidencia isso. Portanto, suspenda todas as suas atividades por hora.

— Ainda que esteja selado, acredita que ele possa ser assim... tão forte? — indagou Arles assustado com aquela idéia, engolindo a seco.

— Ele pode não se manifestar completamente, mas pode usar alguém que possa interceder por ele... como de remover o selo. — disse Shion sendo pontual fitando Arles. — Selene pode ter resistido desta vez, mas não podemos arriscar uma segunda.

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A chama da vela tremulava. A pena mantinha-se sobre o pergaminho, limpo de tinta, tentando riscar qualquer coisa, mas alguém parecia dispersos demais para isso. Os seus olhos verdes, escondidos por trás de suas mechas de cabelo que caiam sobre sua face, estavam sobre o papel, onde muitos rolos de pergaminho descansavam, mas não era isso que observava.

Os seus pensamentos estavam distantes, e lembrar-se disso o fez esboçar um discreto sorriso escondido por trás da mão que mantinha frente ao rosto, pouco abaixo do nariz. Estava tão distraído que nem mesmo percebeu aproximação de alguém que somente jogou alguns rolos sobre a mesa, fazendo-o mudar sua posição e jogar o corpo para trás pelo susto momentâneo.

— Ops! Assustei, Saga? — comentou Aiolos frente à mesa, olhando-o com um sorriso de canto, sem deixar de conter um riso e falar com cinismo. — Puxa, não foi minha intenção...

— Ahan, claro! — disse recuperando-se do susto e olhando o que o colega teria jogado sobre a mesa, franzindo o cenho. — Aiolos, o que é isso? Por que trouxe esses documentos para cá? Esses pergaminhos... — Saga mexia em alguns cones, soprando a poeira que havia num deles e mostrando ao amigo. — Esse data 1837! Esse é de 1799... 1825... Pra que isso?

— Ahn, tipo... — Aiolos puxava as mangas de sua toga, abrindo um pouco o fecho do pescoço e ouvindo Saga. — Peguei para ver se ajuda nas minhas pesquisas. — Saga apenas franziu o cenho para ele. — Estes são relatórios de missões de antigos cavaleiros que encontrei enquanto arrumava a sala e... Bom! Achei interessantes alguns relatos e comecei a fazer um mapeamento das armaduras.

Saga piscou aturdido para Aiolos que, minimamente parecia esperar por aquela reação, principalmente quando o Geminiano repetiu suas últimas palavras e sobre o que exatamente se tratava aquilo.

O Sagitariano recolheu os pergaminhos e chamou Saga para acompanhá-lo até outra sala, onde geralmente ficava. Colocou os pergaminhos sobre sua mesa, separando-as com uma pedra escura lapidada para separar de outras das quais ela já estava trabalhando.

Quando incumbidos pelo Grande Mestre em exercer alguns trabalhos burocráticos no templo bibliotecário, cada um ficou com uma sala em particular. Aiolos com documentos de expedição de missões dos cavaleiros e de suas transferências para regiões estratégicas ou mesmo convocações, enquanto Saga atuava como uma espécie de 'advogado' para analisar infrações das leis do Santuário e sobre as punições a serem aplicadas, levando direto ao Grande Mestre para a decisão final. Isso garantia a ambos os acessos ao Templo do Patriarca.

Sobre a mesa de Aiolos havia um mapa, com muitas linhas e marcações, algumas com duas ou mais datas. Saga debruçou-se na mesa, sendo ele a ficar de frente enquanto Aiolos assumia seu lugar e deixando o amigo observar bem o que ele fazia. Viu-o empurrar algumas folhas para ver outras marcações. Quando perguntou sobre do que se tratava tudo aquilo, Aiolos sorriu. Levou as duas mãos frente ao rosto numa forma de prece. Pensava em como começar explicando aquilo.

— Sabe as histórias que contam sobre a última Guerra Santa? Histórias que Solon mesmo dizia ter ouvido pelo Grande Mestre? — Saga assentiu, dizendo lembrar-se vagamente. — Bom, é dito que muitas das armaduras não voltaram para o Santuário, dadas como desaparecidas desde então. Na primeira semana que chegamos aqui, eu lembrei disso, mas percebi que não existem dados o bastante que digam quais seriam estas armaduras. É dito que são 88 armaduras ao todo. Nós dois conhecemos 12 delas.

— As 12 armaduras dos Cavaleiros de Ouros, como a de Gêmeos que pertence a mim e a de Sagitário que é sua. — completou Saga interessado naquilo e assentido por Aiolos.

— Exato! A questão está nas outras... 76 armaduras, divididas entre Prata e Bronze. — dizia Aiolos mexendo sobre a mesa e encontrando as anotações. — Estas não existem informações muito certas, e aqui começa o problema. — Saga franziu novamente o cenho. — Calma, eu vou explicar. Ahn, senta!

Saga buscou uma cadeira naquela sala, encontrando uma mais no canto. Ao contrário da sua, a sala de Aiolos era repleto de cones, mapas das mais distintas épocas e tantos outros pergaminhos. Em vista do que encontrou na primeira semana ali, estava bem mais organizado e 'abrindo' mais espaço na sala antes tão claustrofóbica.

Viu Aiolos puxar uma lousa onde ele já tinha um mapa desenhado tal como viu na mesa. Cruzou os braços e as pernas esperando saber o que Aiolos pretendia com aquilo. Viu uma lista de armaduras das quais Saga reconhecia, como Altar, Taça e Lira, ditas como 'armaduras nobres', além da Bronze Pegasus, dita como 'lendária'.

— Algumas armaduras são conhecidas por nós, sempre presente no Santuário porque jamais saíram daqui. O máximo que se afastaram foi para Jamir, a terra-natal do Grande Mestre e do garoto Mu, ambos conhecidos por suas habilidades de restaurarem as armaduras. Exatamente por isso pedi ajuda ao garoto, também ao mestre Arles. Estas com estrelas são algumas armaduras que estão com eles sendo restauradas... recuperadas! — dizia Aiolos para Saga que olhou aquilo ainda mais interessado.

— Você listou quais as armaduras presentes no Santuário... — Saga voltou seus olhos para as pilhas de papéis sobre a mesa. — E outras que foram recuperadas desde a última Guerra Santa? Aiolos... quantas armaduras estão presentes no Santuário?

— Eu diria que ¼ dessas armaduras estão aqui, sem contar as armaduras de ouro. Parece pouco, mas algumas encontram-se também na Ilha de Andromeda, onde um Cavaleiro é incumbido a cuidar da ilha. — disse Aiolos que considerou a mesma em seu quadro na lousa. — Porém, outras armaduras são desconhecidas. Precisamos levar em consideração que algumas nem mais existam, se é que isso é possível.

— Levando em consideração que Solon dizia que as armaduras foram idealizadas na Guerra contra Poseidon na Era Mitológica, algumas realmente devem ter se perdido. — disse Saga dando os ombros, voltando para a mesa do sagitariano. — E o que exatamente busca nesses antigos relatórios de missão?

— Nós dois sabemos que o Grande Mestre é um lemuriano e como estes possuem uma vida mais longa que pessoas como nós dois, e é sabido que o Patriarca lutou na última Guerra Santa. — pontuava Aiolos.

— E se minha matemática não estiver errada, ele tem pouco mais de 200 anos. — disse Saga lembrando-se e gesticulando como se fizesse uma conta mental. Aiolos confirmou com um 'Ok'.

— Após cuidar da restauração do Santuário que... Ah... — Aiolos mexeu nos papéis da mesa, encontrando sua nota. — Demorou quase 40 anos, incluindo na sagração dos primeiros cavaleiros da primeira geração pós a Guerra Santa, o Grande Mestre enviou os primeiros em missão na busca das armaduras. Essas expedições demoravam meses! A mais longa demorou dois anos, resultando na recuperação de duas armaduras. — Aiolos soltou um suspiro. — Mas nem todas davam resultado esperado.

— Mas muitas foram recuperados, sem contar outras que são desconhecidas como você mesmo disse. — disse Saga olhando Aiolos se sentar, jogando o corpo pesado numa cadeira. — Mas as marcações que fez nesse mapa...

— São lugares em comum, onde algumas das armaduras foram encontradas e outras ficaram 'suspeitas', mas que, por alguma razão, jamais foi enviado alguém para buscá-las. — disse Aiolos dando os ombros — Desde a última Guerra Santa, jamais houve um exército completo, não chegando a sagrar mais que 30 cavaleiros ao longo desses 200 anos. Alguns relatórios afirmam que encontram as armaduras com filhos, netos de homens e mulheres que as guardaram, mas estavam cientes que alguém as buscaria algum dia. Outras estavam guardadas em grutas, em regiões mais isoladas...

— Tem certeza de que quer continuar pesquisando isso? — disse Saga cruzando novamente os braços. — Não é desestimulá-lo, mas... você mesmo disse que não se sabe quantas armaduras existem nos dias de hoje.

— Sim, eu disse. Mas posso ter certeza da existência de algumas, principalmente daquelas ditas 'lendárias' como Pegasus que são dadas como desaparecidas desde a última Guerra Santa. — Aiolos falou confiante sobre estas. — Algumas são conhecidas por conta de suas réplicas Negras existentes na Ilha da Rainha da Morte.

Saga assentiu. Conhecia bem sobre as armaduras Negras, de Cavaleiros Renegados banidos do Santuário que teriam sido isolados na Ilha da Rainha da Morte e encontrado e criado réplicas das armaduras sagradas. Porém, este documento era conhecido pelo Geminiano por se tratar de 'deportação de condenados', e que a organização que quebrou o selo foi reprimida no século XVIII por dois Cavaleiros de Ouro enviados à Itália.

— Eu espero que consiga o que pretende Aiolos, digo mais. — Saga abriu um sorriso para o amigo. — Não duvido que consiga fechar esse quebra-cabeça. Pode contar comigo para o que precisar.

Aiolos sorriu, agradecendo ao Saga por aquilo e esticando o braço para cumprimentá-lo. Recostou na cadeira olhando para o amigo que havia se levantado e franzindo o cenho.

— Mas, tipo, vou precisar que esteja com a cabeça no lugar para isso e não com a cabeça no mundo da lua como há pouco... — e soltou um riso cínico, percebendo Saga olhá-lo de canto. — Posso confiar em você ou seja quem for que o deixou assim... — dizia Aiolos com as mãos sobre a cabeça simulando uma confusão mental. — Vai se importar de eu ocupá-lo?

Saga sentiu o rosto corar ao ouvir aquilo. Tentou se justificar, mas o que fez foi apenas jogar alguns rolos de pergaminho sobre Aiolos que usou os braços para bloquear o ataque, rindo sem parar. O Geminiano mostrou-se bem sem graça, mas logo riu com o amigo sobre aquilo e voltou para sua sala dizendo que teria volta e o sagitariano mostrando falso medo, levando a receber um último rolo que bateu em sua cabeça.

De volta à sua sala, Saga levou a mão à nuca, mas riu. A sua cabeça estava realmente em órbita, com seu pensamento voltado única e exclusivamente para Selene.

A sua Selene.

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— Diria que foi um risco, mas seu senso de orientação é excepcional. — disse Shaka com sua voz serena, sentado debaixo de uma árvore grande e arborizada proporcionando uma fantástica sombra. — Porém, ainda assim foi perigoso. Tem realizado os treinamentos que recomendei?

— Confesso que fui displicente. — afirmou Selene com pesar, sentada diante de Shaka e com a cabeça baixa, brincando com as próprias mãos como uma criança que era repreendida. — Ainda ficam muitas dúvidas na minha cabeça e esvaziá-la é complicado. As imagens surgem e eu... quero segurá-las, entende? É incondicional.

— Conversamos que não seria algo fácil, não para alguém que sofreu um colapso, um choque da Visão. — comentou Shaka mantendo serenidade em sua voz, sem jamais mudar sua posição de lótus e as mãos sobre seu colo. — Mas é preciso um esforço maior de sua parte. Compreendo seu desejo de alcançar o que viu, mas como um fruto em sua árvore, é necessário deixar que amadureça antes que venha a você. Deixe-a que se complete.

Selene assentiu, sem nada dizer. Parte do que dizia era verdade, mas outra era que sua mente era tomada por outras lembranças, essas pessoais, fazendo-a esboçar um discreto sorriso bobo em sua face escondida pela máscara que usava — e naquele momento agradecia isso — mesmo que Shaka sempre mantivesse seus olhos fechados.

— Entretanto, parece que existem outras questões que a desviem do caminho, Selene. — disse Shaka após breves momentos, fazendo-a levantar a cabeça surpresa. Ele estava lendo sua mente? — Apenas não deixe que isso a faça se afastar demais da trilha. Mantenha-a sempre à vista. — Selene assentiu e rindo da discrição de Shaka. — Se não encontrar um lugar para exercer o que instrui, a sua companhia será bem-vinda.

— Obrigada, Shaka. — e Selene se levantou, juntando as mãos em preces e curvando-se para ele antes de seu corpo ser tomado por uma luz e desaparecer, voltando para a Casa de Virgem.

O restante da descida pelas Doze Casas não foi demorado. Mesmo em Cancer a Casa Zodiacal encontrava-se vazia, o que ela agradeceu mentalmente.

Em Gêmeos, no entanto, retardou mais seus passos esperando encontrar Saga. A contar pelo horário, deveria estar pelo Santuário ou mesmo trabalhando em algum templo. Poderia encontrá-lo mais tarde como havia ficado combinado antes de se despedirem naquela manhã. Pensar naquilo a fez rir contidamente e sentindo seu rosto corar. Avançou seus passos, mas algo a fez parar e seu sorriso desaparecer da face. Selene deu uma olhada à sua volta, demorando-se entre as pilastras da Casa de Gêmeos.

Embora se mostrasse um corredor, por dentro o templo se mostrava muito maior do que visto de fora. Olhou em direção às escadas que levava ao espaço superior onde seriam as acomodações particulares, mas sentia uma presença maior ali no térreo. Era uma sensação muito familiar. Não era agressiva, mas sentia que alguém a observava.

Engoliu a seco e avançou para a entrada da casa zodiacal sem não mais olhar para trás. Somente parou na entrada, olhando a imagem dos dois querubins em sua fachada e descendo para Touro.

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Dentro de Gêmeos, Kanon deixou seu corpo deslizar pela pilastra bem próximo às escadarias. Ouviu os passos se aproximando quando se escondeu, mas ao notar ser Selene, não pôde deixar de vê-la, até que se deixou ser notado e precisando se esconder. Ele a sentiu bem próxima, mas logo em seguida seus passos se afastarem. Em sua mente, apenas vinha as lembranças daquela tarde, de suas palavras proferidas à mesma, fazendo-o socar o chão de raiva com ele mesmo.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo:
Chega o grande dia de Selene, mas ela jamais imaginaria quem haveria de enfrentar. Outras surpresas vem por aí. Aguardem!!!



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